Estou de "férias" a trabalhar em casa...

Tem sido um rebuliço de acontecimentos e emoções com a entrada na escola. As coisas não têm acontecido como eu desejava, espero que isto melhore!!!

Começou na 5ª à tarde com a reunião de pais na escola nova. O ex apareceu (eu avisei-o antecipadamente da reunião). E apresentou-se ao meu lado na resolução dos problemas que se seguiram como se de um pai ou casal normal se tratasse... O meu filho não constava em nenhuma das listas de turmas do JI. Fui falar com a coordenadora da escola, mas ela, como já me tinha parecido, é um bocado atarantada e não soube dar logo resposta... nem logo nem no fim, mesmo comigo a afirmar que tinha recebido o email que confirmava que o meu filho tinha sido colocado naquela escola. A responsável pelo JI (que reporta a esta mas é mais despachada e prática) garantiu que ele tinha ali lugar. Mas só no dia seguinte (ou seja dia em que começava a escola) é que se saberia em qual das 4 salas... Aconselharam-me a levá-lo só na 2ªfeira. Problema seguinte: depois da reunião geral de pais, era a reunião com os professores ou educadores. Como o meu filho não tinha sala, logo não se sabia qual a educadora, fomos para a reunião do 1º ciclo com a professora da minha filha. Ouvi como funciona o 1º ciclo mas como não me divido ao meio, não ouvi como funciona o JI e na 2ª (ontem) fui para lá a zero... Uma lista em papel A4 para o material foi-nos dada e ainda não comprei tudo. Vi pelo aspecto dos pais - e já confirmei pelo aspecto dos filhos - que esta escola (apesar de considerada a melhor de 1º ciclo de Lisboa) tem crianças bem "diferentes" das que frequentam o colégio onde os meus filhos andavam... Espero vir a surpeender-me pela positiva e não me influenciar pelo "ar de rufias"... (desculpem-me o meu juizo precoce... mas são os nossos rebentos e quanto aos meus, se o pai quisesse podia perfeitamente pagar a escola anterior...).

Ainda na 6ª soube então que o meu filho pertencia à sala 1 do JI mas não estava na lista por erro administrativo. Ora, nem esta sala nem outra têm educadoras atribuídas porque uma foi transferida e a outra está de baixa com pé partido e o ministério (diz a coordenadora da escola) ainda não fez a substituição!!! Ontem deixei pela 1ª vez o meu filhote na escola na sala só com a auxiliar a quem falta um gesto mais carinhoso para consolar os pequeninos recém- rechados a chorar. Não sei se é estratégia para os miudos rebeldes não pensarem que ela é mole e não impõe sozinha (pois que educadora ainda nicles) a autoridade. Vi uma menina que até ranhoca já tinha no nariz e fui eu consola-la! O meu pimpolho chorou um bocadinho mas lá se acalmou e eu saí. Hoje é que foi difícil lá deixá-lo. Falta-me a confiança, sabem? Que ele fica bem... Às tantas já eu chorava também e veio uma educadora de outra sala chamá-lo para brincar lá. Foi muito mais atenciosa, falou-lhe nuns lápis mágicos e isso bastou para ele aceitar ficar e parar de chorar. São gestos tão simples, mas é preciso vontade...

A minha boneca é uma crescida e está a aguentar-se. Noto nela uma resignação. "Tem de ser". E há-de ser melhor. Até aqui não tem saltado uma lágrima mas vi que ontem, 2º dia de escola, ficou quase com a lágrima no olho pois eu saí um pouco antes dos outros pais para ir levar o mano à parte do JI.

A escola é 3 ou 4 vezes maior que aquela onde eles andavam. E é tudo novo para eles agora. Desejo tanto que tudo lhes corra bem!!! Até lá falta-me a tranquilidade. Sempre andei em escolas públicas mas há 30 anos era bem diferente. O respeito pelos professores, os valores, a disponibilidade dos pais e avós no levar e trazer...

Estou com uns assignments complicados no trabalho. E a fazer uma pausa nestes escrevendo aqui. O mundo do trabalho está cada vez mais assanhado, exigente, agressivo. Tira-nos o tempo, a cabeça... e reconhecimento? Pois...

E o julgamento aí à porta. É já na próxima 4ªfeira. Tira-me o sono... tira-me a fome... Tenho momentos, como agora, que me pergunto se chegarei para tudo, momentos em que sinto a cabeça a andar à roda, a barriga às voltas, a respiração difícil. O mundo nem quer saber, passa ao lado. Tenho vontade de fugir. Mas para onde?