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Alimentação a biberão

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  • Alimentação a biberão

    Há mães que escolhem, pelas mais variadas razões, alimentar os filhos a biberão. Não existe mal nenhum nisso: os leites artificiais são estudados para fornecer todos os nutrientes essenciais ao bom desenvolvimento do bebé, apesar da alimentação ao peito, durante as primeiras semanas ou meses de vida do bebé, ter grandes vantagens, quer para a mãe como para o bebé.

    Alimentar a biberão: necessidade ou opção

    Quando a mãe não tem leite para amamentar o seu bebé ou se está doente e por razões clínicas não o pode fazer há sempre a possibilidade de se socorrer dos leites artificiais para lactentes. Por vezes também se torna necessário a utilização de leites artificiais como complemento tanto durante a amamentação como durante a fase de introdução de alimentos sólidos na dieta do bebé. Em outros casos, a mulher opta pela alimentação a biberão porque as exigências da sua vida profissional lhe deixam pouca disponibilidade para amamentar.

    Os leites artificiais

    Existem basicamente dois tipos de leite artificial: os leites para lactentes e os leites de transição. Os leites para lactentes são especialmente concebidos para bebés recém-nascidos e durante os primeiros meses de vida, sendo mais fácilmente digeridos pelo organismo do bebé. Existem vários tipos de leite para lactentes, entre os quais o leite anti-regurgitação, leite anti-alergénico, leite dietético, etc, directamente vocacionados para satisfazer as necessidades específicas de cada bebé.

    Os leites de transição são aconselháveis para bebés maiores e com mais apetite, nomeadamente durante a fase em que se começam a introduzir os alimentos sólidos na alimentação do bebé. Este tipo de leite demora mais tempo a ser digerido pelo organismo, uma vez que apresenta uma composição mais próxima do leite de vaca (que não deve ser dado ao bebé antes de 1 ano de idade), com um teor proteico e de ferro mais elevados, essenciais ao aumento dos tecidos musculares e do volume sanguíneo do organismo do bebé em rápido crescimento. Normalmente a introdução do leite de transição faz-se entre os 4 e os 6 meses, no entanto o seu médico indicar-lhe-á como proceder e quando deverá mudar de leite em pó.

    Uma última recomendação: deve dar preferência aos leites de transição sem sacarose - o que facilita a diversificação alimentar e evita o aparecimento de cáries -, os que privilegiem uma relação equilibrada de ácidos gordos polinsaturados essenciais, os suplementados em vitaminas e os de reduzido teor em sódio.

    Como preparar o biberão

    A preparação do biberão é um processo acessível a todas as mães, embora tenha também as suas regras. Em princípio, basta adicionar leite em pó (à venda nas farmácias e hipermercados) a água morna previamente fervida.

    Antes, porém, é imprescindível esterilizar todos os acessórios necessários à alimentação do bebé, desde os biberões às tetinas. Depois deve deixar que arrefeçam a uma temperatura que os possa manusear, antes de preparar o biberão.



    Isto porque, os meios de que o organismo dispõe para se defender das infecções e afins estão pouco desenvolvidos nos primeiros meses de vida do bebé, pelo que é muito importante evitar tanto quanto possível a presença de bactérias e vírus. Deste modo evita as gastrenterites que trazem sempre alguns problemas.

    Além da meticulosa esterilização, deverá ter em atenção outros pequenos “pormenores” quando alimenta o bebé a biberão. Por exemplo, se o leite for preparado com antecedência, deve ser guardado no frigorífico e nunca por um período superior a 24 horas.

    Os leites em pó preparados a partir do leite de vaca foram já tornados mais adequados à boa digestão e tolerância do bebé. Contudo, se por razões de força maior, não haja qualquer outra possibilidade e tenha mesmo de utilizar leite de vaca na alimentação do bebé, terá de falar com o médico para saber bem como o deve fazer. Habitualmente o leite de vaca, sem preparação, não é recomendado a bebés com idade inferior a um ano, na medida em que não contém os nutrientes adequados ao seu crescimento, além de poder desencadear problemas digestivos.

    Se, ao dar o biberão, acontecer o bebé não o tomar todo deverá deitar fora a porção que sobrou, uma vez que o ar que volta a passar na tetina contém bactérias susceptíveis de contaminar o leite e, por conseguinte, o bebé.

    Outra preocupação das mães prende-se com a quantidade de leite a administrar ao seu filho.

    Trata-se, no entanto, de uma dúvida sem resposta absolutamente concreta, uma vez que essa quantidade tende a variar de bebé para bebé e no mesmo bebé varia com o seu apetite. Uma regra contudo deverá ter presente: não aumente demasiado e por sua conta as quantidades prescritas pelo pediatra.

    O ideal é que, logo após o nascimento do bebé, este seja acompanhado por um pediatra que a ajudará a esclarecer toda uma série de questões relacionadas com a alimentação do bebé e não só. O pediatra indicar-lhe-á como e em que alturas deve ir aumentando as quantidades de leite. Em caso de dúvidas utilize as quantidades que poderão estar referidas nas embalagens e logo na primeira consulta confirme com o médico se as quantidades que está a dar são as adequadas. Ele dar-lhe-á informações precisas de como deve proceder.

    Aprender a dar o biberão

    Para dar o biberão ao bebé, deve sentar-se, de preferência, numa cadeira baixa, com os pés bem assentes no chão e as costas devidamente apoiadas, se necessário com uma almofada. O bebé deve ser segurado nos braços, ligeiramente soerguido e com a cabeça apoiada na prega do seu cotovelo. É importante que o bebé fique bem instalado no colo, com a possibilidade de mexer os braços e as pernas de um modo confortável.

    Antes de começar a dar o biberão ao bebé, é de todo aconselhável verificar a temperatura do leite (previamente aquecido durante cerca de cinco minutos), deixando cair umas gotas sobre as costas da mão. O leite deverá estar à temperatura do seu corpo.

    Depois é só dar início à tarefa - sempre agradável - de alimentar o bebé, seguindo determinados passos:
    • Tocar, ao de leve, na bochecha do bebé com um dos dedos que segura o biberão, com vista a chamar-lhe a atenção para o mesmo e, sobretudo, para lhe despertar o reflexo da sucção.
    • Deixar o bebé chupar a quantidade de leite que quiser. Ele é o melhor avaliador das suas necessidades e apetite.
    • Segurar firmemente no biberão e mantê-lo inclinado, por forma a que a tetina esteja sempre cheia de leite e o ar não entre levando a criança a ingeri-lo, o que lhe desencadearia vómitos ou cólicas.
    • O bebé alimentado a biberão, normalmente, engole mais ar do que quando é alimentado ao peito, pelo que a refeição deve ser interrompida uma ou duas vezes para lhe permitir arrotar.
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