medico gravida

Há muitas mulheres que são portadoras de doenças crónicas e querem engravidar, mas receiam que a sua doença seja um impedimento à concretização desse desejo. Porém, em muitos desses casos e desde que se verifique um acompanhamento médico permanente e cuidado, esse desejo poderá realizar-se.


As doenças cardíacas

Durante a gestação, o coração materno será obrigado a fazer um esforço suplementar, na medida em que tem de bombear mais 30 a 40% de sangue por minuto para efectuar a circulação sanguínea do feto, o que pode acarretar problemas acrescidos a uma mulher portadora de uma doença cardíaca.

Na maior parte dos casos, a doente cardíaca que pretende engravidar poderá fazê-lo, sendo, porém, sempre aconselhável consultar o médico antes de conceber. O médico estudará o seu caso, a fim de verificar as condições do seu aparelho cardio-circulatório para suportar o esforço da gravidez e do parto.

Medicamentos utilizados para cardiopatias e arritmias diminuem a coagulação do sangue, o que pode prejudicar o feto, daí a necessidade de ser controlada pelo seu médico que fará um ajustamento na medicação. Além disso, quer as cardiopatias quer as arritmias podem agravar-se durante a gravidez, o que aconselha a que haja sempre um acompanhamento médico adequado.

Se a mulher sofrer de febre reumática, na maior parte dos casos, poderá engravidar, desde que também tenha um acompanhamento clínico permanente.

Contudo, há casos de doenças cardíacas em que poderá não ser aconselhável que se engravide. Acontece nos casos de estenose da válvula aórtica, na coarctação da aorta e em casos de certas deformidades cardíacas graves. Em algumas situações poderá fazer-se uma correcção círurgica, de modo a possibilitar uma gravidez.

Cada caso tem de ser pois estudado pelo médico que dará as indicações ou contra-indicações devidas.

Há que referir ainda, que os filhos de mães portadoras de deficiências cardíacas congénitas têm uma maior propensão de, também eles, virem a sofrer de anomalias congénitas, embora não seja regra.


A epilepsia

As mulheres epilépticas podem, na maior parte dos casos, engravidar. No entanto, devem ter em conta que correm maiores riscos de vir a ter complicações, nomeadamente uma maior frequência dos ataques epilépticos. Assim sendo, é conveniente que as grávidas nestas condições tenham um acompanhamento médico permanente para, nomeadamente, reajustar a medicação sempre que necessário, já que com a gravidez o organismo feminino processa os medicamentos de forma diferente.

Os filhos de mães epilépticas estão mais propensos a atrasos no desenvolvimento e crescimento, e a defeitos congénitos relacionados com a medicação tomada pela grávida. Mas se esta não for medicada, os riscos serão maiores, quer para ela quer para o seu filho.

Para além disso, as mães epilépticas têm maiores probabilidades de vir a sofrer de hemorragias e de ter um parto prematuro. O recomendável nestes casos é ter uma boa assistência clínica, e cumprir rigorosamente todas as prescrições médicas.


Asma

A asma


É uma doença do aparelho respiratório, que consiste na obstrução, maior ou menor, das vias respiratórias o que tem como consequência dificultar a respiração dos doentes.

A maior parte das mulheres asmáticas que engravidam não têm alterações do seu estado de saúde, enquanto outras sentem até melhoras. Existem também algumas mulheres que vêm o seu estado piorar.

Actualmente, os medicamentos utilizados para prevenir e aliviar esta doença não são nocivos para o bebé, pelo que as asmáticas podem e devem continuar a usar os medicamentos durante a gravidez. É sempre necessária observação médica constante e anterior à própria concepção.


A hipertensão

As mulheres que sofrem de hipertensão podem engravidar, desde que continuem a usar a medicação para baixar a pressão arterial e que sejam constantemente observadas pelo médico. A maior parte dos medicamentos utilizados para controlar e ou reduzir a tensão arterial elevada são seguros durante a gravidez, à excepção dos inibidores das enzimas de conversão, que podem ser substituidos por outros. O seu médico aconselhá-la-á sobre esta substituição.

A pressão arterial elevada ( 140/90 ) é uma complicação que também pode surgir apenas durante a gravidez em mulheres que, até essa altura, nunca tiveram este tipo de problemas.

É essencial que se faça o controle regular da pressão arterial da grávida, a fim de verificar qualquer subida de tensão e caso tal aconteça, tratá-la em conformidade, dado que a pressão arterial elevada pode acarretar sérios problemas para mãe e filho.


diabetes

A diabetes


Actualmente, é possivel uma diabética conceber e ter uma gravidez segura. Contudo, deve ter uma alimentação cuidada e medicação adequada. Deve estar submetida a uma cuidada vigilância dos seus níveis de glicémia ou de açúcar no sangue. Esta vigilância é fundamental, pois se os níveis de açucar no sangue forem altos o bébé corre o risco de nascer com peso acima do normal, o que dificultará o parto e fará aumentar as probabilidades de ter de se submeter uma cesariana. Também poderão aumentar os riscos de aparecimento de certos defeitos para o feto, nomeadamente a nível da medula espinal, rins e coração.

Pode acontecer que, uma mulher saudável desenvolva diabetes durante a gravidez. É o que se chama diabetes gestacional, que tende a desaparecer depois do parto.