Inserido Inicialmente por Lostinha
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Olá Lostinha,
Já aqui falaram da questão dos períodos de carência dos seguros de saúde. Normalmente, são de pelo menos 90 dias e podem ir até 365 dias para questões relacionadas com gravidez e parto. Mas há uma coisa importantíssima que deves ter em conta: nenhum seguro de saúde, seja onde for, abrange casos de infertilidade. Disseram-mo vários GO que contactei (e tenho profissionais de seguros na família). Isto é porque a infertilidade não é reconhecida como doença pela OMS. As várias causas que a provocam, podem ser, mas a infertilidade em geral, não.
Em quaisquer condições gerais dos seguros de saúde vem indicado isto. O que sucede é que, na maioria das vezes, as questões de infertolidade são diagnosticadas e tratadas (e bem) como assuntos de ginecologia/obsterícia e as companhias de seguro pagam, SE NÃO DESCONFIAREM DE QUE SE TRATA DE UM PROBLEMA DE INFERTILIDADE. Se desconfiarem, começam muitas vezes a perguntar ao médico se se trata ou não de um problema de indertilidade e depois é um sarilho para pagarem uma consulta de ginecologia que seja,
Segundo o meu anterior GO - senhor de cabelos brancos, muito experiente e muito sábio - certos exames não se devem sequer tentar apresentar aos seguros de saúde, a ver se pega, precisamente para não abrir essa caixa de Pandora. Porque não só não pega como arranja inúmeros problemas no futuro. O meu namorido, por exemplo, quando teve de fazer um espermograma, pagou-o do seu bolso e não disse nada.
Eu teria o maior cuidado antes de apresentar uma despesa relativa a uma histersalpingografia a um seguro de saúde, mesmo que o período de carência já tenha passado. Ao contrário de exames como ecografias ou histeroscopias, que podem ser necessários em inúmeras situações, a histerssalpingograia é um exame "clássico" prescrito nos casos de infertilidade, porque raramente as pessoas estão preocupadas em diagnosticar ou tratar uma obstrução das trompas a menos que estejam a tentar engravidar e não consigam. E é um claro sinal de alerta para a companhia de seguros. Se fosse a ti, tentaria informar-me discretamente (e sempre sem me identificar) sobre os planos de coberturas. Uma ideia é perguntar directamente ao médico se conhece algum seguro que abranja tal exame - normalmente eles sabem e até pode ser que não se importem de o facturar de forma a não levantar suspeitas (por exemplo, subdividindo os diferentes actos médicos, para evitar facturar uma histerossalpingografia (conheço casos de FIV em que os médicos facturaram cada acto médico em separado, desde as ecos necessárias à punção, precisamente para garantir que o seguro pagasse o mais possível - se se limitassem a facturar uma FIV, na globalidade, não pagaria nada).
Espero ter ajudado. Por favor, não te precipites com isso, porque podes ir arranjar mais problemas do que pensas. E boa sorte
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