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Mil e uma perguntas aos que já adoptaram

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  • Mil e uma perguntas aos que já adoptaram

    Olá,

    Sou uma futura candidata a mãe de coração (solteira).
    É uma opção de vida, não devido a infertilidade, ou qualquer outra situação do género, mas porque existem tantas crianças no mundo sem pais, e tenho muito a amor de mãe para dar, que o meu coração diz-me que esta é a minha forma de ser mãe.

    Pretendo iniciar um processo de adopção no proximo ano. No entanto tenho um sem numero de questões, e não sei onde obter a resposta. Talvez as mães/pais adoptivos deste forum me possam ajudar.

    A minha intenção é a de adoptar 2 crianças (irmão e irmã), visto que sou uma de três filhos e não consigo ver a vida sem irmãos. Mas a ideia de me entregarem 2 crianças já com a ideia de serem adoptados e sem que exista uma aproximação anterior, assusta-me bastante e não a axo a mais correcta.

    Pelo que gostaria de saber como é feita a selecção da(s) crianças a adoptar, se pode ser solicitada a adopção de uma criança especifica, que esteja integrada numa instituição.
    Se existe possibilidade de interacção com várias crianças (sem o conhecimento das mesmas do interesse de adoptar) para verificar se existe uma aproximação e/ou compatibilidade entre as duas partes;

    Neste momento estou a prepara-me financeiramente e fisicamente (habitação) para que possa receber os meus futuros filhotes, mas não sei na realidade quais são os requisitos nesses pontos.

    Ou seja no geral quais são os parametros que tornam um pai/mãe um bom candidato a adoptante;


    Obrigado

  • #2
    RE:

    Olá,

    Não, não podes escolher a criança. Depois de te inscreveres tens que esperar que a seg. social te proponha uma criança que corresponda ao perfil que definiste e para a qual considerem que tu te és uma candidata adequada.

    No máximo, o que pode acontecer é tu conheceres uma criança que esteja para adopção mas para a qual não se encontre candidato, podendo tu, nesse caso, tentar adoptá-la. Isto acontece, por exemplo, em situações em que alguém é familia amiga de uma criança institucionalizada, acabando por a adoptar. São habitualmente crianças mais velhinhas, de colocação dificil.

    Tirando estas situações excepcionais, não há qualquer contacto com a criança. A seg. social propõe-te uma criança, dá-te os dados dos relatórios social e psicológico, dá-te informação médica e tu decides. A partir daí inicia-se a aproximação à criança, que pode ser mais ou menos demorada, consoante o centro distrital e o perfil da criança.

    Os parâmetros que te tornam um bom candidato à adopção? Não sei, não serão os mesmo que nos tornam bons candidatos a sermos pais e mães biológicos? Acho que sim, acrescidos de um outro: sermos capazes de conviver com a adopção dos nossos filhos de uma forma saudável, sem termos necessidade de a esconder ou de procurarmos crianças à nossa imagem como forma de 'esquecermos' que não os geramos.

    Boa sorte.

    Marta







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    • #3
      RE:

      Obrigado pela informação Marta.

      A minha intenção de adoptar não é limitada a bebés, mas crianças um pouco mais velhas, dos 1 aos 8anos...

      Também concordo que os parametros de um bom candidato a adoptante deveriam ser os mesmos de um pai biológico. Coloquei a questão porque, segundo o que tenho ouvido, para que se seja aprovado como candidato a adoptante tem de se ter determinadas condições, e são essas condições que desconheço.

      Estou a tentar inteirar-me ao maximo de toda a informação possivel, antes de iniciar o processo.

      Algo me faz bastante confusão, que é o processo de apresentação. Comentaram-me que a primeira apresentação é feita apartir de uma primeira visita de 1,5dias.
      É realmente assim que acontece, ou existe uma aproximação gradual anterior á primeira estadia da(s) crianças na nossa casa?
      Temos hipotese de conhecer as crianças sem que saibam da nossa pretenção de adopção, para que se verifique se existe uma ligação entre nós?

      A ideia de que possa não haver uma ligação, e de que as crianças se sintam rejeitadas de novo, é algo que me assusta e que considero extremamente violento, dai o meu receio e preferencia por uma interacção anterior.

      Bjs
      Sarita

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      • #4
        RE:

        Olá,

        Não há qualquer lista de condições a preencher,pelo menos que se saiba. Economicamente, tens que ter as condições razoáveis para criar uma criança. Não tens que ser rica, ter uma vivenda e coisas desse género....Estabilidade financeira será o fundamental. Convém teres um quarto para a criança, que poderá entretanto ter qualquer outro uso. Se de momento não tiveres um quarto, convirás que tenhas já presente uma solução de futuro para apresentar quando te questionarem.

        Quanto à fase de conhecimento...provavelmente tudo dependerá dos centro distrital, do local onde a criança se encontra e do seu perfil da criança (idade e relatórico social e psicológico). Pelo que me vou apercebendo - o meu caso foi diferente - é como dizes. Há um primeiro contacto em que o candidato é apresentado como tal ou, em alguns casos, como um amigo. Claro que as crianças mais velhas percebem logo do que se trata. Sucedem-se vários encontros até a criança ir para a sua nova casa. Sei porém de uma situação em que o 1º contacto se fez sem que a criança tivesse consciência disso, isto é, o casal não esteve sozinho com ela, mas com um grupo de crianças e só progressivamente foram ficando mais sozinhos. Mas tratava-se de uma criança pequenina e foi só uma forma de diferente de criar proximidade.

        Receio de não haver uma ligação...julgo que todos o temos. E o facto de não haver uma ligação nos 1º encontros não quer dizer nada. Mesmo numa maternidade biológica, nem sempre a vinculação é imediata. O processo de vinculação leva tempo, em alguns casos mais do que noutros. Há quem não tenha coragem de o admitir, pois isso faz-nos sentir que não somos boas mães ou bons pais, e por isso a vida está cheia de falsas histórias cor-de-rosa que nos leva a ficar à espera do maravilhoso amor à primeira vista...mas isso pode não acontecer. O que não quer dizer que não venhamos a amar essa criança mais do que tudo na vida. A depressão pós-adopção existe. Só não se fala muito nela.

        Não sei que mais te diga. Pesquisa em outros fóruns e encontrarás certamente vários relatos dessa fase do processo.

        Se tiveres abertura para crianças até 8 anos, o tua espera será de certeza curta.

        Marta

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        • #5
          RE:

          Eu do pouco que sei,posso te dizer que adoptar bébés e crianças pequenas é mto,mto,mto difícil,existe uma longa lista de

          espera de anos,só estão disponiveis + velhos p´raí dos 7 anos em diante...,crianças com deficiência e alguns de côr são os

          que ficam.....por isso é que a maior parte das pessoas em portugal vai adopta-los a áfrica e américa do sul

          (BRASIL,GUATEMALA,PERU,VENEZUELA,COLOMBIA,ETC)para te ser sincera se fosse a ti fazia isso,é mto mais rápido!

          Para adopção em Portugal pedem alguns requisitos,antes tinhas de estar casada pelo menos há 5anos agora já n é

          preciso,mas tens que ter "comprovativos "de que sempre tiveste uma estabilidade financeira e outras

          borocracias,coisa que não exigem assim tanto lá fora!


          :2cents: TENS É QUE SER BOA MÃE E DAR MTO AMOR E CONDIÇÕES O RESTO N INTERESSA,BOA SORTE:clap:

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          • #6
            RE:

            Olá,

            Atenção: ningém pode adoptar internacionalmente sem cumprir os requisitos cá e ter um certificado para adopção internacional da seg. social. E não é verdade que os outros países exigem menos. Comprovativos de estabilidade económica e profissional, relatórios médico (atestado), social e psicológico requisitos comuns à grande maioria dos países, se não a todos.

            A 1ª fase do processo da adopção internacional é em tudo igual ao da nacional: há que cumprir os requisitos legais, passar pelas entrevistas e visita domiciliária. Obtem-se um certificado que refere qual o país a que se candidata. Toda a documentação - incluindo os relatórios da seg. seg. - é enviada pela nossa a autoridade central para a autoridade central do país a que nos candidatamos.

            E aos requisitos de cá acrescem o do país a que nos candidatamos. Por exemplo, um singular pode adoptar cá, mas pode não o poder fazer fora. Pode também haver uma exigência diferente quanto ao nº de anos de casamento, etc...

            A adopção internacional não é, de modo algum, uma forma de contornar a lei portuguesa. É apenas uma opção, e é uma opção dificil pois contacta-se com realidades e culturas muito diferentes. E embora possa ser mais rápido, há grandes limitações em termos de países. Teoricamente, Portugal pode adoptar em muitos países. Na prática, não é bem assim, pois o caminho está todo por abrit. E isso é um processo dificil e demorado.

            Marta


            Comentar


            • #7
              RE:

              Olá,

              Nesta fase não pondero a adopção internacional, porque para além da idade (coloco até aos 8anos, devido á falta de experiencia maternal, que penso que nestes anos, seja mais facil uma adaptação e aprendizagem, para além de ser uma idade que conheço bem e com a qual sei lidar), não coloco objecções de cor, ou especificações fisicas.
              Penso que um processo de adopção não seja facil no que diz respeito á adaptação, e se para além de uma nova familia e casa, juntar um novo pais e lingua, complica bastante a situação.. Para quem já foi mãe, penso que o processo fique facilitado.

              A Marta colocou uma questão, sobre a qual estou a tentar intereirar-me. O primeiro livro que adquiri foi o "A aventura da Adopção" de John R. Thompson, que aborda a depressão pós adopção. Estou a espera do "Abandono e Adopção" do Eduardo Sá. Estes dois livros foram-me aconselhados, para que me inteire dos pontos positivos e negativos.

              Uma das minhas questões é relativa aos comprovativos mencionados... Tenho conhecimento de que é necessário entregar uma série de "papeis", mas desconheço quais e em que formato. Sabem onde posso inteirar-me do "passo a passo" de todos os procedimentos, elementos e requisitos necessários?

              Ainda estou a cerca de um ano de distancia de poder iniciar o processo, visto que a minha casa não tem quarto extra e terei de adquirir uma casa maior. Pelo que entendo no inicio do processo já temos de ter todas as condições para receber uma criança. Mas quero inteirar-me de tudo, para que esteja preparada quando iniciar o processo e não hajam falhas.

              Sarita

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              • #8
                RE:

                Olá,

                Sim, se estás receptiva a uma criança mais velhinha, não há qualquer vantagem na adopção internacional...muito pelo contrário.

                Quanto à documentação, encontras tudo no Portal do Cidadão:



                Mas se só te vais candidatar daqui a 1 ano, não tens que te preocupar com isso agoral. No máximo, podes dar uma vista de olhos ao inquérito.

                Não estou certa de que tenhas já que ter um quarto extra. Sei de quem não tinha; dividiu uma sala quando a criança lhe foi entregue. Se é só isso que te faz adiar, informate na Seg. Social.

                Marta

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                • #9
                  RE:

                  Olá

                  Mais uma vez obrigado Marta.
                  Já tinha visitado o site da segurança social, mas a informação e os impressos eram mais vagos.

                  A minha casa realmente não dá, visto que vivi num studio (T0), casa tipicamente para solteiros. è muito pequena para crianças, vejo isso quando os meus sobrinhos pernoitam cá

                  Mas surgiu-me nestes ultimos dias uma boa oportunidade que vou estudar, e possivelmente vou poder avançar com o meu sonho uns mesinhos

                  Vou dando noticias. Muito obrigado pela ajuda até agora.

                  Bjs Sarita

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                  • #10
                    RE:

                    Acima de tudo, muito boa sorte heartmomy.

                    Ah, e vai deixando notícias


                    Início dos treinos: Novembro de 2007

                    A minha cara metade: Ovários Poliquísticos

                    Tratamentos:
                    - 2 coitos programados (-)
                    - 1 IIU (-)
                    * 2ª IIU a decorrer

                    Comentar


                    • #11
                      RE:

                      Parabéns! Pela tua coragem de partilhar esse amor...

                      Também gostava muito de adoptar, acreditas que de repente a vontade cresceu ainda mais...

                      Se algum dia avançar não será para já a minha Rita ainda é muito pequenina, e ainda olho para ela e nem acredito que ela existe, que existe mais uma vida na nossa casa o que é fantástico e que me faz super feliz.

                      Beijinho e muitas felicidades!

                      Comentar


                      • #12
                        RE:

                        Olá,

                        Eu sou mãe (de coração) solteira de um lindo menino mulatinho, com T21.
                        Coloquei o “de coração” entre parêntesis, porque quando somos mães, não importa se os nossos meninos foram gerados na nossa barriga ou não.

                        Também não decidi adoptar por ter algum tipo de problema relacionado com infertilidade. É apenas algo que sempre quis fazer… sempre quis ajudar uma criança a ser mais feliz… E isso acho que tenho conseguido com o meu Tesourinho.

                        Uma coisa te digo em relação a iniciares o processo de adopção no próximo ano: prepara-te muito bem psicologicamente. Se não aceitares crianças diferentes, a espera pode ser muito longa. Se aceitares crianças diferentes, podes ter quase toda a gente contra ti.

                        Para teres ideia de como funcionou o processo (no meu caso), posso dizer-te que enviei (via CTT) toda a documentação necessária para a SS no dia 07/10/2005 (véspera dos meus anos).
                        Cerca de 4 meses e 3 entrevistas (informação do processo, visita a casa e avaliação psicológica) depois fui considerada candidata apta (fui candidata individual).
                        Na minha candidatura tinha as seguintes exigências: criança até 3 anos; não pode ser deficiente profundo; não pode estar em cadeira de rodas (moro num 3º andar sem elevador)
                        Em Setembro de 2006 fui chamada à SS para me apresentarem o processo do meu Tesourinho. Fui imediatamente informada que tinha tempo para pensar e que podia não aceitar esta criança.

                        E é assim que o processo deve funcionar. Não somos nós que escolhemos uma criança. É a SS que nos atribui uma. Se eu tivesse ficado grávida aceitaria o meu filho como viesse… para mim é exactamente isso, aceitei o meu filho como veio… apaixonei-me por aquele menino mal vi o processo dele.

                        Se temos a capacidade para amar incondicionalmente, porque é não teremos essa capacidade se não conhecer-mos previamente a criança?

                        O meu Tesourinho está comigo desde Outubro de 2006. O processo de adopção foi concluído em Setembro de 2007

                        P.S.: Convido-te a aceder ao blog que fiz para o meu Tesourinho: http://otesourinho.blogspot.com
                        Aqui podes ver um bocadinho da história do meu menino. Podes também ver a participação dele (em Outubro ultimo) no programa da Fátima Lopes (na SIC). Este programa está em 4 videos no blog. O blog também inclui uma barra de videos do meu Tesourinho...

                        Bjs
                        Maria João
                        Maria João
                        Mãe de um menino com T21
                        http://otesourinho.blogspot.com

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                        • #13
                          RE:

                          Parabéns Maria João, fui visitar o blog e fiquei encantada com as tuas palavras e com o teu tesouro.

                          A minha intenção é a de tentar limitar as minhas exigências, tenho no entanto consciencia da dificuldade de educar uma criança com deficiencias.
                          Quero adoptar um casal de irmãos (caso a SS me permita), e não coloco objecções a que uma das crianças tenha qualquer tipo de deficiencia.
                          Alguns dias atrás decidi preencher os impressos da SS, tendo-os lido previamente, aparentemente as respostas pareciam-me simples, no entanto enquanto os preenchia, um sem numero de questões emergiu, sendo uma delas a definição das restrições.
                          Sendo que inicialmente só tinha dos 0 aos 8anos e que fosse um casal de irmãos, nada mais. Que o destino me entregasse os filhotes que me estão designados...

                          No entanto tenho de ser realista e de analisar a minha real capacidade de

                          Comentar


                          • #14
                            RE:

                            Mantém esse desejo.. e dás á Rita um maninho(a) do coração.
                            Eu não coloco de parte ser mãe de barriga, mas somente depois de adoptar, o meu coração chama mais alto que que o meu relógio biológico

                            Beijinhos e continua a sonhar
                            Sarita

                            Comentar


                            • #15
                              RE:

                              OLá, quero apenas desejar-te boa sorte. A partir do momento em que digas que não te importas de adoptar uma criança com mais de 6 anos tens a vida facilitada porque a mairia quer dos 0 aos 3 anos ou dos 3 aos 6 anos. Espero que corra tudo bem. Pelo que tenho ouvido dizer, a questão financeira é importante, n tens que ser rica, mas tens que ter uma vida financeira muito estável.
                              Bjs

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