Olá meninas!
Vou relatar o que se passou no dia do nascimento do meu príncipe, uma vez que ler as vossas experiências sempre me ajudou e tranquilizou.
No dia 20/12/2011, dei entrada no Hospital dos SAMS nos Olivais para indução do trabalho de parto pelas 8h30m. Subi ao 4º piso, o da maternidade e levaram-me para o quarto 403, o mesmo onde 4 anos antes tinha tido a minha princesinha Inês.
Mandaram-me despir, vestir a bela da bata branca e azul, fazer o clister e deitar-me à espera que a enfermeira viesse ter comigo. Pouco depois entrou o pai que ficou ao meu lado todo o dia e a enfermeira que me veio pôr o soro e da meio comprimido (9 horas) que se desfez na boca para iniciar o trabalho de parto.
Em poucos minutos as contrações começaram logo muitos rápidas, de 3 em 3 minutos e a aumentar de intensidade. Depressa atingiram os 100% de intensidade.
Fui aguentando sem grandes dores, embora a enfermeira me viesse perguntar regularmente se queria a epidural uma vez que as contrações estavam fortes e estava lá outra mamã que, com muito menos contrações já a tinha ido levar.
A manhã foi passando e só por volta das 14h30m as dores começaram a apertar. A médica veio fazer-me um toque e rebentar-me as águas com os dedos. Ia trepando pela cama acima, mas tive de me aguentar. Só me ri quando vi a médica ficar com a manga da camisa encharcada. :P
Ainda aguentava as dores, mas começei a ficar com medo de ficarem insuportáveis e o anestesista depois não ter disponibilidade. O facto de estar concentrada na respiração, embora nunca tenha tido aulas de preparação para o parto, ajudou muito e só pensava que estava cada vez mais perto a hora do meu menino nascer.
Cada vez que me faziam o toque a dilatação pouco ou nada tinha evoluido e a médica não conseguia perceber porquê.
Levei a epidural às 15h30m, o que demorou uma eternidade pois a anestesista não conseguia encontrar o sítio. Só sei que fiquei com uns 10 buraquinhos nas costas, mas a simpatia dela acabou por ajudar o tempo a passar e facilitar o facto de estar cheia de contrações e ter de estar imóvel.
Voltei para o quarto e às 16h20m deram-me mais Ocitocina para ajudar o trabalho de parto a evoluir. A partir das 18 horas as dores começaram a voltar em força.
A médica foi-me fazendo toques, cada vez mais dolorosos e o Gustavo continuava a não descer e eu a não fazer dilatação porque ele não descia. Às 19h já só pedia o reforço da epidural e a médica dizia que não podia ser porque se não fizesse a dilatação tinhamos de seguir para cesariana e ia precisar da anestesia para essa altura. Entrei em pãnico. Cesariana era a última coisa que queria... Disse que preferia sofrer mais um pouco e tentar o parto natural. Ainda por cima a médica saía de serviço às 20h e começei a pensar que ia lá ficar sem ela. Fui para a bola de pilates para ver se ajudava e nada, embora suportasse melhor as dores assim pois fazia força nas pernas e agarrava-me à porta do armário.
As horas passaram, os toques continuaram a transmitir a mesma informação e pelas 21h a médica disse que nao havia outra hipótese, que a dilatação tinha parado nos 5 dedos e que não ia avançar. O sofrimento não estava a dar resultado.
Despedi-me do meu marido que teve de ficar do outro lado do vidro da sala de operações, ansioso pela chegada do nosso príncipe.
Deram-me a epidural e nessa altura a anestesista explicou-me que se tivesse levado o reforço quando pedi, a cesariana não correria tão bem. Fartei-me de falar durante todo aquele tempo, tremia como varas verdes graças á anestesia e senti tudo o que me fizeram na barriga. Sentimos a pressão, eles a mexerem, até alguma dor. O Gustavo tinha o cordão umbilical apertado à volta da barriga e era isso que o prendia e não otinha deixado descer e nascer naturalmente.
Acabou por sair puxado por uma ventosa, às 21h25m e puseram-no logo junto à minha cara, cheio de sangue e com os olhinhos muito abertos a olhar para mim. Beijei-o e deixei que o levassem para vestir e conhecer o papá. Não sabia mas os avós e mana também estavam à espera dele no vidro da Neonatologia e conheceram-no logo. Senti que tinha acabado de nascer a segunda metade do meu coração.
Coseram-me e voltei para o quarto para onde levaram logo de seguida o mais novo membro da família. Entraram o meu marido, os meus pais e a minha filha linda que ficou a olhar para o mano com emoção e surpresa. É mesmo um momento único.
Depois foram-se todos embora, o meu marido foi com a minha filhota para ela não sentir tanto e eu fiquei sozinha com o meu bonequinho, a adorar aquele que durante 9 meses tinha sido unicamente meu e só meu.
Já passaram 22 dias e continua a passar horas a olhar para aqueles olhinhos lindos e a sentir-me a mulher mais feliz do mundo por ter dois filhos tão lindos e saudáveis!
O testemunho é grande, mas é a única forma de conseguir transpôr todos os sentimentos vividos naquele dia tão mágico.
Beijinhos a todas*
Vanessa
Vou relatar o que se passou no dia do nascimento do meu príncipe, uma vez que ler as vossas experiências sempre me ajudou e tranquilizou.
No dia 20/12/2011, dei entrada no Hospital dos SAMS nos Olivais para indução do trabalho de parto pelas 8h30m. Subi ao 4º piso, o da maternidade e levaram-me para o quarto 403, o mesmo onde 4 anos antes tinha tido a minha princesinha Inês.
Mandaram-me despir, vestir a bela da bata branca e azul, fazer o clister e deitar-me à espera que a enfermeira viesse ter comigo. Pouco depois entrou o pai que ficou ao meu lado todo o dia e a enfermeira que me veio pôr o soro e da meio comprimido (9 horas) que se desfez na boca para iniciar o trabalho de parto.
Em poucos minutos as contrações começaram logo muitos rápidas, de 3 em 3 minutos e a aumentar de intensidade. Depressa atingiram os 100% de intensidade.
Fui aguentando sem grandes dores, embora a enfermeira me viesse perguntar regularmente se queria a epidural uma vez que as contrações estavam fortes e estava lá outra mamã que, com muito menos contrações já a tinha ido levar.
A manhã foi passando e só por volta das 14h30m as dores começaram a apertar. A médica veio fazer-me um toque e rebentar-me as águas com os dedos. Ia trepando pela cama acima, mas tive de me aguentar. Só me ri quando vi a médica ficar com a manga da camisa encharcada. :P
Ainda aguentava as dores, mas começei a ficar com medo de ficarem insuportáveis e o anestesista depois não ter disponibilidade. O facto de estar concentrada na respiração, embora nunca tenha tido aulas de preparação para o parto, ajudou muito e só pensava que estava cada vez mais perto a hora do meu menino nascer.
Cada vez que me faziam o toque a dilatação pouco ou nada tinha evoluido e a médica não conseguia perceber porquê.
Levei a epidural às 15h30m, o que demorou uma eternidade pois a anestesista não conseguia encontrar o sítio. Só sei que fiquei com uns 10 buraquinhos nas costas, mas a simpatia dela acabou por ajudar o tempo a passar e facilitar o facto de estar cheia de contrações e ter de estar imóvel.
Voltei para o quarto e às 16h20m deram-me mais Ocitocina para ajudar o trabalho de parto a evoluir. A partir das 18 horas as dores começaram a voltar em força.
A médica foi-me fazendo toques, cada vez mais dolorosos e o Gustavo continuava a não descer e eu a não fazer dilatação porque ele não descia. Às 19h já só pedia o reforço da epidural e a médica dizia que não podia ser porque se não fizesse a dilatação tinhamos de seguir para cesariana e ia precisar da anestesia para essa altura. Entrei em pãnico. Cesariana era a última coisa que queria... Disse que preferia sofrer mais um pouco e tentar o parto natural. Ainda por cima a médica saía de serviço às 20h e começei a pensar que ia lá ficar sem ela. Fui para a bola de pilates para ver se ajudava e nada, embora suportasse melhor as dores assim pois fazia força nas pernas e agarrava-me à porta do armário.
As horas passaram, os toques continuaram a transmitir a mesma informação e pelas 21h a médica disse que nao havia outra hipótese, que a dilatação tinha parado nos 5 dedos e que não ia avançar. O sofrimento não estava a dar resultado.
Despedi-me do meu marido que teve de ficar do outro lado do vidro da sala de operações, ansioso pela chegada do nosso príncipe.
Deram-me a epidural e nessa altura a anestesista explicou-me que se tivesse levado o reforço quando pedi, a cesariana não correria tão bem. Fartei-me de falar durante todo aquele tempo, tremia como varas verdes graças á anestesia e senti tudo o que me fizeram na barriga. Sentimos a pressão, eles a mexerem, até alguma dor. O Gustavo tinha o cordão umbilical apertado à volta da barriga e era isso que o prendia e não otinha deixado descer e nascer naturalmente.
Acabou por sair puxado por uma ventosa, às 21h25m e puseram-no logo junto à minha cara, cheio de sangue e com os olhinhos muito abertos a olhar para mim. Beijei-o e deixei que o levassem para vestir e conhecer o papá. Não sabia mas os avós e mana também estavam à espera dele no vidro da Neonatologia e conheceram-no logo. Senti que tinha acabado de nascer a segunda metade do meu coração.
Coseram-me e voltei para o quarto para onde levaram logo de seguida o mais novo membro da família. Entraram o meu marido, os meus pais e a minha filha linda que ficou a olhar para o mano com emoção e surpresa. É mesmo um momento único.
Depois foram-se todos embora, o meu marido foi com a minha filhota para ela não sentir tanto e eu fiquei sozinha com o meu bonequinho, a adorar aquele que durante 9 meses tinha sido unicamente meu e só meu.
Já passaram 22 dias e continua a passar horas a olhar para aqueles olhinhos lindos e a sentir-me a mulher mais feliz do mundo por ter dois filhos tão lindos e saudáveis!
O testemunho é grande, mas é a única forma de conseguir transpôr todos os sentimentos vividos naquele dia tão mágico.
Beijinhos a todas*
Vanessa
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