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Contar uma história

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  • Contar uma história

    Contar uma história a um bebé ou cantar-lhe uma canção faz parte, geralmente, da rotina do ir para a cama. Se a criança está ansiosa ou muito agitada, a história ou a canção fazem com que se acalme, transportando-a para o mundo do sonho.

    Quando e como começar a contar histórias

    As histórias são geralmente contadas à noite, para que a criança se acalme e aprenda a desenvolver a sua imaginação. No entanto, mesmo que não se mostre agitada, contar uma história é sempre uma boa actividade, uma vez que não exige qualquer participação activa da parte do bebé. Mas há variados momentos indicados para contar histórias e você deve aproveitá-los, uma vez que é aconselhável colocar o seu filho em contacto com a escrita, o mais cedo possível. Esta atitude trar-lhe-á gosto pelos livros e prazer na leitura.

    Uma utilização mais assídua dos livros para contar uma história supõe que o bebé já saiba o que significa imaginar, ou seja, já consiga concretizar as ideias em objectos, desempenhando os pais, neste aspecto, uma função muito importante. Aos oito meses de vida o bebé já consegue entender a designação dos objectos.

    É sempre preferível partir do objecto concreto antes de utilizar o desenho. O melhor será começar pelo próprio corpo do bebé. Os pais poderão pegar na mão da criança e dizer: «É a tua mão», e depois: «Esta é a minha mão, a mão da mamã (ou do papá). A seguir, deverão pegar numa boneca e dizer: «Esta mão é da boneca. Mostra-me a mão da boneca».

    Após este exercício, poderá escolher um objecto familiar ao seu bebé para dizer o mesmo tipo de frases. Só então deverá começar a mostrar-lhe desenhos e explicar-lhe os nomes dos objectos neles representados. Até que o bebé consiga apontar com o dedo o desenho de um determinado objecto que lhe pediram para apontar, pode demorar vários meses. É aconselhável ter-se muita paciência e no dia em que o bebé conseguir apontar correctamente um objecto representado num desenho, poderá começar a contar-lhe e a oferecer-lhe livros de histórias enquanto ele vê as imagens e os folheia.

    O interesse das histórias

    As histórias desenvolvem o vocabulário da criança, ao mesmo tempo que alimentam a sua imaginação. Levam o bebé a seguir um pensamento lógico, em que determinadas acções têm um desfecho esperado ou surpreendente. Mas as histórias proporcionam ainda mais do que isso ao bebé: enquanto despertam a sua inteligência e a sua imaginação, ajudam-no a ver mais claro dentro de si próprio.

    Há personagens de determinadas aventuras nas quais a criança se reconhece, as histórias permitem-lhe imaginar soluções possíveis para os seus medos e os seus conflitos interiores, fazendo com que se sinta mais confiante, uma vez que não é a única pessoa naquela situação. Nos contos em que as boas personagens são realmente boas e as más realmente más, a criança sente-se feliz porque os bons triunfam. A sua visão de um mundo justo começa a ter força.

    O que contar

    Existem muitas colecções de livros de contos ou de histórias para os bebés. Os funcionários das livrarias poderão aconselhá-la sobre os melhores livros para a criança. Os contos tradicionais (o Capuchinho Vermelho, a Branca de Neve, etc.) têm sempre grande êxito junto das crianças, mas há também boas histórias de diferentes partes do mundo que podem ser contadas.

    As histórias mais recentes são igualmente apreciadas pelas crianças. Os bebés gostam muito de histórias de animais com os seus filhotes, com os quais se identificam. Os contos com crianças pequenas são também aconselhados, uma vez que fazem o bebé sentir-se menos só: também as outras crianças fazem asneiras, têm dificuldades e se sentem incompreendidas.

    Se fizer parte daquele grupo de pessoas capazes de inventar histórias, o seu bebé apreciá-las-á muito mais, pois esse tipo de contos tem a vantagem de ser mais pessoal e o bebé pode identificar-se ainda mais com as aventuras.

    Como ler uma história

    As crianças gostam e frequentemente “vivem” a história. É necessário utilizar todos as entoações possíveis, como no teatro, para que o bebé vibre, espere, tenha medo, se sinta emocionado, preocupado ou divertido. Convém que o bebé se surpreenda com os eventos para que sinta o alívio de um final feliz.

    Caso o texto seja um pouco complexo, nunca deverá hesitar em adaptá-lo de forma a que seja melhor compreendido pelo bebé. Pode mudar-se uma palavra, tudo isso faz parte da sua liberdade e criatividade.

    Quando gostam muito de uma determinada história, as crianças adoram ouvi-la várias vezes, chegando mesmo a decorar algumas passagens. Caso você sinta que o bebé gostou de um conto, não deve ter receio de o repetir porque ele vai vibrar de cada vez que o ouvir como se fosse a primeira vez.

    É aconselhável que o bebé tenha acesso aos livros mesmo quando está sozinho, uma vez que pode ter prazer em folheá-los e em contar as histórias que conhece bem, para si mesmo. Os livros serão, no início, rasgados e desenhados, mas, com o tempo, poderá ensinar o seu bebé a respeitá-los e a guardá-los com carinho.

    As canções

    As crianças pequenas adoram que alguém cante para elas. Gostam que as façam saltar nos joelhos ao ritmo da música ou de serem embaladas enquanto a escutam. Caso não conheça canções, pode sempre pedir aos seus próprios pais (avós do bebé) que lhe ensinem algumas. Os avós conhecem muitas canções e as melhores são as que são acompanhadas sempre com os mesmos gestos, pois o bebé antecipa a acção e ri-se imenso, ao mesmo tempo que aproveita para aprender vocabulário. Por outro lado não pode esquecer-se que o que o bebé mais aprecia é a alegria que, através de uma canção, partilha consigo.
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