Os bons hábitos alimentares são importantes para todas as pessoas, mas para a criança em especial. É desde que ela é pequena que a deve ensinar a comer, incutindo-lhe a ideia da necessidade de uma boa alimentação para uma boa saúde, de modo a evitar posteriores problemas de obesidade.
A herança genética
Os filhos de pais com excesso de peso, têm mais tendência para se tornarem crianças ou adultos obesos, isto porque a carga hereditária torna a criança predisposta ao problema da obesidade. Daí que todo o cuidado com a alimentação é pouco.
É necessário que os pais compreendam também que as crianças mais “gordinhas” não são mais saudáveis que as outras. Se a partir do segundo ano de idade a criança começar a emagrecer, não desespere e, principalmente, não a empanturre à força. Trata-se de uma altura em que a criança está mais interessada em descobrir o mundo à sua volta do que em comer.
A criança anda mais, brinca mais e por isso emagrece. O que tem a fazer nestes casos é avaliar se, de facto, se trata do desenvolvimento normal ou se tal se deve a alguma doença. O pediatra indicar-lhe-á se o seu filho se encontra dentro dos parâmetros normais.
O bebé obeso
O bebé obeso é aquele que apresenta uma acumulação excessiva de gordura e peso exagerado em relação à sua própria estatura e massa corporal. Porém há que ter em conta que os ossos e os músculos também pesam e existem em densidades e proporções diferentes em cada pessoa.
Para ter uma ideia se o seu filho é ou poderá vir a ser obeso deve também ter em atenção as características próprias que o diferenciam das outras crianças. Se for uma criança alta, com membros compridos e ossos finos, terá menos tendência para engordar. Mas se, pelo contrário, for baixa, com membros grossos e ossos pesados terá uma maior predisposição para o excesso de peso.
Apesar dos bebés gordos serem engraçados, quando são pequenos, à medida que vão crescendo, não há dúvida que vão perdendo essa qualidade. E se forem ganhando cada vez mais peso, esse facto acaba por tornar-se um problema, não só porque as roupas e os sapatos, próprios e engraçados para a sua idade deixam de lhe servir, mas também e muito mais importante, porque a sua saúde pode estar em risco.
O excesso de peso prejudica a desenvoltura das crianças e, em consequência, o seu desenvolvimento motor. Complica a integração da criança no decurso da sua evolução social, especialmente na escola, devido a todos os preconceitos de que os mais gordos são vítimas, o que, por sua vez, pode deixar sequelas emocionais. Mais tarde a obesidade constitui um factor de grande risco para problemas cardíacos, hipertensão e diabetes, entre outras doenças ligadas ao metabolismo.
O que fazer para evitar este problema
O melhor momento para orientar bem a alimentação da criança, evitando todos estes problemas, situa-se no final do primeiro ano de idade, quando o bebé já desmamou e começou a ser alimentado com o mesmo tipo de alimentos com que se alimenta o resto da família.
A solução está em, desde cedo, habituar a criança a comer alimentos pouco elaborados, sem muitas especiarias, sem condimentos e sem molhos, ensinando-lhe mesmo, a apreciar os alimentos in natura, isto é, tal como são. Só deste modo o seu filho aprenderá a comer comida saudável e nutritiva, o que acaba por lhe evitar uma série de problemas no futuro.
Os aditivos na comida estão na base de todos os vícios alimentares potencialmente danosos. Desde a gordura adicionada aos alimentos quer sob a forma de molhos e maioneses, quer outros, passando pelos fritos e pelo abuso de produtos como óleos e manteigas, especialmente de origem animal.
O uso do açúcar também deve ser muito bem controlado pelos pais. É de referir que, muitas mães colocam, sem necessidade, açúcar no leite do biberão com a desculpa de que assim é mais fácil que o bebé o beba. Ora o leite é naturalmente adocicado e ao tomar esta atitude está apenas a prejudicar o seu filho na medida em que lhe está a introduzir um hábito nefasto que poderá estar na base de futuros problemas de obesidade. A criança estará, com isso, a ingerir açúcares em excesso.
Acostumada a beber o leite doce, a criança depois só beberá o sumo de fruta natural se o mesmo for doce e só comerá com vontade tudo o que tiver um paladar adocicado, rejeitando por exemplo a fruta, alimento adocicado apenas pela natureza e de extrema importância para o seu desenvolvimento.
Os doces, além de provocarem acumulação de gorduras no organismo da criança, causam problemas logo nos primeiros dentes de leite. As primeiras cáries são consequência de alguns destes hábitos nocivos. Por idêntica razão não deve molhar a chupeta em açúcar, como às vez sucede as mães fazerem.
Se toda a família se apresentar com problemas de excesso de peso, esta é, concerteza, a ocasião e a razão ideal para transformar radicalmente os hábitos alimentares de todos.
Tenha por princípio nunca dar ao seu filho uma alimentação excessiva. Este é um dos hábitos que leva à obesidade. Saiba no entanto que existem também certas doenças que conduzem, ela próprias, à obesidade, sendo porém as suas causas menos frequentes.
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Equipa Editorial PinkBlue
- Publicado: 20-06-2002, 00:00
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