De acordo com a fertilização in vitro (FIV), os óvulos são extraídos dos ovários e misturados, em laboratório, com os espermatozóides, seguindo-se a implantação dos embriões que daí resultam no útero. A FIV é a mais comum das técnicas de reprodução assistida.

Descrição do método

Tal como acontece com a inseminação artificial, a FIV também recorre aos medicamentos fertilizantes, prescritos no início do período menstrual para estimular o desenvolvimento de vários óvulos maduros, susceptíveis de serem fertilizados. Normalmente, e em cada mês, os ovários da mulher libertam apenas um óvulo.

Feito isto, seguem-se determinadas etapas:


    [*]Uma vez maduros, os óvulos são extraídos com a ajuda de uma agulha inserida ao longo da parede da vagina. Esta intervenção é feita sob anestesia local.
    [*]Os espermatozóides são combinados com os óvulos, em laboratório.
    [*]Dois dias mais tarde, os óvulos fertilizados transformam-se em células designadas por embrião (fase do ovo correspondente às primeiras oito semanas após a concepção).
    [*]Entre dois a quatro embriões são implantados no útero com o recurso a um cateter. Os embriões que sobraram são congelados e, eventualmente, utilizados em próximas tentativas, caso a presente não seja bem sucedida.
    [*]Se tudo correr de feição, o embrião implanta-se na parede do útero e prossegue o seu desenvolvimento normal.
    [*]Após dez dias, dá-se lugar à realização de um teste para confirmar ou não a gravidez.


Duração do tratamento

Um ciclo de FIV demora entre quatro a seis semanas a ser concluído. O casal tem de despender ½ dia na clínica de fertilidade para se proceder à extracção dos óvulos e respectiva fertilização.

Cerca de dois dias mais tarde, a mulher tem de voltar à clínica para se proceder à implantação dos embriões no útero.

Taxa de sucesso

Em média, a mulher revela 28 por cento de probabilidades de engravidar, caso recorra à FIV. Quanto às hipóteses de dar à luz, a percentagem decresce para 22 por cento.

Estes valores podem sofrer alterações, consoante a gravidade do problema de fertilidade e a idade da mulher – as mulheres mais jovens tendem a produzir óvulos com uma maior qualidade, pelo que a taxa de sucesso aumenta consideravelmente.

Vantagens

Até agora, este procedimento não apresentou quaisquer efeitos secundários para a mãe ou para a criança.

A FIV oferece às mulheres com problemas nas trompas de Falópio (bloqueadas, danificadas ou inexistentes) a possibilidade de conceber um filho biológico.

Inconvenientes

Uma vez que o útero recebe mais do que um embrião, as probabilidades de serem concebidos gémeos ou trigémeos situam-se entre os 20 e os 30 por cento.

A existência de fetos múltiplos contribui não só para o aumento do risco de aborto, como também favorece a ocorrência de outras complicações durante a gravidez.

Nomeadamente enjoos matinais muito fortes, insónias, fadiga, retenção de líquidos e, consequentemente, inchaço das pernas.