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Os tempos mudaram e a prova disso é que a paternidade assume um papel cada vez mais activo e assumidamente mais importante na sociedade. O homem deixou de ser apenas o sustento da família, passando a ocupar-se de tarefas directamente relacionadas com a casa e com o recém-nascido. Incluindo a mudança das fraldas.


O impacto emocional

Ser pai deve ser um dos momentos mais excitantes na vida de um homem. No entanto, as suas emoções tendem a ser subestimadas não só pela companheira (também ela a braços com uma infinidade de sentimentos), como pelos restantes familiares.

Trata-se de uma situação, no mínimo, injusta. Embora a experiência de ter um filho seja vivida internamente pela mulher e externamente pelo homem, este não deve ser encarado como um mero observador (“outsider”) em todo o processo da gravidez.

O apoio do homem é vital para o equilíbrio emocional da mulher que, em retribuição, também deve tentar compreender os sentimentos do companheiro que, se de início estão relacionados com a alegria e excitação, ao longo da gravidez tendem a ganhar a forma de receios e preocupações.

Neste âmbito, uma das maiores dores de cabeça do homem prende-se com os encargos financeiros inerentes ao crescimento da família. Apesar dos tempos serem outros, o homem continua a sentir a obrigação de contribuir mais afincadamente para o sustento da casa. Com a chegada de um novo elemento, essa contribuição ganha um novo peso, sobretudo se a mulher decidir deixar o emprego para cuidar do bebé.

Aquilo que o homem deve tentar fazer é evitar preocupar-se demasiado e tentar desfrutar ao máximo a experiência da paternidade que, ao contrário do que dizem as más-línguas, em nada fica atrás da maternidade.


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Os laços entre pai e bebé


Os pais de hoje estão (quase) completamente rendidos às tarefas relacionadas com o tratamento do recém-nascido.

Por exemplo, dar banho ao bebé, mudar as fraldas ou adormecê-lo deixaram de ser funções exclusivas da mãe para passarem a ser partilhadas com o pai. E o interessante nisto é que, além de terem aprendido a fazê-lo e bem, os homens começam a apreciar estes pequenos momentos.

A intervenção mais activa da figura masculina no papel de pai faz com que haja um fortalecimento dos laços entre este e o filho. Uma situação que, até há uns anos atrás, era encarada como algo perfeitamente dispensável e, se fosse caso disso, compensada pela presença da mãe.

Mas chegou-se à conclusão que a mãe não pode valer por dois. Está provado que a figura do pai é essencial para o equilíbrio emocional e psicológico da criança, independentemente do bom trabalho desenvolvido pela mulher. O mesmo acontece quando a criança é educada sem a presença activa da mãe e apenas com a intervenção paterna.

Em suma, o ideal e caso a vida o permita, é o bebé ser criado conjuntamente pela mãe e pelo pai, numa partilha justa de funções e encargos.


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A relação entre o casal

Nem sempre é fácil para o homem compreender as alterações de humor da companheira grávida de cinco meses. Nem a sua irritabilidade ou choro compulsivo e sem motivo aparente.

Pode não compreender, mas convém estar prevenido. O homem deve começar quanto antes a ler sobre a gravidez e a maternidade. Desta forma, aprende a identificar as alterações físicas e emocionais por que passam as mulheres que esperam um filho.

Feita esta aprendizagem inicial, o homem deve esforçar-se por compensar a companheira, aliviando-a na realização das tarefas domésticas – lavar a louça, limpar o pó, arrumar a roupa – e prestando-lhe todo o apoio moral necessário.

Dialogar. O casal deve esforçar-se por conversar acerca de todos os aspectos susceptíveis de criar mal-entendidos entre ambos, tanto na fase pré como no período pós-nascimento.

Ter um filho, entendida como uma decisão planeada em conjunto, deve servir para fortalecer os laços que unem os cônjuges e não para deteriorá-los. Para tal, é preciso que tanto a mulher como o homem se comprometam a fazer do nascimento do filho a fase mais bonita das suas vidas. E isso não é nada complicado.
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