Bom dia,
Resolvi abrir um novo tema nesta sítio onde ponho o coração a descoberto. O anterior ("Amor faz falta") foi-me extraordinariamente útil para desabafar convosco e, principalmente, comigo própria. Ao escrever, ler e reler a mim e aos meus sentimentos vi-me melhor. Nem sempre gostei do que vi...
"Muda de vida se
tu não vives satisfeito,
muda de vida
estás
sempre a tempo de mudar,
muda de vida
não
podes viver contrafeito
muda de vida
se há vida em ti a latejar"
A minha reflexão, que vocês, companheiras de coração, escutaram atentas, serviu para começar a vencer a inércia que se colou a mim. Os aspectos legais, familiares, amorosos.
Quase toda a mudança traz sofrimento, senão não seriamos tão resistentes a ela. E eu, que dizer que me habituei a contentar com pouco (contentamento)... Mas há vida em mim a latejar.
Na 2ªfeira fui comunicar à actual advogada que a deixava.
Comprei um colchão insuflável para que os meus filhos possam dormir com os avós e ontem dei a alegria aos 4 de adormecerem juntos.
Escrevo hoje com grande tristeza, com um aperto no peito, após um sono conseguido com dois sedativos que me acalmaram o choro. Espero que hoje tenha força suficiente para resistir a engolir mais algum. Eu digo aqui às estagiárias quando choram das tristezas próprias dos 20 e poucos com os namorados e melhores amigas que a tristeza poderá ser útil para nos reconstruirmos. Mas nesta idade acho que poucas (pelo que percebi nenhuma) o soube entender.
Acabei na noite passada o relacionamento que tinha. Não pensei que me custasse tanto, e tenho de admitir que fiquei surpreendida com o sofrimento dele por verificar que eu partia da vida dele. Ele, que sempre se tinha mostrado descontraído com os assuntos do coração... Não tinha ainda contado aqui que nos últimos tempos ele tinha tentado (re)aproximar-se de mim que andava distante (embora não ausente). Escreveu-me o que precisava de ter lido há mais tempo, disse-me o que eu gostava de ter ouvido sem ter tido de perguntar... Fui dizer-lhe ontem que não consigo continuar mais a ser duas pessoas, a mãe dos meus filhos e a que espera por ele. Desejo que ele seja feliz. Hoje está a doer, a doer, muito. Nunca tinha deixado alguém de quem gostasse. Parece loucura.
A vida dá muitas voltas, quem sabe o que nos reserva o futuro. Porém é no futuro que se deposita a esperança. Vou à procura de mim, 'cuase we'll never gonna survive unless we get a little crazy
Comunicação
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Reconstruindo-me
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Tenho-lhes um amor tão grande que vai transbordar quando voltarem por saber que por este ano acabou-se tanta distância e tempo sem nos abraçarmos.
Como correram as férias no pai? Já começaram as escolas novas? A tua menina vai para o 1º ano... é um novo ciclo. Que corra tudo bem.
Bjinhos
Primeiro, como estás tu? E a tua família? As obras lá em casa já terminaram? Lembro-me de contares que tens uma vinha. Esta é uma época de grande trabalho por isso. Espero que corra tudo bem, pois força não te falta (acho que é o teu segundo nome! )
Tenho de fazer um update deste blog desde o sítio em que o deixei. Muito (muito, muito não) aconteceu entretanto, mas respondendo já à tua pergunta, os meus pimpolhitos estão quase a começar a escola, é na 6ªfeira dia 14, supostamente a apresentação. E vão os dois para a mesma Graças a Deus o meu filhote também foi aceite na escola pública onde está a mana. Ficou no final da lista mas entrou. Nova fase das nossas vidas.
No final do mês, no dia 26, é o julgamento do processo de violência doméstica e isso às vezes tira-me o sono... No entanto, tenho tido outras coisas que vão compensando para me ajudar a adormecer. Talvez comece um novo tópico no blog que este já vai longo e parece que precisa de renovação (embora me apetecesse repetir o título pois o processo ainda está em curso...)
Beijos para ti!