A estomatite herpética é uma infecção das mucosas da boca, provocada por um vírus chamado vírus do herpes ou herpesvírus.
Sintomas
A estomatite herpética geralmente não é só uma estomatite, porque atinge também, algumas vezes, as gengivas, chamando-se assim gengivo-estomatite. É uma doença aguda.
Caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas feridas dentro da boca e às vezes à volta dela e que começam, em regra, por pequenas vesículas que rebentam passando a pústulas (feridas). Algumas delas, sobretudo as que se formam à volta da boca e lábios, podem passar de pústula para crosta. Esta crosta depois cai.
As lesões formam-se na mucosa da boca, podendo atingir a língua, gengivas, mucosa interior das bochechas, véu do palato (céu da boca) e garganta. São dolorosas e incomodativas dando à criança irritabilidade e dificuldade em alimentar-se.
Quando a doença surge pela primeira vez ela é mais aparatosa, dando mais sintomas, como sejam febre, aumento dos gânglios do pescoço e um maior envolvimento das mucosas. Quando ela aparece pela segunda, terceira vez, etc., os sintomas já são em regra mais atenuados. Nestes casos, pode não haver febre, as lesões podem ser poucas e pode não haver gânglios aumentados no pescoço ou existir apenas um. Às vezes, nas crianças um pouco mais velhas, a lesão resume-se só a um herpes labial.
Causa
O responsável pela doença é um vírus chamado herpesvírus simplex ou herpesvírus simples. Ambos estes nomes querem dizer a mesma coisa.
Existem dois tipos destes vírus. O herpesvírus tipo 1 e o herpesvírus tipo 2. O responsável pelas lesões ao nível das mucosas da boca, dos lábios, e, eventualmente, da mucosa do nariz, é o tipo 1. O mesmo tipo de lesões podem aparecer ao nível das mucosas genitais, tanto no sexo feminino como no masculino, mas aparece nas pessoas que já têm actividade sexual e não nas crianças. Nesse caso, chama-se então herpes genital. As lesões do herpes genital são produzidas, quase sempre, pelo tipo 2 do vírus do herpes.
Os vírus do herpes, tanto o tipo 1 como o tipo 2, têm a característica de ficarem adormecidos ou dormentes, em determinadas células nervosas do organismo. Por isso, podem despertar de vez em quando, quando há febre, exposição demasiada ao sol, no decurso de certas doenças, quando há diminuição da imunidade, em alterações hormonais do organismo ou em períodos de stress etc..
Período de incubação
É em média de 6 a 8 dias, podendo no entanto ser mais ou menos dias.
Período de duração
As lesões curam, habitualmente, em 10 a 14 dias.
Contagiosidade
O vírus do herpes simplex do tipo 1 transmite-se através da saliva do doente para outras pessoas, nomeadamente faz-se o contágio entre as crianças. A doença quando surge pela primeira vez, atinge as crianças de 1 aos 3 anos, podendo vir a repetir-se durante a infância e mesmo na idade adulta. As crianças podem também ser contaminadas pela saliva de adultos.
Dada a contagiosidade do vírus deve evitar-se que a criança coce as lesões e a seguir leve as mãos ao nariz, mas especialmente aos olhos. A infecção levada aos olhos pode ter gravidade. No entanto, a infecção dos olhos não é frequente.
Tratamento caseiro
Como a criança pode ter dificuldade em alimentar-se deve procurar-se dar-lhe alimentos mais líquidos e que não lhe façam arder ao nível das lesões. Sumos de fruta ácidos, como os dos citrinos, devem-se evitar. Podem dar-se outros sumos não ácidos. Se a criança suporta melhor os alimentos frios ou gelados é preferível assim fazer durante alguns dias. Nunca deve ser dada aspirina nesta doença viral. A criança poderá correr riscos. Se for necessário baixar a febre deve ser usado medicamentos à base de paracetamol.
Tratamento profissional
O médico poderá receitar, se assim achar conveniente, um medicamento à base de aciclovir, que é um antiviral específico contra o vírus do herpes. Este antiviral pode ajudar a diminuir a extensão das lesões e a encurtar o período da doença.
Se as feridas alastrarem demais e se se infectarem com bactérias (geralmente as infecções bacterianas associadas são devidas a Staphylococcus aureus ou a estreptococos) , poderá ser necessário o médico receitar um antibiótico. Regra geral não é necessário.
Prevenção
Como a doença é contagiosa, embora benigna, deve evitar-se que a sua propagação a outros se faça. É através da saliva que o vírus se transmite. Pessoas com herpes devem evitar contagiar as crianças. Devem ser evitados beijos e os utensílios de comida e bebida, do doente, devem ser lavados à parte.
Os brinquedos que as crianças, com estomatite herpética, levam à boca devem ser lavados, se possível, e deve evitar-se que sirvam, pelo menos durante o período de infecção, às outras crianças.
Quando deve chamar o médico
Deve consultar o médico se a criança mantém febre elevada, se não se consegue de todo alimentar e, se, sendo criança muito pequena se pode desidratar. Também o deve fazer se as lesões parecem ter-se infectado (poderão cheirar mal), ou ainda se a criança está muito agitada ou pelo contrário, se fica anormalmente sonolenta.
Comunicação
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Herpes simplex/Estomatite herpética
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- Criado por: Equipa Editorial PinkBlue
- Publicado: 03-09-2001, 00:00
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