Olá a todas as mamãs que passaram pelo mesmo que eu, e estão a passar.
Perdi o meu amorzinho em 2006, às 13 semanas de gestação. Hoje tenho um filho lindo, mas sinto que nunca consegui ultrapassar essa dor, por vezes ainda choro, por vezes ainda penso como seria se o Diogo já tivesse um irmãozinho mais velho....
Para todas vós, deixo um dos meus poemas favoritos, um dos mais tristes e mais lindos que conheci em toda a minha vida. Força para todas nós, que suportamos quantidades infinitas e dilacerantes de dor e pesar, e continuamos a amar e a olhar em frente.
Alma minha gentil, que te partiste
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões
(1524-1580)
Perdi o meu amorzinho em 2006, às 13 semanas de gestação. Hoje tenho um filho lindo, mas sinto que nunca consegui ultrapassar essa dor, por vezes ainda choro, por vezes ainda penso como seria se o Diogo já tivesse um irmãozinho mais velho....
Para todas vós, deixo um dos meus poemas favoritos, um dos mais tristes e mais lindos que conheci em toda a minha vida. Força para todas nós, que suportamos quantidades infinitas e dilacerantes de dor e pesar, e continuamos a amar e a olhar em frente.
Alma minha gentil, que te partiste
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões
(1524-1580)
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