O nascimento do meu Filho Pedro Afonso.
Local: Maternidade Júlio Dinis
Data: 10-09-2009
Hora do Nascimento: 20 horas e 07 minutos
Tipo de parto: eutócito ( normal), com indução
Anestesia: Sim, Epidural aos 3 a 4 dedos de dilataçao, com reforço aos 7 dedos de dilatação (quatro horas após a primeira "dose")
Avaliação Equipa Médica ( escala de 0 a 10) : 9 valores
Avaliação Bloco de Partos (instalações): 10 valores
Avaliação Enfermaria Pós Parto: 6 valores. Aspectos negativos: pouca circulação de ar, havia só um postigo a funcionar; a mesa de refeições estava ocupada com a TV, pelo que tive que fazer as refeições na cama;
Avaliação da alimentação: 5 valores. Aspectos negativos: ementa pobre; em 4 refeições 3 eram com batatas fritas; doses mal servidas;
Aspecto Mais Positivo: no geral, dou os meus Parabéns pelo profissionalismo, dedicaçao e atenção de pessoal médico, enfermeiras e auxiliares!
Aspecto Mais Desagradável:funcionalidade dos WC's e variação da temperatura da água. Motivo: pouco práticos, apesar de novos. Não há lugar para se pousarem os artigos de higiene. São chuveiros com ralo para escoamento da água no chão, ou seja, se quisermos passar aguinha por baixo, sempre que vamos ao WC, temos que nos despir e tomar banho. A água não tem pressão, e alterna entre fria e muito quente.
O PARTO
Assim que cheguei à Maternidade fui encaminhada para a Sala de Indução. Eram 9,30 minutos. Estava acompanhada pelo marido e pelo meu filho mais velho. Assim que me chamaram o meu Diogo desatou a chorar e tivemos que o acalmar e o T. lá o levou para casa da Avó.
Eu entrei para o Sector de Partos.
- deram-me logo uma bata, indicaram-me o W.C das utentes para trocar de roupa;
- assim que vesti a bata deram 2 belos clísteres. Estive 5 minutos no W.C a rir-me a pensar como ia fazer aquilo pois não encontrava uma posição confortável e digna mas lá tratei do assunto;
Entrei na Sala de Induções. Tinha 3 camas e só mais outra ocupante, com 40 e poucos anos, que lá estava há várias horas sem que a indução tivesse surtido qualquer efeito ( e que lá continuava à espera depois do meu filhote nascer)!
Ligaram-me aos cintos. Veio a médica, fez-me um toque, inseriu-me uma fita embebida na dita substância. Ao fim de uns 30 minutos desligaram-me do CTG e mandaram-me caminhar. Comecei a caminhar e ao fim de uns 30 minutos começo a sentir contracções, espaçadas, qe foram ganhando intensidade. Ao fim de uma hora às voltinhas pelo bloco, já sentia contracções de 3 em 3 minutos. Eram cerca de 13 horas.
O papá estava lá comigo, ansioso. Sempre no portátil e ao telemóvel. Decidiu ir à cantina comer qualquer coisa. Eu caminhei mais um pouco e quando não aguentava mais fui para a Sala de Indução e toquei à campainha. Vem uma auxiliar, que diz "Tocou?". " Sim, toquei, estou cheia de contracções...". Resposta: " Vou chamar a Srª. Enfermeira".
Depois de esperar alguns minutos sem resposta, eis que chega o meu maridão do almoço, eram já 14h e 30 minutos. Toco de novo à campaínha, vem outra auxiliar, vai chamar a Sr.ª Enfermeira e esta chega logo no minuto a seguir, com ar de poucos amigos. "Chamou?", "Chamei sim senhora - respondi - Estou cheia de dores e já não consigo caminhar. Tenho 2 contracções por cada 5 minutos". Ela diz-me "vamos lá ver isso. Pai, saia por alguns minutos, por favor." Põe a luva, põe vaselina na luva, a Liliana abre a pernoca e a "BRUTAMONTES" enfia a mão de tal maneira que me faltou o ar, dei um grito, agarrei-lhe o braço e puxei-o cá para fora e desatei a chorar. Ela pôs-se a dizer que eu devia ter ido mais "mentalizada", como quem diz, se vieste ter um filho vais ter contracções, por isso deixa de tocar à campaínha. E tentou "pôr-me" a mão novamente e eu disse-lhe que não deixava. Ela resmungou, disse que se não fosse ela que qualquer outra o teria que fazer. E depois disse " Vou então ligá-la ao CTG algum tempo e vamos ver se tem ou não contracções!" Ligou-me e foi-se embora. Quando o T. entrou eu estava num pranto e quando ele se preparava para pedir satisfações a alguém, chega uma equipa médica, que estava a fazer a ronda. a médica que me tinha feito a indução veio logo ter comigo, muito simpática, muito paciente, perguntou o que se tinha passado. Falou cmg calmamente, disse que me ia ver e que nao me ia magoar. Promessa feita, abri a perninha novamente. Ela começou a avaliar-me, eu sem sentir dor com aquele toque comecei a relaxar e ela disse que eu estava pronta para o bloco de partos, estava com quase 4 dedos de dilatação, e como estava com muitas contracções aconselhava já a Epidural. Eu, admito, sempre fui contra e sempre quis as coisas de forma natural, mas com o que passei, apercebi-me que talvez por ter sido induzido eu as coisas estavam a acontecer de forma mais rápida que o natural e de forma muito mais intensa!... Disse que sim, que aceitava a Epidural e lá fui. Entrei no bloco às 15h, mais coisa, menos coisa. Agradeci a Deus por estarem já a preparar o material da Anestesia e a Enfermeira Parteira preparou-me, sentou-me e explicou-me como respirar, como proceder. A Médica também me explicou o processo todo, estava proibida de me mexer, se sentisse uma contracção a aproximar-se devia avisar, ela parava, a Enfermeira começava a fazer comigo a respiração, para me ajudar a concentrar e quando dei por mim, já estava! Achei que ia ser doloroso ou algo do género e nada!... Senti o líquido da anestesia a percorrer-me a coluna, senti-me relaxar, a dor foi desaparecendo e apagaram-me a luz do bloco e aconselharam-me descanso, a mim e ao Pai, que estava ali sentadinho ao meu lado! Passei pelas brasas e por voltas 19 hrs comecei a sentir novamente as contracções. O Papá saltou da cadeira e ia chamar a enfermeira mas eu disse-lhe que ia tentar aguentar um pouco mais. Passaram-se 30 minutos e eu desatei a chorar novamente, as dores eram insuportaveis e o espaço entre elas era de 3 em 3 minutos... Entra de novo a equipa médica para reavaliação. 7 a 8 dedos de dilatação. Sem eu pedir, chamam a anestesista e pedem reforço da epidural, para eu não sofrer muito. Mais uma vez, Paz e Alívio a percorrer-me a coluna. Fiquei de novo sorridente. Estava quase. O Papá estava ali. A equipa médica não me deixava sentir dores... Só faltava o meu bébé!... Perguntamos à enfermeira parteira se achava que faltava muito e ela sem se querer comprometer disse que era para aquele dia, mas para mais logo à noite... Passam 10 minutos, chamo-a e digo-lhe que sinto alguma vontade de puxar. Perguntei-lhe o que aconselhava. Ou como é que se desenrolariam as coisas dali para a frente, já que eu tinha a dilatação toda. Ela disse-me: " Sempre que sentir vontade, daqui para a frente, puxe! À vontade. A dilatação já a fez, só falta mesmo o bébé descer um pouco pois continua ainda muito lá em cima." Eu perguntei: "Tem a certeza que posso puxar, não vai acontecer a dilatação diminuir, conforme nos alertaram nas aulas de PPP, se puxar fora do tempo?" Ela assegurou-me que não. PÔs-me confortável. Disse para ir puxando, pediu para eu lhe mostrar o movimento e estava correcto. Disse que entretanto ia chamar a Doutora, para ver se podia dar-me uma "ajudinha", podia ser que com uma "ventosa" o bébé conseguisse nascer, já que o meu primeiro tinha sido com ventosa... E eu lá comecei a puxar , de mãozinha dada ao meu marido. Mas puxava devagarinho, ia conversando, sorria, ria... Estava mesmo bem!... Entra a Equipa Médica que faz novo toque: 10 dedos de dilatação, bébé "lá em cima". Há uma que torce o nariz, outra sorri, outra diz " a senhora sente que já está na hora de puxar" e a DOUTORA lá diz " Liliana sente meeeeesmo vontade?", respondo "Sim Doutora, sinto". Ela disse bem, vamos lá experimentar e ver o que acontece. O bébé ainda está subido, vou precisar que puxe com muita força na próxima contracção, puxe aqui em baixo, depois de encher o peito de ar,e ponha as mãos aqui na maca, e finja que quer espreitar para ver a cabeça do bébé, enquanto estiver a puxar." Eu sorri, já que dores mal as sentia! Pedi ao Pai para me dar 2 minutos a sós, antes de fazer força para puxar e chamei a médica e disse-lhe: " Sr.ª Dr.ª, eu tenho puxado, mas ao mesmo tempo tenho-me contido, porque ao puxar parece que vou fazer C Ó C Ó! E tenho vergonha!" Ela riu-se e disse : "É sinal de que está a puxar bem e acredite que vai fazer cócó, o natural é fazer, por isso puxe, sem medo!"... O pai entra novamente e para espanto de toda a gente diz : "Posso filmar????" A médica diz, desde que não me filme a mim e se a esposa deixar, filme à vontade homem, mas daí, ao lado da sua esposa, não pode vir aqui para a frente que o pessoal tem de trabalhar." Eu ri-me, já sabia que ele queria filmar e tinha dado autorização desde que não se visse as partes íntimas. Aliás durante o tempo todo pedi que ele saísse sempre que havia necessidade de procedimentos mais constrangedores como algálias e arrastadeiras! Minhas queridas, dito isto, 3 contracções depois, nada de dores, devido à Epidural, 3 puxos, vários "muito bem, está a puxar muito bem" da parte da equipa médica e depois um " JÁ ESTÁ!" E um choro...
O Pai com lágrimas, a mãe emocionada, mas só se lembrava do "vitelo" e perguntou se aquilo é que era um bébé grande... TODA A GENTE SE RIU. O Pai deu um beijo à Mãe e a mãe não tirava os olhos do seu bébé enquanto o papá o vestia, já depois de anunciarem o peso e as medidas, que são do vosso conhecimento!
Entretanto olho para baixo e a médica continuava lá atarefada e eu pergunto-lhe: "Então Sr.ª Dr.ª, está tudo bem?" Só aí é que me apercebi que tinham-me dado um corte, mais pequeno que o do primeiro, assegurou a doutora. Mas estava tudo bem!...
E desde então, estou nas nuvens!
Alguma perguntinha?
Local: Maternidade Júlio Dinis
Data: 10-09-2009
Hora do Nascimento: 20 horas e 07 minutos
Tipo de parto: eutócito ( normal), com indução
Anestesia: Sim, Epidural aos 3 a 4 dedos de dilataçao, com reforço aos 7 dedos de dilatação (quatro horas após a primeira "dose")
Avaliação Equipa Médica ( escala de 0 a 10) : 9 valores
Avaliação Bloco de Partos (instalações): 10 valores
Avaliação Enfermaria Pós Parto: 6 valores. Aspectos negativos: pouca circulação de ar, havia só um postigo a funcionar; a mesa de refeições estava ocupada com a TV, pelo que tive que fazer as refeições na cama;
Avaliação da alimentação: 5 valores. Aspectos negativos: ementa pobre; em 4 refeições 3 eram com batatas fritas; doses mal servidas;
Aspecto Mais Positivo: no geral, dou os meus Parabéns pelo profissionalismo, dedicaçao e atenção de pessoal médico, enfermeiras e auxiliares!
Aspecto Mais Desagradável:funcionalidade dos WC's e variação da temperatura da água. Motivo: pouco práticos, apesar de novos. Não há lugar para se pousarem os artigos de higiene. São chuveiros com ralo para escoamento da água no chão, ou seja, se quisermos passar aguinha por baixo, sempre que vamos ao WC, temos que nos despir e tomar banho. A água não tem pressão, e alterna entre fria e muito quente.
O PARTO
Assim que cheguei à Maternidade fui encaminhada para a Sala de Indução. Eram 9,30 minutos. Estava acompanhada pelo marido e pelo meu filho mais velho. Assim que me chamaram o meu Diogo desatou a chorar e tivemos que o acalmar e o T. lá o levou para casa da Avó.
Eu entrei para o Sector de Partos.
- deram-me logo uma bata, indicaram-me o W.C das utentes para trocar de roupa;
- assim que vesti a bata deram 2 belos clísteres. Estive 5 minutos no W.C a rir-me a pensar como ia fazer aquilo pois não encontrava uma posição confortável e digna mas lá tratei do assunto;
Entrei na Sala de Induções. Tinha 3 camas e só mais outra ocupante, com 40 e poucos anos, que lá estava há várias horas sem que a indução tivesse surtido qualquer efeito ( e que lá continuava à espera depois do meu filhote nascer)!
Ligaram-me aos cintos. Veio a médica, fez-me um toque, inseriu-me uma fita embebida na dita substância. Ao fim de uns 30 minutos desligaram-me do CTG e mandaram-me caminhar. Comecei a caminhar e ao fim de uns 30 minutos começo a sentir contracções, espaçadas, qe foram ganhando intensidade. Ao fim de uma hora às voltinhas pelo bloco, já sentia contracções de 3 em 3 minutos. Eram cerca de 13 horas.
O papá estava lá comigo, ansioso. Sempre no portátil e ao telemóvel. Decidiu ir à cantina comer qualquer coisa. Eu caminhei mais um pouco e quando não aguentava mais fui para a Sala de Indução e toquei à campainha. Vem uma auxiliar, que diz "Tocou?". " Sim, toquei, estou cheia de contracções...". Resposta: " Vou chamar a Srª. Enfermeira".
Depois de esperar alguns minutos sem resposta, eis que chega o meu maridão do almoço, eram já 14h e 30 minutos. Toco de novo à campaínha, vem outra auxiliar, vai chamar a Sr.ª Enfermeira e esta chega logo no minuto a seguir, com ar de poucos amigos. "Chamou?", "Chamei sim senhora - respondi - Estou cheia de dores e já não consigo caminhar. Tenho 2 contracções por cada 5 minutos". Ela diz-me "vamos lá ver isso. Pai, saia por alguns minutos, por favor." Põe a luva, põe vaselina na luva, a Liliana abre a pernoca e a "BRUTAMONTES" enfia a mão de tal maneira que me faltou o ar, dei um grito, agarrei-lhe o braço e puxei-o cá para fora e desatei a chorar. Ela pôs-se a dizer que eu devia ter ido mais "mentalizada", como quem diz, se vieste ter um filho vais ter contracções, por isso deixa de tocar à campaínha. E tentou "pôr-me" a mão novamente e eu disse-lhe que não deixava. Ela resmungou, disse que se não fosse ela que qualquer outra o teria que fazer. E depois disse " Vou então ligá-la ao CTG algum tempo e vamos ver se tem ou não contracções!" Ligou-me e foi-se embora. Quando o T. entrou eu estava num pranto e quando ele se preparava para pedir satisfações a alguém, chega uma equipa médica, que estava a fazer a ronda. a médica que me tinha feito a indução veio logo ter comigo, muito simpática, muito paciente, perguntou o que se tinha passado. Falou cmg calmamente, disse que me ia ver e que nao me ia magoar. Promessa feita, abri a perninha novamente. Ela começou a avaliar-me, eu sem sentir dor com aquele toque comecei a relaxar e ela disse que eu estava pronta para o bloco de partos, estava com quase 4 dedos de dilatação, e como estava com muitas contracções aconselhava já a Epidural. Eu, admito, sempre fui contra e sempre quis as coisas de forma natural, mas com o que passei, apercebi-me que talvez por ter sido induzido eu as coisas estavam a acontecer de forma mais rápida que o natural e de forma muito mais intensa!... Disse que sim, que aceitava a Epidural e lá fui. Entrei no bloco às 15h, mais coisa, menos coisa. Agradeci a Deus por estarem já a preparar o material da Anestesia e a Enfermeira Parteira preparou-me, sentou-me e explicou-me como respirar, como proceder. A Médica também me explicou o processo todo, estava proibida de me mexer, se sentisse uma contracção a aproximar-se devia avisar, ela parava, a Enfermeira começava a fazer comigo a respiração, para me ajudar a concentrar e quando dei por mim, já estava! Achei que ia ser doloroso ou algo do género e nada!... Senti o líquido da anestesia a percorrer-me a coluna, senti-me relaxar, a dor foi desaparecendo e apagaram-me a luz do bloco e aconselharam-me descanso, a mim e ao Pai, que estava ali sentadinho ao meu lado! Passei pelas brasas e por voltas 19 hrs comecei a sentir novamente as contracções. O Papá saltou da cadeira e ia chamar a enfermeira mas eu disse-lhe que ia tentar aguentar um pouco mais. Passaram-se 30 minutos e eu desatei a chorar novamente, as dores eram insuportaveis e o espaço entre elas era de 3 em 3 minutos... Entra de novo a equipa médica para reavaliação. 7 a 8 dedos de dilatação. Sem eu pedir, chamam a anestesista e pedem reforço da epidural, para eu não sofrer muito. Mais uma vez, Paz e Alívio a percorrer-me a coluna. Fiquei de novo sorridente. Estava quase. O Papá estava ali. A equipa médica não me deixava sentir dores... Só faltava o meu bébé!... Perguntamos à enfermeira parteira se achava que faltava muito e ela sem se querer comprometer disse que era para aquele dia, mas para mais logo à noite... Passam 10 minutos, chamo-a e digo-lhe que sinto alguma vontade de puxar. Perguntei-lhe o que aconselhava. Ou como é que se desenrolariam as coisas dali para a frente, já que eu tinha a dilatação toda. Ela disse-me: " Sempre que sentir vontade, daqui para a frente, puxe! À vontade. A dilatação já a fez, só falta mesmo o bébé descer um pouco pois continua ainda muito lá em cima." Eu perguntei: "Tem a certeza que posso puxar, não vai acontecer a dilatação diminuir, conforme nos alertaram nas aulas de PPP, se puxar fora do tempo?" Ela assegurou-me que não. PÔs-me confortável. Disse para ir puxando, pediu para eu lhe mostrar o movimento e estava correcto. Disse que entretanto ia chamar a Doutora, para ver se podia dar-me uma "ajudinha", podia ser que com uma "ventosa" o bébé conseguisse nascer, já que o meu primeiro tinha sido com ventosa... E eu lá comecei a puxar , de mãozinha dada ao meu marido. Mas puxava devagarinho, ia conversando, sorria, ria... Estava mesmo bem!... Entra a Equipa Médica que faz novo toque: 10 dedos de dilatação, bébé "lá em cima". Há uma que torce o nariz, outra sorri, outra diz " a senhora sente que já está na hora de puxar" e a DOUTORA lá diz " Liliana sente meeeeesmo vontade?", respondo "Sim Doutora, sinto". Ela disse bem, vamos lá experimentar e ver o que acontece. O bébé ainda está subido, vou precisar que puxe com muita força na próxima contracção, puxe aqui em baixo, depois de encher o peito de ar,e ponha as mãos aqui na maca, e finja que quer espreitar para ver a cabeça do bébé, enquanto estiver a puxar." Eu sorri, já que dores mal as sentia! Pedi ao Pai para me dar 2 minutos a sós, antes de fazer força para puxar e chamei a médica e disse-lhe: " Sr.ª Dr.ª, eu tenho puxado, mas ao mesmo tempo tenho-me contido, porque ao puxar parece que vou fazer C Ó C Ó! E tenho vergonha!" Ela riu-se e disse : "É sinal de que está a puxar bem e acredite que vai fazer cócó, o natural é fazer, por isso puxe, sem medo!"... O pai entra novamente e para espanto de toda a gente diz : "Posso filmar????" A médica diz, desde que não me filme a mim e se a esposa deixar, filme à vontade homem, mas daí, ao lado da sua esposa, não pode vir aqui para a frente que o pessoal tem de trabalhar." Eu ri-me, já sabia que ele queria filmar e tinha dado autorização desde que não se visse as partes íntimas. Aliás durante o tempo todo pedi que ele saísse sempre que havia necessidade de procedimentos mais constrangedores como algálias e arrastadeiras! Minhas queridas, dito isto, 3 contracções depois, nada de dores, devido à Epidural, 3 puxos, vários "muito bem, está a puxar muito bem" da parte da equipa médica e depois um " JÁ ESTÁ!" E um choro...
O Pai com lágrimas, a mãe emocionada, mas só se lembrava do "vitelo" e perguntou se aquilo é que era um bébé grande... TODA A GENTE SE RIU. O Pai deu um beijo à Mãe e a mãe não tirava os olhos do seu bébé enquanto o papá o vestia, já depois de anunciarem o peso e as medidas, que são do vosso conhecimento!
Entretanto olho para baixo e a médica continuava lá atarefada e eu pergunto-lhe: "Então Sr.ª Dr.ª, está tudo bem?" Só aí é que me apercebi que tinham-me dado um corte, mais pequeno que o do primeiro, assegurou a doutora. Mas estava tudo bem!...
E desde então, estou nas nuvens!
Alguma perguntinha?
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