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O nascimento do alexandre no hgo

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  • O nascimento do alexandre no hgo

    Passados 10 meses e meio cá estou eu para vos contar como foi o meu parto!
    Tudo começou na madrugada do dia 20 de Agosto começo com uma espécie de cólicas, uma vontade de fazer cocó… Levantei-me, fui á casa-de-banho, mas não saiu nada. Voltei para a cama e não liguei. Passei a noite nisto, mas nunca pensando que seriam contracções, até pq elas começaram logo de 5 em 5 minutos ou de 10 em 10, não eram nada regulares e a intensidade não era mto forte nem ia aumentando, o contrário do que aprendemos nos livros sobre o inicio das contracções do parto!
    O meu marido foi trabalhar e eu fiquei sozinha em casa. Já pela manhã, tornei a ir à casa-de-banho e noto que começou a sair o rolhão. Liguei para a minha médica. Ela disse para não me assustar pq o rolhão pode sair dias antes do parto e eu podia tar assim devido a algum esforço que tivesse feito. Sugeriu que ficasse de repouso, para ver se conseguíamos aguentar até domingo (era 6ª), dia em que ela tava de serviço no HGO, mas se as dores começassem a apertar, para ir às urgências.
    Qdo fui para a cama, as contracções espaçaram, mas depois, ora ficavam mais espaçadas, ora menos espaçadas, e à tarde, começaram a aumentar de intensidade…
    Qdo o meu marido chegou, por volta das 19h, eu tava na cama. Foi só ele chegar ao pé de mim, que as dores começaram a vir mais ou menos de 5 em 5 minutos e mto fortes. Eu até tinha medo de me mexer, pois se me mexesse, elas apareciam de novo. Fui à casa-de banho e quando voltei, o meu marido notou que eu tava a sangrar e disse para irmos já para o hospital, pois ele não tinha jeito nenhum para parteiro...
    Quando chegámos lá, fui à recepção dizer que tava com mtas dores e a sangrar. Pensava que ia entrar logo, mas mandaram-me esperar. Para meu espanto, vi pessoas que já lá tavam, com aparente menos gravidade a entrarem primeiro que eu. Ok, que aquilo é uma urgência obstétrica e daí que, em principio, é tudo urgente, mas eu tava a pontos de parir o miúdo, não sabiam que situação era a minha (pois ainda não me tinham avaliado) e mandam-me esperar???
    Bem, esperei, esperei. Cada vez eu tava pior.
    Ao fim de 1 hora ou mais, lá me chamaram para me observarem. Já eu estava com 4 a 5 dedos de dilatação. Chamei-lhes a atenção que o meu ortopedista tinha sugerido cesariana por causa do estado da minha anca. Apesar de eu ter carta do médico, eles ainda foram ligar para ele para confirmar.
    Depois disseram que ia la ficar e mandaram eu ir meter clisters e tomar um duche. Qdo a rapariga me tava a dizer isto e a explicar tudo o que deveria fazer, veiu-me uma grande contracção e encolhi-me toda. Pensava que ela ia parar de falar até eu me sentir melhor para lhe poder dar atenção, mas qual quê, afastou-me o cabelo da cara e continuou a falar, quer eu a tivesse a ouvir ou não. Deixou-me as coisas ali e foi embora.
    Quando a contracção passou, lá fui eu para a casa-de-banho a pensar “Estes tipos são doidos. Eu tou aqui sabe Deus como, e ainda me mandam para a casa de banho sozinha… Eu mal me posso mexer e estão a perder este tempo todo…” Mas por incrível que pareça, enquanto estive na casa-de-banho, as dores tiveram controladas e la fiz tudo, sempre mto devagarinho e tentando manter a calma.
    Mal saí da casa-de-banho, já com a farda da praxe, e fui ter com o enfermeiro que tava à minha espera para eu assinar burocracias, apareceu uma daquelas contracções, cada vez mais fortes. Quase não me aguentava em pé.
    Claro que nem li nada e assinei logo tudo o que ele disse. Depois ele disse-me para irmos avisar o meu marido que tava lá fora. Assim foi. Despedimo-nos, pois como ia ser cesariana, ele não podia entrar e teria de ficar na sala de espera até chegar noticias…
    Lá fui a pé com o enfermeiro para o bloco de partos. Depois alguém perguntou se eu já tinha feito o CTG, e como não tinha feito, ainda tive mais uma boa meia hora, ou mais, no CTG. Eu tava a desesperar cada vez mais. Tanto tempo perdido para quem ia fazer uma cesariana…! Pq tanto sofrimento??? Com o tempo todo que já tinha passado, o miúdo já devia tar mesmo quase a nascer…!
    As dores já estavam mesmo insuportáveis. Eu gemia um pouco alto, eu que não sou nada dessas coisas e tou mto habituada a controlar a dor à calada…! Agarrava-me aos cabelos numa tentativa de me controlar. Já tava a ter daquelas dores de fazer força. Ainda fiz força para aí umas 3 vezes…! Disse à enfermeira que tava a doer mto e ela disse “É natural, pois tá em trabalho de parto” e foi embora. Olha, que novidade…!!! Tava cada vez mais frustrada… Nunca pensei que com uma cesariana, tivesse de ser sujeita àquilo tudo!!!
    Finalmente lá fui para a sala de cesariana. Deitei-me na mesa. Pensam que me deram logo a epidoral? Enganam-se! Acreditam que ainda tiveram a discutir na brincadeira onde é que eu tinha feito os exames (ou tido as consultas, sei la já)? Uns diziam que era num sitio, outros noutro, depois vieram-me perguntar a rir onde é que tinha sido feito, para tirarem as teimas… e eu ali a contorcer-me de dores!!!!
    Depois, ainda me trouxeram outro papel com os riscos da epidoral para eu ler e assinar. Sim, sim, ia ler mesmo aquilo naquele momento… Procurei o sitio onde assinar, apoiei o papel na palma da mão e assinei com rabiscos, pois como devem calcular, não dá mto jeito escrever deitada, sem nada para apoiar o papel e com dores de morte…
    Finalmente la me deram a bendida epidoral. Qdo a tavam a dar, vieram-me umas quantas contracções e eu avisei, para ver se elas paravam, pois pensei que pudesse ser perigoso elas a darem aquilo, vir uma contracção e eu mexer-me sem querer com as dores. Mas elas não quiseram saber e disseram para eu soprar com força e rápido. Isso ajudou-me.
    Qdo a epidoral começou a fazer efeito, parece que tinha caído no Céu! A sensação foi indescritível! Sempre me fez mta impressão a ideia de me meterem algálias, de não sentir as pernas e todas essas coisas, mas naquele momento, nada mais me interessava! As dores tinham desaparecido e eu parece que tava extasiada a curtir uma granda “moca” ahahahah! Nem sei o que isso é, mas imagino eheheheh
    O Alexandre saiu da minha barriga em 5 minutos, se tanto (às 22h32). Não o vi, não chorou, mas disseram-me que tava tudo bem. Levaram-no para outra sala,acho eu, pois tinha um pano à frente e não via nada. Ainda ficaram um bocado a tirarem-me a placenta e a cozerem-me. Enquanto isso, o Alexandre ainda foi passear e conhecer o colinho do papá.
    Qdo me despacharam, meteram-me no corredor, por acaso, voltada para a parede. Tinha de lá ficar até começar a sentir as pernas. Eu tava bem, tranquila… Daí a um bocado la me trouxeram o Alexandre para mamar. A enfermeira ajudou-me a metê-lo ao peito. Sempre temi mto a amamentação, mas depois dele tar no meu peito, pensei “Ah, afinal é so isto? Então é canja!” Mal sabia eu o que me esperava…!
    Daí a cerca de 2 horas, comecei a sentir as pernas e levaram-nos para o quarto. O papá estava no corredor à espera que passássemos.
    Quando me deram ordem para levantar, custou-me muito mais do que eu estava à espera. A recuperação não foi fácil…
    Tb tive mta dificuldade com a amamentação, pois o leite custava muito a sair, as enfermeiras magoavam-me o peito e isto atingiu o pico ao 3º dia com a subida do leite. O peito ficou em pedra, as enfermeiras levavam-me para as bombas eléctricas e pouco ou nada saia. Tiveram de andar a espremer os peitos mais que uma vez ao dia, o que custava horrores. Eu chorava dia e noite devido a estas torturas todas. Dor e mais dor! Não me sentia bem nem física nem emocionalmente. Quase nem me podia mexer por causa da costura, os peitos naquele estado com elas sempre a massacrarem-me, a transbordar de medos por todo o lado,…
    O Alexandre tb chorava cada vez mais. Geralmente, qdo ele vinha ao meu peito, passados uns segundos de meter a boca no peito, tirava logo e chorava. Eu chamava-as para elas me ajudarem, pois eu não sabia o que se passava com ele. Elas vinham, metiam-no ao peito de novo e iam-se embora. Assim que viravam costas, a mesma cena se repetia. Isto vezes sem conta. Até que desisti de as chamar… Em vez de ficarem ali cmg a tentar perceber o que se passava, queriam era despachar-se… E o miúdo com fome, pois o que se tava a passar é que ele não tava a conseguir sugar o leite, pois ele era muito difícil de sair da mama. Talvez fosse devido ao meu nervosismo extremo! E assim sendo, ele irritava-se e chorava…
    Se me tivessem dado mais atenção, concerteza que me teriam sugerido consultas de psicologia, pois quando contei o sucedido á minha obstetra, ela disse-me logo “E pq é que não me contactou? Eu encaminhava-a logo para um psicólogo… Não havia necessidade de tar a sofrer dessa maneira…”. Mas na maternidade queriam la saber… Era tudo ao despacha…
    Qdo saí da maternidade e fui ao Centro de Saude fazer o teste do pezinho, a enfermeira até se assustou, pois o bebé tinha perdido mto mais peso além daqueles 10% normais que perdem depois de nascer…! Aconselhou a iniciar imediatamente suplemento e deu-me uma lata! Disse ainda que na maternidade não o deviam ter deixado sair sem dar conta disto…! Pois, mas eles querem lá saber…
    Não fui maltratada lá, é verdade, mas senti o ambiente sempre muito frio e com muita falta de atenção e disponibilidade para com as mamãs e bebés…
    Nesse 1º mês em casa foi horrível. Continuei a chorar bastante, senti-me mais perdida e sozinha que nunca, só me apetecia desaparecer, não sentia nada pelo bebé e afastava-me dele sempre que podia, o meu casamento teve por um fio…
    Passado esse mês, mto mas mesmo mto lentamente, fui começando a olhar para o bebé com outros olhos e curiosamente ele tb foi acompanhando o meu ritmo… Á medida que eu me ia sentindo melhor, ele tb ia ficando melhor e menos chorão. A partir daí começou a ser um anjinho autêntico até aos dias de hoje.
    Hoje tudo mudou, sou mais agarrada a ele que tudo e acho que já não saberia viver sem o meu pequeno príncipe…
    Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



    Madrilhada: Sonya Carmo / Jão / Sofiaptm / Lennita

    Afilhadas queridas: Totissa / sora21



    Fevereiro de 2008: fui à GO e parei de tomar a pilula

    Março de 2008: Tudo bem com os exames e sinal verde para engravidar

    Junho de 2008: inicio dos treinos :love2:

    Agosto de 2009: fui à GO. Repetição de testes e inicio de Utrogestan (apenas durante 1 ciclo)

    Setembro de 2009: Espermograma do marido detectou astenoteratozoospermia :-(

    Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

    Dezembro de 2009: 1ª consulta de infertilidade na MAC

    POSITIVO A 24-12-2009!!!! :banana:



    Com a nossa corrente positiva, todas iremos conseguir Estou com vocês amigas, agora e sempre... :friends: :smooch:




  • #2
    Olá Paula!

    Ainda bem que, apesar de se notar alguma mágoa nas tuas memórias, nota-se que estás a recuperar para um estado mais sereno.

    Quanto ao HGO, compreendo perfeitamente algumas descrições que fazes: não nos mantém esclarecidas acerca do que se está a passar, quando são "obrigados" a vir falar contigo querem apenas cumprir a obrigação deles e estão-se nas tintas para se estás em condições de perceber o que te estão a dizer ou se estás em condições de ler uma declaração. Para quê esperar que a contração passe e então explicar as coisas? O que lhes interessa é que falaram contigo e deram-te a papelada, conforme são obrigados a fazer. Se ficaste esclarecida ou não é irrelevante para alguns profissionais.
    Um "à parte": não percebo porque é que os hospitais mandam tantos papelinhos e listinhas para os centros de saúde com o que se deve levar na mala e outras "coisinhas" e, durante a minha gravidez, nunca me foi dado a ler a declaração de autorização para a epidural, ou a autorização para actos clínicos que te OBRIGAM a assinar na admissão. E a autorização para actos clínicos do HGO até tem muito que se lhe diga... Até parece que é propositado que aquilo te vá parar às mãos, pela 1ª vez, naquele momento.
    Também passei por isso de me andarem a espremer as mamas a ver se saía alguma coisa. Com tanto jeitinho, magoavam e não saía nada, apesar de eu ter colostro. No meu caso, a minha bebé estava na neonatologia e tive que tirar leite com a bomba para lhe levar. Pedi o meu processo clínico e, no mesmo dia em que dizem no puerpério que eu não tinha colostro (porque andaram e espremer e não saía) a minha filha tem na ficha dela que foi alimentada a LM!!

    Mas enfim, quero dizer-te que podia comentar mais passagens do teu texto porque me revejo em muitas. Mas o mais importante é que pareces agora em caminho ascendente para o teu bem estar.
    Parabéns por te estares a levantar.
    Desejo-te muitas felicidades e harmonia familiar .

    Beijinhos
    Ultima edição por Bug; 06-07-2011, 15:55.
    . . . .

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    • #3
      Oh, querida... Não sabia que a tua experiência de parto tinha sido tão má. Lamento, princesa. Fico feliz por estares recuperada daquele primeiro mês complicado.

      Um xi muito grande!

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      • #4
        Bem Paulinha.. que inicio tão atribulado da vossa vida em comum!!
        Mas o k importa é k agora está tudo bem contigo e com o pequenote ... o que lá vai, lá vai!!!

        Bjinhos Grandes

        PS - Aparece mais nos pequenotes de Setembro

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        • #5
          BUG, mto obrigada pela tua resposta. Vejo que passaste por algo semelhante a mim...! É uma pena qdo as coisas não correm como desejariamos... principalmente, num dos momentos que devia ser o mais belo das nossas vidas...!
          Realmente, penso que mtas coisas deveriam mudar dentro dos hospitais. Ok, que aquilo é o dia-a-dia deles e, como pessoas que são, é "natural" que com o passar do tempo fiquem um pouco insensiveis, mas assim sendo, talvez devesse haver alguém disponivel e com experiencia para o apoio emocional no momento do parto... Talvez uma doula (paga pelo estado) ou alguem com experiencia que pudesse acompanhar a mulher durante o trabalho de parto a nivel emocional...
          Penso que isto era mesmo imprescindivel, pois qto mais nervosa a mulher está, masis probabilidades há de o parto correr menos bem, e neste momento, as condições dos hospitais são propicias a isso.
          A doula ou lá quem fosse (com experiencia) faria com que a mulher se acalmasse e não perdesse o controlo. Acredito que isto seria meio caminho andado para o parto ser um êxito e ir mais de encontro ao que as mulheres esperam...
          Hoje ja deixam entrar os maridos para os partos normais. Menos mal...! Só que os maridos, mtas das vezes, ainda ficam mais nervosos que as mulheres e sem saber o que fazer, o que as pode atrapalhar ainda mais. Ok que lá tivessem, pois aquele momento tb lhes diz respeito; mas penso que a companhia duma mulher com experiência para acalmar e conduzir as coisas emocionalmente, seria bastante benéfico.
          Outra coisa que não percebo: os maridos não podem asistir a cesarianas, mas se fosse figura publica e tivesse dinheiro para gastar, aí ja podia, né? Em que ficamos? Isto é justo?
          Gostava mto de ter tido uma doula para me acompanhar em todo o processo da gravidez, parto e pós parto. Ainda fui ter com algumas para ver se me decidia por algumas delas. Ainda ponderei bastante, mas embora os preços delas não sejam caros, para algumas carteiras é caro sim. Por isso é que digo que, pelo menos durante o trabalho de parto, o Estado devia financiar pessoas destas para estarem disponiveis nos hospitais...
          Mas enfim... isto sou eu a sonhar, pois na realidade e tendo em conta os dias que correm, parece que cada vez estamos mais longe disso...
          Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



          Madrilhada: Sonya Carmo / Jão / Sofiaptm / Lennita

          Afilhadas queridas: Totissa / sora21



          Fevereiro de 2008: fui à GO e parei de tomar a pilula

          Março de 2008: Tudo bem com os exames e sinal verde para engravidar

          Junho de 2008: inicio dos treinos :love2:

          Agosto de 2009: fui à GO. Repetição de testes e inicio de Utrogestan (apenas durante 1 ciclo)

          Setembro de 2009: Espermograma do marido detectou astenoteratozoospermia :-(

          Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

          Dezembro de 2009: 1ª consulta de infertilidade na MAC

          POSITIVO A 24-12-2009!!!! :banana:



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          • #6
            Inserido Inicialmente por Paula-Azeitão Ver Mensagem
            BUG, mto obrigada pela tua resposta. Vejo que passaste por algo semelhante a mim...! É uma pena qdo as coisas não correm como desejariamos... principalmente, num dos momentos que devia ser o mais belo das nossas vidas...!
            Realmente, penso que mtas coisas deveriam mudar dentro dos hospitais. Ok, que aquilo é o dia-a-dia deles e, como pessoas que são, é "natural" que com o passar do tempo fiquem um pouco insensiveis, mas assim sendo, talvez devesse haver alguém disponivel e com experiencia para o apoio emocional no momento do parto... Talvez uma doula (paga pelo estado) ou alguem com experiencia que pudesse acompanhar a mulher durante o trabalho de parto a nivel emocional...
            Penso que isto era mesmo imprescindivel, pois qto mais nervosa a mulher está, masis probabilidades há de o parto correr menos bem, e neste momento, as condições dos hospitais são propicias a isso.
            A doula ou lá quem fosse (com experiencia) faria com que a mulher se acalmasse e não perdesse o controlo. Acredito que isto seria meio caminho andado para o parto ser um êxito e ir mais de encontro ao que as mulheres esperam...
            Hoje ja deixam entrar os maridos para os partos normais. Menos mal...! Só que os maridos, mtas das vezes, ainda ficam mais nervosos que as mulheres e sem saber o que fazer, o que as pode atrapalhar ainda mais. Ok que lá tivessem, pois aquele momento tb lhes diz respeito; mas penso que a companhia duma mulher com experiência para acalmar e conduzir as coisas emocionalmente, seria bastante benéfico.
            Outra coisa que não percebo: os maridos não podem asistir a cesarianas, mas se fosse figura publica e tivesse dinheiro para gastar, aí ja podia, né? Em que ficamos? Isto é justo?
            Gostava mto de ter tido uma doula para me acompanhar em todo o processo da gravidez, parto e pós parto. Ainda fui ter com algumas para ver se me decidia por algumas delas. Ainda ponderei bastante, mas embora os preços delas não sejam caros, para algumas carteiras é caro sim. Por isso é que digo que, pelo menos durante o trabalho de parto, o Estado devia financiar pessoas destas para estarem disponiveis nos hospitais...
            Mas enfim... isto sou eu a sonhar, pois na realidade e tendo em conta os dias que correm, parece que cada vez estamos mais longe disso...
            A meu ideal nem chega a tanto! Eu acho que falta alguma humanidade a alguns profissionais mas nem sei que solução isso poderia ter. É algo que não se ensina. O problema não está só no bloco de partos, está difundido por todo o hospital. Mas o bloco tem características únicas na medida em que uma mulher em trabalho de parto nem está em condições de reenvindicar nem está com anestesia geral de modo a passar-lhe tudo ao lado. Estás consciente, a perceber a estupidez toda (no caso de ires informada) mas não estás em condições de fazer valer a tua posição.

            Concordo contigo que a presença do pai no trabalho de parto, enquanto protector, acaba muitas vezes por ser uma ilusão. O meu marido não se perdoa pelo que não disse / não fez. Da única vez que tentámos contar o meu parto a um casal amigo tive pena do meu marido porque se caíram logo em cima dele a dizer o que teriam feito no lugar dele. Para nós há maior compreensão. Mas a verdade é que eles entram no bloco de parto tão fragilizados como nós.

            Sobre a questão das cesarianas confesso que nunca me pus a pensar. Assim de repente, parece-me que o que serve de argumento para o pai poder assistir de um lado também deveria servir do outro.

            E condordo a 100% quando dizes que é muito importante o nosso estado emocional durante o parto. Mas o que vi no hospital foi uma total despreocupação com esse factor. Para certas coisas não acontecerem não é preciso uma doula, não é preciso vontade de seguir planos de partos (afinal quem é que vai lá escrever para que os procedimentos lhe sejam explicados em timming não coincidente com o da contração?) o que é preciso é juízo naquelas cabeças! Consideração e respeito pelo momento do nascimento.

            Pois é, Paula, desculpa-me por usar o teu tópico para o meu desabafo. É que estiveste no mesmo hospital que eu e acho que, embora em situações diferentes, ambas sentimos desconsideração por parte dos profissionais. Um "fazerem o que lhes apetece e estarem-se nas tintas para explicar" difícil de descrever.

            Mas olha, o mais importante é que a seguir a uma vivência assim, cada mulher encontre a sua forma de se levantar. Eu estou a encontrar a minha e tu encontraste a tua.

            Beijinhos.
            . . . .

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            • #7
              BUG, não tens nada de pedir desculpa por usares o meu tópico como desabafo! Até agradeço que o faças! Foi tb por isso que escrevi: para trocarmos ideias, sensações, experiencias, etc...
              Eu defendi a presença das doulas ou de alguem com experiencia que estivesse disponivel para dar apoio emocional pq embora não esteje a desculpar os profissionais de saude, aquilo é o dia-a-dia deles, e em tudo o que se torna rotina, há grande risco de com o passar do tempo se instalar a insensibilidade... É algo que não controlamos, mas que acontece...! Ainda mais no caso deles que são "formatados" para salvar vidas a todo o custo e lidam dia-a-dia com casos que certamente nem nos passa pela cabeça, casos que podem traumatizar... mas eles não podem parar... eles têm de continuar, pois mais pessoas precisam deles... É mta pressão, e como tal, eles devem criar uma espécie carapaça, de defesa e escondem-se atrás dessa insensibilidade...! Por acaso li um livro que fala mto bem disso, inclusivé do pessoa da medicina (epa, ja não me lembro o nome do livro, mas se quiseres, vou tentar saber... é bem interessante! Penso que é do Augusto Cury, acho...)
              Se nós tivessemos lá, se calhar ia acontecer o mesmo, por mais que agora digamos que não... não no 1º dia nem no 2º, nem na 1ª semana, no 1º mês, talvez nem no 1º ano, mas com o passar do tempo, qui ça... Não sei...
              É algo que talvez eles não consigam controlar, mas nós tb não temos culpa disso e é profundamente injusto para nós, principalmente num momento daqueles!
              Daí que essa pessoa do apoio emocional service para amenizar as coisas e tornar tudo mto mais agradavel...! Mas pelo que já ouvi, os médico olham de atravessado para essas pessoas, pois sentem-nas como uma ameaça ao trabalho deles... O que não tem sentido nenhum, pois os 2 lados podiam-se complementar na ajuda à mulher...!!!
              Qui ça se na altura de nascerem os nossos netos e bisnetos, isto não será mto melhor...! Tomara!
              Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



              Madrilhada: Sonya Carmo / Jão / Sofiaptm / Lennita

              Afilhadas queridas: Totissa / sora21



              Fevereiro de 2008: fui à GO e parei de tomar a pilula

              Março de 2008: Tudo bem com os exames e sinal verde para engravidar

              Junho de 2008: inicio dos treinos :love2:

              Agosto de 2009: fui à GO. Repetição de testes e inicio de Utrogestan (apenas durante 1 ciclo)

              Setembro de 2009: Espermograma do marido detectou astenoteratozoospermia :-(

              Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

              Dezembro de 2009: 1ª consulta de infertilidade na MAC

              POSITIVO A 24-12-2009!!!! :banana:



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              • #8
                Inserido Inicialmente por Paula-Azeitão Ver Mensagem
                BUG, não tens nada de pedir desculpa por usares o meu tópico como desabafo! Até agradeço que o faças! Foi tb por isso que escrevi: para trocarmos ideias, sensações, experiencias, etc...
                Eu defendi a presença das doulas ou de alguem com experiencia que estivesse disponivel para dar apoio emocional pq embora não esteje a desculpar os profissionais de saude, aquilo é o dia-a-dia deles, e em tudo o que se torna rotina, há grande risco de com o passar do tempo se instalar a insensibilidade... É algo que não controlamos, mas que acontece...! Ainda mais no caso deles que são "formatados" para salvar vidas a todo o custo e lidam dia-a-dia com casos que certamente nem nos passa pela cabeça, casos que podem traumatizar... mas eles não podem parar... eles têm de continuar, pois mais pessoas precisam deles... É mta pressão, e como tal, eles devem criar uma espécie carapaça, de defesa e escondem-se atrás dessa insensibilidade...! Por acaso li um livro que fala mto bem disso, inclusivé do pessoa da medicina (epa, ja não me lembro o nome do livro, mas se quiseres, vou tentar saber... é bem interessante! Penso que é do Augusto Cury, acho...)
                Se nós tivessemos lá, se calhar ia acontecer o mesmo, por mais que agora digamos que não... não no 1º dia nem no 2º, nem na 1ª semana, no 1º mês, talvez nem no 1º ano, mas com o passar do tempo, qui ça... Não sei...
                É algo que talvez eles não consigam controlar, mas nós tb não temos culpa disso e é profundamente injusto para nós, principalmente num momento daqueles!
                Daí que essa pessoa do apoio emocional service para amenizar as coisas e tornar tudo mto mais agradavel...! Mas pelo que já ouvi, os médico olham de atravessado para essas pessoas, pois sentem-nas como uma ameaça ao trabalho deles... O que não tem sentido nenhum, pois os 2 lados podiam-se complementar na ajuda à mulher...!!!
                Qui ça se na altura de nascerem os nossos netos e bisnetos, isto não será mto melhor...! Tomara!
                E porque será, Paula que as doulas não são bem vindas nos hospitais? Se a frieza dos médicos fosse apenas uma protecção, se fosse aceite a ideia que o nosso estado emocional é determinante no trabalho de parto porque quem está a parir somos nós e eles estão a ajudar (e não o contrário), então as doulas seriam vistas como um aliado.
                Eu acho que o objectivo deles é excluir o risco de vida para a mãe e o bebé e o risco de sequelas físicas visíveis a longo prazo. Isto é possível com ocitocina dada com objectivo de ainda te despachar a tempo de ir almoçar com o colega, com a mulher em liberdade de movimentos ou num colete de forças, quer te tenha sido explicado o procedimento ou não. Todas concordamos com o objectivo. Mas a partir do momento em que estes riscos estão excluidos deveria haver uma preocupação com o bem estar dos utentes. E não há! Há uma preocupação com a sobrevivência do utente e com o bem estar do médico / enfermeiro.
                Eh pá, eu sei que há relatos de pessoas que estarão para sempre gratas da maneira como foram tratadas. Eu falo com base na minha experiência, cada uma fala com base na sua, não é?
                Mas se arranjares o nome do tal livro agradeço-te. Não tenho a presunção de que sei tudo e pode haver factores em que eu ainda não tenha pensado. Desde o meu parto que preciso de fazer as pazes com a comunidade médica.
                Beijinhos.
                . . . .

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                • #9
                  Olá, Paula!

                  Não sabia que tinha sido tão complicado, tal como falámos antes do parto poderíamos ter falado mais depois, e se quiseres ainda poderemos falar!
                  Também eu fiz uma cesariana no HGO, e como foi há mais tempo, os profissionais que me acompanharam foram outros mas também senti uma insensibilidade na altura da cesariana (acho que até falámos disso quando nos encontrámos)... No Puerpério felizmente fui muito bem tratada e elas tinham muita disponibilidade para estar com as mães, mas desde há cerca de um ano que eles ficaram sem alguns profissionais que foram aliciados para ir trabalhar para o hospital de Cascais... E as coisas a partir daí ficaram piores... Mas não sabia que estavam assim tão mal...

                  Ainda bem que já consegues olhar para o teu bebé com outros olhos, acredito que os primeiros meses tenham sido realmente difíceis, tendo em conta o que descreves!
                  Podes usar o que te aconteceu para ajudar outras mulheres, sugiro que façam uma reclamação ou que pelo menos escrevam uma carta para o HGO para que eles saibam o que se passa, e como as mulheres estão desiludidas com as práticas de atendimento ao parto, se não falarmos as coisas nunca vão melhorar!


                  Jocas a todas
                  Patrícia Paiva
                  - Educadora Perinatal
                  - Conselheira em Aleitamento Materno
                  - Professora Ginástica para Bebés

                  BLOG Perfeito, Perfeito é MAMAR AO PEITO! ; BLOG Amigo dos Bebés ; SITE Mamar ao Peito; Preparação para o Parto - Margem Sul

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                  • #10
                    Inserido Inicialmente por APPM Ver Mensagem
                    Podes usar o que te aconteceu para ajudar outras mulheres, sugiro que façam uma reclamação ou que pelo menos escrevam uma carta para o HGO para que eles saibam o que se passa, e como as mulheres estão desiludidas com as práticas de atendimento ao parto, se não falarmos as coisas nunca vão melhorar!
                    Jocas a todas
                    Concordo plenamente!
                    A minha enfermeira do CS confessou-me, após o meu parto, estavam a aparecer muitas mulheres com queixas idênticas. Isto tem que ter um travão!!! O problema é que as mulheres ficam tão fragilizadas que nem se sentem com energia para escrever relatos ou reclamar.
                    Na altura só tive coragem de pedir o relatório dos acontecimentos. Só recentemente, quase passados 9 meses do meu parto, é que contactei o hospital para uma conversa com um responsável do serviço para obter esclarecimentos acerca do que se passou. E mesmo assim vamos ver como é que me aguento durante a conversa. Custa-me pensar que enquanto eu tive que perder uns meses para me levantar e sacudir a poeira do corpo, estão outras mulheres a passar pelo mesmo. Mas teve mesmo que ser e mais vale agora do que nunca.
                    Beijinhos.
                    . . . .

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                    • #11
                      BUG, hoje de manhã andei a ver se conseguia encontrar o nome do tal livro. Aquilo não é o livro todo a falar disso... São só umas passagens, passagens essas que me "marcaram" de alguma forma, por isso é que me lembrei delas no decorrer da nossa conversa...!
                      Eu leio mtos livros e depois acabo por já não saber bem qual é qual, mas como costumo tirar apontamentos das passagens mais importantes, isso ajuda-me a identificar, mais ou menos, os livros. Penso que é mesmo do Augusto Cury, como te tinha falado, e o titulo é "Nunca Desista dos Seus Sonhos". Esse livro fala da importancia dos nossos sonhos e fala da vida de 5 Grandes Sonhadores da História e da importância deles nunca terem desistido de sonhar: Jesus, Abram Lincoln (acho que é assim que se escreve), Bethoveen, o próprio Augusto Cury e outro que não me lembro; e lá no meio ele fala em psicoadaptação, e diz que é a incapacidade da emoção humana reagir face à exposição repetida do mesmo estimulo, por exemplo, quando se lida com o sofrimento e falhas humanas, isso pode anestesiar sentimentos face ás angustias alheias e tornarem-se insensiveis, falam das dores das pessoas sem sentir nada, e isso pode-se ver nos médicos, advogados, etc....!
                      Ele tb tem outro livro que li e que tb fala mto sobre a medicina (ele é psiquiatra). Esse outro livro chama-se "Saga dum Pensador", é mto conhecido e é simplesmente um dos melhores livros que ja li até hoje... Vai directo ao coração, é um livro "mágico"! Fala dum jovem que tava a tirar o curso de médico mas que preocupava-se mto com os sentimentos das pessoas e era gozado por isso. Ele dava-se mto com um mendigo que era o seu grande "mestre" e foi com ele que aprendeu importantes lições de vida, foi com ele que aprendeu pq é que mtos mendigos preferem a rua a uma vida de conforto. Esse mendigo achava que a sociedade em que vivemos é uma prisão, uma hipócrita, e que na rua tem mto mais liberdade e é mto mais feliz! O rapaz entretanto formou-se e foi um grande médico, pois tinha mto mais em conta tratar a pessoa do que tratar a doença...! Os sentimentos estavam sempre em cima. Dava imensas palestras, onde era criticado pela sua maneira de pensar, mas isso não o intimidava. Esse livro, mais lá para o meio e fim fala mto da medicina. Ele critica-a mto precisamente por causa disso, diz que os médicos não ligam ao Ser Humano que têm á sua frente, mas sim ao amontoado de sintomas que dizem ter... Esse livro tem lá uma frase que achei mto interessante: "A medicina especializou-se em tratar o sofrimento do Ser Humano e não o Ser Humano que sofre!"
                      Se gostares de ler, estes 2 livros são mesmo daqueles livros "da nossa vida", sabes? Principalmente este ultimo...!
                      Não sabia que ias falar com o HGO sobre o teu parto. Acho que fazes mto bem! E já tens previsões para qdo isso irá ser? Fico a torcer para que tudo corra bem e para que alivies mais a tua alma. Gostava de saber o resultado dessa conversa...

                      APPM, olá minha linda! Há qto tempo! Eu ainda cheguei a pedir ajuda... Qdo eu notei os peitos a ficarem estranhos e que me comecei a assustar, foi para ti que enviei a 1ª sms, lembraste? Depois a Jô tb falou cmg, inclusivé a Jô e a Cristina Pincho tiveram na minha casa e viram-me no meio dum ataque de choro "daqueles"... Mas senti que ficou quase tudo na mesma... O miudo chorava mto, não conseguia puxar o leite todo que precisava (talvez por eu andar demasiado nervosa e não me sentir bem), psiquicamente e fisicamente eu tb não me sentia bem (era a costura, o peito naquele estado, a amamentação que me fazia sentir desconfortavel, os medos, o sentir-me sozinha, perdida e sei la que mais...). A hora da amamentação que deveria ser uma hora de prazer, era uma hora de "tortura", o que não era suposto... Cansei-me das pessoas todas... Só queria desaparecer, não queria ter mais contacto com ninguem, daí tb não te ter dito mais nada... Bem, mas ja passou! Bola para a frente! Espero que esteje tudo bem ctg e com o teu pequenote...! Beijoquinhas
                      Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



                      Madrilhada: Sonya Carmo / Jão / Sofiaptm / Lennita

                      Afilhadas queridas: Totissa / sora21



                      Fevereiro de 2008: fui à GO e parei de tomar a pilula

                      Março de 2008: Tudo bem com os exames e sinal verde para engravidar

                      Junho de 2008: inicio dos treinos :love2:

                      Agosto de 2009: fui à GO. Repetição de testes e inicio de Utrogestan (apenas durante 1 ciclo)

                      Setembro de 2009: Espermograma do marido detectou astenoteratozoospermia :-(

                      Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

                      Dezembro de 2009: 1ª consulta de infertilidade na MAC

                      POSITIVO A 24-12-2009!!!! :banana:



                      Com a nossa corrente positiva, todas iremos conseguir Estou com vocês amigas, agora e sempre... :friends: :smooch:



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                      • #12
                        Obrigada Paula! Procurarei os livros.
                        Olha, quanto ao HGO, mando-te PM. Depois devo escrever qualquer voisa no tópico do meu relato.

                        Quando falas no teu pós-parto, mesmo sem te conhecer, fico tão feliz que tenhas ultrapassado esses dias! E que partilhes!
                        O meu pós parto foi diferente. Por estranho que pareça, andei muito levantada durante aí o 1º e 2º mês e depois, quando a bebé começou a normalizar é que eu "me espalhei".
                        Mas quando temos um bebé na neonatologia, como eu tive, lidamos diariamente com outras mãe "de fresco" a quem as coisas não correram como o idealizado. Vê-se episódios de crises de choro que parecem imparáveis, vê-se mães que já não sabem se têm vontade de ir visitar os bebés. Mas que não deixam de ser Mães, com M grande, só que estão a passar por dias complicados. Às vezes, quem não conhece estas coisas de perto, não as compreende. É importante que estas histórias sejam partilhadas para que outras mães que vão para casa e se sintam como tu não pensem que são uns ET's, são coisas que acontecem, mesmo aos melhores.

                        Beijinhos.
                        . . . .

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                        • #13
                          BUG, mto obrigada pelas tuas palavras carinhosas!
                          Tb fico contente por teres conseguido "sacudir a poeira", como tu propria dizes ehehehe É mesmo assim: a vida continua!
                          Concordo plenamente ctg qdo dizes que as coisas devem ser partilhadas... Sempre concordei com isso! Por isso é que eu não me acanhava nem me acanho em dizer que não sentia nada pelo bebé qdo ele nasceu e só tratava dele qdo era estritamente necessário, senão afastava-me. Quase nem me conhecia, pois jamais seria capaz de prever uma reacção destas em mim...! Disse isto á enfermeira que me seguiu no pós-parto e no pré-parto, e ela disse que admirava eu ter coragem de dizer isso, pois havia mtas mães que sentiam a mesma coisa, mas tinham vergonha dos seus sentimentos e de si próprias por serem capazes de pensar em tamanha "monstruosidade" (que não é nada monstruosidade, embora pareça) e então não tinham coragem de meter ca para fora o que sentiam...! Acrescentou que era normal, e que algumas até sentem vontade de matar os filhos, simplesmente pq não estão bem, não se encontram no seu estado normal... Não cheguei a tanto! Eu só queria distância do bebé, queria ter o meu espaço, queria voltar para trás para a minha segurança, ou então avançar mto no tempo e sentir que aquela fase toda ja tinha passado...
                          Meter isto para fora nunca foi o meu problema, o que já é meio caminho andado... O meu problema foi lidar com a situação, com aquele labirinto todo, no qual não se via saida nem Luz no fundo do tunel...
                          Não temos de sentir culpa nem vergonha de sentir estas coisas! É uma fase delicada em que não nos sentimos bem! Essas não somos nós... não estamos no nosso estado normal... Devemos ter paciencia connosco proprias e mimar a nossa criança interior, dizer-lhe a todo o momento que está tudo bem e que vai passar...! Senti falta dum psicologo naquela altura! Mas ao mesmo tempo, não tinha força para o procurar...
                          Disseste que te "esbarraste" ao fim do 2º mês, qdo o teu bebé ja tava a normalizar... O que sentiste, propriamente? Sensações semelhantes ás que descrevi?
                          No teu caso ainda deve ter sido pior, pois enquanto no meu caso, sempre esteve tudo bem com o meu bebé (tirando o facto dele ter passado fome no inicio, e eu não sabia), no teu caso, ainda tiveste de passar pela experiencia da neo..., o que traumatiza mtas mamãs...
                          E geralmente é mesmo assim como descreveste: aguentamo-nos qdo sabemos que temos de ser fortes, e qdo as coisas começam a normalizar e temos "ordem" de nos ir abaixo, é que nós desabamos, como que a compensar aquilo que deviamos ter sentido na altura devida, mas que não nos permitimos sentir... A nossa psique é super interessante...!!!
                          Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



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                          Agosto de 2009: fui à GO. Repetição de testes e inicio de Utrogestan (apenas durante 1 ciclo)

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                          Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

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                          • #14
                            Olá!
                            Olha, eu senti coisas diferentes. O que me aconteceu foi que enquanto ela esteve internada nunca admiti o quanto aquilo tudo me impressionava. Ver um bebé nos cuidados intensivos, com aquele aparato de máquinas e fiozinhos, não é fácil. Quando a picavam, quando a aspiravam, etc, o meu marido saía por uns minutos ou olhava para outros lados, eu não, ficava absorver tudo. Costumava fazer-me de e forte e ainda apontava e dizia à enfermeira: "Olhe, vai usar aquela veia, não é?" Uma ou outra vez, sózinha, chorava e pensava que o que eu queria mesmo era pô-la de volta no sossego da minha barriga, mas passava-me logo e comportava-me de forma racional.
                            Lembro-me perfeitamente do dia em que me permiti quebrar. Ela já estava em casa havia umas semanas e ela adormeceu para uma sestinha. Eu aproveitei para tirar do armário dela umas roupitas de prematuro que já não lhe serviam. Sentei-me no chão a olhar para as roupas e a chorar por tudo o que tinha acontecido. Foi o início...
                            Assumi a culpa de tudo o que se passou e achei-me um monstro, uma péssima mãe por não ter agido de outra forma naquele que foi o último dia da minha gravidez e não devia ter sido. Achei que fui má mãe para ela mesmo antes dela nascer. Sempre que ela chorava eu sentia-me imcompetente. Por outro lado, queria tanto compensá-la que não deixava ninguém tratar dela porque achava que ninguém ia ter o mesmo cuidado que eu. Cheguei a proibir o meu marido de participar no banho. Uma vez, no CS, não quis que a enfermeira lhe mexesse. Foi esta enfermeira que falou comigo e foi com ela que eu chorei acompanhada. Ela chegou a abanar-me, literalmente, com as mãos nos meus ombros e dizer-me "A BEBÉ ESTÁ BEM! JÁ PASSOU!!" Foi difícil, ela exigiu um pouquinho mais de trabalho que o normal e eu cheguei a pesar 44 kg de tal que era o desgaste para tratar dela de forma perfeita.
                            Racionalizando, foi uma tolice. Devo estar grata à minha maternidade porque tenho uma bebé saudável que nunca teve nenhum problema de base, apenas nasceu antes do tempo. Quem dera a tanta gente, não é? Mas pronto, os sentimentos são mesmo assim, nem sempre fazem sentido.
                            Mas é sempre importante partilhar. Ontem fomos nós, hoje podem ser outras que encontrem aqui alguma semelhança e conforto.
                            Beijinhos.
                            . . . .

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                            • #15
                              Oh BUG, lamento imenso que tenhas tido de passar por tudo isso!
                              Por isso é que se diz que não devemos acumular as emoções... se tens vontade de chorar agora, chora; se tens vontade de rir, ri; se ficaste zangada ou desapontada com este ou com aquele, diz... as emoções acumuladas, um dia vão estoirar, das mais variadas maneiras, e depois é bem pior...
                              Mas nós não somos perfeitas, ne? Há coisas que mesmo que saibamos que deve ser assim ou assado, naquele momento, simplesmente não conseguimos fazer...! Mas se calhar é mesmo assim... se calhar tinhamos de passar por aquela determinada situação...! Pq? Não sei, mas sei que a vida é sábia e la sabe o que faz com cada um de nós e com as situações que nos mete à frente...
                              Lá tou eu a filosofar...! É melhor parar por aqui, senão ainda vos vou aborrecer com tanta escrita... ehehhehe
                              Tou a gostar de falar ctg BUG... eheheh
                              Tb gostava que mais meninas participassem, mas pelos vistos, elas não estão para isso... ehehehhe
                              Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



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                              Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

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