Já desde as 30 semanas que o nosso baguinho andava a ameaçar vir cá para fora, sempre foi um rapaz cheio de pressas, mas com muito repouso e ajuda do papá o rapaz lá se aguentou e foi crescendo cá dentro...
No dia 19 de Julho começei com dores que fizeram o meu marido obrigar-me a ir á urgência, as notícias eram as que esperava, tudo em andamento e o T.P já tinha começado, embora ainda muito atrasado. Voltámos para casa com a certeza que não chegávamos nem á consulta de dia 28...
No dia 21 as contracções começaram a apertar bastante, eu sentia-as mas não me sentia com o feeling para ir para o hospital, apesar de sentir as dores de 10 em 10 minutos, lá fui eu para o hospital a pedido do meu marido que esteve sempre bem mais ansioso do que eu todo o tempo.
E lá fomos nós, embora eu fosse com a certeza de que já não voltava para casa...
Chegámos á urgência ás 15h30, CTG para cá e toques para lá, vinha o veredicto, ia ficar internada com 3 dedos de dilatação e contracções.
Mandaram-me para uma salinha dentro do Bloco de partos onde me ligaram ao CTG e me deram a bela da batinha, estive lá toda a noite, deitada, nem para fazer xixi podia levantar-me, claro que tudo isto atrasou as contracções e de manhã lá fui eu mandada para a enfermaria onde ia ficar á espera que o TP voltasse a ser activo.
Mandaram-me andar imenso, andei tanto que já tinha o joelho inchado, subi escadas, desci... enfim.
Claro que cada vez que vinha a enfermeira por-me o CTG as contracções tinham aumentado, e bem, mas as dores ainda eram suportáveis, entretanto veio a médica que me fez um toque bem maldoso, foi a única vez que chorei durante o tempo que estive á espera, doeu-me mesmo e a enfermeira foi muito pouco simpática, pelas palavras dela "descolamento de membranas" não me pareceu que não fosse para doer...
Continuei com dores mas mantive-me caladinha sempre, meti na minha cabeça que gritar ou chorar não me ia adiantar de nada, além disso no meu quarto estavam 2 senhoras para parir que parecia que iam deitar o hospital abaixo, foi uma tortura e até estava nervosa por elas...
A noite passou e eu mantive-me caladinha, de vez em quando lá vinha uma enfermeira ver o CTG e fazia-me uma festinha, no dia 23 a minha sogra foi ver-me com o meu marido e toca de passear muito com eles naqueles corredores, por volta das 17h/18h as dores começaram a ser nos rins e eu aí já me queixava
ao meu marido.
Foram comer qualquer coisa enquanto a médica me veio observar, não era a mesma do outro dia e foi um doce para mim, estava ela a fazer-me o toque quando de repente digo eu assim "espere aí que eu estou a fazer xixi" LOL mentira, diz-me ela " Oh querida, nem por isso, rebentaram-lhe mesmo as
águas, já para o bloco" Ou seja, o meu marido nem tempo teve de comer.
Cheguei ao Bloco eram 19h30, fui novamente para a salinha de dilatação, mas desta vez as contracções já eram insuportáveis, tudo nos rins, eu não aguentava as dores, mas nem um ai eu dei... Ás 21h veio a enfermeira que me acompanhou em todo o trabalho ver o meu estado, 5 dedos e eu pedi a epidural já de lágrima no olho mas sem chorar, e ela querida como foi diz-me assim "Oh meu anjo e só agora é que pedes? sai já um anestesista!" E lá veio o anestesista, muito querido muito calmo, não me doeu nadinha a epidural e não me arrependo em momento nenhum de a ter pedido.
A enfermeira foi um anjo, trocava-me de posição, dava-me água ás escondidas e falava muito calma comigo, estava espantada como eu não me queixava com as contracções quase a 200. Cada vez que o efeito da epi passava eu tentava aguentar o máximo que podia, mas mais que 1h30 eu não conseguia.
Ás 23h levei o reforço e ela pediu-me para descansar porque a seguir já iria fazer força para fazer o meu anjo nascer. O pai sorriu para mim e estava muito mais nervoso do que eu.
A minha irmã que foi auxiliar lá também lá estava e coitadinha eu bem via o sofrimento dela a olhar para o meu CTG, mas eu, nem uma nem duas.
E escusado será dizer que descansar era mentira, eu estava alerta, acordada, ansiosa...
Ia falando com o meu menino para me ajudar, para ir descendo.
Á 00h veio novamente a enfermeira ver-me, 8 para 9 dedos e lá veio o reforço da epidural o último.
Eu continuava a sentir tudo menos dor, muita pressão lá em baixo e o aperto das contracções, a respirar sempre muito fundo.
E á 1h20 veio novamente ver-me e dizer-me "Aninhas é agora meu anjo".
Um nervoso percorreu o meu corpo inteiro, era agora, finalmente, eu que tinha estado sem saber o que esperar durante 9 meses, era agora...
No bloco de partos tinha o maridão do meu lado direito e a minha irmã do lado esquerdo.
Começaram a pedir-me que fizesse força para o ir empurrando para baixo, eu ouvia a enfermeira dizer-me que já via o cabelinho dele, mas se houve altura em que eu me sentia desesperada foi aí, eu dizia que não ia conseguir e ela dizia-me " Aninhas não diz isso, claro que consegue", fiz força mais umas 3 vezes, ouvi a minha irmã dizer-me que já via o cabelinho dele e olhei para o meu marido que me disse um "está mesmo quase amor" entre os dentes, chorava muito nessa altura de nervos e da força, voltei a fazer a maior força que consegui e de repente senti o meu menino sair, primeiro a cabeça e depois o resto do corpinho tão quentinho...
Puseram-no logo em cima de mim, eu não sabia se chorava se ria, fazia as duas coisas ao mesmo tempo, olhava para toda a gente e sorria e chorava, era lindo o meu menino, a carinha que imaginámos tantas vezes... eu só dizia "é tão lindo amor, é lindo".
3160Kg e 48cm de perfeicção, o marido cortou o cordãozinho e a enfermeira foi vesti-lo.
Era lindo o nosso menino e tudo correu tão bem.
Saí do bloco eram 2h30, cozeram-me e limparam-me e puseram o meu menino a mamar que mamou muito bem logo.
Escusado será dizer que toda a madrugada passei-a a olhar para ele e a pensar como é que consegui pô-lo cá fora, chorava cada vez que agarrava a mãozinha dele.
Ainda hoje choramingo quando já o vejo tão grandinho...
Dito isto, só tenho a dizer bem do Hospital Amadora Sintra, tanto no internamento como no Bloco de partos, com um especial obrigado á enfermeira conceição
No dia 19 de Julho começei com dores que fizeram o meu marido obrigar-me a ir á urgência, as notícias eram as que esperava, tudo em andamento e o T.P já tinha começado, embora ainda muito atrasado. Voltámos para casa com a certeza que não chegávamos nem á consulta de dia 28...
No dia 21 as contracções começaram a apertar bastante, eu sentia-as mas não me sentia com o feeling para ir para o hospital, apesar de sentir as dores de 10 em 10 minutos, lá fui eu para o hospital a pedido do meu marido que esteve sempre bem mais ansioso do que eu todo o tempo.
E lá fomos nós, embora eu fosse com a certeza de que já não voltava para casa...
Chegámos á urgência ás 15h30, CTG para cá e toques para lá, vinha o veredicto, ia ficar internada com 3 dedos de dilatação e contracções.
Mandaram-me para uma salinha dentro do Bloco de partos onde me ligaram ao CTG e me deram a bela da batinha, estive lá toda a noite, deitada, nem para fazer xixi podia levantar-me, claro que tudo isto atrasou as contracções e de manhã lá fui eu mandada para a enfermaria onde ia ficar á espera que o TP voltasse a ser activo.
Mandaram-me andar imenso, andei tanto que já tinha o joelho inchado, subi escadas, desci... enfim.
Claro que cada vez que vinha a enfermeira por-me o CTG as contracções tinham aumentado, e bem, mas as dores ainda eram suportáveis, entretanto veio a médica que me fez um toque bem maldoso, foi a única vez que chorei durante o tempo que estive á espera, doeu-me mesmo e a enfermeira foi muito pouco simpática, pelas palavras dela "descolamento de membranas" não me pareceu que não fosse para doer...
Continuei com dores mas mantive-me caladinha sempre, meti na minha cabeça que gritar ou chorar não me ia adiantar de nada, além disso no meu quarto estavam 2 senhoras para parir que parecia que iam deitar o hospital abaixo, foi uma tortura e até estava nervosa por elas...
A noite passou e eu mantive-me caladinha, de vez em quando lá vinha uma enfermeira ver o CTG e fazia-me uma festinha, no dia 23 a minha sogra foi ver-me com o meu marido e toca de passear muito com eles naqueles corredores, por volta das 17h/18h as dores começaram a ser nos rins e eu aí já me queixava
ao meu marido.
Foram comer qualquer coisa enquanto a médica me veio observar, não era a mesma do outro dia e foi um doce para mim, estava ela a fazer-me o toque quando de repente digo eu assim "espere aí que eu estou a fazer xixi" LOL mentira, diz-me ela " Oh querida, nem por isso, rebentaram-lhe mesmo as
águas, já para o bloco" Ou seja, o meu marido nem tempo teve de comer.
Cheguei ao Bloco eram 19h30, fui novamente para a salinha de dilatação, mas desta vez as contracções já eram insuportáveis, tudo nos rins, eu não aguentava as dores, mas nem um ai eu dei... Ás 21h veio a enfermeira que me acompanhou em todo o trabalho ver o meu estado, 5 dedos e eu pedi a epidural já de lágrima no olho mas sem chorar, e ela querida como foi diz-me assim "Oh meu anjo e só agora é que pedes? sai já um anestesista!" E lá veio o anestesista, muito querido muito calmo, não me doeu nadinha a epidural e não me arrependo em momento nenhum de a ter pedido.
A enfermeira foi um anjo, trocava-me de posição, dava-me água ás escondidas e falava muito calma comigo, estava espantada como eu não me queixava com as contracções quase a 200. Cada vez que o efeito da epi passava eu tentava aguentar o máximo que podia, mas mais que 1h30 eu não conseguia.
Ás 23h levei o reforço e ela pediu-me para descansar porque a seguir já iria fazer força para fazer o meu anjo nascer. O pai sorriu para mim e estava muito mais nervoso do que eu.
A minha irmã que foi auxiliar lá também lá estava e coitadinha eu bem via o sofrimento dela a olhar para o meu CTG, mas eu, nem uma nem duas.
E escusado será dizer que descansar era mentira, eu estava alerta, acordada, ansiosa...
Ia falando com o meu menino para me ajudar, para ir descendo.
Á 00h veio novamente a enfermeira ver-me, 8 para 9 dedos e lá veio o reforço da epidural o último.
Eu continuava a sentir tudo menos dor, muita pressão lá em baixo e o aperto das contracções, a respirar sempre muito fundo.
E á 1h20 veio novamente ver-me e dizer-me "Aninhas é agora meu anjo".
Um nervoso percorreu o meu corpo inteiro, era agora, finalmente, eu que tinha estado sem saber o que esperar durante 9 meses, era agora...
No bloco de partos tinha o maridão do meu lado direito e a minha irmã do lado esquerdo.
Começaram a pedir-me que fizesse força para o ir empurrando para baixo, eu ouvia a enfermeira dizer-me que já via o cabelinho dele, mas se houve altura em que eu me sentia desesperada foi aí, eu dizia que não ia conseguir e ela dizia-me " Aninhas não diz isso, claro que consegue", fiz força mais umas 3 vezes, ouvi a minha irmã dizer-me que já via o cabelinho dele e olhei para o meu marido que me disse um "está mesmo quase amor" entre os dentes, chorava muito nessa altura de nervos e da força, voltei a fazer a maior força que consegui e de repente senti o meu menino sair, primeiro a cabeça e depois o resto do corpinho tão quentinho...
Puseram-no logo em cima de mim, eu não sabia se chorava se ria, fazia as duas coisas ao mesmo tempo, olhava para toda a gente e sorria e chorava, era lindo o meu menino, a carinha que imaginámos tantas vezes... eu só dizia "é tão lindo amor, é lindo".
3160Kg e 48cm de perfeicção, o marido cortou o cordãozinho e a enfermeira foi vesti-lo.
Era lindo o nosso menino e tudo correu tão bem.
Saí do bloco eram 2h30, cozeram-me e limparam-me e puseram o meu menino a mamar que mamou muito bem logo.
Escusado será dizer que toda a madrugada passei-a a olhar para ele e a pensar como é que consegui pô-lo cá fora, chorava cada vez que agarrava a mãozinha dele.
Ainda hoje choramingo quando já o vejo tão grandinho...
Dito isto, só tenho a dizer bem do Hospital Amadora Sintra, tanto no internamento como no Bloco de partos, com um especial obrigado á enfermeira conceição
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