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Ontem chutei o pau da barraca... :(

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  • #31
    Como diz o outro: "deita cá pra fora!!"

    Nós cá estamos para ouvir e partilhar


    A felicidade completa

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    • #32
      Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
      A questão dos meus sobrinhos é pertinente. Reli a razão de sentir, durante o final da gravidez, que a coisa ia ser complicada e relembrei-me que não era apenas por causa de insinuações estranhas que eu senti isso. Lembrei-me que a minha cunhada chegou a comentar com a minha sogra que se soubesse que o R. ia ser pai tão em breve, provavelmente não teria adoptado (nice, né?).
      Que saída triste vem de encontro à teoria de que ela toma o teu filho como dela. Isto é doentio!

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      • #33
        Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
        A minha sogra já comentou várias vezes que tem muita pena de não poder estar a criar o neto mas confesso que sempre interpretei isso como uma forma de dizer que queria tomar conta dele (e eu acho que entre criar e tomar conta, vai uma grande diferença). Se calhar, é ingenuidade minha...
        Não é ingenuidade tua, acho eu. As pessoas mais velhas por norma usam muito esta expressão do criar o neto para se referir ao facto de ficar com ele durante o dia até à idade (pré)escolar. Não creio que esteja a pensar em muito mais do que isso. A ideia que me dá é que a tua sogra se comporta como avó (claro que muitas avós não são assim): quer mostrar que tem experiência e que também sabe, tem saudades dos filhos pequenos e revê-os nos netos, não são do tempo dos pediatras à distância de um telefone e das consultas de rotina e não entende nada disso de não se poder dar bolos de laranja aos 7 meses. Releva. Sê firme e assertiva mas releva.

        Já a tua cunhada... ai valha-me um burro aos coices! Ela não se enquadra em perfil nenhum, excepto no de uma pessoa que precisa (como bem disseste) de ajuda profissional para encontrar mais equilibrio emocional. Porque sinceramente a imagem que passa do teu discurso, Sugar, é a de uma pessoa um nadinha desiquilibrada :-(

        Em relação a conversares com os teus sobrinhos sobre o que quer que eles tenham ouvido no calor da discussão... acho que só o deves fazer se te estás a referir a alguma coisa que tenhas dito ou insinuado acerca deles e da relação da tua cunhada com eles e que gostasses de esclarecer. De resto, para falar de coisas ditas por outrém acho melhor não, Sugar. E menos ainda sobre os sentimentos deles face às coisas. Lá está: para não caires no erro de fazer um bocado do mesmo que a tua cunhada te faz!

        Depois... conforme vou lendo mais pérolas da tua cunhada mais me convenço que ela tem mesmo um problema emocional grave. Não é nada normal dizer que se soubesse que vocês iam ter filhos logo ela não adoptaria aquelas crianças... triste, muito triste. Se realmente gostas dela e a queres ajudar, tenta convencê-la (quando os ânimos serenarem, porque estou certa de que vão serenar ;-) ) a procurar um psicologo que a ajude a enfrentar os problemas (tanto da infertilidade do casal, como dos que tem com o marido!).

        Beijinhos

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        • #34
          Inserido Inicialmente por micaela24 Ver Mensagem
          Uma amiga minha disse-me, a propósito de umas alterações de comportamento, quando nasceu o meu sobrinho: "mas tu não percebeste que a tua filha é filha da nora e o teu sobrinho é filho da filha?"
          Há sempre diferenças e no teu caso isso afecta a relação com o bebé de uma maneira muito forte.
          Força, acho que estás a agir muito bem.
          Há um ditado que diz: "filho da minha filha, senta aqui e pega pão; filho da minha nora, pega pão e vai-te embora."

          Sugar, um beijinho e vou continuar a ler tudo o que escreves . Falar/escrever só te fará bem.

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          • #35
            Sugarpops,

            sobre a opinião do teu marido de não ir lá no dia da mãe:
            Não tenhas medo de escutar o teu marido! No meu caso, era a minha família que causava os piores problemas (são os que estão mais proximos).
            O meu marido por vezes, saturado, pedia-me para não participarmos nalgumas festas que davam sempre discussão com eles e depois, clarissimo, entre nós.
            Eu não abri os olhos na altura por ser ele a dizer-me (achei que era uma opinião parcial). Foi uma amiga que me abriu os olhos. Após mais uma discussão sobre lhe darem comida eu liguei e pedi-lhes para não o irem buscar mais depois da escola com a razão que estas discussões me destabilizavam e depois destabilizavam a nossa relação e que não podia tolerar isso mais. A retaliação foi mais que muita e foi logo e tive de ouvir coisas horríveis. Ouvi de tudo o que desse para me magoar com a simples intenção de me fazer voltar atrás com a decisão. A minha amiga só dizia "NAO CEDAS!".
            O meu filho deixou de ir para casa deles no final do dia, imagino com imenso sofrimento para eles, com imenso custo para o meu filho que passou a sair muito mais tarde da escola e com imenso cansaço para nós. Foi um período difícil, mas foi o que os fez perceber que se não reviam as suas maneiras, ficavam mesmo limitados a estar com o neto. Já tinhamos tido inumeras discussões com eles sobre isto, sempre tentamos levar as coisas a bem, mas desta foi a única em que se retrataram. Entretanto as coisas voltaram à normalidade, ele voltou a ir para a casa deles (até porque agora ele pede), mas a nossa opinião agora é respeitada.
            Concordo plenamente contigo quando dizes que não nos devemos privar da família, mas vocês tiveram uma interacção em que foram elas que não aceitaram as tuas desculpas e a tua cunhada afastou-te. Apesar de toda a tua tolerância, elas fizeram-se de vítimas à primeira contrariedade. Estão a comportar-se como quem não têm nada a perder! A minha família também era assim. Eles assumem que os filhos nunca os vão deixar (e efectivamente não vão) e sabem bem o que dizer para lhes dar a volta, nesse sentido têm a faca e o queijo na mão. E então acham que se podem permitir qualquer comportamento. Pois bem! Mostrem-lhes que não é bem assim. Que se calhar até têm algo a perder! Atenção que sou super proxima e a favor da família, mas temos de ter a pestana bem aberta sobre as implicações que está a trazer para o casal.

            quanto à tua cunhada:
            Olha nem sei o que te diga, agora que expuseste a situação neste tópico. Não vou discutir os problemas de infertilidade concretamente porque é uma realidade que nao conheço.
            Na minha perspectiva é assim: ela construiu a sua vida. A vida que quis. Construiu-a com as suas decisões. A sua vida poderia ter seguido outros inúmeros cursos. Poderia ter admitido que a gravidez e os filhos faziam mesmo parte do seu projecto de vida e ter optado por separar-se do marido. Podemos concordar ou não, mas era uma opção que estava na sua mão. Conheço quem tenha feito essa escolha. Pode parecer egoista e cruel, mas é sincero. Ela podia ter feito FIV. Podia ter restringido a idade das crianças que adoptou a menos de 3 anos... Podia ter feito imensas escolhas que não fez. A vida dela é fruto das suas escolhas e não das circunstâncias: escolheu continuar com o marido, escolheu não fazer FIV e escolheu adoptar crianças com 7 a 8 anos. Pode ser muito nobre e louvável nas suas escolhas, mas só se a sua atitude perante a família dela (marido e filhos) estiverem à altura das escolhas que fez. Sinceramente adoptar duas crianças tendo na cabeça que são diferentes porque não são filhos do seu sangue (mas o bebé do irmão já é do mesmo sangue) eu acho muito muito frio e muito duro para com eles. Que não digam que isso não se sente, porque sente.
            Acho que uma pessoa assim *não tem* estaleca para fazer uma adopção. Simplesmente usa esse meio para satisfazer as suas necessidades sem estar a atender às verdadeiras necessidades da criança (de protecção, de aceitação incondicional, que os pais os amem mais do que a qualquer outra criança). Isso sim, eu acho frio, egoísta e cruel. O comportamento dela com o teu filho e as afirmações dela e da tua sogra mostram que ela não se cumpre como mãe através dos filhos dela.

            quanto à tua sogra vir dizer que era bom que a promessa se cumprisse cedo: epa, sinceramente... já nao bastava uma a dizer asneiras e essa ainda vem reforçar. Lê o post que outra forista deixou aqui sobre a mãe dela ter cedido à pressão de uma avó e uma tia para se substituirem ao seu papel de mãe. Ilustra bem o nível de ilusão a que as pessoas conseguem levar-se.



            Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
            Obrigada pelos miminhos! :blush:
            A questão dos meus sobrinhos é pertinente. Reli a razão de sentir, durante o final da gravidez, que a coisa ia ser complicada e relembrei-me que não era apenas por causa de insinuações estranhas que eu senti isso. Lembrei-me que a minha cunhada chegou a comentar com a minha sogra que se soubesse que o R. ia ser pai tão em breve, provavelmente não teria adoptado (nice, né?).
            Ultima edição por mncg77; 28-04-2011, 16:40.

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            • #36
              Em relação aos meus sobrinhos, de facto é melhor manter-me na minha. Já achava isso mas quanto mais penso, mais me convenço. Quando falei em conversar com eles, era mais no sentido de lhes pedir desculpas por terem de ouvir aquela discussão mas, realmente, mexer mais só pode dar mau resultado.

              Eu vou ignorando as atitudes dos avós (sim, porque maternos e paternos, estão sempre mortinhos por meterem a colher) mas nem sempre dá. O meu sogro, naqueles dias em que estiveram temperaturas de 30º graus, veio-me com a conversa que o Dinis estava mal agasalhado (estavam uns 28º graus, abafado, sem correr uma pinta de vento e o puto tinha uns jeans e uma t-shirt sem body). Lá expliquei que estava imenso calor e que o Dinis era muito calorento, se lhe metesse mais roupa, para além de desconfortável, ainda ia suar imenso. O meu sogro, depois de ouvir a explicação, diz: "ah... mas eu acho que é pouca roupa". Ignorei, claro. Mas no dia seguinte, com o mesmo calorão, repetiu a mesma coisa "ele está tão mal agasalhado". o_O Lá tive de dizer "Ó Sr. V., tenha lá santa paciência, mas acha mesmo que eu ia colocar o meu filho mal agasalhado? É meu filho, é óbvio que serei a primeira interessada no seu bem-estar, né? E é por isso que eu SEI que ele está bem assim".) Ao meu pai foi com umas travesseiras que ele queria, porque queria, pô-las atrás das costas do Dinis, segundo ele, para o ajudar a sentar. Expliquei que o puto não precisa porque já se senta bem sem elas e prefere não estar enconstado a nada. O meu pai levanta-se, vai buscar as travesseiras na mesma e só quando eu lhe disse com voz grossa "não é não e já disse que o Dinis não precisa delas!" é que o meu pai as foi guardar (e foi amuado). Sim, porque o meu pai também já fez algumas que me irritaram bastante, como aparecer aqui sem avisar com a minha mãe e uma colega do antigo trabalho que eu só tinha visto 1 vez, para apresentar o neto quando ele tinha 15 dias ou então, eu dizer para não o tirar de dentro do ovo porque ele estava bem e ele simplesmente virar costas e pegar no puto. Enfim, são avós que acham que os pais educam e eles deseducam (isto foi frase do meu pai - mais uma resposta torta que ouviu, só por causa das coisas).

              O problema com a minha cunhada é que este assunto tornou-se tema tabu, que só interessa ser puxado quando acontecem este tipo de coisas e precisam de usar da sua chantagem emocional. Ninguém é capaz de lhe dizer que ela precisa de ajuda porque toda agente acha normal a reacção dela perante a vida, tendo em conta o problema de fertilidade que o casal enfrenta. para toda agente, é normalíssimo fazer má cara quando a prima lhe contou que ia ser mãe outra vez. Quando a S., mãe da tal primita do Dinis anunciou que estava grávida, toda agente brincava com ela com a mamã isto, a mamã aquilo. A C. estava lá e achou que isto é uma afronta pessoal, veio para casa chorar e minha sogra ainda piorou dizendo coisas como "já viu? Não podiam ter esperado que a C. fosse embora?". Do que eu pude compreender, e como as pessoas sabem do que se passa com ela, não se pode ser efusivo em relação à vinda de uma criança ao mundo. Isto afectou-me directamente porque eu já estava grávida também e acabei por só contar com 10 semanas porque temia que ela reagisse mal. Eu refreei muito a minha alegria naquela casa, para não a fazer sofrer. Se Deus me ajudar e me conceder um segundo filho, provavelmente, não cometerei o mesmo erro porque, neste momento, já percebi que podia ter sido ainda mais feliz e não pude porque existem terceiros a sentirem-se pessoalmente ofendidos. Só que, lá está, como a atitude dela perante a vida e perante ao problema que a afecta é vista como a reacção normal a ter-se, há que fechar a matraca e fechar os olhos a tudo isto...

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              • #37
                Lembro-me perfeitamente de ler o teu outro post no final da gravidez e de ter pensado q qdo o teu bebé nascesse as coisas provavelmente iam azedar... E aqui estás tu dividida entre as tuas certezas de mãe e o teu sentimento de culpa em relação à tua cunhada.
                A vida por vezes é injusta mas temos q aprender a contornar os nossos problemas para conseguirmos ser felizes, projectá-los nos outros n resulta. Isto é o q ela faz contigo e com o teu filho. Cada um faz o seu próprio caminho e tu n podes fazer o dela, mesmo q consigas compreender a mágoa q sente nunca conseguirás aliviá-la. Muito pelo contrário, estás a alimentá-la ao permitir esse comportamento doentio. Ela precisa claramente de ajuda e eu sinto mta pena dos filhos dela pq ao q parece são encarados como "2ª categoria".
                Quem, como eu, já esteve na tua situação sabe q n é nada fácil. Eu engoli até aos 3 anos E depois tb explodi e senti-me péssima. "Vocês educaram os vossos filhos e nós educamos os nossos. E agradeço q já q n ajudam pelo menos n estraguem o nosso trabalho!!!" E o meu marido tb foi 1000estrelas como o teu e apoiou-me. Disse q eu tinha feito mto bem em pô-los no lugar deles pq a ele n o levam a sério. E n é q foi mesmo???? No ínicio foi dificil, ficou um ambiente tenso. Mas depois disso nunca mais ninguém mandou palpites.
                Vais ver q com o tempo as coisas vão acalmar. Não cedas a chantagens emocionais. A tua posição ficou clara, conseguiste o respeito q te é devido e daqui para a frente só tens q ir reforçando a ideia. Não importa q te chamem Hitler nas tuas costas e q critiquem a educação q dás ao teu filho, desde q te respeitem pela frente. Eu sei q é mto complicado mas isto tb é uma forma de crescermos enquanto mães. Sermos leoas qdo é necessário sem termos medo do q os outros pensam.
                Querida Sugar o importante é o teu filhote e ninguém melhor q vocês(pais) sabe o q é melhor para ele

                Beijos

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                • #38
                  Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
                  A C. estava lá e achou que isto é uma afronta pessoal, veio para casa chorar e minha sogra ainda piorou dizendo coisas como "já viu? Não podiam ter esperado que a C. fosse embora?"
                  ~

                  A resposta a isto, qual DEVE ser Sugar?

                  A minha, que estou de fora, é certa: Não, não podiam ter esperado.Claro que não!

                  Acho que são essas pequenas coisas que podias mudar na tua atitude com a C. e com a tua sogra. Podias aproveitar essas ocasiões para lhes explicares que não são só os sentimentos da tua cunhada que contam, que as outras pessoas também os têm e que ninguém tem culpa do problema de infertlidade desse casal. E que milhares de casais enfrentam o mesmo problema de cabeça erguida, sem precisar de mudar o mundo à sua volta para conseguir sobreviver a ele e que essa é que é a postura correcta.

                  MIMO é tudo o que essa tua cunhada tem tido. E esse mimo não a está a ajudar. Se realmente elas te considerem amigas e família acredita que as tuas palavras serão, mais cedo ou mais tarde, compreendidas e bem interpretadas, quem sabe não ajudarão mesmo! Se não... olha, paciência!

                  Em relação às teimosias dos avós, eu tenho uma opinião particular. Eu não levo nada a mal esse tipo de comentarios/sugestões/críticas. Penso sempre se, um dia, não serei eu mesma a fazê-los quando tiver os meus netos! E acho que acabam por ser a única forma que eles sentem que têm de reviver a tarefa da parentalidade, que com a nossa condição de filhos-pais fazemos parecer tãaaao distante. NÓS é que, contrariamente, nos sentimos ainda tão filhos dos nossos pais que acabamos indignados com os atestados de incompetência que nos passam, desejosos que estamos também de mostrar que sabemos fazer aquilo bem, tal como se tívessemos 3 anos e estivessemos ansiosõs por mostrar que já sabemos abotoar sozinhos os botões do nosso casaco! E desejosos da mesma aprovação e admiração como quando tínhamos 3 anos!

                  Sugar, nas situações que relatáste: no caso do teu sogro, nem vale a pena. Não poderias fazer-lhe a vontade e ir agasalhar o pobre do Dinis, sob pena de lhe comprares uma constipação (os avós nunca se lembram que a transpiração excessiva seguida de mudanças bruscas na temperatura - inevitáveis porque acabamos sempre em algum momento por ter de os despir!- são o começo de muitas constipações).

                  Já no caso do teu pai... oh ca porra, deixa lá o homem meter as travesseiras, que mal não faz e sempre lhe enchia o ego de orgulho pelo bom trabalho! Eheheh!

                  As únicas pegas que tive com a família (pais e sogros) por causa da minha filha estavam sempre relacionadas com a sua saúde (as classicas que têm a ver com os alimentos e doenças e mezinhas para as ditas). Tudo o resto, eu relevo.

                  Mesmo no que diz respeito às rotinas e ás regras: julgas que a minha filha não distinguiu sempre que em casa da avó era de uma maneira e em nossa casa de outra? Não há baralhação nenhuma. Em casa da minha mãe não se arrumam brinquedos, come-se distraída com bonecada e brincadeira enquanto a avó ou a tia lhe dão o almocinho à boca, dorme-se a sesta quando o sono vem e... se vier! Sei lá! Não invalida que na escolinha e em nossa casa faça questão de comer sozinha e ser a primeira na fila do xixi-cama e saiba de cor o lugar onde arruma as coisinhas e os brinquedos (mais na escola... ) Eu acho mesmo que eles têm poder de encaixe de tantas regras e rotinas quantas as pessoas com quem se habituam a estar regularmente!!!

                  O meu Manual de Sobrevivência ás Relações Familiares Depois dos Filhos ensinou-me que temos de, aos poucos, ir aprendendo a discernir o que é importante e o que é acessório. Há coisas pelas quais vale a pena bater o pé... outras nem por isso!

                  Beijinhos!

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                  • #39
                    É, na verdade eu sou um bocado inflexível em relação ao meu filho, principalmente com os meus pais. Acho que tem a ver com o facto de haverem muitas provocações. O meu pai adora irritar o R. e sabe que a melhor maneira de fazer isso é ouvir-me dizer "não é preciso fazer x ou y" e ele fazer na mesma. O R. odeia que me desautorizem, acho que mais do que quando ele é desautorizado. LOL! Apesar destas guerrinhas serem cansativas, pelo menos demonstra que ele me "protege".

                    Para além disso esta inflexibilidade tem outra razão de ser, uma bem mais pertinente do que essas irritações de estimação e uma que é bem mais profunda. O meu pai, quando eu nasci, tinha 21 anos e estava na tropa. O meu mano faz diferença de ano e meio de mim, por isso veio logo a seguir. Embora ele achasse que sim, a verdade é que o meu pai não estava preparado para dois filhos, uma casa, responsabilidades... E começou a sair muito, a ter reuniões de trabalho até tarde, a ter hobbies "imprescindiveis" como a caça e a pesca. Foi tão mau que um dia a minha mãe lhe pôs a mala na porta porque já não aguentava mais. Ele redimiu-se um bocado mas os anos já estavam a passar e eu já tinha uns 7 anos e o meu mano uns 5 ou 6... Ele perdeu a n/altura de bebés. Entretanto, quando nasceu o meu primito mais novo, que vai fazer 5 anos em Agosto, foi a pura da loucura! Foi aí que comecei a ver coisas que odiei: a minha tia dizia "não quero que se dê isto ou aquilo" e o meu pai a rir-se tratava logo de dar. O meu tio dizia ao puto "não mexas", o meu pai ia lá dar-lhe o objecto. Enfim, o meu pai desautorizou os meus tios em tudo sob o pretexto que eles eram um exagerado. O que é certo é que o meu primo tem sérios problemas de autoridade com os pais, muito por culpa do meu pai que o via todos os dias e todos os dias arranjava alguma forma de por o miúdo a fazer o que não devia. Várias vezes disse que não era correcto, que o G. tinha pais e que quem ia pagar a factura era o próprio puto mas eu era a chavalita que não sabia nada da vida. Mas jurei, logo ali, que eu não ia passar o mesmo se algum dia fosse Mãe. É por isso que corto as bases bem rentes, o meu pai tenta compensar a ausência dele tentando ser um tio e um avô que permite tudo, que é o fixe, que corta as regras que os pais dos putos querem impor. Comigo, por já o conhecer, leva logo corte para não andar a arrepender-me mais tarde.

                    Eu também acho que já se devia ter dado um corte em relação à forma como toda a gente trata a C., mas é complicado. A minha sogra já decidiu que esta é a forma correcta de lidar com o assunto, portanto ignora todas as pistas que se vão dando sugerindo que isso não é normal e critica toda a gente que dá um "aí" que seja em relação ao tema maternidade. O meu sogro praticamente não se dirige á filha, é uma relação msmo estranha. Ele trata-a com tanta indiferença que nem é bom! E na 2ª acho que só aproveitou a desculpa para poder dizer que eu sou inflexível já que ele é, normalmente, quem mais me tenta contrariar e quem leva mais recados. O meu cunhado até que entende as coisas mas ele foge um bocado dos problemas e não toca nestes assuntos. Sinceramente, acho que ele foi dos que se sentiu pior com a discussão porque toda a gente lhe atira à cara que ele é o culpado de não haver uma gravidez e acabou por ouvir uma discussão que também tem esse pano de fundo. O R. costuma proteger a irmã mas ele tem visto, aos poucos, o quão injusta ela se torna quando o assunto diz respeito à maternidade e acaba por perder a paciência. É assim, a vida tem sido realmente dura para ela, ela tem tido a sua dose de sofrimento e ninguém lhe tira isso. Está zangada com a avó materna, que era muito próxima, porque ela distinguiu os filhos dela dos outros bisnetos; o marido sai imenso, estoira imenso dinheiro e deixa que todos os problemas laborais que tem tido - e são muitos! - fiquem para ela resolver; o relacionamento com o pai é simplesmente uma m*rda, o meu sogro é horrível com ela, nunca a deixa desabafar com a mãe, nunca conversa com ela, está sempre a meter-se na vida dela pelas costas, enfim...; desejou engravidar acima de tudo e nunca conseguiu, isto mata-a... Já tem passado por muito, é uma verdade! E eu fico triste por ela, querioa muito que as coisas fossem diferentes! Só que acho que já chega que tudo lhe seja desculpado, que toda a gente aceite os seus amuos porque sim.
                    Estou a lembrar-me de outra coisa que também me irritou: no Sábado antes do domingo de Páscoa, o meu cunhado, para não variar, foi sair. Ela estava super irritada por isso e também porque o meu sobrinho tinha feito asneirada da grossa (tirou dinheiro da bisavó). No Domingo de Páscoa, acabou-se de almoçar e quem andava com o meu filho era a minha sobrinha, como de costume. Porque lá é assim, todos querem estar com o Dinis mas põem-no logo no colo da miuda e pronto! Enfim... Eu estava a contar passar lá a tard porque a C trabalhava a partir das 19h e assim podia estar com o Dinis. Só que, entretanto, quando chegamos à cozinha depis de ir dar o almoço aos cães, a C. já tinha desaparecido para casa dela. Simplesmente bazou e pronto! Convidamos para ir ver a a avó dela connosco e com o puto, para irmos tomar um café, para dar uma volta e sempre "não" sem responder mais nada. Queria tanto estar com o meu filho mas acabou por não o fazer para estar a ver filmes porque estava aborrecida. "OK, pensei eu, se preferes, eu respeito". Quando cheguei a casa da minha sogra, ela começou logo a dizer "ai, vocês podiam ir ao shopping levar o Dinis, ela ia ficar tão contente... Ela não está bem e ia ser uma alegria muito grande..." Eu encolhi os os ombros e bazei. Depois, em conversa com o R., disse-lhe que não queria ir e exliquei o porquê: ela podia ter estado com o miúdo durante o dia e preferiu ir amuar a um canto (como de costume, diga-se de passagem) por isso eu não ia com o puto para o shopping, para ele andar lá de colo em colo com as colegas de trabalho dela quando, se o objectivo era matar saudades, ela já o poderia ter feito. Mesmo assim, sugeri que, uma vez que tinha o funeral da minha tia de manhã, podíamos ir almoçar lá e, como ela só entrava às 16h, ainda podia estar com o meu filho.

                    Com isto tudo, quero dizer que não sinto que tenho sido pouco razoável com elas, tenho relevado coisas importantes, tenho deixado de parte convívio com a minha família para que o Dinis estivesse com a família do pai (como ter passado a última semana de licença a dormir em casa deles e sem que os meus pais tivessem tido direito a algum equivalente de tempo), mas isto chegou a ponto que é rídiculo. Tenho certeza que, caso exista alguma conversa sobre este assunto, vão sair muitas coisas dolorosas de se ouvir mas acho que já deveriam ter sido ditas. Seria mais saudável, para mim, para elas e para o meu filho.

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                    • #40
                      Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
                      Depois, em conversa com o R., disse-lhe que não queria ir e exliquei o porquê: ela podia ter estado com o miúdo durante o dia e preferiu ir amuar a um canto (como de costume, diga-se de passagem) por isso eu não ia com o puto para o shopping, para ele andar lá de colo em colo com as colegas de trabalho dela quando, se o objectivo era matar saudades, ela já o poderia ter feito.
                      (...)
                      Tenho certeza que, caso exista alguma conversa sobre este assunto, vão sair muitas coisas dolorosas de se ouvir mas acho que já deveriam ter sido ditas. Seria mais saudável, para mim, para elas e para o meu filho.
                      Vês o que é que eu quero dizer sobre essa relação da tua cunhada com o teu filho??? É falsa, é uma idealização dela. Sabes? Correndo o risco de estar a ser injusta, começo a achar que ainda bem que ela não tem mais filhos. Sim porque os filhos adoptivos são filhos dela e ela parece esquecer-se disso. E pelos vistos um filho biologico só teria piada para poder exibir uma gravidez, exibir um recém-nascido, dizer que tem um filho DELA! Não gosta particularmente do teu Dinis. Gosta de brincar às mães de bébés pequenos, gosta de se vitimizar, gosta de ser a criança a quem não se dá a boneca. Que irritante, Sugar.

                      Olha, isso de dizeres o que queres e o que não queres é que podias tentar evitar. Eu sei que tu não irias gostar de um corte radical com eles, nem pelo R. nem pelo Dinis, certo? Racionaliza as coisas o mais possível e tenta decidir como ser mais assertiva sem magoar. Sê firme e mostra que é por ti e sobretudo por ela que preferes que ela adopte outra postura.

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                      • #41
                        Pois, pode ser que se tenha ausentado porque assim não viu o teu filho e assim dá para ter a expectativa que a visitem no trabalho.
                        E assim ela pode ter companhia e atenção no periodo do trabalho e ter também o miudo para mostrar. Pode ser disso ou pode não ser. Não sei...
                        Provavelmente isso até já aconteceu no passado e vocês foram mesmo visita-la por cortesia.

                        Mas pensa em ti e no teu marido e no teu filhote primeiro!!

                        É natural que haja coisas dolorosas de se ouvir neste momento, sim. Vocês estão numa situação de 'desequilibro' (usual, de resto, em tantas famílias nesta fase) em que os vossos pais e irmãos estão a ser postos à frente das vossas necessidades.
                        Neste momento o status quo é que a vossa família (vocês os 3) não tem problemas nem necessidades. E isso nunca é verdade nesta fase, o casal e o bebé são quem tem mais problemas, necessidades e mais é forçado a crescer nesta fase !

                        p.s. o teu pai tem coisas parecidas com o meu. É um provocador nato... Enquanto não relaliamos ou retaliamos apenas pela palavra é o pagode total. Quando nos levantamos e vamos buscar o miudo ou nos passamos, então pronto somos logo uns exagerados, uns inflexíveis e ele que estava só a brincar e agente leva a mal...
                        Ultima edição por mncg77; 29-04-2011, 13:20.

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                        • #42
                          Sugar a meu ver onde tu erras te foi apenas não ter posto travão na tua cunhada logo no inicio de resto em relação à historia do bolo, provavelmente teria agido do mesmo modo... com uma única diferença, não teria ido pedir desculpas pois quem teria que me pedir desculpas era ela, por não me ter respeitado como mãe e não ter respeitado o meu bebé... porque se ele tivesse feito alguma alergia provavelmente as pessoas teriam visto as coisas de outro prima. Assim a mázinha foste tu que refilas te por terem dado umas migalhinhas de bolo. Quanto ao tom como te expressas te, bem acho k poucas conseguimos ser assertivas kdo nos faltam ao respeito como pessoas e como mães.

                          Bem só agora k sou mãe vejo k por vezes é mais dificil educar quem convive com os nossos filhos do que educar os nossos filhos. Odeio quando tentam sobrepor se ao que eu quero e penso que é o melhor para o meu filho... os avós sentem muito os netos como filhos e por vezes abusam e muito... e considero que temos de por o travão logo de inicio... embora ao inicio estamos fragilizadas e acabamos por nos calar pensando k são as nossas hormonas as culpadas por determinadas atitudes k não gostamos e coitada foi só uma vez, e dps a segunda nem fez por mal e kdo damos conta já cedemos demasiado. Passo me kdo faço alguma coisa ao meu filho e os avós digam "coitadinho do menino", " não lhe faças isso"... kdo repreendo, eles dizem "ainda não percebe"... ya ya...
                          No teu caso ainda se põe uma cunhada ao barulho... não é facil a tua tarefa mas tb penso k a relação que ela tem com o menino não seja saudável... talvez no teu caso afasta se o menino durante uns tempos.. não te todo mas restringir ao mínimo possível, pelo bem do bebé e p ela perceber k ele tem mãe... e que tem de respeitar a mãe do sobrinho!

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                          • #43
                            Olá a todas!

                            Vim cá deixar o relato da ida a casa da sogra no Domingo.

                            Lá consegui convencer o R. a ir ver a mãe e, munidos da respectiva lembrança, lá fomos nós vê-la no final da tarde. Quando lá chegamos, estava a minha sogra com a minha cunhada no terraço. Saí e, mal entrei no portão, disse boa tarde. A minha sogra e a minha cunhada nem olharam para mim, continuaram a conversar entre elas e, inclusivé, mudaram de posição de maneira a ficarem de costas para mim. Até o próprio R. me chamou à atenção para isso. Eu fui cumprimentar com dois beijinhos toda a gente e nem sequer nos dirigiram a palavra (nem a mim nem ao R.), simplesmente pegaram no menino e ficaram a brincar com ele. Foi fácil de perceber que a malta achou que nós não tinhamos cumprido mais do que a nossa obrigação ao irmos lá levar o miúdo. Para completar a minha irritação, a minha cunhada esteve um bocadito com o meu filho e foi logo embora... Não entendo como é possível sentir tantas saudades, como estava a dizer que sentia e depois bazar passado pouco tempo (meia hora, 45 minutos no máximo). Acabei, inclusivé, por dar a mama na carrinha porque senti-me tão mal-vinda que nem vos consigo descrever. Sinceramente, não estou para isto, estou farta de aturar birras e atitudes parvas.

                            A atitude delas pareceu-me ser a de quem se acha cheia de razão e está numa de ser arrogante em relação a isso. O R. achou o mesmo por isso decidimos que, a partir de Domingo, quem tem saudades nossas e do nosso filho, vem a nossa casa ver-nos. Não fecho a porta a ninguém mas também não vou a casa de ninguém para me sentir a mais e nem sequer sentir á vontade para dar de mamar ao baby. Nós nem sequer temos assim tanto guito para gastar em gasóleo, parece-me só justo que seja assim. A regra é para a minha família também, não vá depois virem apontar o dedo que para uns é assim e outros é assado. As únicas excepções são, claro, dias especiais, como foi o dia da mãe, os aniversários e pouco mais. Também já decidimos que os Natais, Ano Novo, Carnaval, Páscoa, aniversário do puto, vai ser sempre em nossa casa. Quem quiser aparecer, vem, quem não quiser aparecer, fica. Their problem. Se tenho a pretensão de guardar alguma sanidade mental em relação a este assunto, tenho de tomar uma posição firme. Tomei por duas vezes a iniciativa de resolver a bem as quezílias. Foram duas vezes em que, na primeira fui expulsa de uma casa, na segunda fui ignorada (confesso que me plantei em frente a elas quando percebi o que estavam a fazer e cravei dois beijinhos em cada uma - só para chatear um bocado.). Já chega para mim.

                            Obrigada por tudo, minhas queridas!

                            Um xi muito grande nosso!

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                            • #44
                              Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
                              Eu fui cumprimentar com dois beijinhos toda a gente e nem sequer nos dirigiram a palavra (nem a mim nem ao R.), simplesmente pegaram no menino e ficaram a brincar com ele.
                              Sugar,

                              Eu tenho seguido este tópico sem dizer nada porque sinceramente eu não tenho 1/10 da paciência que tu tens, portanto não tenho conselhos para te dar.
                              Agora tenho que dizer que nunca, mas nunca na vida, alguém pegaria no meu filho bebé sem pedir a minha autorização primeiro, e muito menos se nem sequer me dirigem a palavra. Que falta de educação.

                              Comentar


                              • #45
                                Pronto. Fizeram o que muitas de nós faríamos, e cumpriste o teu dever de tentar amenar as coisas. Não resultou? Ainda pensarão que estão certissimas quanto ao que te disseram/fizeram?

                                Olha, linda Sugar, chuta pah. E gostei de ler que o R. te apoiou, mais uma vez.

                                Quanto a agires de igual forma com os teus pais... hmmm... não sei se faria isso. Afinal, eles não podem "pagar" por algo que foi do outro lado. O Justo pelo Pecador, sabes?
                                Eu continuaria a ir aos meus pais, na boa, pois sabes que lá és bem recebida, podes dar de mamar ao teu filho em qq parte da casa, sem olhares matreiros e maldosos.

                                Elas vão sentir a falta do Dinis, e depois quero ver a humildade, se é que existe.


                                Um beijinho grande para vocês tb!

                                Comentar

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