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Emprestar ou não emprestar?

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  • Emprestar ou não emprestar?

    Boa noite,
    hoje venho desabafar uma situação que nos está a preocupar a mim e ao meu marido e pedir a vossa opinião.
    A minha cunhada e o marido desde que os conheço sempre viveram muito bem, férias para o estrangeiro, fins-de-semana em termas, casa bem equipada, bom carro, etc...
    Eu e o meu marido quando casámos não tinhamos nada, fomos construindo as coisas aos poucos com esforço, com trabalho e muita poupança. Posso-vos dizer que a 1º vez que fomos de férias foi o ano passado, todo o dinheiro que tinhámos até então foi para comprar carro, e equipar a casa. O que eu não sabia é que eles faziam isto tudo através de empréstimos e mais empréstimos, agora e como a crise chega a todos, estão num buraco sem fundo, cheios de dívidas e sem as conseguir pagar.
    Quando soubémos, predispusemo-nos a ajudar com algumas poupanças que tínhamos e chegámos mesmo a emprestar dinheiro.
    Passado 2 meses disso acontecer, fomos visitá-los e não é que tinham acabado de trocar a televisão que tinham por outra maior e melhor (disseram eles que a outra já estava velhota) e tinha sido de empréstimo. Bem fiquei piurça!!! Mas acabei por me calar para não armar confusão com o marido. Passado mais três/quatro meses vão de férias de páscoa para o Algarve, não sei como e com que dinheiro (secalhar até foi com o que lhe emprestámos). Agora vieram falar connosco para ver se nós lhe podíamos emprestar mais 1000 euros porque têm mais dívidas e não têm dinheiro para as pagar. Olha que conversa, era só o que me faltava, matar-me a trabalhar e a poupar mais o marido para emprestar dinheiro a quem não o sabe gerir.
    Quando nos casámos a conversa deles era que íamos gastar muito dinheiro, quando fiquei grávida, era muito cedo porque eles quando tivessem um filho queriam dar-lhe tudo, e mais conversas do género que nem vale a pena estar aqui a relatar.
    O que me preocupa é não voltar a ver o dinheiro que lhe emprestámos, mas o meu marido está tentado a emprestar-lhe mais esta quantia... Mas eu não!!!Acho que eles não merecem a nossa confiança nesse aspecto. Mas depois penso no meu marido, que já perdeu os pais e só a tem a ele como família... e sinto pena. Estou num dilema dos diabos, poruqe penso que um dia também eu possa precisar e ter que recorrer a eles....o que acham que deva fazer???? voçês emprestariam nas condições que descrevi?

    Obrigada a todas

    beijinhos
    Minha Filha, Minha Vida!

  • #2
    Olá linda...Antes de mais devo dizer que a situação é um pouco delicada...Penso que não devas emprestar.Sou da opinião que "se queres perder um amigo,empresta-lhe dinheiro".Não se aplica em todos os casos,mas por vezes temos que aplica-la.Pelo que entendi ja emprestaram dinheiro uma vez,por isso pergunto,eles já vos devolveram o dinheiro?
    beijo....

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    • #3
      Eu confesso...eu emprestava so mais esta vez!
      Nao podes esquecer que a irma dele é a familia que ele tem. O teu marido tb ja percebeu o que se passa mas sabes que a segunda hipotese da-se a toda a gente e de certeza que foi assim que ele pensou. nao acredito que a terceira o teu marido continue a pensar da mesma maneira.
      Se eles merecem? Claro que nao! E o melhor é esqueceres esse dinheiro...
      Veja o novo Blog de Culinária, o Manjar das Deusas

      Presidente da associação de madrinhas da PipocaeCompanhia

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      • #4
        Eu não emprestava. Se fosse noutras situações, se eles tivessem cabeça para se governar, claro que sim, mas dar-lhes mais dinheiro é alimentar um poço sem fundo... e sinceramente, não acredito que alguma vez vos paguem o que já lhes emprestaram (desculpa ser tão directa)! Trocarem de tv...francamente...eu troquei de tv quando a velha se avariou de vez e já tinha 12 anos! Infelizmente, o mais provável é que estes 1000 euros sirvam para alimentar outro capricho (já pensaram porquê agora...que estamos quase nas férias de Verão...).
        Posso parecer muito fria, mas não é por ser família que os valores mudam...e eles estão a precisar de aprender que os actos que cometem têm consequências e que não podem contar com terceiros para os "safar" das enrascadas.

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        • #5
          Só para acrescentar que já demos dinheiro a familiares...para coisas muito concretas e importantes...e voltaríamos a fazê-lo.

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          • #6
            Eu acho que em certas situaçoes nao nos custa nada ajudar, mas, neste caso, estás a pagar para eles levarem uma vida superior á que tu levas?! Oh pá isso mexe-me bem cá por dentro.
            Tens um filho, vocês têm que pensar que de um dia pro outro ele pode precisar. 1000€ não são propriamente 2 tostões, não precisam de enfrentar, podes dizer que te surgiram umas despesas sem contar e que nao podes dispor desse valor, e ao mesmo tempo chamá-los á atenção pra importância de se fazer um pé de meia...
            É o que eu acho


            Madrilhada de parto: Pocaontas

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            • #7
              Obrigada pelas vossas respostas...respondendo à padcs: Não!Ainda não devolveram o dinheiro. Hoje de manhã falei novamente no assunto com o meu marido, para saber o que ele pensa, pois também não quero que ele pense que não quero ajudar. Na verdade ele quer emprestar o dinheiro, apesar, de entender os meus argumentos contra! Temos uma filha, não sabemos o que poderá acontecer amanhã, etc, etc. Mas ele apresentou-me outra solução que até achei razóavel, mas fiquei na dúvida. Eles herdaram a casa dos pais, que ainda não foi vendida, falou com a irmã para tratarem de a vender e assim poderem pagar algumas das dívidas e assim sendo retornarem-nos o que lhe emprestámos, visto que de outra forma parece estar já perdido. Concordo mais com esta solução, visto que a casa está inabitada e nenhuns de nós pensa em ficar com ela, a solução será mesmo vender. De outra forma, não concordo emprestar mais dinheiro, pois pensando bem, sei que é a única família que tem, mas deviam ter tido muito mais juízo. Além disso, o meu contrato de trabalho está a terminar e as coisas não estão fáceis, temos que precaver o nosso futuro e da nossa filha! Eu neste momento não me importava de, se eles precisassem de alguma coisa, comprar e oferecer, mas o dinheiro vai e não sei para onde... A minha mãe disse-me uma coisa bastante acertada: "Filha, se ele têm fome, dá-lhes de comer, se não tiverem casa, oferece-lhe e tua para terem um tecto, se tiverem doentes ajuda-os, mais do que isso é burrice".
              Acho que vou acatar estes conselhos...
              Minha Filha, Minha Vida!

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              • #8
                Olá ,
                Claro que não!!!
                Até porque pessoas assim nunca vão dar valor ao vosso exforço.
                Tu e o teu marido fazem-me lembrar a mim e ao meu marido.
                Infelismente esta é a realidade da nossa população fazem grandes vidas com o dinheiro que não tem.
                Sabes que mais correndo o risco de nunca mais veres o dinheiro que já lhe emprestaste, que aposto que vai ser o mais certo.
                Com os 1000 € que te pediram emprestados vais mas é uns dias de férias que bem merecem

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                • #9
                  Eu não emprestava. Considerando o que fizeram da primeira vez, não emprestava. Podes sempre dizer isso mesmo, que o contrato vai terminar, também estão enrascados, e que agora não dá jeito...
                  2 filhotes lindos

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                  • #10
                    tendo em conta q eles n gerem bem o dinheiro e gastam o q n têm e q n podem, eu n emprestava... Pensa q tens filho(pelo q percebi do teu testemunho) e é nele q tens q pensar..mm q seja familia..pk se emprestares, duvido q algum dia voltem a ver esse dinheiro. PK s eles n têm pra eles, n terão para voces..e vao continuar a gastar o q têm e o q n têm, inclusive o vosso...
                    Sócia nº 104 Mães OMS

                    [/url]
                    Vá, dá uma espreitadela às Dylicias e na cozinha

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                    • #11
                      sentava-me com eles e propunha um acordo:
                      pagamento do valor que já vos devem com a venda da casa. uma venda de casa pode demorar anos...
                      os 1000 euros teriam de ser pagos até á o teu contrato terminar (não sei quantos meses faltam, mas imaginando que faltariam 5 meses, todos os meses vos dariam 200 euros no dia em recebessem o ordenado)

                      Não se fiem na venda da casa... ainda estou á espera de 3000 euros que emprestei que deveriam ser pagos a quando da venda da casa, entretanto tudo se alterou e provávelmente vão vender a casa com prejuiso... logo não me vão poder pagar o dinheiro que devem, já passaram 5 anos!

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                      • #12
                        Ola rosazul,

                        eu não emprestaria dado o histórico deles. A única diferença é que o meu marido também não iria na conversa deles. E isso torna as coisas diferentes.

                        Para mim, deves enquadrar o problema ao teu marido desta forma.
                        A vida não está fácil para ninguém. A vossa obrigação neste momento é acautelar as necessidades da vossa filha, actuais e futuras. Isso é uma grande responsabilidade que creio que eles nao têm.
                        Considerando que o teu marido quer emprestar eu dizia-lhe, "lindo, eu não vou emprestar nada sem garantir que temos dinheiro de lado para pelo menos um ano (ou o que seja) de prestações da escola da nossa filha". E têm de ter presente que pode sempre haver uma não-renovação de contrato, por isso devem planear as vossas finanças como se de facto as coisas se viessem a desenrolar dessa forma.
                        Ou seja, acautelava bem as coisas do meu lado e para os meus filhos antes de emprestar o que quer que seja para coisas que obviamente não são essenciais. E sinceramente, não deixava de lhe expressar a minha desilusão (creio que o fizeste) quanto ao destino do ultimo dinheiro que lhes emprestaram.
                        Desculpa a dureza, mas eu acho que lhe dizia mesmo "o que vamos dizer à nossa filha se precisarmos de muda-la para uma escola mais barata? que o tio tem uma televisão espectacular?"
                        Obviamente, voces andaram a sustentar o nível de vida que eles querem manter (TV nova e férias).
                        Desculpa mas há coisas que mexem comigo e esta é mesmo uma delas...

                        Conheço um caso semelhante, em que o casalinho foi pedindo dinheiro à avó (sempre para coisas essenciais como a alimentação do neto, porque eles gastavam o deles no nao-essencial). A avó foi dando, e em menos de um ano e meio tinha gasto 15.000 euros com eles. A mulher ficou a viver da reforma e deixou de ter o pé de meia para fazer face a uma emergencia.
                        Então o casalinho foi pedir ao irmão da rapariga (depois de terem sugado a mãe deles).
                        Ele pôs logo os pontos nos Iis - disse que emprestava mas que seria a única vez que o faria. Creio que na altura o fez com a intenção de lhes poder dizer o que pensava de toda aquela situação (em tudo semelhante à dos teus cunhados).

                        Concordo com a tua mãe, uma situação de saúde, um acidente inesperado, um divórcio, é uma coisa... Agora, por puro materialismo, temos pena... Ainda se eles pedissem para uma coisa concreta (uma amortização de dívida) e tivessem um plano para vos pagar... Agora assim...
                        Agora dar exactamente o que eles pedem, sem fazer perguntas, sem perguntar para o que é, sem perguntar se está tudo bem, ou se estão com alguma doença ou se alguém foi despedido... Sinceramente, acaba por criar uma relação de desonestidade deles para com vocês...

                        Percebo a historia da venda da casa, mas emprestar mais dinheiro com essa premissa, vai ser complicado... Acho que deveriam tratar da venda da casa primeiro.
                        Antes de emprestar, antes de qualquer decisão, eu proporia sempre esta solução! Dizia-lhes que a casa vale dinheiro e que tratavam de a vender e pagar-vos a dívida e resolverem os problemas deles.
                        Se eles disserem que precisam do dinheiro com emergência, então que digam o porquê disso.

                        Percebo o teu marido, mas acho que ele está a facilitar-lhes demasiado a vida.
                        Ultima edição por Mae_Pata; 20-06-2011, 12:59.

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                        • #13
                          Se eu estivesse no teu lugar, emprestava. Tenho dificuldade em dizer que não nessas coisas e além disso é a única família do teu marido.

                          Agora o facto de eu emprestar não quer dizer que ache o mais correcto, não me considero exemplo para ninguém nestas questões, neste momento tenho 13.000 € 'investidos' na família. O mais certo é não voltares a ver o dinheiro tão cedo, eu continuo com esperança e nem sequer tenho coragem de o pedir de volta às pessoas que nos devem (as situações em que emprestei são diferentes, mas o tempo vai passando e ninguém nos fala no assunto).

                          Tens de avaliar bem a situação e dizer ao teu marido o que pensas.

                          Boa sorte, estas situações não são fáceis.

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                          • #14
                            [QUOTE=rosazul;2603362]mas o dinheiro vai e não sei para onde... QUOTE]

                            1000 euros, que quantia tão redonda...

                            eu diria que vai para pagar um qq limite de cartão de crédito usado. Para mais plafond (1000 euros) disponíveis para gastar. E assim se entra num ciclo vicioso de dívidas que se acumulam e do qual é complicado sair sem se declarar bancarrota e pedir a ajuda de DECOS e afins para renegociar as prestações, as taxas de juro e os montantes em dívida.

                            Centenas (milhares?) de famílias (que têm bons carros, casas, equipamentos e curiosamente bons salários) estão nesta situação. E enquanto não assumirem um problema e uma estratégia para o resolver, todo o dinheiro que lhes for emprestado servira para alimentar ainda mais o roll de dívidas e os problemas financeiros.

                            Se os 1000 Euros servirem para pagar um cartão de crédito e cancelar esse mesmo cartão... ainda vai. Agora se é para o pagar (e com isso cumprir a imposição do banco) mas para o voltarem a usar... fica na mesma.

                            Não sei como se consegue viver assim...

                            eu não emprestaria, apenas porque independentemente dos juizos de valor, não os estaria a ajudar verdadeiramente mas apenas a protelar a bancarrota (engordando ainda mais os lucros das instituições bancarias a quem eles devem dinheiro: ele é juros, juros devedores, mais creditos e respectivos juros e juros devedores, despesas de utilização dos cartões... ufa, na proxima encarnação vou ser banqueira, dê lá por onde der! ). A tua ideia de oferecer o que precisarem é bem melhor!

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                            • #15
                              Inserido Inicialmente por CarlaGV Ver Mensagem
                              (não sei quantos meses faltam, mas imaginando que faltariam 5 meses, todos os meses vos dariam 200 euros no dia em recebessem o ordenado)
                              o problema é que quando recebem o ordenado (imagino eu!) já o têm penhorado: plafond da conta ordenado e créditos de cartões associados a essas contas... trust me: enquanto não se virem livre das dívidas, por muito boas intenções que tenham não vão conseguir pagar um tostão...

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