Bom dia
Ando desde há já algum tempo á procura de ajuda, por vezes penso que exagero (já cheguei a “consultar” tarot, mas que não foi nada positivo para o meu problema e que por isso ainda aumentou em mim a preocupação).
Ultimamente tenho lido muito à procura de respostas que até agora não consegui encontrar… se o segredo de um casamento feliz fosse uma ci~encia exacta parece-me que não haveria separações!
Vou tentar ser o mais concisa e exacta possível.
Estou casada há cerca de 11 anos e deste casamento temos dois filhos.
Durante o namoro saímaos muito, estava sempre a oferecer-me presentes, parecia não querer separar-se de mim.
Com o casamento a situação alterou-se. Passou a sair com os amigos sozinho (em média, se calhar 2 vez por mês: aniversários, festas…). No início ainda lhe pedia para ir com ele e ele justificava o facto de não o acompanhar pois eram só colegas e eu não me iria sentir bem… Isto aconteceu algumas vezes até que a dada altura me cansei de me chatear com isso. No entanto, nunca perdia a oportunidade, em altura de discussões, de lhe “atirar” isto á cara, dizendo-lhe que só saia com os amigos e com a esposa nunca se dava ao trabalho de sair. Nunca mais fomos a uma discoteca, ao cinema juntos.
Com o nascimento dos filhos a minha atenção virou-se mais para eles, até porque o meu marido sempre foi um pai ausente, por motivos profissionais!..., e quando podia estar com eles, arranjava sempre algo para fazer (já me chegou a confessar que por vezes vinha mais tarde para casa – quando já estava tudo a dormir – para não se chatear).
Em público nunca foi pessoa de muitos afectos (salvo durante o namoro), mas em casa a situação alterava-se. Confesso que no início e como eu não estava habituada, o reprimi um bocado o que originou um certo afastamento.
No entanto, o casamento foi-se mantendo com algumas crises tendo sido ultrapassadas com maior ou menor dificuldade.
O maior problema surgiu quando eu tive a possibilidade de ingressar numa carreira que me dava mais motivação, que compensava mais financeiramente, mais realização profissional.
No início foi mais fácil pois fiquei por casa. Passado cerca de 3 anos tive que me deslocar (por motivos deste trabalho) a mais de 250 Kms de casa, na perspectiva que após 3 ou 4 anos regressasse a casa. Durante estes primeiros anos falámos da possibilidade de ele ir comigo, situação a que não se opôs (agora sei que a aceitação verbal e a aceitação emocional são conceitos muito diferentes). Também não lhe ocultei o facto de querer levar os filhos comigo.
Os problemas começaram a agudizar-se logo após 1 mês da minha ausência durante a semana (aos fins de semana sempre fui a casa, quando os nosso filhos estavam doentes era eu quem os levava ao médico, era eu que falava com a professora – apesar de distante fisicamente sempre estive muito próxima deles), dizendo-me ele que não sabia se iria aguentar a situação, pois iríamos perder muito como casal, que tinha medo de não me conseguir perdoar por lhe ter desfeito um sonho e pensando no dia em que os filhos iriam comigo seria muito pior. Ele realmente chamou-me a atenção para o que está a suceder agora.
Durante o ano passado as nossas conversas, acabavam por terminar quase sempre em discussão, no entanto a nossa intimidade conjugal sempre esteve salvaguardada.
Confesso que não é nada fácil lidar com esta situação, pois os ciúmes acabam por ser muito maiores, e quando nos vêm dizer que o nosso marido anda envolvido com outra, apesar de nunca terem visto nada (pois apenas tomavam café, fumavam juntos e iam às festas de trabalho juntos) o certo é que me fez vacilar. Confrontei-o com esta situação e ele sempre me negou este envolvimento, mas o certo é que a partir do ida dos nosso filhos para junto de mim ele tornou-se mais distante.
Já há muito não o ouço a dizer que me ama, que ainda gosta de mim, e esta incerteza tem-me minado por dentro.
Há cerca de 2/3 meses começámos a dialogar normalmente. Ele diz-me que sabe que me está a fazer sofrer, que foi uma decisão tomada a dois, que os filhos estão bem comigo, …mas que inconscientemente me culpa pela distância, mas que conscientemente sabe que eu fiz a melhor opção e me irá apoiar sempre nesta minha decisão de mudar de vida, em prol de sar melhores condições de vida à nossa família. Inicialmente ainda se colocou a hipótese de ele deslocar-se também para onde estou a trabalhar, mas depressa abandonou essa hipótese e neste momento, não quer falar sobre esta .
Tenho lido e falado com algumas pessoas que me tentaram ver a situação pelos dois pontos de vista.
Sempre lhe disse que compreendia e aceitava o que ele estava a passar, mas que estava já a chegar ao meu limite, pois quando fala comigo é sempre com “sete pedras na mão”. Já há muito que não tem um carinho para comigo, apesar de demonstrar preocupação. O problema, penso eu, é que não se consegue abstrair da ausência dos filhos, e ao fim de semana “vive” para os filhos e não quer saber de mim.
Diz-me que eu também mudei, pois estou muito mais exigente na forma como nós estamos do que anteriormente. Já lhe justifiquei que mudei, mudei sim, pois as saudades durante a semana são tantas que ao fim de semana tento conjugar todas as forças em investir na relação e na família que somos 4.
Há um tempo atrás pediu-me mais espaço, pois eu queria a sua atenção sempre, não o deixando estar sozinho com os filhos. Entendi a situação e agora estou a dar-lhe mais espaço.
Tudo isto para enquadrar o problema. Agora fala em separação. Diz-me que não sabe se consegue ultrapassar esta fase, que está a ser muito difícil para ele, que sabe que me magoa, mas não consegue agir de outro modo e que se soubesse que seríamos todos muito mais felizes separados que não tinha dúvidas nenhumas.
Não o consigo fazer abrir-se para mim. Já o questionei se ainda gostava de mim o suficiente para tentar recuperar o que ainda pode ser recuperado e ele responde-me que não sabe se será já tarde de mais. Já ponderei a hipótese de os nossos filhos regressarem para junto do meu marido, pois eu aguentei muito melhor a separação do que ele, mas ele diz-me que neste momento não tem tempo para eles (pois a sua vida profissional não lhe permite).
O discurso dele, por vezes é contraditório.
Neste momento, estou a tentar dar-lhe o espaço a ele e a ele com os filhos, mas por vezes sinto-me colocada de lado, pois acho que os filhos têm todo o direito de estar com os dois pais ao mesmo tempo. Ele muito dificilmente se abre comigo (é o problema dos homens falarem dos seus próprios sentimento?!...)
Tenho-lhe dito constantemente que o amo, que quero lutar pelo casamento, pois acho que ainda há muito que fazer, mas não consigo obter nenhuma resposta da parte dele.
Eu sei que ele está magoado comigo e com o mundo, que ainda não aceitou a nossa separação física, a separação dos filhos, a solidão de uma semana, que a cabeça dele também ainda não encontrou qualquer resposta. Sei que ele está muito confuso.
Gostaria de o ajudar, já tentámos conversar para encontrar alguma solução mas nunca conseguimos.
Já não sei o que fazer.
O que posso fazer para o ajudar a superar esta situação e a ajudá-lo a descobrir o que quer para a sua vida, para a vida dos filhos e para a nossa vida.
Desculpem a extensão do problema…
Ando desde há já algum tempo á procura de ajuda, por vezes penso que exagero (já cheguei a “consultar” tarot, mas que não foi nada positivo para o meu problema e que por isso ainda aumentou em mim a preocupação).
Ultimamente tenho lido muito à procura de respostas que até agora não consegui encontrar… se o segredo de um casamento feliz fosse uma ci~encia exacta parece-me que não haveria separações!
Vou tentar ser o mais concisa e exacta possível.
Estou casada há cerca de 11 anos e deste casamento temos dois filhos.
Durante o namoro saímaos muito, estava sempre a oferecer-me presentes, parecia não querer separar-se de mim.
Com o casamento a situação alterou-se. Passou a sair com os amigos sozinho (em média, se calhar 2 vez por mês: aniversários, festas…). No início ainda lhe pedia para ir com ele e ele justificava o facto de não o acompanhar pois eram só colegas e eu não me iria sentir bem… Isto aconteceu algumas vezes até que a dada altura me cansei de me chatear com isso. No entanto, nunca perdia a oportunidade, em altura de discussões, de lhe “atirar” isto á cara, dizendo-lhe que só saia com os amigos e com a esposa nunca se dava ao trabalho de sair. Nunca mais fomos a uma discoteca, ao cinema juntos.
Com o nascimento dos filhos a minha atenção virou-se mais para eles, até porque o meu marido sempre foi um pai ausente, por motivos profissionais!..., e quando podia estar com eles, arranjava sempre algo para fazer (já me chegou a confessar que por vezes vinha mais tarde para casa – quando já estava tudo a dormir – para não se chatear).
Em público nunca foi pessoa de muitos afectos (salvo durante o namoro), mas em casa a situação alterava-se. Confesso que no início e como eu não estava habituada, o reprimi um bocado o que originou um certo afastamento.
No entanto, o casamento foi-se mantendo com algumas crises tendo sido ultrapassadas com maior ou menor dificuldade.
O maior problema surgiu quando eu tive a possibilidade de ingressar numa carreira que me dava mais motivação, que compensava mais financeiramente, mais realização profissional.
No início foi mais fácil pois fiquei por casa. Passado cerca de 3 anos tive que me deslocar (por motivos deste trabalho) a mais de 250 Kms de casa, na perspectiva que após 3 ou 4 anos regressasse a casa. Durante estes primeiros anos falámos da possibilidade de ele ir comigo, situação a que não se opôs (agora sei que a aceitação verbal e a aceitação emocional são conceitos muito diferentes). Também não lhe ocultei o facto de querer levar os filhos comigo.
Os problemas começaram a agudizar-se logo após 1 mês da minha ausência durante a semana (aos fins de semana sempre fui a casa, quando os nosso filhos estavam doentes era eu quem os levava ao médico, era eu que falava com a professora – apesar de distante fisicamente sempre estive muito próxima deles), dizendo-me ele que não sabia se iria aguentar a situação, pois iríamos perder muito como casal, que tinha medo de não me conseguir perdoar por lhe ter desfeito um sonho e pensando no dia em que os filhos iriam comigo seria muito pior. Ele realmente chamou-me a atenção para o que está a suceder agora.
Durante o ano passado as nossas conversas, acabavam por terminar quase sempre em discussão, no entanto a nossa intimidade conjugal sempre esteve salvaguardada.
Confesso que não é nada fácil lidar com esta situação, pois os ciúmes acabam por ser muito maiores, e quando nos vêm dizer que o nosso marido anda envolvido com outra, apesar de nunca terem visto nada (pois apenas tomavam café, fumavam juntos e iam às festas de trabalho juntos) o certo é que me fez vacilar. Confrontei-o com esta situação e ele sempre me negou este envolvimento, mas o certo é que a partir do ida dos nosso filhos para junto de mim ele tornou-se mais distante.
Já há muito não o ouço a dizer que me ama, que ainda gosta de mim, e esta incerteza tem-me minado por dentro.
Há cerca de 2/3 meses começámos a dialogar normalmente. Ele diz-me que sabe que me está a fazer sofrer, que foi uma decisão tomada a dois, que os filhos estão bem comigo, …mas que inconscientemente me culpa pela distância, mas que conscientemente sabe que eu fiz a melhor opção e me irá apoiar sempre nesta minha decisão de mudar de vida, em prol de sar melhores condições de vida à nossa família. Inicialmente ainda se colocou a hipótese de ele deslocar-se também para onde estou a trabalhar, mas depressa abandonou essa hipótese e neste momento, não quer falar sobre esta .
Tenho lido e falado com algumas pessoas que me tentaram ver a situação pelos dois pontos de vista.
Sempre lhe disse que compreendia e aceitava o que ele estava a passar, mas que estava já a chegar ao meu limite, pois quando fala comigo é sempre com “sete pedras na mão”. Já há muito que não tem um carinho para comigo, apesar de demonstrar preocupação. O problema, penso eu, é que não se consegue abstrair da ausência dos filhos, e ao fim de semana “vive” para os filhos e não quer saber de mim.
Diz-me que eu também mudei, pois estou muito mais exigente na forma como nós estamos do que anteriormente. Já lhe justifiquei que mudei, mudei sim, pois as saudades durante a semana são tantas que ao fim de semana tento conjugar todas as forças em investir na relação e na família que somos 4.
Há um tempo atrás pediu-me mais espaço, pois eu queria a sua atenção sempre, não o deixando estar sozinho com os filhos. Entendi a situação e agora estou a dar-lhe mais espaço.
Tudo isto para enquadrar o problema. Agora fala em separação. Diz-me que não sabe se consegue ultrapassar esta fase, que está a ser muito difícil para ele, que sabe que me magoa, mas não consegue agir de outro modo e que se soubesse que seríamos todos muito mais felizes separados que não tinha dúvidas nenhumas.
Não o consigo fazer abrir-se para mim. Já o questionei se ainda gostava de mim o suficiente para tentar recuperar o que ainda pode ser recuperado e ele responde-me que não sabe se será já tarde de mais. Já ponderei a hipótese de os nossos filhos regressarem para junto do meu marido, pois eu aguentei muito melhor a separação do que ele, mas ele diz-me que neste momento não tem tempo para eles (pois a sua vida profissional não lhe permite).
O discurso dele, por vezes é contraditório.
Neste momento, estou a tentar dar-lhe o espaço a ele e a ele com os filhos, mas por vezes sinto-me colocada de lado, pois acho que os filhos têm todo o direito de estar com os dois pais ao mesmo tempo. Ele muito dificilmente se abre comigo (é o problema dos homens falarem dos seus próprios sentimento?!...)
Tenho-lhe dito constantemente que o amo, que quero lutar pelo casamento, pois acho que ainda há muito que fazer, mas não consigo obter nenhuma resposta da parte dele.
Eu sei que ele está magoado comigo e com o mundo, que ainda não aceitou a nossa separação física, a separação dos filhos, a solidão de uma semana, que a cabeça dele também ainda não encontrou qualquer resposta. Sei que ele está muito confuso.
Gostaria de o ajudar, já tentámos conversar para encontrar alguma solução mas nunca conseguimos.
Já não sei o que fazer.
O que posso fazer para o ajudar a superar esta situação e a ajudá-lo a descobrir o que quer para a sua vida, para a vida dos filhos e para a nossa vida.
Desculpem a extensão do problema…
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