Tenho lido por aqui os vossos testemunhos, e claro que isso serve de ponto de reflexão para a minha própria situação.
Ideia de felicidade? Acho que o ser humano vive em permanente insatisfação, há sempre algo que se deseja fazer, que se quer alcançar, e nem sempre se consegue. Não falo do ponto de vista material, quanto a mim isso é o menos importante. Se tudo fosse sempre um produto acabado, lutava-se pelo quê?
Ao ler os vossos testemunhos, a minha relação é de sonho, pelo menos nos factores de infelicidade mais relatados. Mas desengane-se aquele(a) que pensa que há casais sem problemas. E quanto mais se tem, parece que mais se quer...
Eu ajudo em casa. Consigo gerir o dia a dia, faço 90% das refeições, 70% da parte da loiça, a roupa é 50/50, a limpeza do chão e dos móveis é onde eu raramento mexo, porque sei que não sou muito competente nessas tarefas. E desagradam-me, é um facto, fujo delas. Pequenas reparações faço-as eu.
Claro que quando se colabora e partilham tarefas, e constantemente se "ouve" por coisinhas mínimas que são encaradas como o fim do mundo, a vontade de ajudar diminui. Isto acontece aqui em casa.
Não me é dado um elogio por lavar e estender roupa, mas a "descasca" por ter juntado duas peças que não devia sai imediatamente.
O jantar aparece feito (e eu cozinho bem), mas a "descasca" por qualquer outra coisa está sempre pronta a saír.
São 2 exemplos... apenas 2 de muitos que podia relatar, e que geram pouca vontade de cooperar. Ver sempre o copo meio vazio em vez de meio cheio, esta permanente crítica e insatisfação, são coisas que moem e afastam, acabam por dar origem a problemas maiores.
Nas minhas férias, que infelizmente não coincidem com as dela, e coincidem com as da creche, fiquei com a nossa filha (8 meses). Faço-o sem problemas nenhuns, sei que tenho competência para isso. É cansativo, sem dúvida, mas não precisei que viesse ninguém fazê-lo por mim. Caramba, quantos o não fazem?
Outra coisa que causa desgaste, imenso desgaste, é a repetição até à exaustão da mesma crítica/pedido/preocupação, os homens (todos, ou quase todos), gostam que lhes digam as coisas uma só vez. Várias vezes, demasiadas vezes, é mesmo andar a pedir para não ser feito, gera irritação, transmite falta de confiança, gera "surdez selectiva". Tudo tem um timing, e não é por se repetir determinada coisa até à exaustão que isso vai aparecer feito mais depressa.
É dado como adquirido o que faço, e imediatamente recriminado o que ela acha que devia ter feito, ou qualquer desvio ao modo como ela o faria. Isto dá-me um desgosto e uma vontade de não cooperar que nem imaginam...
Por fim, os sogros... sempre os sogros... e aqui por casa suspeito que o caldo se venha a entornar, sem remédio, por causa do poder por eles exercido. O conflito está aberto.
Claro que me refugio... Vejo alguma TV sozinho e ando pela net (nada de desleal, entenda-se)... Isolo no meu mundo, e isto é mau. Esta relação não está a ser cultivada para ser melhor, e sinto-me preocupado.
Ideia de felicidade? Acho que o ser humano vive em permanente insatisfação, há sempre algo que se deseja fazer, que se quer alcançar, e nem sempre se consegue. Não falo do ponto de vista material, quanto a mim isso é o menos importante. Se tudo fosse sempre um produto acabado, lutava-se pelo quê?
Ao ler os vossos testemunhos, a minha relação é de sonho, pelo menos nos factores de infelicidade mais relatados. Mas desengane-se aquele(a) que pensa que há casais sem problemas. E quanto mais se tem, parece que mais se quer...
Eu ajudo em casa. Consigo gerir o dia a dia, faço 90% das refeições, 70% da parte da loiça, a roupa é 50/50, a limpeza do chão e dos móveis é onde eu raramento mexo, porque sei que não sou muito competente nessas tarefas. E desagradam-me, é um facto, fujo delas. Pequenas reparações faço-as eu.
Claro que quando se colabora e partilham tarefas, e constantemente se "ouve" por coisinhas mínimas que são encaradas como o fim do mundo, a vontade de ajudar diminui. Isto acontece aqui em casa.
Não me é dado um elogio por lavar e estender roupa, mas a "descasca" por ter juntado duas peças que não devia sai imediatamente.
O jantar aparece feito (e eu cozinho bem), mas a "descasca" por qualquer outra coisa está sempre pronta a saír.
São 2 exemplos... apenas 2 de muitos que podia relatar, e que geram pouca vontade de cooperar. Ver sempre o copo meio vazio em vez de meio cheio, esta permanente crítica e insatisfação, são coisas que moem e afastam, acabam por dar origem a problemas maiores.
Nas minhas férias, que infelizmente não coincidem com as dela, e coincidem com as da creche, fiquei com a nossa filha (8 meses). Faço-o sem problemas nenhuns, sei que tenho competência para isso. É cansativo, sem dúvida, mas não precisei que viesse ninguém fazê-lo por mim. Caramba, quantos o não fazem?
Outra coisa que causa desgaste, imenso desgaste, é a repetição até à exaustão da mesma crítica/pedido/preocupação, os homens (todos, ou quase todos), gostam que lhes digam as coisas uma só vez. Várias vezes, demasiadas vezes, é mesmo andar a pedir para não ser feito, gera irritação, transmite falta de confiança, gera "surdez selectiva". Tudo tem um timing, e não é por se repetir determinada coisa até à exaustão que isso vai aparecer feito mais depressa.
É dado como adquirido o que faço, e imediatamente recriminado o que ela acha que devia ter feito, ou qualquer desvio ao modo como ela o faria. Isto dá-me um desgosto e uma vontade de não cooperar que nem imaginam...
Por fim, os sogros... sempre os sogros... e aqui por casa suspeito que o caldo se venha a entornar, sem remédio, por causa do poder por eles exercido. O conflito está aberto.
Claro que me refugio... Vejo alguma TV sozinho e ando pela net (nada de desleal, entenda-se)... Isolo no meu mundo, e isto é mau. Esta relação não está a ser cultivada para ser melhor, e sinto-me preocupado.
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