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Ideia diferente de felicidade

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  • Ideia diferente de felicidade

    Olá mamãs e amigas virtuais,

    Sou mais uma mamã que vem aqui desabafar e partilhar opiniões. Sou casada há 4 anos e tenho uma menina linda com 3. Sou feliz? Boa pergunta, não consigo responder a nessa questão. Tenho tudo para o ser mas por vezes não é isso que eu sinto. Talvez isso se deva ao facto da ideia que tinha de um casamento feliz e de ser mãe ser um bocado diferente da realidade que vivo. Sempre achei importante partilhar tudo, incluindo das responsabilidades da casa como a da nossa filha, mas as coisas sairam de forma diferente do que esperava, ifelizmente so notei isso depois da minha filha nascer. Não posso dizer que meu marido não faça nada em casa, mas não faz nada por iniciativa dele. Com a menina é quase a mesma coisa, so faz aquilo que não consegue impurrar para mim. É um homem trabalhador, não sai à noite sem mim nem passa os dias nos cafés, mas diz que está sempre cansado do trabalho. Eu até entendo, mas não me consigo contentar com essa resposta.
    E depois olho para o nosso casamento: não ha uma surpresa ou uma flor, tornou-se uma rotina completa. E com a menina é igual, não vem comigo a uma consulta nem sabe sequer o numero que ela veste, só é pai para brincar e para palhaçadas.
    Depois olho para mim, o que faço para mudar isto? Neste momento ja não faço mais nada, ja cansei. Não tenho vontade nem motivação. Ja não sinto aquele carinho que sentia quando casamos e por vezes pergunto-me se aindo o amo. Ja tentei várias conversas mas não dão em nada, neste momento não conseguimos ter uma conversa contrutiva passamos o tempo a acusar-nos um ao outro e embora tenha essa noção não o consigo alterar. Não sei em que isto vai dar...

  • #2
    Olá,

    Não te posso ajudar muito com o meu comentário, mas pelo menos vou tentar.
    Eu estou casada à 10,5 anos e tenho uma filha com 4 e um filho com 2 anos. No meu caso estivemos 6,5 anos casados sem filhos, e durante esse período tivemos uma vida algo atibulada - o meu marido esteve fora 3 anos em 2 períodos de 1,5 anos, só vinha a casa aos fins de semana, quando estava em casa, trabalhava muitas horas e por isso o nosso tempo juntos limitava-se aos fins de semana, onde existiam compromissos, ele jogava eu fiz uma pós-graduação, visitas aos pais, visitas aos sogros. Depressa percebi que o casamento não era exactamente como imaginei, mas como eramos só 2 conseguíamos aproveitar bem o tempo que tinhamos.

    Agora temos tido a sorte de ele estar mais perto de casa, mesmo assim a trabalhar a cerca de 80, 90 km, mas vem sempre a casa, tal como o teu é trabalhador e não tem programas de onde nos exclua, mas como deves cálcular também não ajuda nada, não vai às consultas, só quando eu finco o pé, não faz ideia que número vestem, não sabe o nome dos amigos da escola. Enfim, é um pai para a galhofa. Entre nós sinto muitas vezes o mesmo que tu descreves, a rotina apoderou-se das nossas vidas (com 2 crianças pequenas é difícil ser de outra forma), não há nada de novo, nem aos fins de semana. E o pior de tudo é que também não tenho vontade. Mas há uma coisa que me garante que o meu casamento está longe do fim, nós conseguimos rir juntos, pode parecer pouco, mas enquanto tivermos este tipo de cumplicidade está tudo bem. É deixar passar esta fase, os miudos vão crescer e entretanto vou mesmo pedindo/exigindo a ajuda dele.

    No teu caso tens de ver o que é que têm em comum e trabalhar esses pontos, não sei se conseguem, mas um fim de semana juntos pode ajudar.

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    • #3
      Olá!

      Estou casada há 6.5 anos e temos uma menina com 4 anos e um bebé de 8 meses. Sei perfeitamente tudo o que estás a sentir! Quando o meu filho nasceu, estive mal e o meu marido foi o meu pilar, o meu suporte, foi quem me ajudou a ultrapassar tudo. Criámos uma cumplicidade tão grande e sentimos aquele amor verdadeiro, capaz de ultrapassar tudo! Depois, consoante eu fui melhorando, ele foi-se afastando e voltámos ao jogo do gato e rato em que andamos sempre a atirar as culpas disto e daquilo um ao outro... Andei triste uns tempos (tal como tu) e também não sabia o que fazer da vida... Conversas, com ele também não dá, pois não me percebe e não sabe argumentar sem me magoar... A mudança veio de dentro... De mim! Comecei a imaginar-me sem ele. Imaginei como seria a minha vida sem ele e como seria bom não o ter a chatear-me. Cheguei à conclusão de que a minha vida sem ele seria triste e não me imagino a partilhar a minha vida com mais ninguém, que não ele! Cansei de esperar que fosse ele a tomar a iniciativa de inovar a nossa vida; cansei de esperar que ele se oferecesse ou tivesse responsabilidade nas tarefas de casa (miudos incluidos) e tomei as rédeas da situação. Ele é assim e se eu quero que participe ou faça tarefas, tenho de ser eu a dizer-lhe. Sabes, pode até nem ter a iniciativa, mas se lhe pedir, ele faz, ao invés de muitos que mandam a mulher trabalhar e vão para o tasco! Não é perfeito, às vezes é um tosco, mas sabes que mais? É o MEU tosco e ai de quem lhe faça mal! :P

      Sempre que saimos, é em familia. As unicas vezes que saimos os 2 são para ir ao cinema (2, máximo 3 vezes/ano) e embora sejam por escassas horas, dá para fazer um refresh e sentimos que somos namorados outra vez

      Por isso, podes sempre falar com ele e dizer-lhe como te sentes e abre-te com ele: diz aquilo que sentes falta! Não esperes que ele adivinhe, pois eles costumam ser péssimos nisso! Depois, imagina como seria a tua vida sem ele, para veres se afinal ainda sentes algo forte por ele (ou não...)

      Espero que entre uma lufada de ar fresco na vossa relação!

      Bjinhus!




      Realizando os meus sonhos...

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      • #4
        Já há imenso tempo que não escrevia neste tópico mas este tema também me "toca" a mim.
        Pois o meu "miúdo" também é um pouco assim. Ele lá faz as coisas mas apenas se eu pedir e como eu detesto estar sempre a pedir, acabo por ser eu a fazer as coisas sózinha.
        Em relação a nossa filha é a mesma situação. Sou eu que vou às consultas, sou eu que sei o nome de todos os amiguinhos e educadoras e como a escolinha dela é perto do meu trabalho ( e um pouco longe do dele) e por essa razão sou eu que a levo e vou buscar à escola, ele nunca sequer fez questão de ir à escola dela, ou seja, nem conhece a escola onde ela está.
        É super brincalhão com a miúda, mas sou eu que a ensino, que brinco, que leio histórias e que dou atenção às histórias que ela tem para contar.
        Tem dias que também me sinto mais em baixo, mas tenho uma boa relação. Também rimos muito juntos e falamos imenso sobre muitas coisas.
        Sei que um casamento é mesmo assim, por isso para mim não foi nenhuma surpresa esta rotina que se vai instalando na vida de um casal, principalmente com filhos.
        Eu adoro-o e acho que nenhum outro homem poderia ocupar o espaço que ele ocupa na minha vida e no meu coração.
        Os homens são diferentes de nós e as mulheres sentem as coisas de outra maneira.
        O que me chateia mais nele é que ele acha que tudo o que eu trato ( casa, miúda, trabalho, papelada, bancos, consultas e todos e mais variados assuntos) é "normal" ser eu a tratar mesmo quando me pede para tratar de assuntos (supostamente)dele, mas quando ele trata de algo que é ( supostamente) meu, parece que é um grande favor que ele me faz.
        Por acaso ainda ontem nos chateamos por algo no género...por isso é que estou bastante aborrecida hoje...
        Ás vezes também penso que a minha vida seria muito mais descomplicada se eu vivesse só com a minha filha...mas não teria o mesmo brilho, a mesma alegria, o quentinho na cama, o coração tão cheio.
        Já levo 8 anos de relação ( mais uns anitos de namoro) e uma filha de 5 anos. Já ultrapassamos situações complicadas e com o tempo temos (ambos) tentado nos moldar de forma a termos uma boa relação porque gostamos muito um do outro e queremos estar juntos para sempre.
        A maioria das mulheres sente que se esforça 90% e que os maridos se esforçam apenas 20% ou 30% por isso é que nos sentimos que não nos dão o valor que merecemos e isso vai-nos deixando desmotivadas.
        Tento dar mais valor ao que ele me vai dando do que ao que ele não dá ou não faz. Porque o que ele me dá faz-me feliz. Para umas mulheres é suficiente para outras não...
        É só para que saibas que não estás sózinha e que a maioria das mulheres sente e passa um pouco pelo que tu passas.

        Beijinho enorme

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        • #5
          Nós estamos juntos há quase 7 anos, temos um pequeno com 3 e uma bebe a caminho.
          Cá em casa partilha-se tudo... tratamento do filhote, limpezas, cozinha, ele vai as reuniões, consultas de obstetricia, pediatria e afins, não que ele faça questão de ir mas faço eu!!!
          Informo-o dos dias das consultas e das reuniões, não lhe digo para ir ou deixar de ir... o que é certo é que ele quase sempre vai, mesmo que esteja até 24h antes sem mostrar quaisquer sinais de ir, o que é certo é que na hora h está sempre lá!

          Mesmo com tudo dividido há alturas em que tanto eu como ele começamos a mostrar sinais de saturação das rotinas do dia a dia! Mas depois acaba por passar com um bom fim de semana em familia ou com uma conversa mais descontraida... por exemplo esta semana o piolho deu más noites, tanto eu como ele já começavamos a mostrar sinais de cansaço e desgaste, pois o trabalho dos dois é bastante desgastante... mas ontem, deitei o piratinha e ele ficou a arrumar a cozinha, voltei para baixo para lhe dizer que me ia deitar, pois estava de rastos... isto eram umas 22h... entre dizer-lhe isto e mais algumas coisas, ficámos os dois na palheta na cozinha até à meia noite, parecia que não falávamos há meses! A telha passou ... e ficámos revigorados, a cumplicidade voltou e voltámos a ter certeza absoluta que é um como o outro que queremos estar.

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          • #6
            Olá,
            Não venho acrescentar nada de novo, além do que outras mamãs já aqui descreveram, mas aqui vai a minha experiência.
            Também eu já me senti assim. Estamos juntos à 6 anos (4 casados + 2 de namoro) e temos uma filha com 2 anos e meio.
            Sempre nos demos bem, mas como muitas já aqui disseram também era eu que fazia quase tudo, em relação à casa e também em relação à miúda. Muitas vezes sentia-me cansada e farta e cheguei mesmo a pensar que não ia dar certo. E disse "era" porque agora já não é assim. Pensei comigo, se tu não mudas ou tomas a iniciativa, vou eu mudar. Passei a pedir-lhe ajuda em tudo. Desde arrumar a casa, tratar da miuda, fazer refeições, ir às compras, etc, etc. Deixei de resmungar tanto e fiquei bem mais aliviada, passei a sorrir bem mais para ele, e sinto que estamos cada vez mais unidos.
            Na verdade nada disto foi fácil, mas todos os casais passam por fases menos boas, temos que ter vontade de as ultrapassar. Claro que quando já não há amor, tudo é mais difícil, mas quando se gosta de verdade, tudo se consegue!
            Um beijinho grande e muita força!
            Minha Filha, Minha Vida!

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            • #7
              Obrigada a todas por terem respondido, só o facto de partilhar estas informações deixa-nos menos mal. Houve uma mamã que disse há coisas que para umas mulheres são suficientes mas para outras não. Sabem... por vezes sinto que não é suficiente para mim, mas sei e tenho a noção que ha homens mil vezes pior. Tento-me convencer a mim propria que é assim mesmo, mas ha algo no fundo de mim que fica a roer...

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              • #8
                Sim, é mesmo isso que penso. Eu costumo ler uma história à minha filha que nada tem haver com casamentos, mas que a moral da história é que o que é muito bom para uns é muito mau para outros.
                Tenho uma amiga que adoro e que era casada. Estava constantemente a queixar-se do casamento. Que ele não fazia, que ele não acompanhava, que ele não dizia, que ele não mostrava...enfim, a relação não estava nada bem e ela andava farta de tudo aquilo. Passado algum tempo, ele quis separar-se e ela ficou ainda pior. Continuamos a falar imenso e mesmo depois de tanto tempo que já se passou após a separação, às vezes ela fala em coisas dessa altura e remata com:"Ainda eu falava mal dele...comparado com muitos ele era um óptimo marido e um óptimo pai"...
                Percebem o que eu quis dizer com esta história???
                Para além de ter a certeza que adoro o meu marido e que ele é o amor da minha vida, há alturas em que fico com os cabelos em pé com ele, e a relação nem sempre é um mar de rosas, mas tento centrar-me no que ele tem de bom.
                Houve uma altura, em namoro, que me fartei. Chegou uma altura em que tudo o que ele dizia e fazia, ou da forma que o fazia, já tudo me chateava, já tudo me irritava. A relação acabou e tivemos alguns anos separados cada um na sua vidinha. Conheci muitos amigos e tive algumas relações. Dei por mim a pedir-lhe para voltar para mim. Por mais pessoas que conhecesse, que me relacionasse, nunca iria ter com ninguem o que tive com ele. A cumplicidade, o à vontade, o sentir verdadeiramente o sentido da palavra "cara-metade".
                Ele aceitou-me de volta, apesar de muitos "chegas para lá" que lhe dei durante o tempo em que ele queria reatar.
                Eu aceitei-o assim e enquanto o amar, vou continuar a aceitar...
                Tens que tentar perceber se continuas a amar...

                p.s- atenção que aceitar, não significa acatar, e não quer dizer que eu não resmungue, e que não insista com ele de forma a sentir que ele realmente se esforça.

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                • #9
                  O mais importante é saber se ainda existe amor! Claro que todos os casamentos têm altos e baixos e com as rotinas, filhos, trabalho, nem semrpe é fácil conciliar tudo e claro que a relação se desgasta. Agora, com amor, tudo se supera.
                  Eu tenho um marido maravilhoso, ajuda-me imenso em casa (aspira, estende a roupa, arruma a cozinha), ajuda-me com os miúdos (ajuda-me nos banhos, fica com eles se eu preciso, brinca imenso), trabalha muito pra termos uma vida mais desafogada. Mas em contrapartida tem outras coisas que me tiram do sério! Nunca vai comigo ao pediatra, eu é que vou sempre às reuniões da escola, eu é que vou sempre ao cinema com o miúdo. Na nossa relação, há pouco romantismo, não é muito de beijos e abraços e eu sou precisamente o contrário. Durante o dia há muito pouco tempo pra nós. Depois de deitarmos os miúdos, falamos do trabalho, planeamos o que há pra fazer no dia seguinte e o que se fez no actual (já que trabalhamos juntos, eu gero a empresa, ele os trabalhadores) e depois PUF! ele adormece no sofá! Eu sei que ele se levanta todos os dias às 7h00 de segunda a sábado e muitas vezes chega a casa às 19h30 mas eu precisava de MAIS...
                  Quando estamos mesmo a bater no fundo, quando chegamos ao ponto de passarmos os dias sem nos falarmos ou a discutirmos, então aí vamos pôr os miúdos à minha mãe e fazemos um programa especial. Ou vamos jantar fora e saimos, ou vamos passar um fim-de-semana romantico ou então ultimamente descobrimos a magia de passar uma noite louca num motel... Aí reacendemos a chama e durante uns meses, somos de novo dois namorados...

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                  • #10
                    Casada mesmo estou há 4 anos e qualquer coisa, o meu filho tem praticamente 2 anos, tenho uma relação muito saudavel com o meu marido, somos acima de tudo melhores amigos e não há nada que fique em segredo entre nós, no entanto ele não sabe quanto veste o pequeno, se é ele a lhe dar a sopa só dá metade ( o pequeno diz que não quer mais e para ele é suficiente) quem toma as decisões em relação ao pequeno sou eu exclusivamente, apesar de pedir opinião ao pai, eu é que decido, ele brinca muito com o filho e até repreende-o se está a fazer alguma coisa mal, não o consegue ouvir chorar, eu dou o banho mas o pai veste e seca ( porque eu peço) mas no geral a responsabilidade é minha, farto-me de dizer que tenho 2 filhos e que o mais velho é o meu marido
                    No resto é ao contrario, ele faz os pagamentos, trata dos IRS, burocracias, ele cozinha e eu limpo a arrumo, trato da roupa etc...
                    Só para dizer que se estas em duvidas em relação aos sentimentos pelo teu marido, isso não tem haver com o facto dele não saber coisas da vossa filha, uma coisa não invalida outra, mas tb não quer dizer que não o ames, arotina está a desembelezar o relacionamento, têm só de dar uma arrebitada que vais ver como tudo se compõe.
                    Tenta fugir à rotina, deixa a pequena com os avós, tios, primos faz tão bem sair a sós, passear de mãos dadas sem preocupações, ver uns filmes ao fim do dia, abraçadinhos no sofa a comer pipocas ou castanhas, às vezesas coisas mais simples são suficientes. Quanto ao facto de ele ser assim com a menina, deixa que ele seja assim, eu não me afljo nada que o meu seja igual, enquanto eu tiver capacidades para fazer, não preciso que ele faça, embora gostasse, claro! temos de adaptar os nossos sonhos às situações e não as situações aos nossos sonhos. Boa sorte




                    Madrinha querida Caty80
                    Madrilhada fofucha Julit

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                    • #11
                      Todas nós, a dada altura, sentimos isso.
                      Eu namorei 5 anos, estou casada há quase 10. Tenho um menino de 5A e uma de 5m.
                      Relativamente à casa não tenho queixas de maior (de menor, tenho...), desde sempre que quem cozinha não arruma depois da refeição. Tenho uma saenhora que vem dar uma ajuda a limpar e a passar a ferro, mas no dia-a-dia há sempre coisas. Ainda a semana passada eu me "chateei" com ele porque nunca limpou um fogão na vida, nunquinha!! Como é que quem limpa uma cozinh depois de comer não limpa o fogão?!... Enfim...
                      Com os miúdos, eu era a mais sacrificada, mesmo na altura em que só tinha 1, mas quando tive dois princípios de aborto há perto de um ano, ele mancou-se... passou a ser ele a levar o puto à escolinha e fazer mais algumas coisinhas...
                      Claro que agora, estando eu de licença de parto, já se relaxou novamente... De início não fazia nada à miúda, além de pegar e falar. Fazia-lhe impressão mudar a fralda por ser rapariga!! Era muito pequenina para vestir, etc... Tive de lhe dar um chega para lá, agora muda fraldas, dá banho, veste ao fds e até já dá comida com colher. Muitas vezes nós também facilitamos...
                      Quanto a consultas, com o Afonso foi a 99% delas, sem eu pedir, sem lhe lembrar. É interessado e como o piolho tem tido imensos problemas de saúde ele sempre fez questão de estar presente. Com ela, sei que ele também gostava de ir, mas o trabalho dele está pior e não tem a disponibilidade que tinha, pelo que não tem ido a todas, mas numa até mandou uma lista de perguntas. Neste aspecto não me posso queixar. Mesmo!!
                      Queixo-me é de outras coisas, aquelas que todas sabemos... que não me dá o valor suficiente, ou - pelo menos - não o diz nem demosntra. Que não me elogia. Que não me oferece nada fora de ocasiões marcadas em calendário. Que a magia fugiu e não voltou. Que não se esforça. Enfim...
                      Eu, por acaso, já fiz a tentativa contrária à que alguém escreveu, não me lembro quem. Perguntei-lhe se ele só me vai dar valor quando me perder. O meu pai, viúvo há 3 anos, deve pensar todos os dias no que podia ter feito e não fez. E sei que foram algumas coisas, porque eu a minha mãe éramos muito próximas. desde viagen a coisas simples houve muito que ficou por fazer, e dizer, penso eu.
                      Eu já dei o exemplo do meu pai e perguntei se era assim que ele queria sentir-se um dia mais tarde. Sim, porque eu digo-lhe o que sinto e o que me faz falta, portanto ele sabe, não executa... vai pensar que me podia ter dito mais vezes o quanto eu era importante para ele, como era boa mãe, podia ter-me abraçado mais, dadouma flor sem motivo, etc. Ele percebe e diz que eu tenho razão. Mas, como dizia a minha mãe, não me governo com a razão...
                      Claro que eu não quero que ele se separe de mim, ele é muito bom pai e não é mau marido, no geral. Mas acho que, em caso de separação ou morte, ele teria bastantes mais motivos para pensar do que eu...
                      Mas vamos continuando a viver, no fundo sabemos que gostamos muito um do outro e mesmo eu achando que a balança do dar-receber está desequilibrada não me via com mais ninguém... É assim...
                      Não trago soluções, mas partilho do mesmo, acho que o peso do tempo se faz sentir em todas as relações, mesmo as mais saudáveis.
                      Agora não posso fazer nada a 2, tenho uma piolha pequena, que mama e que ainda estranha as pessoas, portanto estou ainda mais limitada. Mas, também, quando tirava um fds às vezes parece que era um bocado forçado, não sei explicar, parece que era quase obrigação tentarmos estar um para o outro e a verdade é que muitas vezes acabávamos por falar horas sobre o Afonso e não sobre nós... Acho que não conseguimos deixar de ser pais desde que engravidamos... Passa a ser a nossa principal condição, apesar de eu me sentir triste quando digo precisamente isso ao meu marido... que acho que sou a mãe dos filhos dele e não a sua mulher...
                      As gajas são mesmo complicadas, pá!!!
                      Tanto suportamos tudo, como damos o grito de aviso... E às vezes sem passar muito tempo entre ambas as situações!! Como é difícil ser homem/marido... Como é difícil ser mulher/esposa/mãe...

                      Bjs a todas, e bons esforços!!
                      carmen


                      Tenho o Afonso e a Inês. Sou feliz.
                      Uma coisa leva à outra, e vice versa!!!

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                      • #12

                        Eu acho que é mal geral, o meu marido tem imensas coisas positivas, mas tirando cozinhar e pôr a roupa a lavar o resto parece que não é nada com ele. Levar o cão à rua, tratar das miúdas sem eu lhe pedir, ir a consultas vacinas e afins é para esquecer, não faz a mínima ideia dos dias das actividades e o que é que é preciso ter preparado.
                        Fazendo uma retrospectiva penso que grande parte disso é culpa minha porque deixei-o passar-me as responsabilidades todas, e acredito que a dada altura não lhe tenha dado a atenção que ele estava habituado.

                        Tento sempre perceber que eles têm um choque muito maior que o nosso, eu fui mãe a partir do dia que engravidei, ele foi a partir do dia que as minhas filhas nasceram, as obrigações aumentam exponencialmente e eles nem sempre têm a mesma capacidade que nós em acompanhar.
                        Agora que elas estão maiorzinhas já noto que ele se envolve mais, ajuda mais, e apesar de eu ser sempre mais sobrecarregada não trocava por nada.

                        em casa é fácil, ele faz a parte dele ou não há roupa passada nem arrumada lol

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                        • #13
                          O problema que têm muitas mulheres em relações constantes é que esquecem viver a sua vida própria. Deixam o seu trabalho, os amigos e hobbis e dedicam toda a sua atenção ao marido e aos crianças. Assim perdem a sua independencia mental. Não é culpa do marido ou das crianças mas temos a tendência de arcar com toda a responsabilidade sozinhas. E isso é falso!
                          Precisamos de conservar a nossa independência, uma vida só para nos. Parece paradoxal mas não é. Só significa largar. Não tem que ser tudo organisado, não é necessário ter uma casa limpíssmo e não é preciso deixar a vida própria...
                          Uma amiga minha tinha um problema precido, mesmo antes do casamento e da sua filha. Mudava com o seu namorado para outra cidade onde não conhecia ninguém. Concentrava tota a sua energia ao seu namorado, eperava em casa para que ele regressar, limpava a casa, ia fazer as compras, todas essas coisas. Ficava mais e mais infeliz e ele também. Ele considerava-a sempre como mulher sexy e desejável. Mas que mais ela o importunava o mais ele se retirava.
                          Só depois que a minha amiga começava fazer desporto e conhecer novos amigos – viver a sua vida própria – a relação entre os dois novamente ficava harmoniosa. Agora são casados e felizes. Ele a dava um relógio para símbolizar o tempo que iria passar com ela. Um gesto romântico, não é... Eu estava bem inveijosa, era uma desses relógios de luxo, de ouro rosa – lindíssimo!
                          Ultima edição por Carolina85; 18-06-2012, 16:27.

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                          • #14
                            Ola!!

                            Aqui vai o meu testemunho! Quem se sente infeliz no casamento por favor leia este meu texto!!
                            Costumo dizer que estou na minha 2ª vida. A minha 1ª vida foram 10 anos. 6 de namoro e 4 de casamento. E daí nasceu a minha filha. Vou tentar resumir ao maximo senao sai daqui um grande testamento
                            O meu 1 º marido era um homem tipicamente macho em que a mulher trabalha e o homem está de papo para o ar no sofá. Nem sequer respeito pelo meu trabalho ele tinha pois se eu tivesse o chao molhado ele entrava na mesma com as botas todas cagadas e la ia eu com a esfregona lavar de novo. Mas o pior nem era isto. O mau é que era um homem violento, possessivo, ciumento, que se achava um ser superior, e exercia sobre mim uma enorme violencia psicologica e por vezes chegou a passar a barreira para o fisico. Mas eu amava obcessivamente aquela pessoa e sempre perdoei tudo, verdade, como é possivel nao sei, mas quando oiço historias como a minha ja nao me admiro de nada pois vivi na pele uma situação tipica.

                            Após o nascimento da minha filha as coisas pareciam que melhoravam mas foi tudo fogo de vista. Voltou tudo ao mesmo e com o acrescimo de ele ser marido e pai ausente. Para ele a vida passou a ser café, amigos e bejecas e eu em casa a tomar conta da nossa filha.

                            Entrei numa fase super infeliz da minha vida, ainda tentei aguentar tudo mas inevitavelmente o nosso casamento acabou em divorcio, tal como ja relatei noutro topico

                            Um dia mais tarde encontro um novo amor. E ele vem me apresentar uma vida que eu jamais achava que existia. Respeito pelo outro, amor verdadeiro, carinho....Vivemos 2 anos juntos e recentemente casámos.
                            Eu sou tudo para ele, o meu bem estar é a sua prioridade. Nunca me larga nem vai a lado nenhum sem mim. È carinhoso para mim, brinca imenso comigo e faz me RIR. É uma pessoa super calma e na nossa vida nao ha discussões nem gritos nem lagrimas como havia na minha vida antiga.
                            O meu marido trabalha imenso, chega a trabalhar 14h e portanto chega a casa roto. Obviamente eu que tenho um optimo horario, nao estou sentada no sofa a coçar a micose á espera que ele chegue para ele me fazer o jantar e me lavar a cozinha, portanto quando ele chega tem o jantar na mesa. Nos dias que ele ate tem a sorte de sair cedo eu nao o deixo fazer grande coisa, porque sei que ele tem imensos problemas no trabalho e gosto de lhe dar o prazer de ele relaxar um pouco quando chega a casa. Sim eu propria exigo que ele descanse. Porque sei que estando ele mais relaxado depois tem mais paciencia para os meus problemas. Nós mulheres sabemos que somos mais fortes que eles, nao é á tôa que foram as mulheres que receberam o dom de poder parir. Nos somos trabalhadoras, maes, esposas, donas de casa e muito mais, e aqui estamos nós, vivas e com saude. Quando chega o fim de semana e estamos mais folgados entao la me ajuda. Aspira, limpa o pó...
                            Prendas. Às vezes damos, outras vezes passa em branco, o dinheiro nao abunda e o amor prova-se é no dia a dia e nao num ramo de flores ou num bibelô que serve para ganhar pó na estante. Hoje eu sei isso, mas realmente antigamente tambem achava que as prendas eram tudo. Mas de que vale ter um ramo de rosas numa jarra em casa e depois andar com um olho negro na rua?

                            Com isto tudo eu quero mostrar que a vida que vivi fez me abrir os olhos e ver tudo de maneira diferente. Eu cheguei a ser arrastada pelos cabelos na minha cozinha. Só porque discordámos em algo e ele(1º marido) passou-se da cabeça. Isto, sao marcas que ficam para sempre em nós. Hoje so tenho que agradecer a Deus ou ao destino ou a seja o que for que manda em nós, agradecer pela vida que hoje tenho com uma pessoa tao bondosa ao meu lado. O meu marido ama-me de verdade, sei que está la sempre para mim, abraça-me quando me sinto triste, interessa-se sempre pelas minhas conversas e principalmente faz me rir, e como ja alguem falou anteriormente é muito importante quando o casal ainda consegue rir junto, desta forma é normal que consigamos manter o espirito de namorados por muitos anos

                            Espero ter conseguido passar a minha mensagem

                            beijinhos a todas
                            Positivo a 20/01/2013
                            My Ovulation Chart





                            Sou afilhada da gravidérrima Pocas com muito orgulho!!!
                            Madrinha da graviduxa babydust e da Anitaluzz que daqui a nada tambem vai ter a sua estrelinha!!!

                            Comentar


                            • #15
                              Um testemunho impressionante maria.teresa!

                              Que nos mostra a mulher dentro de ti! Aliás, desculpa.. que nos mostra a MULHER que existe dentro de ti! :-)

                              Espero que sim.. que haja muitas mulheres que leiam este teu testemunho e que sintam força nas tuas palavras!

                              bjs

                              P.S. Mandei-te PM
                              Ultima edição por ef1978; 08-08-2012, 20:18.




                              Amamentei 3 anos, 2 meses, 2 semanas e 4 dias... até ao dia 04 Set 2008
                              E a partir desse dia comecei a fazer dieta... em 06 meses fui dos 86 aos 62,5 kg...
                              Agora em 2014 e depois de 2 anos de muitas muitas asneiras... preciso voltar a entrar nos eixos! Inicio: 09Julho2014

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