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Diferenças conjugais

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  • Diferenças conjugais

    Boa Noite,

    Estou casada praticamente há uma década. Fazendo uma análise deste período de tempo, posso afirmar que tive momentos mais felizes que tristes. No entanto... há sempre um entanto... parece-me que falta algo. Se quando nos unimos as nossas diferenças eram o que nos aproximava, agora sinto que são precisamente essas diferenças que nos estão a separar. Ele continua igual a ele próprio, não mudou praticamente em nada. Eu, sim, estou diferente. Sempre fui da opinião que um casamento deve ser feito a dois e deve ser partilhado na busca dos mesmos sonhos e desejos. Neste momento, os nossos sonhos são completamente diferentes. E agora o meu sonho é voltar a ser mãe. A idade vai passando e esta era a altura ideal. Já há cerca de um ano fui membro das treinantes mas deixei de o ser devido a estas incompatibilidades, mas sempre pensei que seria uma questão de tempo. Volvido um ano, o meu marido continua certo de que não quer mais filhos e eu continuo certa de que quero.

    Isto está a dar comigo em doida. Quando casamos, a ideia era ter dois filhos e agora vejo que não se vai concretizar. O pior é que esta diferença de opinião está a pôr tudo o resto em causa, porque agora estou a ver sempre as nossas diferenças. Ainda há pouco voltamos a falar no assunto e ele voltou a frisar que não quer mesmo mais filhos. Ainda lhe perguntei o porquê de ter que ser a opinião dele a ser tida em conta e ele responde-me o porquê de ser a minha. E estamos assim. Depois, vejo a minha vida passada ao seu lado, coisas que podia ter feito e não fiz porque faltou o apoio dele e começo seriamente a duvidar se o meu lugar é aqui. Fico completamente impressionada que há 10 anos atrás tínhamos tantos sonhos para concretizar e neste momento só um se concretizou: o nascimento da minha filha (que é o melhor que o meu casamento tem). Para os outros sonhos nem sequer houve tentativas para se concretizarem. E eu gosto de me sentir com sonhos, de os planear e concretizar.

    Enfim... Obrigada por me lerem. Precisava mesmo de desabafar com alguém.

    Smilp

    Editei porque como deu primeiramente erro o texto não estava todo.
    Ultima edição por Smilp; 04-01-2015, 05:41.

  • #2
    Olá Smilp,

    o q descreves fez-me lembrar há um ano atrás a minha vida em relação a ser mãe. Desde 2013 q queria novamente ser mãe e o meu marido dizia definitivamente q não, isso foi fazendo uma mossa tal q comecei a pôr tudo em causa, a afastar-me sexualmente, a dar importância a tudo e mais alguma coisa. Até q há um ano atrás tivemos um momento mto mau e eu coloquei a hipotese de cada um ir para seu lado, pq assim já não dava mais... após uma noite mal dormida de eu ter dito coisas mto duras e ouvido coisas mto más, as cosias mudaram mto, eu pq acordei a achar q me ia mm divorciar e ele pq qdo me ouviu falar em divórcio tocou uma campainha q o fez acordar. Dp disso as coisas mudaram radicalmente, na semana a seguir ele estava a falr em ter filhos novamente e tudo mudou, tudo mm!! Neste momento tenho um casamento mto mais feliz, nós estamos mais unidos e estamos em treinos para ter um filho. Nisto tudo pode não acontecer a gravidez, uma vez q já estou a tentar desde Maio e até agora continuo sem conseguir o meu bebé, mas serviu de algo mm q a gravidez não se realize. Lutei pelo meu sonho, nós ficamos mto mais próximos, mais unidos e mais felizes.
    Por isso querida, um conselho de alguém q passou por algo mto identico a ti, luta pelo que queres, por ti e pela tua filha! Sê assertiva ctgo pp, nem q isso implique abanar a vossa relação, pode ter dois caminhos e o q for seguido acredita q é o q deve ser.
    Beijinho grande e força!


    Madrilhada: a minha querida Kellinha_1980 já com o seu merecido positivo e a minha doce Lanjos com o Guilherme nos braços!!

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    • Smilp
      Smilp comentou
      Editing a comment
      Querida Beluska!

      Obrigada pela tua força e pelas tuas palavras! De facto, sinto-me muito triste precisamente porque é um sonho que aquela pessoa, que eu escolhi para ser meu marido, não quer realizar. Ter uma conversa com ele é apenas mais uma a acrescentar a todas as outras que já tive e não vai levar a lado nenhum. Sinto que nos estamos a distanciar cada vez mais, por vezes, parece-me que continuamos tão sintonizados como dantes.

      Estou confusa! Mas sei o que quero!

      Beijinho muito grande e espero sinceramente que tenhas o teu positivo o mais rapidamente possível. Mereces isso!

  • #3
    Obrigado querida! Cada vez acho mais difícil que venha a conseguir hj estou em baixo...
    Mas desejo que algo mude na tua vida, por vezes acontecem milagres beijinho grande


    Madrilhada: a minha querida Kellinha_1980 já com o seu merecido positivo e a minha doce Lanjos com o Guilherme nos braços!!

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    • #4
      Querida Smilp,

      Queria deixar-te uma palavra de ânimo. Compreendo perfeitamente o que estás a passar, até à última vírgula. Já passei por algo parecido com o meu marido: eu não tinha filhos e ele já tinha um de um casamento anterior. Para ele, ser pai (de um bebé surpresa nascido tinha ele 20 e poucos anos) tinha sido uma experiência traumatizante (ex-mulher com depressão pós-parto profunda, que degenerou em problemas psiquiátricos permanentes e graves; ele sozinho e responsável pela criança no início da carreira profissional, quando todos os amigos estavam livres e desimpedidos, criança muitíssimo complicada, etc.).

      Quando comecei a falar em termos um filho nosso, rejeitou completamente a ideia. Nem queria ouvir falar disso. Adiou o mais possível e, depois de iniciados os treinos pela primeira vez, arrependeu-se, saiu de casa, estivémos mais de um mês separados, etc. Invocou tudo: não tínhamos tempo, não tínhamos dinheiro, não sabíamos o futuro, ele não sabia se queria ficar em Lisboa (é de fora)...até disse que temia que o filho se sentisse abandonado e ficasse traumatizado! Enquanto isto, eu enfrentei problemas ginecológicos complicados e vi no meu horizonte a hipótese de não chegar mesmo a ser mãe. Algumas meninas aqui do fórum acompanharam essa situação. Foi muito, muito difícil, provavelmente o pior período da minha vida.

      Eu disse-lhe que podia ceder em tudo na vida, menos na vontade de ser mãe. Ele acabou por voltar para casa, eu fui operada várias vezes e a ideia de re-iniciarmos os treinos foi fazendo caminho. Quando o fizémos, ele já tinha as dúvidas todas resolvidas. O nosso filho nasceu e, por casualidade ou não, ele descobriu um prazer na paternidade que nunca tinha tido. O Miguel é uma criança muito doce, muito meigo e acho que tanto ele como eu nos temos saído bastante bem como pais e funcionamos como uma equipa (quase) perfeita. Os irmãos adoram-se, como eu sempre soube que aconteceria, e ele hoje agradece-me eu ter insistido e diz que não pode acreditar como foi parvo (eu concordo sempre ).

      Entretanto, eu nunca quis ter só um filho (mas, com este drama todo, discutir um segundo filho logo de início esteve fora de questão). Ainda estava grávida, disse-lhe isso duas vezes. Da primeira, acho que pensou que eu estava a brincar. Da segunda, disse-me "não" rotundamente. Eu deixei arrefecer a questão e, quando essa vontade me começou a dominar e se tornou evidente que eu não podia ficar só com um filho, disse-lhe. Disse-lhe que para mim só um filho não era suficiente, que me iria sentir incompleta para o resto da vida, que provavelmente carregaria comigo essa pena até ao meu último minuto de vida e que nunca me descullparia a mim, nem a ele e não sabia o que isso faria à nossa relação.

      Neste cenário, agravado pelo facto de já termos 2 filhos em casa (o mais velho vive connosco) e por esta desgraçada conjuntura sócio-económica, preparava-me para mais um drama parecido com o primeiro. Pensei muito no assunto e estava absolutamente disposta a dizer-lhe que não tomava mais nenhum contraceptivo, porque tomá-los já estava a ser para mim uma autêntica violência, quando tanto o corpo como a alma me pediam para não o fazer.

      Mas não foi preciso porque, para minha total surpresa, concordou em menos de 24 horas. Disse (e continua a dizer) que preferia ficar por aqui, claro, mas diz que aceita por amor a mim. Diz também (e eu sei que é verdade) que, depois de a criança vir (esperemos que venha) a irá amar incondicionalmente, como ama os outros dois. Para o convencer, em vez de o tentar levar a dizer "sim" (o que seria difícil), disse-lhe que iria marcar uma consulta na GO. E ele concordou (percebi que para dar tempo). Depois, disse-lhe que a GO tinha dado luz verde e que, se não estivesse grávida daí a 4 ou 5 meses, para lá voltar. E ele concordou. Nos primeiros treinos, senti-o ainda um pouco tenso, como se temesse as consequências, mas agora já lhe apssou completamente.

      Estamos assim, não sei o que se vai passar a seguir.

      Mas sei que o que sentes não pode ser ignorado, até porque não há memória de nenhuma pessoa minimamente bem formada se ter jamais arrependido de ter tido um filho, ao passo que o contrário não é verdadeiro. Sugiro assim que, dentro do possível, vás com calma (nisto, tem muita importância a tua idade; eu, por exemplo, tenho 42 anos, a hipótese de esperar não se colocava; se fores mais jovem, tens mais tempo para o ir convencendo), mas que insistas sempre e, sobretudo, que deixes muito claro como um segundo filho é importante para ti.

      Acho que abordagem que eu segui: falar primeiro na consulta do GO (que, na verdade, ele não pode impedir), depois na interrupção dos contraceptivos é "gradual" e pode ser eficaz. Coloca do lado dele o ónus de provocar uma ruptura. Acho que, se te amar verdadeiramente, comprrender-te-á e acabará por aceitar. Se assim não for, terás de enfrentar o facto de que, se calhar, não é mesmo a pessoa certa para estar ao teu lado...mas isso só tu poderás decidir.

      Um grande beijo, muita força e dá notícias


      KellyPT
      Nov 2010: exames pré-natais (polipose do endométrio); 15Fev2011: histeroscopia cirúrgica; 26Jul2011: miomectomia + histeroscopia cirúrgica; Agosto a 30Dez2011: pausa nos treinos (pílula); 9Mar2012: POSITIVO

      O meu príncipe, Miguel, chegou a 29 de Outubro de 2012




      Orgulhosa madrinha das minhas queridas S. e TelmaGD
      Madrilhada da muito especial Angie

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      • #5
        KellyPT, tu és mm uma verdadeira inspiração mulher!!


        Madrilhada: a minha querida Kellinha_1980 já com o seu merecido positivo e a minha doce Lanjos com o Guilherme nos braços!!

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        • #6
          De certeza

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