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Como inciar o processo de divorcio.

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  • Como inciar o processo de divorcio.

    Olá!

    Venho aqui porque não sei mais o que fazer. Namoramos há 11 anos, juntos há 7 e casados há 2, temos dois filhos, um de 6 e outro de 4 que eu amo do fundo do meu coração e a quem devo a minha alegria de viver. Não venho de uma familia propriamente estável e sou frequentemente "atacada" por isso, desde infidelidades a problemas financeiros, etc. Não é que na familia dele não existam esse tipo de prblemas mas as coisas forma feitas de forma diferente e foram assumidas e resolvidas.
    Nem sempre nos demos bem e acho que tal como qualquer casal tivemos os nossos altos e baixos. Acontece que há 1 ano e 3 meses comprámos casa, felicissimos da vida, pensando que iamos ter uma vida em conjunto por muitos e longos anos, deveríamos estar numa chamada "fase boa", entretanto devido a dívida dele ás Finanças, ele começou a trabalhar em part-time (além do full-time que já tinha) durante algum tempo e conseguimos aguentar as contas ... mais ou menos, acontece que ele é um amante de uma certa actividade desportiva que o faz gastar imenso dinheiro, por sinal na altura ambos aderimos ao Barcalys e fizemos cartões de crédito. Paralelamente ao part-time que ele fazia e face á necessidade de dinheito para suportar as despesas da casa as quais ele não fazia a minima ideia comeceiu a gastar o plafond que tinha cartão de crédito, a pouco e sempre que verificava que estavamos a ficar sem dinheiro e era preciso alguma coisa, lá ia eu e comprava com o cartao ... durante uma boa parte de tempo consegui equilibrar as coisas até ele desistir do part-time porque andava mesmo muito cansado. Aí as contas começaram a desequilibrar e eu vi-me forçada a usar mais vezes o cartão de crédito ... até que há pouco apareceu, claro, uma conta exorbitante. Eu tive que assumir perante ele tudo o que se estava a passar, contei-lhe tudo, e ele não acredita que eu tenha gasto o plafond todo em coisas para a casa e levantamentos de dinheiro sempre que era necessário, eu como sempre tive medo que ele descobrise mandei os extractos fora e agora para voltar a ter acesso aos gastos feitos tenho que pagar 5€ por cada um. A minha solução para este problema que, admito foi todo por minha culpa, deveria ter-lhe contado, não o fiz apenas porque saberia que isso implicaria mais discussões por falta de dinheiro, foi arranjar EU um part-time, achei e acho que seria mais do que justo, e consegui, actualmente trabalho 14 horas por dia, chego a casa ás 23h30 e ainda tenho que arrumar o que ele não arrumou e preparar as roupinhas dos meninos e as mochilinhas, etc. Andamos nisto há 1 mês e as discussões são uma constante, desde o dinheiro á minha falta de apetite sexual, a N coisas. Tirou-me o meu cartão multibanco, dá-me dinheiro, por favor e é aos 2 euros de cada vez, de cada vez que preciso de dinheiro para pôr gasolina é um filme .. enfim anda obcecado com a economia lá de casa, e ontem nem deu banho aos miudos para não gastar água, a comida que faz (e quando é comestivel) tem que durar para 2 ou 3 dias ... No meio desta situação toda os meus sogros, a quem nós damos uma prestação de 250€ todos os meses por terem ajudado o meu marido a pagar a divida ás finanças, aperceberam-se do nosso problema e deram-nos ( a ele) 500€ para nos ajudar. Como se não bastasse e também o entendo, a aflição de não termos dinheiro junta-se á vergonha dos pais dele nos terem dado dinheiro emprestado, com a agravante de estar sempre a ouvir que se fosse os meus pais bem que podiamos contar com nada ... Ontem chateamo-nos porque para além de ter que ser eu ás tantas que tenho que colocar a porcaria da loiça na maquina ainda me apercebi que ele não deu banho aos miudos (com o calor que esteve ontem) para poupar água ... Hoje para ajudar á festa ele descobriu um maço de cigarros na minha mala, que eu ocasionalmente fumo, admito que nesta situaçao toda e a trabalhar tantas horas por dia, cheia de saudades dos miudos acabei por aumentar um bocadinho e fumo cerca de 1 a 2 cigarros por dia, o que começou tudo numa brincadeira com uma colega de trabalho acabou por me fazer desanuviar um bocadinho aqueles 2/3minutos por dia que estou descansada a fumar ... é um péssimo vicio e so eu sei o que passei para o largar em muito por insistencia e ameaças dele quando estive grávida. Acabei por deixar mas há pouco tempo não sei se por instabiulidade emocional este pequeno vicio acabou por ser um refugio para mim .... resumindo, houve discussão e eu disse que o maço era da minha colega, que era eu que o guardava que ela tinha medo que a chefe dela descobrisse e admiti que sim já tinha fumado com ela uma vez ou outra, entre muitas ofensas disse-me que vinha ao meu trabalho falar com ela, que isto era a gota de água e que afinal tinha descoberto onde eu andava a gastar o dinheiro ... e ainda por cima e isto foi o que mais me custou, mostrou o maço ao nosso filho mais velho e disse-lhe: "Vês filho, é aqui que a tua mãe anda a gastar o dinheiro" ..... fiquei sem palavras .... já não é a primiera vez que ele envolve o miudo, da outra vez contou ao miudo que nós estavamos sem dinheiro porque eu o tinha gasto todo, mas no entanto, eu ando com um carro a cair de podre, oferecido pelos meus sogros ( que eu adoro), roupa que me é dada, não vou ao cabeleireiro, nem á esteticista não saio á noite, e ele tem um telemovel topo de gama, um computador em casa e um portatil para andar com ele no carro, passa fins-de-semana fora á conta do desporto dele, gasta rios de dinheiro em equipamento .... no final da discussão acabou por me dizer que isto não ia ficar assim, que está farto disto e que não quer continuar .... Agora, sendo muito pratica, com este historial, e tendo um part-time, e a ir viver com a minha familia terei que me mudar para mais longe ..,. e os miudos e a escola? Com quem ficam? Eu quero muito que eles fiquem comigo, mas tenho plena noção da mudança drástica que os vou obrigar a fazer, por outro lado ele não faz grandes coisas por eles, a nível de alimentaçao, de higiene e até mesmo de atenção (20% para os miudos 80%para os jogos no pc ou para a televisao). Meu Deus, preciso de uma luz, preciso de me orientar e nao podemos continuar assim .... Obrigada por me ouvirem!

  • #2
    Não sei muito bem como ajudar, mas quero deixar uma palavra de alento, porque se percebe muita dor e sofrimento nas tuas palavras.
    O meu conselho é que, antes de mais, te sentes com o teu marido (sem as crianças em casa) e lhe digas abertamente que queres o divórcio (como ele tb parece querer). É o primeiro passo para começarem a tratar das questões mais práticas: partilhas, filhos, etc.

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    • #3
      Inserido Inicialmente por guialmi Ver Mensagem
      Não sei muito bem como ajudar, mas quero deixar uma palavra de alento, porque se percebe muita dor e sofrimento nas tuas palavras.
      O meu conselho é que, antes de mais, te sentes com o teu marido (sem as crianças em casa) e lhe digas abertamente que queres o divórcio (como ele tb parece querer). É o primeiro passo para começarem a tratar das questões mais práticas: partilhas, filhos, etc.
      Obrigada pelas tuas palavras! Sem duvida que existe muita dor e sofrimento sobretudo quando só me apetece pegar nos meus filhos e pura e simplesmente desaparecer mas tenho muito medo que em termos legais isso me possa prejudicar. Uma amiga minha disse-me "pede-lhe o teu cartão multibanco de volta e começa-te a afirmar-te por aí", é óbvio que se eu lhe fizer essa pergunta ele vai negar-se e se eu optar por ir simplesmente buscar o cartão, as coisas vão correr mal, e e muito provável que seja usada força fisica ... Existirá alguma linha de apoio para a qual eu possa ligar e aconselhar-me sobre o que devo fazer??? Estou mesmo deseperada e sei que hoje á noite quando chegar a casa as coisas vão piorar bastante. Já há muito que as conversas não valem de muito ou quase nada, pois acabam sempre em discussão e ofensas.

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      • #4
        Boa tarde Guilhas,
        sinceramente não sei muito bem o que te dizer porque felizmente nunca estive nessa situaçao nem em nenhuma parecida.

        Eu penso que devias mesmo pedir-lhe o teu cartão de débito, afinal é teu e o dinheiro é teu também, em ultimo caso se a conta é tua tu podes ir ao banco e pedir para cancelar aquele cartão e pedir outro, podes até dizer que o perdeste......
        Em relação ao resto acho que essa situação não te faz bem a ti nem aos teus filhos, eu aconselho-te a falares com um advogado para te aconselhar quanto ao que podes e deves fazer de modo a não te prejudicares a ti nem aos teus meninos, se não tens condições financeiras para pagar um advogado podes pedir na Segurança Social o apoio júridico.

        Uma coisa: não tens ninguém da tua família com quem possas falar e que te possa ajudar????

        Espero que tudo se resolva, muita força para ti e para os teus filhos.


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        • #5
          Não conhecemos em profundidade o teu caso, mas pelo que contas podes aconcelhar-te na APAV.
          O facto de não teres acesso às vossas contas é considerado como violência doméstica.
          A APAV encaminha-te para apoio jurídico.

          Quanto ao multibanco, se a conta está também em teu nome vai ao banco e pede outro cartão, diz que perdeste o anterior. Ninguém vive a pedir esmola ao marido. Penso que cometeste um erro grande quando não lhe falaste das despesas e dívidas que ias acumulando, mas não é justificação.

          Não vos conheço, mas não acredito em relações onde se escondem despesas e onde as pessoas duvidam umas das outras. Parece-me que cometeste a tua parte de erros, mas ninguém merece viver assim, e para os teus filhos também não é saudável.

          Boa sorte para os próximos tempos.

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          • #6
            Inserido Inicialmente por AlimG Ver Mensagem
            Não conhecemos em profundidade o teu caso, mas pelo que contas podes aconcelhar-te na APAV.
            O facto de não teres acesso às vossas contas é considerado como violência doméstica.
            A APAV encaminha-te para apoio jurídico.

            Quanto ao multibanco, se a conta está também em teu nome vai ao banco e pede outro cartão, diz que perdeste o anterior. Ninguém vive a pedir esmola ao marido. Penso que cometeste um erro grande quando não lhe falaste das despesas e dívidas que ias acumulando, mas não é justificação.

            Não vos conheço, mas não acredito em relações onde se escondem despesas e onde as pessoas duvidam umas das outras. Parece-me que cometeste a tua parte de erros, mas ninguém merece viver assim, e para os teus filhos também não é saudável.

            Boa sorte para os próximos tempos.
            Tenho plena consciencia dos erros que cometi, agora mais do que nunca, pois como qualquer ser humano só nos apecebemos da grandeza dos nossos erros depois de os termos feito, é certo que não existe desculpa plausivel para ter escondido durante tanto tempo esta ituação, contudo, sempre acreditei que estava tudo controlado e esse foi acima de todos o meu grande erro. neste momento estou a assumi-lo trabalhando para isso, e penalizando-me por não estar com os meus filhos. Estaria mais descansada se soubesse que eles estariam bem entregues ....

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            • #7
              Não te martirizes mais pelos erros do passado. Agora é pensar no futuro...
              A primeira coisa a fazer é recuperar o controlo da conta bancária. Como já disseram, vai ao banco e pede um cartão novo. Depois tens que procurar ajuda - amigos, familiares...não podes entrar nesta guerra sozinha.
              Será uma boa ideia falar com os teus sogros, uma vez que te dás bem com eles? Abres o jogo, explicas o que se está a passar e que não queres que eles fiquem contra o filho, mas apenas que percebam a tua posição e que não podes continuar a viver assim. Podem ser bons mediadores na conversa com o teu marido...
              Por outro lado, e desculpa o que vou dizer, se ele perder a cabeça e te agredir fisicamente até pode ser bom para ti. Apresenta imediatamente queixa e sai de casa com as crianças, aí estás completamente salvaguardada. Isso pode acontecer quando ele descobrir que voltaste a mexer na conta...ou quando lhe pedires explicitamente o divórcio...
              Finalmente, o conselho de recorrer à APAV parece-me uma boa ideia.

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