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O que fariam se fosse vosso filho?

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  • O que fariam se fosse vosso filho?

    Olá a todas,



    Estou com um dilema que está a deixar-me sem saber o que decidir.

    Separei-me há cerca de 6 meses, até agora tenho tido guarda conjunta e estou com 2 problemas: como eu saí de casa porque a mesma não era minha, e o meu filho adora o pai, está sempre a pedir para ir para lá, tem saudades do pai, da casa onde sempre viveu. Embora eu saiba que ele me adora também, custa-me ele estar sempre a pedir para ir ao pai... às vezes penso em dar a custódia e ele ver-me apenas quando quiser... eu sou uma pessoa mais pacata, se clahar menos interessante, o meu filho acho que me vê assim como um dado adquirido que não representa nenhum desafio, enquanto que com o pai há uma certa competitividade, e uma identificação masculina que não tem comigo e o pai até nem é tão compreensivo como eu,.. mas já alguém passou por isto? Como se sentiram e o que fizeram?



    A segunda questão está a deixar-me mais preocupada: o meu ex-marido decidiu trazer para casa dele o irmão que esteve toda a vida fora, não conheço essa pessoa apenas sei que viveu a maior parte da vida às custas do pai, quando o pai morreu gastou a herança e agora arranjou maneira de vir para casa do meu ex. É uma pessoa com quase 50 anos, sem ninguem, que se apresenta como uma pessoa muito afável e boa (não sei como está sozinho) e anda sempre a falar da bíblia e da religião. E é homossexual. E aí reside o meu problema. Nunca tive nada contra a homossexualidade, mas não conhecendo esta pessoa, fico com receio de o meu filho passar a estar tanto tempo com ele, ir dar passeios com ele... enfim, eu sei que é preconceito, mas não conheço a pessoa, e a pessoa parece perfeita demais para o histórico de vida que se sabe. Mas mesmo que eu conhecesse, fico a pensar que o meu filho hoje é um menino, amanhã é um adolescente... fico a pensar se isso influenciará em algo a sexualidade futura dele.... e fico a pensar coisas piores, nós mães queremos o melhor para os nossos filhos, mas também não quero ser preconceituada, mas a pessoa em si não me inspira confiança nenhuma... sei lá, precisava de opiniões diversas para saber até que ponto isto não são só idéias parvas.



    Já não faltava o meu filho estar sempre a querer ir lá para casa, como agora ter lá esta pessoa...



    Desculpem o testamento.

    Obrigada.

  • #2
    RE: O que fariam se fosse vosso filho?

    Olá Mommy38,



    eu percebo que possa ser desmotivador e triste o teu filho estar sempre a querer ir para casa do pai. Mas, em 1º lugar lembra-te que os meninos filhos de pais separados ou divorciados quando querem ir é porque se sentem lá bem. Não disseste a idade do teu filho, mas claro que a identificação com a pessoa do mesmo sexo (pai) é natural e bom de acontecer. Preocupa-te é se ele não quiser vir para tua casa (não digo o manifestar-se a falar apenas, mas sim o choro etc). Faz algumas actividades com ele também. Coisas que ele goste e se divirta. Assim, sabe sempre que quer de um lado, quer de outro vai ser sempre um espectáculo. Há os momentos pacatos também, claro...uma sessão de cinema em casa...festa do pijama com alguns amigos...imensas coisas... Dar a custódia por esta questão é que eu não concordo. Mas isso sou eu



    Quanto à segunda questão, não te deves preocupar, para já. Deixa as coisas "rolarem" e vai vendo as atitudes do teu filho. Observa-o. Nas atitutes das crianças conseguimos "ver" muita coisa. Mais uma vez não sei a idade dele, mas uma conversa franca, apropriada à idade, não lhe faria mal



    Que corra tudo bem.



    Beijinhos











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    • #3
      RE: O que fariam se fosse vosso filho?

      Olá,



      Obrigada pela resposta, isso parece-me de facto o que faz mais sentido, esperar para avaliar a outra pessoa, mas vem-me sempre à cabeça que se isso tiver algum impacto negativo nele a culpa é minha. Sabes aquelas pessoas que estão sempre s orrir, tratam-nos como se estivéssemos num pedestal, parecem um messias de bíblia na mão, quase que não acreditas que são reais? E era essa mesma pessoa que no lugar onde estava não tinha amigos? Estranho... o meu menino tem 6 aninhos, e não tem qualquer problema comigo, temos uma relação muito pacífica, mas se calhar chata, é verdade, mas ainda assim estou mais tempo com ele que o pai e faço mais actividades com ele. Sei lá... realmente não sou assim de grandes aventuras, sou mais melosa...



      Ele quer estar em casa de ambos, gosta de ambos, de forma diferente possivelmente, mas acho que ele quer ficar mais tempo lá do que cá... Aqui sou só eu e ele, lá tem o tio sempre a fazer passeios e brincadeiras com ele (o último por exemplo incluia uma estrada de terra batida muito pouco movimentada, estas coisas deixam-me assim... percebes?). Tem um outro tio que vive ao lado, mas acho que nem é por isso, acho que ele desde bebé é mesmo louco pelo pai, independentemente do que quer que seja. Mas ele divide o tempo pela cabeça dele, quando se farta do pai pede para vir para a mãe, é um amor para mim e até me fez um desenho de uma cara gigante para eu não me sentir sozinha quando ele não estivesse cá. Às vezes fico a pensar se ele não preferiria ficar lá mais tempo, e só vem cá para me fazer companhia... sei lá, pensamentos parvos, possivelmente ainda da fase pós-separação.



      Obrigada pela resposta.

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      • #4
        RE: O que fariam se fosse vosso filho?

        Talvez se o deixares estar com o pai mais vezes ele não o queira tanto,e acabe por ver que é melhor estar com a mãe,não sei...Não quero dizer que é mau estar com o pai,ainda bem que tem uma boa relação.

        Faz com que ele se sinta bem contigo,saiam,divirtam se muiiiito os dois. Tenta falar com ele.



        Quanto ao tio...tb penso como tu...mas nada como dar tempo e ver realmente como se porta...

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        • #5
          RE: O que fariam se fosse vosso filho?

          Olá



          Eu acho que a casa do teu ex-marido ainda representa um lar para o teu filho, ele tem muitas referências dessa casa, é natural que se sinta bem lá, principalmente, nesta fase de adaptação à "vida de pais separados" que lhe trará por certo inseguranças e ansiedade, como com qualquer outra criança nas mesmas circunstâncias. Que bom que pode lá passar bastante tempo. Acho que é importante.



          O pai, como bem o dizes, é o modelo masculino dele, insubstituível e ainda bem que está assim disponível, ainda bem que têm um bom relacionamento. Mas a mãe, mais do que insubstituível, é fundamental. A mãe é o colo, o carinho, a confidente, a amiga, é a estrutura da auto-estima... é tudo. É contigo que ele deve estar, a relação que tem contigo, numa base quotidiana, ele não vai ter com mais ninguém e é muito importante para o seu desenvolvimento psicológico viver na tua presença. Uma criança sem a mãe fica como que "desasada".

          Como podes ver pela minha opinião, sou completamente desprovida de imparcialidade neste tema e declaradamente pró-mãe. :P





          Quanto ao assunto tio, eu ficaria com todas as minhas "antenas no ar" e tomaria algumas providências. Não é o facto de o tio ser homossexual, se fosse heterossexual ficaria igualmente apreensiva - é uma pessoa sem historial, de passado lacónico e dúbio, não se sabe se se pode confiar no senhor ou não, talvez nem o teu ex-marido o conheça realmente (estou a expecular...). Em suma, é um risco.

          Eu sou escorpião, tenho uma grande imaginação :P, por isso, nestes assuntos penso o impensável e imagino o inimaginável. Prefiro pecar por excesso de prevenção do que depois ter que remediar sei lá o quê.



          Teria uma conversa afável, com tacto, mas esclarecedora com o ex-marido, quer sobre as tuas preocupações quer sobre em que circunstâncias, onde e quando o tio fica sózinho com o vosso filho. E com o teu rapaz abordaria de forma descomplicada e clara o tema corpo - quem pode e não pode tocar, mexer no corpo dele, que é só dele e só ele deverá consentir e não permitir que lhe façam nada contra a sua vontade.

          Estabelecia também a brincadeira do Ouvido Secreto que é um ouvido especial que só o pai e a mãe é que têm e ao qual se pode dizer tudo e mais alguma coisa - os medos, os grandes segredos, do que não se gosta, etc, porque este ouvido nunca conta nada a ninguém.



          Era o que faria se fosse com o meu filho.



          Bjinhos






          Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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