Não sei bem por onde começar...decidi inscrever-me neste blog num dia entre tantos em que estava meio perdida desde que recebi a noticia. No dia 24 de Dezembro, às 6:30h da manhã fiz o teste...a menstruação já deveria ter vindo desde o dia 21. Foi então que vi no ecran - grávida 2-3 semanas. Não sabia o que sentir. Sou daquelas mulheres em que ser mãe significa o auge da realização pessoal, adoro crianças e o meu desejo de gerar e ter uma é imenso e inexplicável. Sabia que a noticia não iria ser bem recebida pelo pai pois não estamos numa situação financeira muito favorável. Ele trabalha no estado e é efetivo mas eu estou apenas a realizar um estágio profissional e não tenho segurança laboral nenhuma. No entanto, a alegria e o orgulho de ter um ser a crescer dentro de mim sobrepôs-se a todos os medos e receios. Fui invadida por uma alegria imensa, por uma sensação de que a partir daquele momento nada mais faria sentido sem o meu bebé. A partir daquele instante o meu bebé passou a ser a minha razão de viver, passou a ser metade de mim.
Chegara a altura de falar com o meu namorado. vivemos juntos sim, mas num T1 e comigo numa situação delicada. Ele ficou muito surpreendido, foi apanhado completamente de surpresa tal como eu mas a primeira reação dele foi dizer que não temos dinheiro, que não havia condições. O meu coração encheu-se de tristeza, sabia que reagiria assim mas tinha sempre aquela pequena esperança que pudesse ser diferente. Seguiu-se alguma troca de palavras entre ambos na qual ele disse que teria de fazer o aborto.
Eu fui daquelas mulheres que votou a favor da legalização do aborto pois penso que a mulher é livre de fazer a sua escolha mas também sempre disse que era contra o mesmo e que nunca na minha vida faria um. Sinto-me perdida e muito angustiada, sei que não quero fazer, têm sido dias e dias de muitas lágrimas só de pensar nisso, não consigo ponderar essa hipótese. Tenho muito medo pois sei que se não o fizer a minha relação não irá ter futuro mas sei que se o fizer nunca me vou perdoar. Vou-me julgar para o resto da vida e tenho muito medo que a vida me castigue e que depois nunca mais me dê a dádiva de ser mãe.
Não sei o que fazer estou perdida mas só sei dizer com toda a certeza e do fundo do meu coração que não quero fazer o aborto!
Tenho alguma esperança que na ecografia o meu namorado mude de ideias e é a isso que me agarro com todas as forças. Não sei se me compreendem ou se acham que estou a ser egoísta mas só sei que não quero perder o meu bebé e que nunca me perdoarei se o fizer...
Chegara a altura de falar com o meu namorado. vivemos juntos sim, mas num T1 e comigo numa situação delicada. Ele ficou muito surpreendido, foi apanhado completamente de surpresa tal como eu mas a primeira reação dele foi dizer que não temos dinheiro, que não havia condições. O meu coração encheu-se de tristeza, sabia que reagiria assim mas tinha sempre aquela pequena esperança que pudesse ser diferente. Seguiu-se alguma troca de palavras entre ambos na qual ele disse que teria de fazer o aborto.
Eu fui daquelas mulheres que votou a favor da legalização do aborto pois penso que a mulher é livre de fazer a sua escolha mas também sempre disse que era contra o mesmo e que nunca na minha vida faria um. Sinto-me perdida e muito angustiada, sei que não quero fazer, têm sido dias e dias de muitas lágrimas só de pensar nisso, não consigo ponderar essa hipótese. Tenho muito medo pois sei que se não o fizer a minha relação não irá ter futuro mas sei que se o fizer nunca me vou perdoar. Vou-me julgar para o resto da vida e tenho muito medo que a vida me castigue e que depois nunca mais me dê a dádiva de ser mãe.
Não sei o que fazer estou perdida mas só sei dizer com toda a certeza e do fundo do meu coração que não quero fazer o aborto!
Tenho alguma esperança que na ecografia o meu namorado mude de ideias e é a isso que me agarro com todas as forças. Não sei se me compreendem ou se acham que estou a ser egoísta mas só sei que não quero perder o meu bebé e que nunca me perdoarei se o fizer...
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