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Bater nos filhos?!

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  • Bater nos filhos?!

    Olá a todos/as!
    É a minha primeira vez aqui, porque preciso de ajuda... Tenho dois filhos lindos, que são o sonho de qualquer mãe: tranquilos, espertos, bem dispostos... A mais pequenina tem 5 meses, o mais velho já anda na escola. O meu problema, que me põe de rastos, é que eu já lhes bati. À minha pequenina... tão pequenina... fico nervosa de repente e o meu impulso é agredi-la. Não são agressões "muito graves", mas são na mesma coisas hediondas. Eu não sei o que me dá... Passa-me logo depois e ela fica a chorar de uma maneira tão sofrida, nem sei onde me meter. Ao mais velho também já o fiz. O meu marido nem sonha que eu magoei a pequenina, pois condena-me e pede-me por favor para não ser agressiva com o mais velho.
    Isto é horrível... Eu agora, neste momento, tenho perfeita consciência disso, mas sei que logo de repente, porque estarei nervosa por um motivo estúpido qualquer, posso voltar a fazê-lo... Claro que tenho vergonha de falar isto seja com quem for pessoalmente, por isso vim aqui, pode ser que alguem me ajude a "curar" isto.
    Acho que nunca me vou perdoar e que nunca mais vou dormir descansada, porque não me perdoo.

  • #2
    Olá:
    Fiquei estupefacta ao ler o que escreve.
    Muito sinceramente, procure ajuda médica urgente, a bem dos seus filhos e de si!
    O que descreve não é normal. Fale com o seu marido e vá, hoje mesmo, ao médico. Confie nele e conte-lhe tudo.
    Tudo tem remédio, mas há que procurar ajuda
    As melhoras!

    Visitem o meu blogue www.solsemnuvens.blogspot.com coisas lindas para meninas e não só!
    Assinem e divulguem a petição online - abono de família, um direito de todas as crianças- http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6273

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    • #3
      Aconselho a ir a uma psicóloga para a ajudar a controlar a raiva.

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      • #4
        Skyline,

        Ainda bem que consegues ter a lucidez de pedir ajuda. Esse descontrolo emocional pode acontecer em depressões pós-parto, não há soluções milagrosas online e também não passa por si. Precisas mesmo de apoio médico. Vá lá, vai falar com o teu médico de família ou o teu GO e pede-lhes ajuda, eles não te vão julgar.

        (Se não conseguires consulta rapidamente, neste meio-tempo podes tomar valdispert (calmante natural de valeriana) mesmo que estejas a amamentar, lê na bula as quantidades recomendadas)

        E quando te der um chelique desses, começa a cantar uma música qualquer ou conta até 10 mas do fim para o princípio... ou põe a bebé no berço e vai à cozinha, atiras um prato ao chão e voltas (caso já estejas amigável ).

        Boa sorte e coragem!
        Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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        • #5
          Olá eu sei o quanto ás vezes nós nos passamos..mas nada se justifica bater nas crianças que em nada tem para se defender..nem sequer pediram para nascer....nós estamos cá para os defender ...atenção ..não te estou a criticar...longe disso...eu também me passo...mas antes de ir bater...vou dar uma volta ..dou um berro e volto e digo " agora não que a mamã está chateada " e eles ( tenho 2 )afastam-se ou digo ao mais velho para ir brincar com o mano para a cozinha..quarto enfim longe de mim...mas bater não..quanto muito um estalito na mãozita,ou na fralda...e olha que sou impulsiva...mas tento controlar-me e pensar que são os meus meninos...que assim não resolve nada..
          O meu conselho é se não te consegues controlar...pede ajuda ..sempre é melhor do que viver com esse sentimento de culpa....e reconhecer que estás mal é um grande passo ..FORÇA...
          Boa Sorte..

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          • #6
            Skyline,

            é verdadeiramente difícil dar-lhe uma resposta que a ajude a "curar" essa situação, pois trata-se de impulsos que tem quando está nervosa.

            Apenas posso relembrar-lhe, e se a ajudar a controlar-se, que do ponto da vista dos agredidos, de cada vez que os agride, está a ensinar-lhes que quem os ama e protege pode bem ser um abusador/agressor e os vai induzir a enquadrarem os abusos como sendo parte normal numa relação de amor. A única coisa que lhe posso sugerir para que se controle numa situação é mesmo que preveja o impacto futuro das agressões em situações em que já não é voce que tem o controlo, por exemplo, assistir ao namorado da sua filha a agredi-la quando tiver 16 anos e não conseguir faze-la ver que isso é inaceitável, ou ver os seus filhos a agredirem os seus netos daqui a uns anos e derreter-se em preocupação quanto ao seu bem estar ao mesmo tempo que que a situação está completamente fora das suas mãos.

            Não consegui entender pelo seu relato se as agressões já existiam com o mais velho (como diz que o pai suplica para nao ser agressiva com ele) e que agora está a repeti-los ou a agravar com a mais pequenina.
            Em todo o caso, e especialmente porque tem uma uma criança tão pequena em casa, aconselho-a mesmo a ser vista por alguém (pode ser referenciada no seu centro de saúde, ou de outras formas) uma vez que poderá também estar com depressão pós-parto ou numa situação de extremo cansaço com a qual já não consegue lidar.

            Para facilitar fazê-lo não pense que tem de ir sentar-se directamente com um psicologo e dizer que bate nos seus filhos logo na primeira consulta, pode falar do seu nervosismo e de quando atinge o limite de capacidade para lidar com os filhos. Quando se sentir mais confiante admitir aquilo que aqui está a admitir aqui. Não estou de modo algum a sugerir que deva esconder a situação em que está, pois sem dúvida está a colocar os seus filhos em risco, independentemente da gravidade das agressões. Mas estou a dizer que é mais fácil comunicar a situação que está a viver a um terapeuta se não o fizer logo no contacto inicial.
            Ultima edição por mncg77; 16-02-2011, 15:11.

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            • #7
              Olá skyline,
              Acho que precisas de ajuda e o facto de teres admitido aquilo que fizeste já é meio caminho para a conseguires. Aconselho-te a procurares um médico rapidamente. Quando a minha filha nasceu, nos meses de licença, sozinha (o meu marido tinha dois empregos na altura)e praticamente sem ajudas, dei por mim muitas vezes enervada e a gritar com a minha menina. Cheguei mesmo a levantar a mão para lhe bater. Felizmente, reflecti a tempo e não o fiz. Procurei o meu médico de família que me aconselhou a tomar o valdispert (que não interfere com a amamentação) e para o procurar caso as coisas não melhorassem. Foi deveras muito atencioso e ele próprio aconselhou a contar ao meu marido que não andava muito bem para assim me ajudar a ultrpassar essa má fase. Felismente passou rapidamente e agora sempre que me enervo, tento não me descontrolar, vou-me embora, dou uns murros numa almofada e passa. depois volto bem mais consciente, e então acarinho-a e falo com ela.
              Aqui poderás encontrar apoio, e palavras de força, mas para te "curares" precisas mesmo de apoio profissional e claro está do teu marido.
              Força.
              Minha Filha, Minha Vida!

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              • #8
                Todos temos momentos em que estamos quase a passar-nos mas a maioria consegue controlar esses impulsos. Confesso que nos dias em que estou mais cansada e a minha filha se recusa a dormir, por exemplo, tenho momentos difíceis.
                É bom reconhecer que existe um problema. Eu também acho que é importante abrir o coração ao médico de família ou ao GO. Eles são a pessoa mais indicada para nos ouvir sem fazer juízos de valor, porque sabem que pode existir um problema médico.
                2 filhotes lindos

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                • #9
                  a tua filha tem cinco meses?

                  é que quando li, devo ter lido mal e desdramatizei...afinal de contas as vezes uma palmada é mais do que bem vinda, no rabo ou nas mãos...ia perguntar-te que tipo de agressões falas....mas depois li bem e reparei na parte em que a tua filha tem apenas cinco meses logo é da idade da minha e por muito que chore jamais será solução bater pois só fará pior...alias eu já fiquei muito enervada com a minha filhota a chorar, muito mesmo mas afastei-me e fui acalmar-me, fumar um cigarrinho...faz isso...sei lá...mas nunca me lembrei de lhe bater com cinco nem com seis nem sete meses, nem um ano...e só de me imaginar a fazê-lo é simplesmente horripilante.
                  Tens mesmo de falar com o teu marido, alguém que te ajude por que quem está mal são os teus filhos....abusos infantis têm imensas mas imensas consequências na vida adulta entendes?
                  Sinceramente, procura ajuda o quanto antes, se amas os teus filhos...aqui escondeste a cara para falar e por isso não és punida mas se alguém algum dia te vê fazer isso uma coisa é certa, não voltas a vê-los tão cedo enquanto não provares estar apta e mesmo assim dado o caso não sei se mesmo com aptidão te deixam sequer sozinha com eles....se os amas, o que muito sinceramente me custa a acreditar porque não se bate num bebe de cinco meses...desculpa mas sou sincera e não os queres perder, procura imediatamente ajuda. Hoje, os teus acessos não são graves e só dás uns abanões mais agressivos (entende que abanar agressivamente bebes tão pequenos pode deixar-lhe marcas irreversíveis, se pesquisares existe um síndrome), não sei porque nem especificaste o que fazes...mas amanha muito mais enervada e sem pensares podes fazer algo pior que não conseguiras esconder.






                  http://www.youtube.com/watch?v=ma9I9VBKPiw

                  http://www.youtube.com/watch?v=P3VJgkLSFws

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                  • #10
                    Era outra coisa que eu esperava ler...

                    ... mas as palavras que aqui li de todos os que comentaram sobre mim foram "iluminadoras". De facto, eu sou capaz de reconhecer o problema, perceber as consequências no futuro e as imediatas, mas se o fiz foi mesmo porque naqueles momentos tudo ficou negro e fiquei cega de sem raciocínio nenhum.
                    Eu já fui a uma psicóloga, supostamente muito conceituada em assuntos familiares, fui em meados de Dezembro, pouco depois de ter batido pela 1ª vez à minha pequenina.
                    Mas a psicóloga estava mais interessada na minha vida conjugal e ao fim de 3 consultas a perguntar-me sobre o meu marido, eu desisti de lá ir... E na 1ª consulta eu disse que andava muito nervosa e que "descarregava nos meus filhos". Não fui logo explícita, mas achei que na 2ª consulta lá chegaria... Mas não.
                    Médico de família não me inspira nem confiança a este nível... nem as consultas faz com à vontade... Não sei se vou recorrer a um profissional.
                    O que li aqui foi como um estalo para mim. Definitivamente ajudou a eu ter outra noção do problema. Agradeço todas as respostas. E eu nunca a abanei nem bati "com muita força" nem nada de "muito grave". Bati, tipo sapatadas nas pernas e no rabinho, tipo deitá-la na cama bruscamente, ou levantá-la bruscamente... o suficiente para ela chorar e ficar assustada uns segundos... e depois cubro-a de beijos ou dou-lhe a maminha ou colinho até sossegar e ver nos olhinhos dela que "já passou".
                    Mas eu sei que não passou, que pode ficar insegura para comigo, etc,etc,etc...
                    Bem, agradeço mais uma vez às 8 pessoas que me responderam e prometo dar feedback da minha "cura".

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                    • #11
                      Já agora, o que esperavas ler?

                      Visitem o meu blogue www.solsemnuvens.blogspot.com coisas lindas para meninas e não só!
                      Assinem e divulguem a petição online - abono de família, um direito de todas as crianças- http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6273

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                      • #12
                        skyline: se calhar esperavas que te déssemos uma solução rápida ou disséssemos que compreendemos. Não podemos. O que se passa é grave e pelo menos tens o mérito de pedir ajuda. É bom ver que abriste os olhos a tempo. Espero que tudo te corra pelo melhor. Arranja alguém de confiança com quem possas falar abertamente.
                        2 filhotes lindos

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                        • #13
                          Então mas tiveste uma má experiência com uma psicóloga e desististe? Só porque tinha "nome"?
                          Bons e maus profissionais existem em todos os sectores.
                          Arranja outra psicóloga! Não baixes os braços só porque depois dessas cenas a tua menina olha para ti com um olhar de que já passou... Não passou não!

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                          • #14
                            Os médicos são como tudo o resto: temos de encontrar aquele com quem nos damos. Por exemplo, tive uma GO a fazer-me o parto que eu achei, basicamente, uma vaca, mas ela tem imensas pacientes que a adoram. Os nossos feitios não combinam. tens de tentar outra pessoa.
                            2 filhotes lindos

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                            • #15
                              Olá Skyline. Hesitei se havia ou mão de responder a este tópico. Imagino que as respostas que recebeste possam não ser axactamente aquilo que esperavas, mas também acho que ninguém te quis condenar, Acho mesmo que tentaram indicar-te aquilo que já sabes, que precisas de ajuda. Já procuraste um profissional, mas naõ te agradou. Ora, eu sou psicóloga e, simultaneamente, tenho problemas depressivos sérios, o que me leva a estar em acompanhamento psicoterapeutico há mais dee um ano. Refiro isto para saleintar a importnacia de confiarmos na pessoa que nos acompanha e de, igualmente, sermos honestos com essa pessoa, ie, contarmos, mesmo que nos custe, aquilo que se passa. a pessoa não está lá para nos julgar ou condenar, mas para ajudar e apoiar, esse é o trabalho de um técnico na psicologia clinica. Não podes esperar que a pessao adivinhe, ou chegue lá como dizes... Se calhar a psicóloga até já lá chegou, mas é preciso que o verbalizes, entendes? Por outro lado, 3 consultas, num processo de psicoterapia é muito pouco. é o período de avaliação para as duas partes. Há que dar tempo. Mas se não sentiste confiança nessa pessoa, se não gostaste dela, ou da forma de trabalhar, psicógos não faltam no país. Não sei onde moras, mas, se quiseres, manda MP para ver se dá para recomendar alguém. Beijinhos

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