Olá mamãs,
Estou casada desde janeiro de 2005, a minha relação com os meus sogros nunca foi muito boa mas eu sempre primei pela boa educação então tentei ao máximo não entrar em conflito com eles. Depois do casamento a convivência, naturalmente foi aumentando e foi a partir dai que surgiram todos os problemas e conflitos...
Com as intromissões, faltas de respeito, inúmeros abusos, entre outros, por parte dos meus sogros fui sempre gerindo, melhor ou pior, mas a inação e a inercia por parte do meu marido foi e é o que mais me custa gerir e suportar.
O ano passado (21 Outubro) perdi a minha filha, a Carminho nasceu às 30 semanas de gestação, acabando por falecer 3 semanas depois. Tudo começou (a pior parte) quando semanas antes, e dado aos meus problemas respiratórios os meu OB, prescreveu-me a vacina da gripe, os meus sogros disseram que não devia toma-la porque ainda ia fazer mal ao bebé, etc... Mas depois de falar novamente com o OB, ele disse que toma-se porque nenhuma adviria dai.
No dia que a minha filha nasceu, a primeira coisa que a minha sogra me disse quendo me viu foi "eu disse-te que isto podia acontecer, tens a mania que sabes mais que os outros vê bem o que foste fazer! Se a miúda morre nunca te vou perdoar!" O meu marido assistiu e ouviu isto e permaneceu calado. Parte do amor e respeito que lhe tinha morreu naquele instante.
Nós dormíamos na casa dos meus sogro enquanto a Carminho permanecia no hospital pois a casa deles é a portas com o hospital, como chegávamos muito tarde, raramente convivíamos com eles acabando basicamente por apenas dormir lá. No dia em que a minha filha morreu, a minha sogra e sogro simplesmente me disseram "estas a chorar porquê? De que vale agora? Isso não a vai trazer de volta, agora vai ter que conviver com a tua culpa p resto da tua vida", o meu marido estava ao meu lado nada disse, eu nada disse porque simplesmente não estavam condições para isso, quem me "defendeu" foi a minha irmã que estava ao meu lado e ouviu tudo.
Sei que mais tarde falou com o N mas nem quis saber o quê.
O mês de Novembro passou, sem que os visse, no mês de Dezembro convidaram-nos para ir almoçar a casa deles, durante o almoço veio a conversa do Natal, eu disse que iria passar a véspera de natal com a minha irmã visto que os meus pais não estariam no pais e o meu cunhado também não tem família cá, e eu não iria deixar a minha irmã sozinha este ano, mas que o dia de natal passaria com eles.
-Pois é sempre a mesma história... Todos os anos passam a véspera com a tua família.
-Não é verdade, os últimos 2 anos passámos a véspera convosco e o dia com os meus pais.
-Pois mas a Xana e o Rui passam os anos alternados, ora na casa dos pais dela, ora na casa dos pais dele.
-Pois mas eu não sou a Xana, que tem as famílias em cidades diferentes! A minha Irmã mora a 5m da minha casa e não tem cá mais família a não ser eu, por isso é natural que vá passar com ela.
-Pois tens a mania que és diferente! Fazes o que te apetece e o banana do meu filho obedece-te! Passa o natal como quiseres que eu já estou é farta desta conversa!
-O seu filho faz o que quer. Por isso se quiser passar convosco que passe porque eu vou passar com a minha família.
Levantei-me e fui embora...
O meu marido durante esta conversa não abriu a boca para dizer um ai! Veio atrás de mim para dizer "tem calma, já sabes como são os meus pais. É o feitio dele não vale a pena ligar.", eu tenho que aturar faltas de respeito e não posso responder?
Sabem o que aconteceu no natal? Fui para casa da minha irmã e ele para casa dos pais, porque não queria arranjar problemas com os pais! Na semana da passagem do ano ele perguntou-me onde íamos passar a passagem do ano, eu respondi que não queria ir a lado nenhum porque 1º não tinha nada para celebrar e 2º muito menos tinha cabeça para isso!
Pois bem à hora do jantar apareceram os meus sogros na minha casa! Eu jantei e de seguida fui deitar-me...Há meia-noite ouvi-os na sala a festejar, e eu só conseguia pensar na minha filha! Nem um beijo do meu marido recebi.
No dia seguinte à hora de almoço lá estavam eles novamente, e a primeira coisa que a minha sogra disse foi "Mas o que é que tu tens? Andas com umas trombas de meio metro, parece que toda a gente te deve e ninguém te paga!" "E outra coisa até ontem, nem te dignas-te vir para a sala beber um copo de champanhe connosco.", eu apenas disse "primeiro não tenho tombas e nem lhe admito que me diga uma coisa dessas! Em segundo fico feliz que vocês tenham o que festejar este ano, porque eu não!"
Peguei na minha mala e fui almoçar com a minha irmã, cunhado e sobrinho... Quando voltei tinha lá o N pronto para me perguntar se havia necessidade de ter reagido daquela maneira, porque a mãe dele só me tinha feito uma pergunta sem maldade nenhuma.
Disse-lhe tudo o que tinha guardado, o que sentia por ele, a forma como estava o nosso casamento, a relação dele com os pais e comigo. E no fim...
-Lá estas tu outra vez com essa conversa. Já sabes que os meus pais são assim ligas porque queres. Eu sou filho deles e a minha relação com eles não mudou até agora e não é agora que vai mudar, sabes disso.
-Pois bem, então somos nós que temos que mudar temos que procurar ajuda porque eu não consigo mais gerir esta relação.
-Nós não precisamos de ajuda nenhuma! Só temos que falar.
Pois o que entendi é que sou eu que tenho que mudar! Nesta altura já tinha chegado praticamente ao meu limite, tinha decidido que para bem da minha saúde física e mental precisava de me afastar de dele e dos pais dele.
Mas pensei melhor e optei por esperar e ver se as coisas melhoravam, falei com a minha psicóloga e usei novas formas de tentar resolver as coisas...é importante dizer que a nossa relação a nível intimo simplesmente não existia, a última vez foi antes da nossa filha nascer, mesmo que eu inicia-se um tentativa de haver alguma coisa era refutada por ele. Nem abraços ou beijos, nada.
A gota de água foi o mês passado, nós vivíamos numa casa alugada que decidimos trocar por outra, fizemos a mudança e apenas faltava limpar a casa e entregar à chave, apesar de já ter passado a data! A Srª deu-nos mais 2 dias, assim íamos limpar na quarta e entregar a chave na quinta, na terça-feira liga o meu sogro para o meu marido a dizer, que precisava da chave da outra casa para por lá os moveis todos da casa deles porque tinha recebido uma carta a dizer que lhe iam penhorar a casa.
O meu marido diz que ia falar comigo e que já lhe dizia alguma coisa (o telemóvel estava em alta voz, no carro).
-Mas tu tens que falar com ela para tudo? Mas que é que manda lá em casa? Tu és um banana! E isto e aquilo!
E eu respondo dizendo
-Sr.J lamento dizer-lhe que não posso dar-lhe a chave uma vez que a casa já não é nossa, a Srª C já anda inclusive a mostrar a casa a outras pessoas, pelo que seria impossível deixa-lo colocar lá as mobílias.
-Bem foi nesta parte que ele chamou-me de tudo o que possa imaginar, pelo menos até eu decidir desligar o telemóvel.
O meu marido naturalmente permaneceu calado, e só quando lhe perguntei por que é que ele não disse nada é que ele se dignou a dizer-me o mesmo de sempre "Para que para arranjar confusão? Deixa lá isso", eu morri quando ele me disse aquilo, e o amor que lhe tinha morreu também.
Como posso estar al lado de alguém que vê a mulher a ser enxovalhada e nada faz? Eu preciso de ter respeito pelo meu marido, e neste momento não tenho nenhum! Menos ainda quando depois disto ele vai visitar os pais e age como se nada tivesse acontecido.
Ontem decidi sair de casa, fui para casa da minha irmã enquanto não encontro um espaço para mim, ele já me ligou a chorar, mas eu simplesmente não consigo estar perto dele.
Peço desculpa pelo testamento mas precisava desabafar.
Estou casada desde janeiro de 2005, a minha relação com os meus sogros nunca foi muito boa mas eu sempre primei pela boa educação então tentei ao máximo não entrar em conflito com eles. Depois do casamento a convivência, naturalmente foi aumentando e foi a partir dai que surgiram todos os problemas e conflitos...
Com as intromissões, faltas de respeito, inúmeros abusos, entre outros, por parte dos meus sogros fui sempre gerindo, melhor ou pior, mas a inação e a inercia por parte do meu marido foi e é o que mais me custa gerir e suportar.
O ano passado (21 Outubro) perdi a minha filha, a Carminho nasceu às 30 semanas de gestação, acabando por falecer 3 semanas depois. Tudo começou (a pior parte) quando semanas antes, e dado aos meus problemas respiratórios os meu OB, prescreveu-me a vacina da gripe, os meus sogros disseram que não devia toma-la porque ainda ia fazer mal ao bebé, etc... Mas depois de falar novamente com o OB, ele disse que toma-se porque nenhuma adviria dai.
No dia que a minha filha nasceu, a primeira coisa que a minha sogra me disse quendo me viu foi "eu disse-te que isto podia acontecer, tens a mania que sabes mais que os outros vê bem o que foste fazer! Se a miúda morre nunca te vou perdoar!" O meu marido assistiu e ouviu isto e permaneceu calado. Parte do amor e respeito que lhe tinha morreu naquele instante.
Nós dormíamos na casa dos meus sogro enquanto a Carminho permanecia no hospital pois a casa deles é a portas com o hospital, como chegávamos muito tarde, raramente convivíamos com eles acabando basicamente por apenas dormir lá. No dia em que a minha filha morreu, a minha sogra e sogro simplesmente me disseram "estas a chorar porquê? De que vale agora? Isso não a vai trazer de volta, agora vai ter que conviver com a tua culpa p resto da tua vida", o meu marido estava ao meu lado nada disse, eu nada disse porque simplesmente não estavam condições para isso, quem me "defendeu" foi a minha irmã que estava ao meu lado e ouviu tudo.
Sei que mais tarde falou com o N mas nem quis saber o quê.
O mês de Novembro passou, sem que os visse, no mês de Dezembro convidaram-nos para ir almoçar a casa deles, durante o almoço veio a conversa do Natal, eu disse que iria passar a véspera de natal com a minha irmã visto que os meus pais não estariam no pais e o meu cunhado também não tem família cá, e eu não iria deixar a minha irmã sozinha este ano, mas que o dia de natal passaria com eles.
-Pois é sempre a mesma história... Todos os anos passam a véspera com a tua família.
-Não é verdade, os últimos 2 anos passámos a véspera convosco e o dia com os meus pais.
-Pois mas a Xana e o Rui passam os anos alternados, ora na casa dos pais dela, ora na casa dos pais dele.
-Pois mas eu não sou a Xana, que tem as famílias em cidades diferentes! A minha Irmã mora a 5m da minha casa e não tem cá mais família a não ser eu, por isso é natural que vá passar com ela.
-Pois tens a mania que és diferente! Fazes o que te apetece e o banana do meu filho obedece-te! Passa o natal como quiseres que eu já estou é farta desta conversa!
-O seu filho faz o que quer. Por isso se quiser passar convosco que passe porque eu vou passar com a minha família.
Levantei-me e fui embora...
O meu marido durante esta conversa não abriu a boca para dizer um ai! Veio atrás de mim para dizer "tem calma, já sabes como são os meus pais. É o feitio dele não vale a pena ligar.", eu tenho que aturar faltas de respeito e não posso responder?
Sabem o que aconteceu no natal? Fui para casa da minha irmã e ele para casa dos pais, porque não queria arranjar problemas com os pais! Na semana da passagem do ano ele perguntou-me onde íamos passar a passagem do ano, eu respondi que não queria ir a lado nenhum porque 1º não tinha nada para celebrar e 2º muito menos tinha cabeça para isso!
Pois bem à hora do jantar apareceram os meus sogros na minha casa! Eu jantei e de seguida fui deitar-me...Há meia-noite ouvi-os na sala a festejar, e eu só conseguia pensar na minha filha! Nem um beijo do meu marido recebi.
No dia seguinte à hora de almoço lá estavam eles novamente, e a primeira coisa que a minha sogra disse foi "Mas o que é que tu tens? Andas com umas trombas de meio metro, parece que toda a gente te deve e ninguém te paga!" "E outra coisa até ontem, nem te dignas-te vir para a sala beber um copo de champanhe connosco.", eu apenas disse "primeiro não tenho tombas e nem lhe admito que me diga uma coisa dessas! Em segundo fico feliz que vocês tenham o que festejar este ano, porque eu não!"
Peguei na minha mala e fui almoçar com a minha irmã, cunhado e sobrinho... Quando voltei tinha lá o N pronto para me perguntar se havia necessidade de ter reagido daquela maneira, porque a mãe dele só me tinha feito uma pergunta sem maldade nenhuma.
Disse-lhe tudo o que tinha guardado, o que sentia por ele, a forma como estava o nosso casamento, a relação dele com os pais e comigo. E no fim...
-Lá estas tu outra vez com essa conversa. Já sabes que os meus pais são assim ligas porque queres. Eu sou filho deles e a minha relação com eles não mudou até agora e não é agora que vai mudar, sabes disso.
-Pois bem, então somos nós que temos que mudar temos que procurar ajuda porque eu não consigo mais gerir esta relação.
-Nós não precisamos de ajuda nenhuma! Só temos que falar.
Pois o que entendi é que sou eu que tenho que mudar! Nesta altura já tinha chegado praticamente ao meu limite, tinha decidido que para bem da minha saúde física e mental precisava de me afastar de dele e dos pais dele.
Mas pensei melhor e optei por esperar e ver se as coisas melhoravam, falei com a minha psicóloga e usei novas formas de tentar resolver as coisas...é importante dizer que a nossa relação a nível intimo simplesmente não existia, a última vez foi antes da nossa filha nascer, mesmo que eu inicia-se um tentativa de haver alguma coisa era refutada por ele. Nem abraços ou beijos, nada.
A gota de água foi o mês passado, nós vivíamos numa casa alugada que decidimos trocar por outra, fizemos a mudança e apenas faltava limpar a casa e entregar à chave, apesar de já ter passado a data! A Srª deu-nos mais 2 dias, assim íamos limpar na quarta e entregar a chave na quinta, na terça-feira liga o meu sogro para o meu marido a dizer, que precisava da chave da outra casa para por lá os moveis todos da casa deles porque tinha recebido uma carta a dizer que lhe iam penhorar a casa.
O meu marido diz que ia falar comigo e que já lhe dizia alguma coisa (o telemóvel estava em alta voz, no carro).
-Mas tu tens que falar com ela para tudo? Mas que é que manda lá em casa? Tu és um banana! E isto e aquilo!
E eu respondo dizendo
-Sr.J lamento dizer-lhe que não posso dar-lhe a chave uma vez que a casa já não é nossa, a Srª C já anda inclusive a mostrar a casa a outras pessoas, pelo que seria impossível deixa-lo colocar lá as mobílias.
-Bem foi nesta parte que ele chamou-me de tudo o que possa imaginar, pelo menos até eu decidir desligar o telemóvel.
O meu marido naturalmente permaneceu calado, e só quando lhe perguntei por que é que ele não disse nada é que ele se dignou a dizer-me o mesmo de sempre "Para que para arranjar confusão? Deixa lá isso", eu morri quando ele me disse aquilo, e o amor que lhe tinha morreu também.
Como posso estar al lado de alguém que vê a mulher a ser enxovalhada e nada faz? Eu preciso de ter respeito pelo meu marido, e neste momento não tenho nenhum! Menos ainda quando depois disto ele vai visitar os pais e age como se nada tivesse acontecido.
Ontem decidi sair de casa, fui para casa da minha irmã enquanto não encontro um espaço para mim, ele já me ligou a chorar, mas eu simplesmente não consigo estar perto dele.
Peço desculpa pelo testamento mas precisava desabafar.
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