Olá a todas.
Ontem quando saímos de carro, assim que começámos a andar começámos a ouvir um miar incessante. Parámos uns metros à frente, saímos do carro e começámos a procurar. Não encontrando nada, sugeri abrirmos o capot do carro. Para nosso espanto, lá dentro, junto ao motor e à caixa de fusíveis, estava um gatinho bebé. Tratámos de o tirar de lá, com cuidado porque tinha a cabecinha presa na estrutura do carro, e pensámos logo em entregá-lo no canil/gatil da cidade.
Só que começámos a encostá-lo a nós, a fazer-lhe festinhas, e apaixonámo-nos por ele. Até eu, que até agora nunca tinha gostado de gatos, fiquei derretida com aquele pequenote.
Mesmo assim, ainda chegámos a ir ao gatil, mas não fomos capazes. Ainda por cima, tinha acabado de passar na TV a reportagem sobre a falta de comida e dinheiro do canil/gatil aqui de Aveiro e isso foi o empurrão que precisávamos para ficar com o bichaninho (se é que era preciso, pois já o sentíamos como nosso).
Pedimos ajuda à responsável do canil para que nos desse algumas luzes, porque ter um animal não estava, nem de perto, nos nossos planos. Com a sua experiência, ela disse-nos que ele tinha um olhito estranho. Pegámos nele e fomos à clínica. Lá, a veterinária disse-nos que ele é um pequenino de aproximadamente 2 mesinhos e que tinha uma pequena conjuntivite num dos olhos. Deu-lhe uma injecção para a infecção e receitou-lhe um medicamento para tomar durante 6 dias (e uma receita de gotas caso não melhore). Aproveitou e também já o desparasitou, criou o "livro de identidade" dele e deu-nos indicações sobre quando é que ele deverá levar as vacinas e reforço, colocar a coleira anti-pulgas (aconselhou a que não seja já e, em alternativa, usar pipetas) e castrá-lo. Ficámos contentes com o atendimento porque nós não sabíamos como proceder.
O passo seguinte foi criar o ambiente para ele em casa. Comprámos sílica porque parece ser melhor que a areia, ração apropriada para gatinhos bebés e uma cama. Tudo isto a conselho da veterinária, que nos disse também para tentarmos não o deixar dispersar muito pela casa, por enquanto, porque o instinto dele será, nos primeiros tempos, de se esconder onde puder. Decidimos, então, criar o espaço dele na marquise, que é um sítio onde ele tem espaço suficiente e, ao mesmo tempo, sítios onde poderá ter "privacidade" para quando quiser esconder-se.
Só que aqui é que está o problema e é por isto que eu vos venho pedir aconselhamento. Desde que o recolhemos, vemos que ele está assustadíssimo. Tem o coraçãozito sempre muito acelerado, assusta-se com facilidade e só com enorme paciência, festinhas e colo é que conseguimos que ele acalme um bocadinho. Ontem recusou-se a comer ou beber o que quer que fosse e achámos por bem deixá-lo passar a noite sossegado. Hoje, no colo e à mão, conseguimos que comesse alguma ração e conseguimos também dar-lhe algum leite, porque acima de tudo não queremos que morra de fome. Dar o comprimido foi difícil mas também conseguimos, a muito custo. Ontem à noite ainda esteve algum tempo connosco na sala. Adora estar no nosso ombro ou aninhar-se nas nossas pernas a receber festinhas. A dada altura, até adormeceu, mas a qualquer sinal, ao mínimo barulho, lá está ele assustado e foge para qualquer canto, de onde sai a custo. Sempre que o deixamos na marquise, metêmo-lo na camita dele, mas depressa foge para se esconder. Hoje já ronronou ao receber festinhas, o que julgamos ser positivo.
Acima de tudo, quero pedir-vos dicas sobre como tentar lidar com ele, saber se estamos a fazer alguma coisa mal e como poderemos melhorar. Assumimos a responsabilidade de cuidar dele e sabemos que, ao fazê-lo, temos de ter consciência e dar-lhe o melhor tratamento que ele merece. A partir de agora faz parte do grupo e, sobretudo, queremos que ele se sinta bem connosco e que seja feliz no lar que lhe estamos a dar. Mas confesso que somos completamente leigos neste assunto.
Obrigada a todas.
Telma.
EDIT: Entretanto, também já lhe demos nome - Faísca, por o termos encontrado no meio dos fusíveis!
Ontem quando saímos de carro, assim que começámos a andar começámos a ouvir um miar incessante. Parámos uns metros à frente, saímos do carro e começámos a procurar. Não encontrando nada, sugeri abrirmos o capot do carro. Para nosso espanto, lá dentro, junto ao motor e à caixa de fusíveis, estava um gatinho bebé. Tratámos de o tirar de lá, com cuidado porque tinha a cabecinha presa na estrutura do carro, e pensámos logo em entregá-lo no canil/gatil da cidade.
Só que começámos a encostá-lo a nós, a fazer-lhe festinhas, e apaixonámo-nos por ele. Até eu, que até agora nunca tinha gostado de gatos, fiquei derretida com aquele pequenote.
Mesmo assim, ainda chegámos a ir ao gatil, mas não fomos capazes. Ainda por cima, tinha acabado de passar na TV a reportagem sobre a falta de comida e dinheiro do canil/gatil aqui de Aveiro e isso foi o empurrão que precisávamos para ficar com o bichaninho (se é que era preciso, pois já o sentíamos como nosso).
Pedimos ajuda à responsável do canil para que nos desse algumas luzes, porque ter um animal não estava, nem de perto, nos nossos planos. Com a sua experiência, ela disse-nos que ele tinha um olhito estranho. Pegámos nele e fomos à clínica. Lá, a veterinária disse-nos que ele é um pequenino de aproximadamente 2 mesinhos e que tinha uma pequena conjuntivite num dos olhos. Deu-lhe uma injecção para a infecção e receitou-lhe um medicamento para tomar durante 6 dias (e uma receita de gotas caso não melhore). Aproveitou e também já o desparasitou, criou o "livro de identidade" dele e deu-nos indicações sobre quando é que ele deverá levar as vacinas e reforço, colocar a coleira anti-pulgas (aconselhou a que não seja já e, em alternativa, usar pipetas) e castrá-lo. Ficámos contentes com o atendimento porque nós não sabíamos como proceder.
O passo seguinte foi criar o ambiente para ele em casa. Comprámos sílica porque parece ser melhor que a areia, ração apropriada para gatinhos bebés e uma cama. Tudo isto a conselho da veterinária, que nos disse também para tentarmos não o deixar dispersar muito pela casa, por enquanto, porque o instinto dele será, nos primeiros tempos, de se esconder onde puder. Decidimos, então, criar o espaço dele na marquise, que é um sítio onde ele tem espaço suficiente e, ao mesmo tempo, sítios onde poderá ter "privacidade" para quando quiser esconder-se.
Só que aqui é que está o problema e é por isto que eu vos venho pedir aconselhamento. Desde que o recolhemos, vemos que ele está assustadíssimo. Tem o coraçãozito sempre muito acelerado, assusta-se com facilidade e só com enorme paciência, festinhas e colo é que conseguimos que ele acalme um bocadinho. Ontem recusou-se a comer ou beber o que quer que fosse e achámos por bem deixá-lo passar a noite sossegado. Hoje, no colo e à mão, conseguimos que comesse alguma ração e conseguimos também dar-lhe algum leite, porque acima de tudo não queremos que morra de fome. Dar o comprimido foi difícil mas também conseguimos, a muito custo. Ontem à noite ainda esteve algum tempo connosco na sala. Adora estar no nosso ombro ou aninhar-se nas nossas pernas a receber festinhas. A dada altura, até adormeceu, mas a qualquer sinal, ao mínimo barulho, lá está ele assustado e foge para qualquer canto, de onde sai a custo. Sempre que o deixamos na marquise, metêmo-lo na camita dele, mas depressa foge para se esconder. Hoje já ronronou ao receber festinhas, o que julgamos ser positivo.
Acima de tudo, quero pedir-vos dicas sobre como tentar lidar com ele, saber se estamos a fazer alguma coisa mal e como poderemos melhorar. Assumimos a responsabilidade de cuidar dele e sabemos que, ao fazê-lo, temos de ter consciência e dar-lhe o melhor tratamento que ele merece. A partir de agora faz parte do grupo e, sobretudo, queremos que ele se sinta bem connosco e que seja feliz no lar que lhe estamos a dar. Mas confesso que somos completamente leigos neste assunto.
Obrigada a todas.
Telma.
EDIT: Entretanto, também já lhe demos nome - Faísca, por o termos encontrado no meio dos fusíveis!
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