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Oh malta emigrada

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  • Oh malta emigrada

    Vá contem tudo. Onde estão, há quanto tempo, como foi a adaptação, quão dificil tem sido, o que mais tem custado na adaptação, como é a vossa vida por aí, fariam o mesmo se fosse hoje? etc etc

    Se quiserem partilhar aqui com a Je eu agradeço. Não é algo que esteja a pensar para já, mas talvez no final do doutoramento do meu gajo seja uma das opções. A mim a ideia agrada-me, no entanto, os meus pais foram emigrantes, eu nasci na Alemanha e não sei se terei a coragem suficiente para abalar.
    Mas há muito que a ideia me persegue, para ser franca, nunca me adaptei muito bem por cá e a ideia de recomeçar num outro país tem tanto de assustadora como de tentadora.
    Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

  • #2
    Eu já vivi quase 3 anos em Londres.
    Mudei-me depois de casar, era na altura que era uma aventureira (lool), fomos sem nada, não tinhamos casa, nem trabalho, nem familiares apenas um casal amigo que arranjaram um emprego ao C sem grandes garantias.
    Ficámos um mês na casa desse casal, nesse mesmo mês consegui arranjar emprego num café e posteriormente num pub.
    Quando conseguimos juntar algum dinheiro (inicialmente não podiamos gastar) eu comecei a tirar formações, alugamos uma casinha, compramos um carrinho, o c arranjou outro emprego e eu depois de muita democracia consegui dar aulas.

    Pelos vistos muitos emigrantes dizem que até trabalham menos que cá mas tanto eu como o meu ex inicialmente tinhamos 2 empregos para conseguir aguentar as coisas.
    Não é fácil quando estás sozinha num pais sem familiares ao pé de ti, tens de habituar-te a uma nova cultura ...

    Quase toda a minha familia é emigrante: França, Holanda, Lux, Suiça, Brasil, Alemanha, Espanha, Angola e Irlanda (acho que não me estou a esquecer de nenhum)
    Vivem fora há anos, todos os meus primos nasceram fora, alguns já têm filhos e pelo o que dizem os melhores paises é Alemanha Lux Angola e Holanda.
    Por exemplo em França é muito dificil veres uma portuguesa com um bom cargo mesmo que tenha um curso, a maioria das minhas tias (que estão em frança) são empregadas de limpeza ou cozinheiras mas ganham acima dos mil euros.

    Tenho 2 tios (marido e mulher) na Holanda, trabalham num hotel e só o meu tio tira uns 6 mil euros por exemplo.
    A minha prima foi sozinha para Angola e neste momento ela está a gerir um hotel (nem curso tem).
    No lux é só campos e campos mas quem vive lá tem uma grande qualidade de vida.

    Isto são meros exemplos e falo com conhecimento.


    Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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    • #3
      Tenho um tio que vive em frança mas trabalha no monaco porque ganha muito mais por exemplo


      Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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      • #4
        Nunca mais me vou esquecer, a primeira cama e colchão que comprei em Londres custou 17 libras e o raio da cama era toda cutxi lool


        Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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        • #5
          cama e colchão por 17 libras????????????
          Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

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          • #6
            ladiabla sim senhora. Nas ruas de Londres encontras muitas lojinhas de coisas em segunda mão e como não havia muito dinheiro e a cama era jeitosa compramos lool
            Não penses que estava a cair aos bocados loool o colchão é que não era muito bom


            Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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            • #7
              Ola!

              Eu estou em Espanha ha 4 anos (já tanto?) e é muito duro. Vim no fim do meu doutoramento, com uma proposta de trabalho que financeiramente nao era nada de exepcional mas era para um grupo de excelencia na minha area e com optimas condiçoes de trabalho. Estava recem casada e ha 9 meses que nao entrava nenhum ordenado em casa porque a bolsa de investigaçao do marido tinah acabado e o meu contrato de docente no ensino superior nao tinha sido renovado.
              Estou a 900 km de casa, umas 10 h de carro. Isso significa estar a 900 kg dos pais, irmaos, amigos... Falhar os aniversarios das pessoas importantes, nem sempre poder ir no Natal, nao ter ferias porque as ferias servem para ver a familia, nao chegar a tempo de te despedir de um avô ou outra familiar e teres de conter com a boa vontade do patrao para poder ir ao funeral. Os meus filhos nasceram entretanto e só veem os avós poucos dias por ano, mal conhecem a familia. Quando estao doentes nao temos quem nos deite uma mao. Quando o meu mais velho nasceu prematuro eu estava sem sozinha. La veio a minha mae a correr mas no dia seguinte teve de voltar porque tambem trabalha e ficamos por nossa conta, sem mimo nem apoio...
              E a vida por ca tambem nao é facil. O marido depois de mais uma temporada de bolsas, ter andado a trabalhar de borla ou a tempo completo recebendo metade deixaram-no pendurado com o doutoramento a meio... Ou seja agora é só um ordenado.

              Pode parecer-te que estou a ser pessimista mas é para perceberes que é muito dificil estar fora... Eu nao estou arrependida de ter vindo no momento em que vim mas agora faço contas a vida para voltar logo que possa... Mas como nao posso voltra para debaixo da ponte que remedio ir ficando....

              Beijinhos

              Rte

              O meu parto de 14 dias
              Bebes e Mamas marcianas de 2008
              Foram 25 meses, 2 semanas e 4 dias de maminha com muito amor (mamou a ultima vez a 22 de Abril 2010). CIA congénita, encerrada por cateterismo aos 4 anos e 5 meses.
              CIA congénita... Um operado, outro à espera que feche...

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              • #8
                Eh pá vistas as coisas assim, parece que emigrar é um paraíso a logo prazo! Ou então a familía que tenho emigrada tem tido muito azar. Tenho um tio em Zamora que vive numa miséria, farto-me de lhe dar na cabeça, miséria por miséria que venha para cá. Tenho uma tia em Lyon (ou lá que é nas Franças), com 3 filhas a estudar, escanifra-se para sobreviver... tenho um tio em Paris que esse sim lá vai fazendo uma vidita mais "normal". E esta gente está lá fora há 20 anos ou mais! Mas se calhar foram estes que tiveram azar.
                Depois vejo programas como aquele na RTP "Portugueses não sei onde" que me regalo com a vidinha daquela gente.

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                • #9
                  Inserido Inicialmente por pateta Ver Mensagem
                  Eh pá vistas as coisas assim, parece que emigrar é um paraíso a logo prazo! Ou então a familía que tenho emigrada tem tido muito azar. Tenho um tio em Zamora que vive numa miséria, farto-me de lhe dar na cabeça, miséria por miséria que venha para cá. Tenho uma tia em Lyon (ou lá que é nas Franças), com 3 filhas a estudar, escanifra-se para sobreviver... tenho um tio em Paris que esse sim lá vai fazendo uma vidita mais "normal". E esta gente está lá fora há 20 anos ou mais! Mas se calhar foram estes que tiveram azar.
                  Depois vejo programas como aquele na RTP "Portugueses não sei onde" que me regalo com a vidinha daquela gente.
                  Portugueses pelo mundo Gosto tanto desse programa... Mas quase todos emigraram com propostas certas e com um grande domínio da lingua.

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                  • #10
                    Bom dia a todas!

                    Por acaso também gostava de "ouvir" relatos sobre este tema porque, dadas as circunstâncias, também começo a ponderar a hipótese de sair do país. Não que me apeteça muito ir para fora com 2 crianças tão pequenas e privá-las do contacto com os avós e outras pessoas importantes para nós, mas porque começo a assustar-me com a possibilidade do desemprego. Tanto eu como o meu marido somos contratados. Eu trabalho há 11 anos sempre na minha área, mas com contratos de 1 ano, sem garantia de no ano seguinte ter emprego. Temos casa, 2 carros e 2 filhos pequenos para sustentar e é preciso gerir muito bem o dinheiro para que não lhes falte nada. Até à data temos conseguido mas ninguém sabe o dia de amanhã.
                    O meu marido é canadiano. Tem lá a família toda à excepção dos pais e da irmã. De facto, o nível de vida dos familiares dele não se compara com o nosso. Claro está que já lá estão há muitos anos, (a maior parte já nasceu lá) mas reparo que mesmo os que foram para lá depois de adultos têm uma vida muito boa.
                    Quando lá fui fiquei alojada em casa dos padrinhos do meu marido e, apesar de nenhum dos dois ter grandes estudos, têm empregos que lhes permitem ter uma série de coisas que cá pouca gente tem. Para além de viverem num casarão lindo e enorme, conduzirem um SUV topo de gama, viajarem imenso, terem empregada em casa, ela (a madrinha do meu marido) dá-se ao luxo de trabalhar apenas 2 dias por semana para ter tempo para os filhos. Sim, lá podes negociar com a empresa o número de dias que queres trabalhar. Quando cada um dos filhos nasceu, ela, para além da licença de maternidade de 1 ANO a que tinha direito, ainda pediu mais 1 ano de licença sem vencimento, o que, pelos vistos, é normalíssimo por aquelas bandas.
                    Quando penso em tudo isto, pergunto-me o que ainda ando por cá a fazer. Por outro lado, esta crise é geral e acredito que lá também se está a fazer sentir...

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                    • #11
                      Inserido Inicialmente por rbalmeid Ver Mensagem
                      Ola!

                      Eu estou em Espanha ha 4 anos
                      Oh Rute eu sei que não estás no País Basco, mas achas que me consegues desenrascar uma frase em basco? É tão simples como isto: "Isto não é uma mensagem de Natal" , consegues? Ficava-te muito grata!

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                      • #12
                        Eu não estou emigrada mas tenho muita família fora. A família da minha mãe está toda no estrangeiro desde que ela casou. Ela não tem cá pais nem irmãos e eles não a têm lá a ela. É como aqui: o meu tio que tem três filhas farta-se de trabalhar para as ter a estudar e quem vai juntando uns cobres é a mais nova, que não tem filhos. Tenho 3 primos que foram agora para a Suíça. Ganham bem (dois deles foram para uma zona turística) mas queixam-se todos do mesmo: saudades da família, do Natal,... Os que estão no hotel queixam-se do tamanho da casa onde moram. A outra lutou contra um tumor no cérebro que foi descoberto lá. Sei que lhe valeu o apoio do marido porque a mãe só lá podia ir de vez em quando. Eu ia falando com ela por messenger mas não é a mesma coisa. Felizmente superou tudo mas sozinha, sem a família por perto.
                        2 filhotes lindos

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                        • #13
                          Os meus pais estiveram na Alemanha 25 anos, eu vivi lá 7 e vim para cá enquanto eles ainda lá ficaram. Sei bem o que é isso do estar longe da familia e essa é daquelas coisas que me faz mais ter um pé atras. Sei bem o que é estar longe dos meus pais e pergunto-me se valerá a pena voltar a faze-lo... Mas confesso que estou mesmo muito farta disto. Detesto esta cidade, nunca me adaptei aqui e a ideia de viver aqui até morrer não em agrada nada.
                          Não tenho filhos e isso é menos um entrave, tenho naturalidade Alemã e falo a lingua fluentemente, o que me faz pensar na Alemanha como uma das possibilidades. O meu gajo começou a par do doutoramento um curso de alemão. Depois há o Brasil que me atrai, mas é tão longe...
                          Verdade seja dita a unica coisa que me prende cá são unicamente os meus pais. E só.
                          Um casal amigo meu foi para o Canadá, ha 3 anos e ele nem cá vem de ferias, vem a mulher e o puto, porque ele nem quer cá mais pôr os pés.
                          A ver vamos, facil não é isso já se sabe, mas se surgir de facto uma oportunidade em particular ao gajo, (ele já começou a ser sondado) não quero ser eu a cortar-lhe as pernas (ele cá não tem mesmo nada que o prenda, só eu, acho...lol).
                          Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

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                          • #14
                            Acho que depende muito da tua relação com as pessoas cá, eu antes de pequeno nascer ia durante os meses de verão para Paris trabalhar (3 meses) para mim era horrivel, sou muito apegada à minha familia, custava-me horrores e sempre tive lá os meus sogros para me apoiar e o meu marido, que ia na mesma situação que eu.
                            Se te desprendes bem das pessoas se calhar não é assim tão mau, eu até gostava daquilo, a cidade é linda, tens acessos a tudo, as pessoas são 5 estrelas, os meus patroes eram do melhor e o pagamento ao fim do mês dava vontade de ficar lá para sempre, o mal é que tb ia daqui com habitos totalmente diferentes, lá os luxos ( café, tabaco, pastelaria, restaurantes) são muito caros, no geral (roupa alimentação) é praticamente igual, um pouquito mais caros em algumas coisa e mais barato noutras) as lojas, centros comerciais às 19h estão fechados e ao Domingo é quase tudo fechado. Para mim sei que não dava, mas não digo que desta agua não beberei.
                            Tenho um casal amigo que foi para o Luxemburgo no ano passado, ainda hoje ela diz que não vê a hora de se vir embora, mas o dinheiro fala muito alto e com 2 filhos pequenos é complicado.
                            Os meus sogros foram para Paris com 20 e poucos anos, tiveram lá os filhos os filhos voltaram e eles ficaram lá, chegaram a viver em Portugal 5 anos mas voltaram para lá porque já não se davam com os ordenados daqui, bem sei que para eles é duro, chegaram a não puder vir cá no Natal, aniversarios é parabens por telefone, não estão a acompanhar o crescimento dos netos, pois vêm cá umas 3 vezes no ano, mas fazem essse sacrificio porque querem poder ajudar os filhos se precisarem, e terem uma reforma confortavel.
                            Bem já abusei....




                            Madrinha querida Caty80
                            Madrilhada fofucha Julit

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                            • #15
                              Obviamente, estar no estrangeiro não é um mar de rosas. Estive apenas 4 meses no Reino Unido e foi uma experiência bastante má... Fomos com trabalho mas que, chegando lá, se revelou um desastre - não nos pagaram e ficamos á míngua, sem termos dinheiro sequer para comer. Foi a primeira vez que vi o meu marido chorar...Ainda por cima tinha o meu mano comigo e sentia-me responsável por ele. Muito mau. Depois começou a melhorar mas nunca deu para ganhar balúrdios, nem de longe nem de perto! Haviam imensos polacos e eslovenos que trabalhavam muito mais barato que nós (o câmbio entre o euro e a libra não era nenhuma fortuna mas as moedas de leste eram todas bastante fracas e mesmo que ganhassem 4€ras por hora, já lhes rendia uma fortuna e compensava imenso!), fomos numa altura de pouco trabalho disponível e, para ser franca, sentimos as nossas expectativas defraudadas. Também tínhamos uma dose bastante grande de imaturidade, isto tranformou a experiência num desastre... Mas já me voltou o bichinho novamente, por questões financeiras e pessoais...

                              Tenho o meu mano emigrado em França, bem como uma boa parte dos meus amigos da terra. Eles dizem-me que, apesar de ser trabalho duro, de não se ganhar tanto quanto pensavam (ronda uma média 1.500€ mensais, na sua grande maioria) também acham que compensou largamente terem ido. Ainda ontem falei com uma amiga que me disse estar muito bem, ganha 1700€ e o marido também, por 8 horas de trabalho. A casa onde estão é um T3, pagam 470€ de renda, mais 60€ de luz e gás e 30€ de água 8em média). A única coisa que notaram que é realmente mais cara, é o peixe, o resto é apenas ligeiramente mais caro... A A. é licenciada no mesmo que eu e foi trabalhar nas limpezas. Pessoalmente, não acho que me vão cair os parentes na lama se trabalhar nas limpzas também! XD O meu irmão confirma-me que onde está também é dentro desse género. Em todos os casos que conheço, não estão em terras grandes. O meu mano, quando foi a primeira vez, esteve em Paris e detestou a experiência...

                              O que me trava, neste momento, é o R., que não quer ir porque tem a faculdade, a família que o pressiona a ficar, a vida que não quer deixar aqui... Também tenho alguns receios com a emigração com um filho pequeno mas acho que é mais complicado para nós do que para ele... E claro que só iria para a beira do meu mano, emigrar apenas com eles não é opção! Não posso dizer que não me vá custar horrores não ter a família por perto mas começo a ver que a proximidade me traz mais dores de cabeça que vantagens. Começo a achar que a distância natural da emigração poderá não ser má de todo, principalmente para por travão em alguns problemas "territoriais" em relação ao meu filho. Isso aliado às sérias dificuldades económicas pelas quais tenho passado ultimamente, pela ausência de respostas ao envio quase diário de CV's, por ter de recorrer á minha mãe para poder sobreviver juntamente com a minha família... Tenho mesmo muita vontade de dar á sola!!!

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