É a segunda vez que passeio por este site e a primeira que me deparo com a vossa conversa... Nunca participei num chat, nem sequer percebo nada das abreviaturas e dos símbolos, mas todos falamos português por isso achei que não iria ser problemático...
Em primeiro lugar, peço desculpa por esta intromissão de quem tem tão pouco a falar de sofrimento, pelo menos por enquanto e felizmente, nestas andanças de perdas de filhos sonhados ou tidos. Já pensei muito no problema de infertilidade porque a minha irmã trabalhou acérrimamente na área... por outro lado, já pensei muito na adopção.
Eu explico: estou grávida, neste momento, de seis meses. E tudo corre bem. Foi sempre algo que desejei e programei para o meu futuro, por isso entendo o vosso desejo. Não consigo chegar à frustração de não conseguir o desejado, claro, e por isso peço desculpa se as minhas palavras vierem a entristecer alguém.
Não sei quando é que a ideia de adoptar uma criança entrou na minha vida, já foi há algum tempo. Nunca foi ultrapassada pela ideia de tentar um filho meu, a partir do momento que a adopção entrou na minha mente, entrou para não mais sair, como um projecto paralelo.
A verdade é que gostaria de ter filhos meus à mistura com filhos adoptados, acho essa ideia fascinante... acho maravilhoso proporcionar a paternidade a alguém que não tem essa hipótese. Eu trabalho diariamente com crianças e jovens maltratados e posso garantir, maldito seja o sangue tantas e tantas vezes...! Porque acredito cada vez mais que pai é mesmo quem dá amor, educação, quem está lá sempre, para o que der e vier...
Um filho chegado à nossa casa, provindo de outra carga genética, não deixará de ser nosso, é isso que penso... Afinal, tanto dos que saem da barriga como dos que saem do coração, podemos esperar uma grande incerteza: sobre o futuro, as suas escolhas, os mimos que nos darão, mas também as palavras feias que nos dirão quando chegar a altura... Cada ser humano é capaz de uma forma única de amar - é isso que é importante para mim. Cada filho será um filho, é isso que sinto, mesmo que não saia de mim, mesmo que eu não sinta crescer dentro de mim.
E cada um dos meninos que teve o grande azar de não ser desejado, espera ansiosamente por esse amor tão grande que alguns pais que não tiveram a sorte de o ser, tenham para dar...!
Vou terminar aqui. Peço desculpa se as minhas palavras deixaram alguém triste... quis só deixar uma ideia diferente das que li... o tal adoptar por opção. Mas não pretendo achar que a minha opinião é a correcta para toda a gente, cada caso é um caso. Adoptar deve ser uma escolha de vida, tal como o ter um filho. Obrigado a todos por me lerem e peço desculpa pela interrupção.
Em primeiro lugar, peço desculpa por esta intromissão de quem tem tão pouco a falar de sofrimento, pelo menos por enquanto e felizmente, nestas andanças de perdas de filhos sonhados ou tidos. Já pensei muito no problema de infertilidade porque a minha irmã trabalhou acérrimamente na área... por outro lado, já pensei muito na adopção.
Eu explico: estou grávida, neste momento, de seis meses. E tudo corre bem. Foi sempre algo que desejei e programei para o meu futuro, por isso entendo o vosso desejo. Não consigo chegar à frustração de não conseguir o desejado, claro, e por isso peço desculpa se as minhas palavras vierem a entristecer alguém.
Não sei quando é que a ideia de adoptar uma criança entrou na minha vida, já foi há algum tempo. Nunca foi ultrapassada pela ideia de tentar um filho meu, a partir do momento que a adopção entrou na minha mente, entrou para não mais sair, como um projecto paralelo.
A verdade é que gostaria de ter filhos meus à mistura com filhos adoptados, acho essa ideia fascinante... acho maravilhoso proporcionar a paternidade a alguém que não tem essa hipótese. Eu trabalho diariamente com crianças e jovens maltratados e posso garantir, maldito seja o sangue tantas e tantas vezes...! Porque acredito cada vez mais que pai é mesmo quem dá amor, educação, quem está lá sempre, para o que der e vier...
Um filho chegado à nossa casa, provindo de outra carga genética, não deixará de ser nosso, é isso que penso... Afinal, tanto dos que saem da barriga como dos que saem do coração, podemos esperar uma grande incerteza: sobre o futuro, as suas escolhas, os mimos que nos darão, mas também as palavras feias que nos dirão quando chegar a altura... Cada ser humano é capaz de uma forma única de amar - é isso que é importante para mim. Cada filho será um filho, é isso que sinto, mesmo que não saia de mim, mesmo que eu não sinta crescer dentro de mim.
E cada um dos meninos que teve o grande azar de não ser desejado, espera ansiosamente por esse amor tão grande que alguns pais que não tiveram a sorte de o ser, tenham para dar...!
Vou terminar aqui. Peço desculpa se as minhas palavras deixaram alguém triste... quis só deixar uma ideia diferente das que li... o tal adoptar por opção. Mas não pretendo achar que a minha opinião é a correcta para toda a gente, cada caso é um caso. Adoptar deve ser uma escolha de vida, tal como o ter um filho. Obrigado a todos por me lerem e peço desculpa pela interrupção.
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