Tenho participado no fórum das "Treinantes" (e vou continuar), mas acho que chegou a hora de me juntar a vocês também...a minha história já tem quase um ano e vou tentar resumi-la.
Estou agora com 39 anos, vivo em união de facto, nunca tive filhos nem estive grávida. O ano passado resolvemos, eu e o meu partner, começar a trabalhar para um bebé. Fiz os testes pré-natais em Novembro de 2010 e detectaram-me um espessamento do endométrio (12mm) que se revelou uma polipose, assim como vários miomas. Fiz uma histeroscopia mesmo antes do Natal: o médico tentou retirar-me os pólipos, mas sangrei muito e não conseguiu. Recolheu, sim, amostras para biópsia. Resultado: pólipos adenomiomatosos. Benignos (graças a Deus), mas chatos para uma gravidez.
Depois de muita espera, fui operada em Fevereiro para extracção dos restantes pólipos. A intervenção correu bem e não custou muito. Nova biópsia, com melhores resultados: pólipos simples. O médico mandou esperar pelo período seguinte e começar a tentar.
Começámos a tentar em Março, sem resultados. Em Abril/Maio, tivémos uma crise conjugal séria, com muitas dúvidas da parte dele e houve uma separação por três semanas. O meu período, que sempre foi intenso, tornou-se quase incontrolável e eu consultei uma médica diferente, que me receitou a pílula (uma vez que estava com os treinos parados e, segundo ela, é a melhor forma de evitar o reaparecimento dos pólipos) e me mandou fazer nova ecografia.
Resultado: os miomas tinham crescido quase 1 cm cada um e um deles estava hipervascularizado e a deformar o útero. Consultei 3 médicos, que foram unânimes: não havia outra solução senão nova cirurgia. Um deles - especialista em infertilidade - disse-me suspeitar de endometriose e aconselhou-me a seguir imediatamente para FIV logo que recuperasse da cirurgia.
Antes da nova cirurgia (que fiz a 26 de Julho) ainda fui submetida a outra histeroscopia diagnóstica para determinar o método cirúrgico: não houve hipótese de ser por histeroscopia (via vaginal), como em Fevereiro, porque os miomas não estavam visíveis: teve de ser por laparoscopia. Mas o médico viu também que a polipose, à qual tinha sido operada apenas 4 meses antes, estava a regressar. Pelo que, em conjunto com a miomectomia, durante a qual me foram retirados 5 miomas, ainda fiz uma histeroscopia cirúrgica para extracção dos pólipos.
As biópsias revelaram que os miomas eram miomas e que os pólipos eram simples. Good news, dadas as circunstâncias. O médico mandou-me esperar 6 meses antes de tentar engravidar. Pelo que antes de Janeiro não posso pensar nisso.
Entretanto, enquanto eu ainda estava à espera de ser operada, tinha prescrito um espermograma ao namorido (que até já tem um filho de uma relação anterior), não por suspeitar de nada de especial, mas porque diz que os exames às mulheres são todos invasivos e que não há direito de as mulheres serem submetidas a tanto e os homens a nada…
Resultado do espermograma: zóides com pouca mobilidade e uma percentagem anormalmente alta dos que têm anomalias. Encaminhou-nos por isso para a consulta de infertilidade. Este médico perguntou logo se ele costuma ter o computador muito tempo ao colo, o que de facto sucede bastante. Disse-lhe que isso tem de parar e receitou umas vitaminas (Everfit cardio), dizendo esperar que os resultados melhorem (em Dezembro faremos novo exame).
Mas a minha história ainda não acabou: depois da cirurgia, sangrei uns dias e a coisa depois parou, dentro do normal, até ao período seguinte (em Agosto). Só que a partir de Agosto a hemorragia simplesmente não parou (embora tenha diminuído bastante), até à menstruação seguinte…fui ao GO, claro, que não achou nada normal. Prescreveu-me umas análises (tenho anemia, claro), mandou-me trocar a pílula por uma de dosagem superior (da Yasminelle passei para Yasmin) e disse que, se continuasse assim, teria de fazer nova histeroscopia. Isto deixa-me à beira das lágrimas…
O certo é que o período de Setembro veio e parou. Não voltei ao meu GO (estou farta de médicos e exames, já não posso mais…), embora tenha tido a consulta de infertilidade. A menstruação veio de novo no Domingo passado. Eu diria que o período está pelo menos tão forte quanto estaria se não estivesse a tomar a pílula, ou talvez mais. Hoje é o 6.º dia e continuo a sangrar bastante. No 3.º/4.º dia tenho uma hemorragia intensa, com sangue muito “fresco”. Estou cheia de medo que isto não tenha acabado e na expectativa para ver como vão correr as coisas a partir de Janeiro (a ideia é tentar 2/3 meses e depois partir para FIV…).
Alguém aqui tem uma experiência de algum modo parecida? Desculpem o testamento e votos especiais de boa sorte para todas
Estou agora com 39 anos, vivo em união de facto, nunca tive filhos nem estive grávida. O ano passado resolvemos, eu e o meu partner, começar a trabalhar para um bebé. Fiz os testes pré-natais em Novembro de 2010 e detectaram-me um espessamento do endométrio (12mm) que se revelou uma polipose, assim como vários miomas. Fiz uma histeroscopia mesmo antes do Natal: o médico tentou retirar-me os pólipos, mas sangrei muito e não conseguiu. Recolheu, sim, amostras para biópsia. Resultado: pólipos adenomiomatosos. Benignos (graças a Deus), mas chatos para uma gravidez.
Depois de muita espera, fui operada em Fevereiro para extracção dos restantes pólipos. A intervenção correu bem e não custou muito. Nova biópsia, com melhores resultados: pólipos simples. O médico mandou esperar pelo período seguinte e começar a tentar.
Começámos a tentar em Março, sem resultados. Em Abril/Maio, tivémos uma crise conjugal séria, com muitas dúvidas da parte dele e houve uma separação por três semanas. O meu período, que sempre foi intenso, tornou-se quase incontrolável e eu consultei uma médica diferente, que me receitou a pílula (uma vez que estava com os treinos parados e, segundo ela, é a melhor forma de evitar o reaparecimento dos pólipos) e me mandou fazer nova ecografia.
Resultado: os miomas tinham crescido quase 1 cm cada um e um deles estava hipervascularizado e a deformar o útero. Consultei 3 médicos, que foram unânimes: não havia outra solução senão nova cirurgia. Um deles - especialista em infertilidade - disse-me suspeitar de endometriose e aconselhou-me a seguir imediatamente para FIV logo que recuperasse da cirurgia.
Antes da nova cirurgia (que fiz a 26 de Julho) ainda fui submetida a outra histeroscopia diagnóstica para determinar o método cirúrgico: não houve hipótese de ser por histeroscopia (via vaginal), como em Fevereiro, porque os miomas não estavam visíveis: teve de ser por laparoscopia. Mas o médico viu também que a polipose, à qual tinha sido operada apenas 4 meses antes, estava a regressar. Pelo que, em conjunto com a miomectomia, durante a qual me foram retirados 5 miomas, ainda fiz uma histeroscopia cirúrgica para extracção dos pólipos.
As biópsias revelaram que os miomas eram miomas e que os pólipos eram simples. Good news, dadas as circunstâncias. O médico mandou-me esperar 6 meses antes de tentar engravidar. Pelo que antes de Janeiro não posso pensar nisso.
Entretanto, enquanto eu ainda estava à espera de ser operada, tinha prescrito um espermograma ao namorido (que até já tem um filho de uma relação anterior), não por suspeitar de nada de especial, mas porque diz que os exames às mulheres são todos invasivos e que não há direito de as mulheres serem submetidas a tanto e os homens a nada…
Resultado do espermograma: zóides com pouca mobilidade e uma percentagem anormalmente alta dos que têm anomalias. Encaminhou-nos por isso para a consulta de infertilidade. Este médico perguntou logo se ele costuma ter o computador muito tempo ao colo, o que de facto sucede bastante. Disse-lhe que isso tem de parar e receitou umas vitaminas (Everfit cardio), dizendo esperar que os resultados melhorem (em Dezembro faremos novo exame).
Mas a minha história ainda não acabou: depois da cirurgia, sangrei uns dias e a coisa depois parou, dentro do normal, até ao período seguinte (em Agosto). Só que a partir de Agosto a hemorragia simplesmente não parou (embora tenha diminuído bastante), até à menstruação seguinte…fui ao GO, claro, que não achou nada normal. Prescreveu-me umas análises (tenho anemia, claro), mandou-me trocar a pílula por uma de dosagem superior (da Yasminelle passei para Yasmin) e disse que, se continuasse assim, teria de fazer nova histeroscopia. Isto deixa-me à beira das lágrimas…
O certo é que o período de Setembro veio e parou. Não voltei ao meu GO (estou farta de médicos e exames, já não posso mais…), embora tenha tido a consulta de infertilidade. A menstruação veio de novo no Domingo passado. Eu diria que o período está pelo menos tão forte quanto estaria se não estivesse a tomar a pílula, ou talvez mais. Hoje é o 6.º dia e continuo a sangrar bastante. No 3.º/4.º dia tenho uma hemorragia intensa, com sangue muito “fresco”. Estou cheia de medo que isto não tenha acabado e na expectativa para ver como vão correr as coisas a partir de Janeiro (a ideia é tentar 2/3 meses e depois partir para FIV…).
Alguém aqui tem uma experiência de algum modo parecida? Desculpem o testamento e votos especiais de boa sorte para todas
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