Boas.
Passado um ano da minha IMG por patologia incompatível com a vida, decidi vir aqui dar uma espreitadela.
Fiquei no mínimo surpreendida com um depoimento que se encontra no tópico "Aborto por malformação fetal", onde alguém diz que teve de fazer IMG por malformação do membro posterior direito.
E porque é que isto me choca?
Simples. À minha filha foi detectada uma malformação, logo às 11 semanas. Era um tipo de nanismo.
Poderia ser Acondroplasia ou Nanismo Tanatofórico. No primeiro caso trata-se da malformação dos membros, que são curtos. Afecta as pernas e os braços, mas É COMPATÍVEL COM A VIDA, e por isso foi-me dito na Alfredo da Costa que se se confirmasse o diagnóstico, ninguém me aprovaria uma IMG.
No caso de Nanismo Tanatofórico existe a deformação dos membros (curtos e curvos) e o estreitamento do torax, que impede o funcionamento dos pulmões e leva à morte por asfixia no período perinatal. Era esse o tipo de malformação que a minha filha tinha, e foi-me oferecida a IMG, sem sequer precisar do OK da Comissão de Ética. Segundo me informou o Director de Serviço da MAC, é um tipo de patologia absolutamente INCOMPATÍVEL COM A VIDA, ao ponto de poder ser feita a IMG a qualquer altura da gravidez, e não apenas nas primeiras 24 semanas.
Expliquem-me por favor, como é possível que tenha sido permitida uma IMG por causa de UM membro deformado, e não seja legalmente permitido fazer-se IMG por malformação de QUATRO membros.
Não sei nem é relevante saber onde é que a senhora da malformação do braço direito teve a IMG. Quero também frisar que NÃO há aqui qualquer tipo de censura ou juízo de valor, até porque entendo ser pouco humano permitir-se nascer uma criança com deformidades físicas gravíssimas, ainda que compatíveis com a vida, dadas as dificuldades proporcionadas por barreiras físicas, complicações médicas e estigmas sociais.
Quero é saber, de quem tenha realmente conhecimento de causa, o seguinte:
1 - Como é possível haver uma disparidade de critérios deste calibre?
e
2 - Quem regula as Comissões de Ética neste país?
Obrigada
Inês
Passado um ano da minha IMG por patologia incompatível com a vida, decidi vir aqui dar uma espreitadela.
Fiquei no mínimo surpreendida com um depoimento que se encontra no tópico "Aborto por malformação fetal", onde alguém diz que teve de fazer IMG por malformação do membro posterior direito.
E porque é que isto me choca?
Simples. À minha filha foi detectada uma malformação, logo às 11 semanas. Era um tipo de nanismo.
Poderia ser Acondroplasia ou Nanismo Tanatofórico. No primeiro caso trata-se da malformação dos membros, que são curtos. Afecta as pernas e os braços, mas É COMPATÍVEL COM A VIDA, e por isso foi-me dito na Alfredo da Costa que se se confirmasse o diagnóstico, ninguém me aprovaria uma IMG.
No caso de Nanismo Tanatofórico existe a deformação dos membros (curtos e curvos) e o estreitamento do torax, que impede o funcionamento dos pulmões e leva à morte por asfixia no período perinatal. Era esse o tipo de malformação que a minha filha tinha, e foi-me oferecida a IMG, sem sequer precisar do OK da Comissão de Ética. Segundo me informou o Director de Serviço da MAC, é um tipo de patologia absolutamente INCOMPATÍVEL COM A VIDA, ao ponto de poder ser feita a IMG a qualquer altura da gravidez, e não apenas nas primeiras 24 semanas.
Expliquem-me por favor, como é possível que tenha sido permitida uma IMG por causa de UM membro deformado, e não seja legalmente permitido fazer-se IMG por malformação de QUATRO membros.
Não sei nem é relevante saber onde é que a senhora da malformação do braço direito teve a IMG. Quero também frisar que NÃO há aqui qualquer tipo de censura ou juízo de valor, até porque entendo ser pouco humano permitir-se nascer uma criança com deformidades físicas gravíssimas, ainda que compatíveis com a vida, dadas as dificuldades proporcionadas por barreiras físicas, complicações médicas e estigmas sociais.
Quero é saber, de quem tenha realmente conhecimento de causa, o seguinte:
1 - Como é possível haver uma disparidade de critérios deste calibre?
e
2 - Quem regula as Comissões de Ética neste país?
Obrigada
Inês
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