Segundo Michel Odent, médico precursor do parto na água e autor de vários livros sobre a gravidez e o parto, os homens não deverão estar presentes aquando do parto. Em declarações ao jornal "The Observer", Michel Odent diz-nos que "O ambiente ideal para um nascimento não envolve homens. Assisti partos durante mais de 50 anos, em casa e em hospitais franceses, britânicos e africanos, e os partos mais fáceis que vi foram os que envolviam apenas a mulher e uma parteira com experiência, silenciosa e discreta. Sem médicos e sem acompanhantes homens". Segundo Odent, esta sua posição prende-se com o facto das mulheres se sentirem mais ansiosas e menos aptas para lidar com um parto quando sentem o nervosismo dos seus companheiros...
Ao ler estas palavras, não pude deixar de discordar porque, no meu caso concreto, em que a Joana nasceu de cesariana, gostaria que o Pedro tivesse assistido ao parto por forma a partilhar o sentimento profundo que é ver um filho nascer. Aliás, o homem pode sempre escolher entre estar ou não presente no parto. Há homens para os quais o parto "mete impressão", preferindo aguardar na sala de espera. Outros que, sim, querem assistir ao parto. Outros há que, apesar do nervosismo, assistem ao parto e acabam por se sentir mal (vomitam, sentem-se desmaiar, etc). Contudo, neste último ponto, em que é que o mal-estar do companheiro interfere no decurso de um parto, natural ou por cesariana? Para mim, a presença do Pedro seria um recurso, um apoio e sei que ele gostaria de poder assistir ao parto, sem "tremeliques". Se os sentisse, olha, paciência, por favor alguém trate dele que eu estou a ter a minha filha. Penso que não me sentiria menos apta ou mais ansiosa por isso, certamente que o meu marido estaria em boas mãos. Aliás, estaria no sitio certo (isto é, num hospital) caso não se sentisse bem! Porque é que o ambiente ideal para um nascimento não envolve homens, sejam estes companheiros, assistentes ou médicos? Os partos mais fáceis "envolvem apenas a mulher e uma parteira com experiência, silenciosa e discreta" ?! Deus me livre se quem me estivesse a fazer o parto fosse uma pessoa silenciosa...! Durante o parto da Joana eu falei, falei, quis saber tudo o que estava a acontecer. O meu anestesista (homem!) foi de uma gentileza e profissionalismo imparáveis, todas as pessoas falavam entre si, num ambiente concentrado mas descontraido ao mesmo tempo. Vá, deixem-se de falsas questões, penso que um homem pode, sempre que assim o desejar, assistir ao nascimento do seu filho!
Beijinhos,
Sofia
Ao ler estas palavras, não pude deixar de discordar porque, no meu caso concreto, em que a Joana nasceu de cesariana, gostaria que o Pedro tivesse assistido ao parto por forma a partilhar o sentimento profundo que é ver um filho nascer. Aliás, o homem pode sempre escolher entre estar ou não presente no parto. Há homens para os quais o parto "mete impressão", preferindo aguardar na sala de espera. Outros que, sim, querem assistir ao parto. Outros há que, apesar do nervosismo, assistem ao parto e acabam por se sentir mal (vomitam, sentem-se desmaiar, etc). Contudo, neste último ponto, em que é que o mal-estar do companheiro interfere no decurso de um parto, natural ou por cesariana? Para mim, a presença do Pedro seria um recurso, um apoio e sei que ele gostaria de poder assistir ao parto, sem "tremeliques". Se os sentisse, olha, paciência, por favor alguém trate dele que eu estou a ter a minha filha. Penso que não me sentiria menos apta ou mais ansiosa por isso, certamente que o meu marido estaria em boas mãos. Aliás, estaria no sitio certo (isto é, num hospital) caso não se sentisse bem! Porque é que o ambiente ideal para um nascimento não envolve homens, sejam estes companheiros, assistentes ou médicos? Os partos mais fáceis "envolvem apenas a mulher e uma parteira com experiência, silenciosa e discreta" ?! Deus me livre se quem me estivesse a fazer o parto fosse uma pessoa silenciosa...! Durante o parto da Joana eu falei, falei, quis saber tudo o que estava a acontecer. O meu anestesista (homem!) foi de uma gentileza e profissionalismo imparáveis, todas as pessoas falavam entre si, num ambiente concentrado mas descontraido ao mesmo tempo. Vá, deixem-se de falsas questões, penso que um homem pode, sempre que assim o desejar, assistir ao nascimento do seu filho!
Beijinhos,
Sofia
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