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A dor da morte

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  • A dor da morte

    Ola



    Nao sou muito de escrever, mas hoje estou tao em baixo, tao sem chao, que preciso de falar com alguem. Mas como nao existe ninguem com quem conversar pois os meus filhos ainda sao pequeninos escrevo aqui para quem tiver pachorra para ler.



    Eu ja passei por muita coisa nesta vida, como algumas ainda se devem lembrar, mas tudo estava resolvido e ate à uma semana eu tinha a vida perfeita. Um marido magnifico, dois filhos lindos e saudaveis, uma familia quase perfeita.



    Ate que a 1 semana o pesadelo comecou, descobri que a minha avó mais que uma mae mais que uma amiga mais que uma confidente mais que tudo para mim tem cancro no rim.



    Ai o meu mundo ruiu, aquela FANTASTICA mulher que eu tanto admiro que me criou que eu tanto amo tem a porcaria de uma doenca que é maioritariamente de homens e que ja esta tao avancada e alastrada que ja nao existe a menor hipotese de cura.



    Voces podem nao acreditar mas eu dava anos da minha vida por ela, dava mesmo, pois alem dos meus filhos quem mais amo como a eles é a minha avó.

    Ela e tao boa pessoa, tao querida, criou-me a mim e aos meus irmaos, o joca de 16 anos e a morgana de 5 anos. Fez tudo por nos, ate tirar a boca dela.

    A minha irma esta a ficar doente com saudades da avo que esta no hospital e eu estou a comecar a cair, mesmo tentando manter-me em cima pelos meus filhos.

    Quando vou ao hospital vejo-a bem animada, pois ela nao sabe o que tem e os medicos ja lhe tiraram as dores, mas custa tanto saber que ela amanha pode ja ca nao estar.

    CUSTA, DOI, REVOLTA ela nao merecia, existe tanta gente ma que nao faz falta, ai que nervos!!!

    E quando a minha avó for nao sei se o meu avô aguenta a perda da companheira de a 52 anos.



    E para ajudar a esta festa o meu pai esta com os mesmos sintomas que ela, esta ainda a descobrir o que é, a fazer exames, mas os sintomas sao os mesmos.



    E para a cereja estar no topo do bolo, ontem fui a revisao de parto e a medica diz-me que a minha placenta foi para analisar por causa da pre-eclampsia e deu que tem imensas tromboses. Concluindo as minhas veias estao sujeitas a entupir por causa do meu sangue ser gordo e estou com um risco enorme de ter um avc, e isto pode ser uma doenca herditaria. Ja fiz exames para confirmar se é herditario e qual a gravidade dasituacao mas o resultado demora 1 mes.



    Enfim a minha vida esta um caos.



    Obrigado a quem teve pachorra para ler.



    Beijinhos

    Sandra





















  • #2
    RE: A dor da morte

    Olá



    Falo-te com a sabedoria de quem perdeu um irmão aos dezanove anos assassinado. A revolta e a dor foram grandes, mas foram desvanecendo ... Fica só uma saudade, por vezes dolorosa mas o tempo é sem dúvida o melhor remédio.



    Aproveita o tempo que vos resta da melhor maneira.



    Não sei se acreditas em Deus mas a minha mãe costumava dizer-me que Ele não nos dá uma carga maior do que a podemos suportar ...





    Vi na barrinha que tens dois bebés (um deles pequenito).



    Muita força ... por ti e por eles



    Jinhos
    [hr]\"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo\" Raul Seixas

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    • #3
      RE: A dor da morte

      Olha linda não consigo ter palavras, pois graças a Deus ainda não passei por nenhuma situação dessas, de perder alg tão proximo, não te deixes ir abaixo tens os teus filhotes que presisam mt de ti, um beijinho mt grande para voçes e mt força, e contigo ha-de estar tudo bem se Deus quiser.

      Bjs.
      Os meus filhos foram o melhor presente que a vida me deu.







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      • #4
        RE: A dor da morte

        Sandra

        Já perdi o meu pai que era o meu mundo, por isso, sei muito bem aquilo porque estás a passar. Uma das diferenças é que o meu pai desapareceu num dia e a "tua mais que tudo" tem sentença de morte (desculpa, mas não encontrei melhor palavra).

        Apenas te posso dizer para aproveitares todos os bocadinhos. Tenta retribuir à tua avó todo o amor e carinho que ela te deu e aos teus irmãos, no pouco tempo que lhe resta. Fá-la sentir MUITO amada (que é o que me parece ser). Revolta, muito. Tanta gente a fazer mal no mundo e que cá anda e as pessoas boas são as primeiras a ir-se... Dói!

        Não penses na situação do teu pai. Não sofras por antecipação (falar é fácil). Vive um problema de cada vez.

        Não penses na tua própria situação (para quem está de fora é fácil falar). Ainda vai demorar 1 mês. Aguenta, tem calma.

        Tem força, não te deixes ir abaixo, tens os teus filhos que precisam também de ti. Da tua atenção, sanidade e amor!!!!

        O que precisares, dispõe!

        Beijos

        Paula


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        • #5
          RE: A dor da morte

          Lamento imenso, não tenho palavras.

          Perdi a minha mae com um cancro e sei o ke custa..força !

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          • #6
            RE: A dor da morte

            muita força... :rose: não te consigo dizer mais nada...

            «O IMPOSSIVEL É UM CONCEITO INVENTADO POR TODOS AQUELES QUE DEIXARAM DE SONHAR» Plácido de Oliveira

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            • #7
              RE: A dor da morte

              Sou bastante sensível as perdas.

              Lamento imenso por ti e por ela também.

              Já presenceei de perto uma evolução de cancro que terminou em morte e custou-me bastante, em especial o sofrimento dos que são próximos.

              E trata de ti!e dá mimos à tua avó.

              Bjs

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              • #8
                RE: A dor da morte

                Força... Aproveita muito a tua avó enquanto ca esta e deixa o sofrimento para depois...



                Beijinhos



                Rute

                O meu parto de 14 dias
                Bebes e Mamas marcianas de 2008
                Foram 25 meses, 2 semanas e 4 dias de maminha com muito amor (mamou a ultima vez a 22 de Abril 2010). CIA congénita, encerrada por cateterismo aos 4 anos e 5 meses.
                CIA congénita... Um operado, outro à espera que feche...

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                • #9
                  RE: A dor da morte

                  Eu já perdi várias pessoas próximas, mas a maior perda que tive foi de uma pessoa que ainda está viva. Perdi uma mãe como eu sempre a conheci e ganhei uma mãe que me parecia uma estranha.







                  Para mim foi uma autêntica morte, tive uma fase de revolta e tive mesmo de fazer o luto da mãe que conhecia. Mas graças a Deus, cada vez mais ela vai sendo aquilo que "era"/é.







                  Acredito que é verdade que Deus não nos dá uma carga maior do que a que conseguimos suportar, mas também aprendi na Bíblia que "a cada dia o seu mal".







                  Tenta separar os problemas. Pensa primeiro no que é mais prioritário e quando chegar a vez das outras coisas (resultado dos exames, por ex.), pensas neles. Foi assim que aguentei lidar com a doença da minha mãe, um dia de cada vez (curiosamente, a minha mãe foi operada numa 6ª, o meu pai tinha sido operado na véspera, eu estava sozinha a apoiá-la, sem apoio da mais ninguém, marido a trabalhar fora...enfim)







                  Eu sei que não é fácil, bem pelo contrário, mas faz um esforço. Haverá dias em que conseguirás pensar num dos problemas somente, outros em que poderás ficar cansada de tanto problema.







                  Ah e não chames à existência aquilo que não existe, ou seja, não sofras por antecipação. Quando tiraram o tumor cerebral à minha mãe, disseram que devia ser atípico, o que implicaria quimio. Mas não havia certezas. Fiz um esforço enorme para tirar a preocupação de ser maligno da cabeça, pensei que, se fosse, lidaria com isso mais tarde, quando se confirmasse. E nunca se confirmou.







                  Desculpa os exemplos, mas é-me mais fácil explicar dando exemplos...



                  E aproveita o máximo de tempo com a tua avó...hoje fico a pensar que, se soubesse o que ia acontecer, tinha passado ainda mais tempo com a minha mãe...de vez em quando ainda choro com saudades da minha mãe "antiga".







                  Qualquer coisa, estás à vontade para falar, por pm, se desejares.

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                  • #10
                    RE: A dor da morte

                    Vais agarrar-te depois ás boas recordações que tens com ela....



                    Ainda agora tinha aqui uma senhora á minha frente no meu local de trabalho, o marido morreu de cancro à 15 dias, ficou com 3 filhos menores....chorou muito aqui......mas aqui pode chorar muito que é o sitio indicado também.....

                    beijinhos
                    [hr]



                    Madrinha: ALL 77 Afilhada: Calipso, Flor de Liz, Sasa



                    http://www.fertilityfriend.com/home/1b89a1





                    Nasceu o Manel: 20 de julho 2008, 3570kg, 51cm...

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                    • #11
                      RE: A dor da morte

                      Olá!



                      Tenta aproveitar ao máximo que tempo com ela uma vez que, infelizmente, o desfecho é prevísivel :sad:



                      Sei um bocado o que sentes porque durante a minha gravidez perdi aquela que considero a minha mãe de coração em circunstâncias não expectáveis. Além do choque por não estar a fazer conta, era aquela que eu tinha como Mãe porque a minha mãe biológica cortou relações comigo.



                      Há coisas que nos surgem na vida em que daríamos tudo para que não acontecessem mas é a forma como lidamos com elas que nos torna mais fortes e nos faz ver a vida de outra forma.



                      Muita força e um beijo :rose:




                      O meu parto: O Meu Admirável Mundo Novo... (Maternidade Daniel de Matos - Coimbra)

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                      • #12
                        RE: A dor da morte

                        Olá.

                        Li o que escreveste com atenção, até pq já passei por uma morte por cancro do meu grande, grande amigo, o meu pai. Na altura engoli tudo e armei-me em forte para amparar a minha mãe, considero-me uma pessoas bastante positiva e pensei que se ele se foi, foi por um desígnio de algo superior a nós (aqui ser religiosa tinha dado um certo jeito...não é o caso). O que é curioso é que passado uns dias de ele ter falecido, uma amiga nossa que tinha um certo "dom", disse-nos exactamente o mesmo: "ele era preciso noutro lado e ele está bem". Arrepiámo-nos até à medula, mas deu-nos uma certa tranquilidade, real ou não, não interessa.

                        Em suma, o que te quero dizer é que dói muito, as saudades aumentam a cada dia que passa, mas gosto de pensar que as pessoas boas que vão embora têm uma missão.

                        Dá-lhe todo o apoio que possas e aquele tratamento topo de gama que se chama "beijinho-no-dóidói", é tudo o que ela precisa agora!



                        Beijinho grande e muita força!



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