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Ajudem-me lá

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  • Ajudem-me lá

    Ontem estive a tomar café com uma amiga de longa data que já não via há imenso tempo.

    Conversa puxa conversa, eis que me confessa que já há algum tempo que o marido lhe bate (o casamento era quase perfeito aos olhos dos outros), fiquei :w00t:

    Explicou-me que o bater limitava-se a puxões de cabelos, estalos na cara e ameaças e já acontece a alguns aninhos.

    Pediu-me ajuda/opinião, mas não soube o que fazer/dizer pois nunca me vi no meio de situação semelhante.

    Pelos vistos, agora quer divorciar-se mas o marido deixou bem claro que não lhe vai dar o divórcio assim do pé para a mão.

    O maior receio dela é a subsistência do filho. Ela trabalha, tem uma casa (que é dos 2) e um carro (que é dos 2), mas o dinheiro do ordenado não chega para todas as despesas.

    Não existe nenhuma instituição a que se possa dirigir? Apoios? Qualquer coisa?

    Eu quero muito ajudá-la mas nem sei por onde começar.






    Trabalhar nunca matou ninguém, mas porquê arriscar???

  • #2
    RE: Ajudem-me lá

    Ola!



    O primeiro passo é arranjar um advogado. Se precisa de ajuda a APAV é uma possibilidade.



    A subsistencia do filho nunca sera posta em causa porque o pai tem de contribuir em todas as despesas (escolares, de saude, alimentaçao, roupa,...). O resto tudo se arranja. O que é dos odis tem de ser repartido ou mesmo vendido para repartir o dinheiro e tiver que alugar/ comprar uma casa que possa pagar este é um bom momento. ate porque s eo marido ficar com a casa tem de lhe pagar uma parte e se for vendida tambem recebe...



    Beijinhos



    Rute

    O meu parto de 14 dias
    Bebes e Mamas marcianas de 2008
    Foram 25 meses, 2 semanas e 4 dias de maminha com muito amor (mamou a ultima vez a 22 de Abril 2010). CIA congénita, encerrada por cateterismo aos 4 anos e 5 meses.
    CIA congénita... Um operado, outro à espera que feche...

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    • #3
      RE: Ajudem-me lá

      O pai está desempregado, logo acho que não poderá contribuir para as despesas.

      Acho que a APAV só ajuda casos que sejam mais graves que este, ou estou errada?






      Trabalhar nunca matou ninguém, mas porquê arriscar???

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      • #4
        RE: Ajudem-me lá

        Miuki

        violência, é violência.

        Não é preciso ficar desfigurada e dar entrada no hospital para se poder fazer queixa na polícia ou contactar a Apav. Talvez para um encaminhamento para as casas de abrigo assim seja. Acho que não se perde nada em ligar para a APAV.

        E o que se deveria fazer tb era queixa na polícia.

        Que se resolva rápido essa situação.

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        • #5
          RE: Ajudem-me lá

          Miuki (07-12-2009)

          Explicou-me que o bater limitava-se a puxões de cabelos, estalos na cara e ameaças e já acontece a alguns aninhos.
          "limitava-se" soa tão.... falta de estima por ela mesma. De toda a descrição que fizeste, a palavra limitava-se arrepiou-me. Presumo que tenham sido palavras da tua amiga. Uma estalada para além de agressão física dolorosa, revela despeito. E as ameaças um dia poderão concretizar-se.

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          • #6
            RE: Ajudem-me lá

            giz (07-12-2009)
            Miuki (07-12-2009)

            Explicou-me que o bater limitava-se a puxões de cabelos, estalos na cara e ameaças e já acontece a alguns aninhos.
            "limitava-se" soa tão.... falta de estima por ela mesma. De toda a descrição que fizeste, a palavra limitava-se arrepiou-me. Presumo que tenham sido palavras da tua amiga. Uma estalada para além de agressão física dolorosa, revela despeito. E as ameaças um dia poderão concretizar-se.


            O "limitava-se" foi mesmo palavra dela.

            Para te arrepiar mais e porque não quis entrar em promenores lá atrás, ele ainda lhe disse (não sei se foi só 1 vez ou mais), que ela é uma p****, uma v**** e que anda na rua a dar ***.

            De tudo o que me contou, foi esta parte que mais me escandalizou, como pode um marido/companheiro dizer isto da mulher que é mãe dos filhos dele?






            Trabalhar nunca matou ninguém, mas porquê arriscar???

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            • #7
              RE: Ajudem-me lá

              A APAV ajuda em todos os casos de violencia, fisica ou psicologica.

              Se queres ajudar a tua amiga, liga tu para lá e expõe o caso, eles vão dar-te todas as indicações do que deves de fazer.

              bjs

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              • #8
                RE: Ajudem-me lá

                Olá!



                Ela que faça queixa à GNR, que procure um advogado mas que saia dessa quanto antes. Tipos com tendência para baterem nas mulheres tendem a piorar com o passar do tempo.



                Não é para amendrontar mas não ouviram falar naquele caso em que a senhora, vítima de agressão, chamou os bombeiros, levou a filha com ela, o marido perseguiu-as de carro e não teve o mínimo pejo de matar a mulher à frente da filha de 6 anos?







                Ela pode passar dificuldades no início mas bem pior é ser vítima de um sofrimento contínuo e silencioso.



                Bjs
                [hr]

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                • #9
                  RE: Ajudem-me lá

                  giz (07-12-2009)Miuki



                  violência, é violência.



                  Não é preciso ficar desfigurada e dar entrada no hospital para se poder fazer queixa na polícia ou contactar a Apav. Talvez para um encaminhamento para as casas de abrigo assim seja. Acho que não se perde nada em ligar para a APAV.



                  E o que se deveria fazer tb era queixa na polícia.



                  Que se resolva rápido essa situação.


                  Subscrevo cada palavra...


                  Só é merecedor da liberdade e da vida. Quem tem de conquistá-la de novo todos os dias.
                  Johann Wolfgang Von Goeth

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                  • #10
                    RE: Ajudem-me lá

                    Ela perdoou-o, já estão juntos e "felizes".

                    Não vale a pena ajudar quem não quer ser ajudada.

                    Obrigada pelas respostas.






                    Trabalhar nunca matou ninguém, mas porquê arriscar???

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                    • #11
                      RE: Ajudem-me lá

                      Miuki (09-12-2009)Ela perdoou-o, já estão juntos e "felizes".



                      Não vale a pena ajudar quem não quer ser ajudada.



                      Obrigada pelas respostas.


                      Oi!



                      Vale sempre a pena ajudar, mesmo quando essa ajuda se limita a aceitar a a decisao dela e decisar que estas ali para ela desabafar e para se algum dia mudar de ideias... Vai estado a atenta, nao percas o contacto de vez em quando desafia-a para um cafe. Vamos torcer para que o problema nao passe de uma ma fase de alguem com mau feitio e que eles consigam resolver tudo. Podes incentivar a tua amiga a tentar perceber se ha algo que esteja mal na vida do marido que possa estar "a ajudar a festa", alguma depressao, algum problema que possa ser solucionado. Quem sabe se ele nao aceita ser apoiado, fazerem alguma terapia de casal, ... Calaro qu etodos temos em mente os maus desfechos e as situaçoes que começampor "nao ser nada" e acabam em episodios de violencia graves... Mas nao tem de ser sempre assim... Pode ser que a tua amiga encontre forma de resolver o problema do marido...



                      Beijinhos



                      Rute

                      O meu parto de 14 dias
                      Bebes e Mamas marcianas de 2008
                      Foram 25 meses, 2 semanas e 4 dias de maminha com muito amor (mamou a ultima vez a 22 de Abril 2010). CIA congénita, encerrada por cateterismo aos 4 anos e 5 meses.
                      CIA congénita... Um operado, outro à espera que feche...

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                      • #12
                        RE: Ajudem-me lá

                        Olá



                        Primeiro, eu não acredito em pazes depois da descrição que deste. Essas ditas pazes normalmente duram pouco, frequentemente com o agressor a chorar e a pedir desculpa, que se descontrolou, que nem sabe como foi capaz, que não volta a acontecer. E até é bonito e comovente de se ver. O problema é que passado algum tempo a agressão volta, e frequentemente pior do que antes.

                        Por uma lado concordo com a rbalmeid quando diz que:

                        rbalmeid (09-12-2009)

                        Vale sempre a pena ajudar, mesmo quando essa ajuda se limita a aceitar a a decisao dela e decisar que estas ali para ela desabafar e para se algum dia mudar de ideias... Vai estado a atenta, nao percas o contacto de vez em quando desafia-a para um cafe.


                        Mas discordo completamente quanto a:



                        Vamos torcer para que o problema nao passe de uma ma fase de alguem com mau feitio e que eles consigam resolver tudo. Podes incentivar a tua amiga a tentar perceber se ha algo que esteja mal na vida do marido que possa estar "a ajudar a festa", alguma depressao, algum problema que possa ser solucionado.


                        Acho que a rbalmeid pretendia tranquilizar-te Miuki, e percebo porquê, nós tentamos sempre tranquilizar. Mas não existe depressão ou acontecimento que justifique a violência doméstica. O que posso aconselhar-te é:



                        - quando ocorrer uma caso de violência a tua amiga deve chamar imediatamente a polícia e apresentar queixa, mesmo que tenha medo de represálias. Não é nada fácil para a vítima, fazer isto.

                        - ela e tu, devem ter o contacto da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (707 200 077) e da polícia da vossa área de residência.

                        - vai registando todas as agressões que ela vai-te contando

                        - não desistas da tua amiga mesmo quando ela parece desistir de si, frequentemente as vitimas têm uma auto-estima baixa, e chegam a "atacar quem está a tentar ajudar".

                        - nós piores momentos, lembra que ela já teve coragem de pedir-te ajudar-te, isso é um grande passo.

                        - lembra-te que apesar de não seres vítima, as pessoas próximas também sofrem com a situação, por isso desabafa quando for preciso.



                        Desculpa, alonguei-me




                        Madrinha: Faneka e Lianita

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                        • #13
                          RE: Ajudem-me lá

                          rbalmeid (09-12-2009)
                          Miuki (09-12-2009)Ela perdoou-o, já estão juntos e "felizes".

                          Não vale a pena ajudar quem não quer ser ajudada.

                          Obrigada pelas respostas.
                          Oi!

                          Vale sempre a pena ajudar, mesmo quando essa ajuda se limita a aceitar a a decisao dela e decisar que estas ali para ela desabafar e para se algum dia mudar de ideias... Vai estado a atenta, nao percas o contacto de vez em quando desafia-a para um cafe. Vamos torcer para que o problema nao passe de uma ma fase de alguem com mau feitio e que eles consigam resolver tudo. Podes incentivar a tua amiga a tentar perceber se ha algo que esteja mal na vida do marido que possa estar "a ajudar a festa", alguma depressao, algum problema que possa ser solucionado. Quem sabe se ele nao aceita ser apoiado, fazerem alguma terapia de casal, ... Calaro qu etodos temos em mente os maus desfechos e as situaçoes que começampor "nao ser nada" e acabam em episodios de violencia graves... Mas nao tem de ser sempre assim... Pode ser que a tua amiga encontre forma de resolver o problema do marido...

                          Beijinhos

                          Rute


                          Eu estou lá, a qualquer hora e sempre que ela precisar, mas custou-me muito ouvir que já estava tudo "na paz dos deuses" até porque não é a primeira vez que isto acontece e tenho quase a certeza que não vai ser a última.

                          Conforme já ouvi 1001 vezes, custa a primeira bofetada, depois entra na rotina.

                          Se ele sabe que ela o perdoou e vai perdoar, tenho a certeza que vai repetir a façanha e vai continuar a bater e insultar.

                          Dói-me porque é minha amiga mas dói-me muito mais porque ela não merece e tem um filho a crescer, quando ele perceber, o que pensará quando vir o pai a tratar mal e a bater à mãe?

                          Lógicamente não me meto, mas também não consigo olhar mais para a cara hipócrita dele e pensar "estás aqui cheio de risinhos mas em casa é o que se vê"...para mim, violência doméstica não tem desculpa porque assisto bem de perto às violências psicológicas que a minha sogra sofre por parte do meu sogro e garanto que, por causa de insultos e ofertas de porrada, a saúde física e psicológica dela está cada vez pior.

                          Mas pronto, vou ter que me contentar com a situação e espero que ele não volte mesmo a repetir as cenas.






                          Trabalhar nunca matou ninguém, mas porquê arriscar???

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                          • #14
                            RE: Ajudem-me lá

                            Manny&Tchuntchu (09-12-2009)Olá

                            Primeiro, eu não acredito em pazes depois da descrição que deste. Essas ditas pazes normalmente duram pouco, frequentemente com o agressor a chorar e a pedir desculpa, que se descontrolou, que nem sabe como foi capaz, que não volta a acontecer. E até é bonito e comovente de se ver. O problema é que passado algum tempo a agressão volta, e frequentemente pior do que antes. É exactamente essa a minha opinião e foi isso que lhe disse.



                            Acho que a rbalmeid pretendia tranquilizar-te Miuki, e percebo porquê, nós tentamos sempre tranquilizar. Mas não existe depressão ou acontecimento que justifique a violência doméstica. O que posso aconselhar-te é:

                            - quando ocorrer uma caso de violência a tua amiga deve chamar imediatamente a polícia e apresentar queixa, mesmo que tenha medo de represálias. Não é nada fácil para a vítima, fazer isto. Ela contou-me que esteve com o telemóvel na mão para ligar à polícia, mas perdeu a coragem.

                            - ela e tu, devem ter o contacto da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (707 200 077) e da polícia da vossa área de residência. Esse aspecto está fora de questão, eu falei-lhe em pedir apoio a familiares e disse-me que "nem pensar, estás doida? era uma vergonha"

                            - vai registando todas as agressões que ela vai-te contando Para quê? Meter-me para depois ela mudar de ideias, perdoar e seguir vida com ele?

                            - não desistas da tua amiga mesmo quando ela parece desistir de si, frequentemente as vitimas têm uma auto-estima baixa, e chegam a "atacar quem está a tentar ajudar".

                            - nós piores momentos, lembra que ela já teve coragem de pedir-te ajudar-te, isso é um grande passo. Não foi um pedido de ajuda, nas palavras dela foi um desabafo pois sabia que eu nunca o iria contar a ninguém.

                            - lembra-te que apesar de não seres vítima, as pessoas próximas também sofrem com a situação, por isso desabafa quando for preciso.

                            Desculpa, alonguei-me Obrigada


                            Vou deixar correr...






                            Trabalhar nunca matou ninguém, mas porquê arriscar???

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