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Alguém com quem falar...

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  • Alguém com quem falar...

    Olá! Desde que o meu filho nasceu que acompanho este fórum. Foi onde tirei dúvidas e onde aprendi muita coisa. Hoje venho cá por uma má razão... vou-me separar. Esta decisão não foi tomada assim de rajada. É algo que já ando para fazer há muito tempo, mas que fui sempre adiando porque ainda gostava dele, por causa do nosso filho bebé, e porque estou numa cidade onde estou longe da família e amigos e isso tira-me toda a força para tomar este tipo de decisões.

    Sabem eu sempre achei que tudo se iria resolver e fui dando chances e mais chances para ele melhorar a atitude dele e finalmente ter noção de que é um homem com família.



    Não me vou alongar no que me fez tomar esta decisão, mas após 6 anos de convivência e de muitos maus-tratos psicológicos (sempre me tentou rebaixar, fazer-me ver que eu não era ninguém sem ele, aproveitava-se do facto de estar longe da minha terra e família), e inclusive bateu-me 3 ou 4 vezes. Uma das quais tinha o nosso filho ao colo! Nesse dia acho que foi o dia que comecei a deixar de gostar dele. Isto já aconteceu há cerca de um ano e desde aí nunca mais me tocou. Foi desde aí tb que deixei de sentir desejo, vontade de o beijar, de estar com ele...



    Agora, de repente acho que me caiu uma ficha e dei-me conta que o deixei de amar. Já não nos beijamos há séculos, já não temos intimidade há muito tempo. Estou preparada para sair! Por isso preciso de falar, desabafar... Sinto-me só pq não tenho ninguém com quem falar. Com os meus pais só lhes vou contar depois de me separar, porque eles estão longe e não lhes quero trazer preocupações. Com o resto das pessoas, amigos, estou com receio de falar. Toda a gente acha que somos o casal perfeição. Apetece-me gritar ao mundo. Apetecia-me estar já noutra casa com o meu filho.



    Está a ser tão dificil. A casa é dele e eu é que vou ter de me mudar! Numa terra que não é minha, sem família, imaginem... Preciso de ouvir conselhos. Preciso ter força para finalmente sair de casa. Para o bem do meu filho que precisa de uma mãe feliz e para o meu bem...



    Obrigado.



  • #2
    RE: Alguém com quem falar...

    Olá Dila,



    Antes de mais vou-te dizer que vieste ao sítio certo. Tens-me a mim que me divorciei no dia 12 de Maio e muitas meninas que te vão ajudar, ouvir e partilhar tb as suas histórias.



    Ainda bem que te caiu a ficha. Pelo que contas eu diria que aturas-te foi muito!

    Ele não te merece nem ao teu filho.



    O meu divórcio foi amigável e não foi por falta de amor ou de respeito foi simplesmente por termos visões e objectivos de vida diferentes.

    Tb estou longe de toda a minha família. Felizmente aqui no forum e no trabalho encontrei amigas maravilhosas que me têm dado muito apoio.

    Não fazem tudo... não é possível... o nosso íntimo somos nós que temos que gerir e não há família ou amigos que possam curar as nossas feridas... só nós e o tempo...



    Vais ter que ter muita força e lembrares-te sempre do que ele te fez.

    Vais ter medos... muitos medos... é normal.

    Sentimos uma solidão interior inexplicável... é normal.

    Vai buscar forças ao teu filho e ao teu amor próprio... foi o que eu fiz.



    Por agora conentra-te nas coisas práticas: vocês são casados? se sim... divórcio. Partilhas. Regulação do poder paternal (incluindo pensão)... nova casa para ti e teu filhote ou então ele sair de casa (eu preferi sair e não estou arrependida... saiu-me mais caro mas emocionalmente fez-me melhor)...

    Se precisares de ajuda diz. Não te acanhes.



    beijinhos


    \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

    \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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    • #3
      RE: Alguém com quem falar...

      Obrigado pelas tuas palavras.

      Esse vazio que falas já o começo sentir, já o sinto há muito tempo! Mas o meu filho faz-me sentir tão feliz e ter tanto orgulho nele.

      Nós não somos casados, por isso não há divórcio. Agora quando há regulação parental, como é que funciona? Eu estou disposta a ter uma boa relação com ele e a estar com o filho quando quiser. Mas convém sempre pôr tudo preto no branco não é? E a pensão? Como é que é calculada?



      Agora ando há procura de casa. Mas é tão dificil. Moro num sítio pequeno e o que há está tudo maltratado. Mas tenho esperança de encontrar algo para eu poder viver com o meu filho. Eu queri mudar para outra cidade perto, onde trabalho. Mas isso implicava mudar o meu filho de creche e ficar um pouco mais longe do pai. Acho melhor não o fazer para já. talvez para o ano, quando o meu filhote for para o jardim e as coisas estejam mais seguras. O dinheiro também não é muito. Espero conseguir aguentar-me.



      Vai me custar tanto quando toda a gente perguntar o que aconteceu! Vou ter de contar a mesma coisa vezes sem conta? Como é que será que as pessoas vão reagir? Sei que vai ser uma surpresa!


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      • #4
        RE: Alguém com quem falar...

        Olá!

        Como já deves ter visto, tb tenho um tópico sobre separação/divórcio.

        No meu caso, ele nunca me bateu, mas agrediu psicologicamente e desvalorizou me tanto tanto. Eu , k fui sp amiga tão amiga dele. K o ajudei em certas alturas, que ate a propria familia lhe virou as costas.

        Tal como tu, fui ficando ficando na esperança k ele mudasse e "crescesse". Mas esse, axo k foi o meu erro. Depois engravidei pk ele keria tanto uma filha, k tb era um sonho meu. Deus deu-me esse Tesouro, k hoje é a minha força.

        E por kerer a felicidade dela e nao aguentar mais tanto sofrimento resolvi sair. Tambem pk sei k nao tenho condições para uma prestação como a actual. Prefiro ir p uma casa mais simples, assumir a renda e logo se verá. Mas a maioria do recheio é meu, e disso nao vou abdicar. Dai ja rekeri apoio juridico á s.social e estou a espera da resposta tb p aconselhamento.

        Kero dar te muita força, pk sei k não é facil.

        Se precisares de mim, tou aki.

        Bjs

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        • #5
          RE: Alguém com quem falar...

          Pois, também sofreste muito!

          Eu sempre fui uma mulher forte, com convicções e sempre disse que nunca iria permitir que um homem me tratasse mal ou me batesse! Afinal aconteceu comigo e às vezes nem me reconheço. Esta não sou eu!

          Quero voltar a ser a pessoa que sempre fui, quero voltar a ser feliz e quero ser amada, amada a sério! Tenho esse direito!



          Mas viver neste silência é tão horrível. Em casa só falamos sobre o nosso filho, e já não durmo com ele há algum tempo. Parece que me dá nojo olhar para ele e tocar-lhe, viver na mesma casa com ele.



          Mas também sinto que já não sinto nada por ele, e isso é bom. Permiti-me gerir melhor a separação.



          É tão trsiet que uma pessoa mude tudo na sua vida por um amor e depois receber pontapés... é o que me custa mais. lembrar-me do passado e do que já sofri e tenho raiva por não ter saído de casa antes!


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          • #6
            RE: Alguém com quem falar...

            Dila,



            Já sentes o vazio e vais sentir mais. Tudo o que ele te fez de mal não é suficiente para o teu coração não sentir esse vazio. mas tenho uma boa notícia: com o tempo começa a passar!

            Pelo teu filho e por ti vais superar tudo. vais ter forças que não imaginavas que tinhas... comigo foi assim... até o meu ex me disse que tinha ficado supreendido comigo...

            Não és casada. Melhor! Acabas-te de poupar 250 € (esta é a táctica - o copo não está meio vazio... está meio cheio!).

            O documento de regulação do poder paternal tem que ser feita para tua defesa e do teu filho. nesse acordo fica registado o regime de visitas, a pensão e tudo o que diz respeito ao menino. Se quiseres a minuta do meu manda-me PM com o teu e-amil que eu envio-te.

            Esse documento não invalida que façam tudo amigavelmente... Eu tenho uma excelente relação com o pai da minha filha e fizemos.

            Acho que deves tentar tudo (dentro do aceitável claro!) para fazer as coisas de uma forma amigável. Afinal é para benefício de todos e principalmente do menino.

            A pensão eu calculei da seguinte forma: Fiz as contas de quanto iria gastar por mês com a menina (inclui 50% da casa, 50% escola, 50% gasolina utilizada nas deslocações para a escola, 50% gás/Luz/agua/tv cabo, despesas de supermercado - fraldas incluídas, roupa, tudo, mesmo tudo!). Como o ordenado dele é aproximadamente 70% a mais do que o meu ao total eu apliquei 70% a este valor de despesas. E aí está a bela pensão! Despesas de médico, ATls, etc são pagas à parte 50% cada um.

            Pelo que sei o tribunal calcula mais ou menos desta forma mas tem a desvantagem de só aceitarem as despesas comprovadas com facturas o que provavelmente não costumas guardar (talões de supermercado, por exemplo). Logo, o melhor é mesmo chegarem a acordo. Se ele puder não tenhas pena dele... diz-lhe que não queres nada para ti... só para o filho.

            A definição da pensão e as partilhas de bens é o que costuma levantar mais conflitos... se leres algures um post que escrevi eu digo que é ridículo andar pela casa a dizer "isto para mim, isto para ti... " "queres isto? então eu fico com aquilo...". Eu deixei quase tudo e não entrei em chatices.

            A casa é dele? Se fôr dos dois tens que ver se tens direito a tornas (se precisares eu depois explico esta parte... ).



            Um dos medos é precisamente se vamos conseguir aguentar-nos... vamos pois... talvez com alguns sacrifícios ou com algumas cedências mas tudo se compõe!



            Outro medo que eu tive (não sei se já te passou pela cabeça) é a reacção dos nossos filhotes... eu tinha um medo horrível da reacção da minha filha... como um amigo me disse: medo infundado. Ela reagiu muito bem. Eu expliquei-lhe só o que a sua cabeça de 3 anos pode compreender... que ela e a mãe iam ter uma casa nova... correu lindamente... parece que não é nada com ela... diz a toda a gente que tem duas casas... a inocência deles protege-os e se os pais se derem relativamente bem a capacidade de adaptação deles é 10 vezes superior à nossa!



            Quanto à tua última questão: eu adoptei a táctica de dizer a toda a gente que me era próxima o mais depressa possível... assim a enxurrada de perguntas e palpites vem toda quando ainda estamos dormentes e depois deixam-nos em paz e sossego. as pessoas menos próximas não disse nada e quando ficam a saber não dou abertura para perguntas de assuntos que não lhes dizem respeito.

            No meu caso tb ficou toda a gente em estado de choque. Como te disse não nos separámos por falta de amor... toda a gente dizia que era impossível pois via-se nos nossos olhos que gostávamos um do outro... eu respondia sempre o mesmo "quem está dentro do convento é que sabe o que lá vai dentro" e portanto esqueçam o assunto pois é facto consumado.



            Bem... isto já vai longo... posso partilhar contigo tanta coisa... com o tempo...

            Mas não termino sem te dar uma boa notícia: vais descobrir que a vida só com o teu filho tem mais vantagens do que imaginas...



            bjocas


            \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

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            • #7
              RE: Alguém com quem falar...

              MarisaG: porque sei o que doi, porque já passei por lá e ainda estou a passar... estou aqui para o que precisares.


              \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

              \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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              • #8
                RE: Alguém com quem falar...

                Pois...eu tb ja nao suporto ve lo etc etc.

                E enerva-me ter sido tão parva pk ja estive para sair tantas vezes, mas ele punha se a chorar k mudava mudava e viu-se...

                Força ai!

                Bjs

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                • #9
                  RE: Alguém com quem falar...

                  E, sim! Por vezes, bate o medo de não conseguir, de me sentir só, etc. Mas pior, é sentir-me encurralada nesta vida. Ter coisas organizadas e ele desorganizar. Ter dinheiro de lado poupadinho e depois ter k lho dar, pk ja gastou o dele. Isto pk ate ha poucos meses o meu tb ia p conta conjunto e ate o meu gastava. Entao, por conselhos do advogado, passei a por o meu pekeno ordenado num conta so minha, senão ate fome tinha passado. Mas, prontos...a vida continua. E tenho k lutar é pela minha princesa.

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                  • #10
                    RE: Alguém com quem falar...

                    Queria desde já agradecer as vossas palavras. A sério, estão-me a dar imensa força.

                    MBPrincesa é muito bom ouvir a experiência de alguém que passou pelo mesmo e se sente segura e bem.



                    Eu tb tenho muito medo da reacção do meu filho. Ele ainda tem 2 anos e meio mas já percebe tudo.

                    Apesar de ele estar muito mais apegado a mim e passar muito mais tempo comigo, ele tb pergunta pelo pai quando ele não está por exemplo.

                    Mas acho que ele vai entender! Vou-lhe explicar dentro do possível e só espero que ele se adapte bem e seja mfeliz. Eu vou fazer por isso. Vou fazer de tudo para ter uma boa relação com o pai, espero que ele faça o mesmo.



                    Agora a minha preocupação é arranjar uma casa (já vi algumas, mas nada com condições), e depois é contar tudo a toda a gente. Sinceramente estou ansiosa por o fazer, parece que tenho um peso em cima de mim, sinto-me quase a rebentar!



                    A tua experiência faz-me ver que todos estes sentimentos de vazio e de indecisão se estou a fazer o melhor vão desaparecer!



                    Desejo muito ser feliz. Sempre fui uma lutadora. Estes ultimos anos não era eu, foram anos da minha vida perdidos, onde só se aproveita o meu filho!


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                    • #11
                      RE: Alguém com quem falar...

                      Vejo duas lutadoras!



                      Não vou mentir... as primeiras duas semanas depois de sair de casa foram duras... mas depois tudo começa a encaixar, o nosso espaço, as nossas rotinas, acabamos por perceber que nem andamos tão cansadas porque fazemos as coisas ao nosso ritmo e à nossa vontade, os medos começam a desaparecer e começamos a aproveitar melhor os nossos filhos e tb (não menos importante) o tempo que estamos sozinhas quando eles vão passar o seu tempo com o pai... no fundo acho que com o tempo acabamos por nos redescobrir....

                      Para vocês sei que ainda é cedo pensar nas coisas assim... mas quero só que saibam que não é o fm do mundo (como na altura sentimos que é) e que ao fundo do túnel há uma luz com um brilho mais forte do que a que deixámos para trás.



                      Beijinhos às duas



                      P.S. os primeiros passos são esses as questões práticas... a casa, a procura das melhores soluções... tb é uma luta... mas a alegria de conseguir, de sermos capazes dá-nos ainda mais força!


                      \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

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                      • #12
                        RE: Alguém com quem falar...

                        Obrigada ás duas. E sabe bem desabafar e tb ler os vossos desabafos.

                        Bjs

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                        • #13
                          RE: Alguém com quem falar...

                          Espreitem o tópico "chegou a minha vez" tem lá a minha história e a de uma outra companheira de luta...


                          \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

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                          • #14
                            RE: Alguém com quem falar...

                            Outro dos meus receios é quando o meu filho for passar fins-de-semana com o pai! Como é que vou aguentar a ausência do meu filho? Como é que fazem?



                            sim, eu sei que vai ser dificil no princípio... mas vai ser mais uma fase da minha vida pela qual vou ter de passar! Não será pior que os dias de sofrimento que já passei, julgo eu!



                            Obrigado pela vossa força. Sinto-me mais corajosa!


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                            • #15
                              RE: Alguém com quem falar...

                              Também tive esse medo... mas curiosamente não foi como pensei... aproveitei para limpar a casa, descansar, arranjar unhas, cabelo... e quando ela chegou do pai eu estava totalmente por conta dela porque estava tudo feito .



                              Com o tempo comecei a aproveitar esses dias para as tarefas que me podem tirar tempo de qualidade com ela e para algumas distracções para mim. Muitas vezes nem ponho o nariz fora da porta... mas estou bem à mesma!


                              \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

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