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Pensão de alimentos

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  • Pensão de alimentos

    Boa noite a todos,

    Estou prestes a passar por algo que nunca imaginei possivel.
    A minha esposa quer separar-se de mim, Divorciar-se.....

    Sou absolutamente contra, mas a posição dela parece-me infléxivel.
    Não houve nenhum caso de adultério, nem nada semelhante.

    Simplesmente, diz que deixou de me amar.

    Temos dois lindos filhos 3 e 6 anos e casados à 9.

    Preciso de saber se serei obrigado a pagar-lhe alguma pensão de alimentos, além de todos os encargos com as crianças (alimentação, colegios, actividades extracurriculares, ......).
    Claro que nunca colocarei os meus filhos em falta de algo, mas não me apetece sustentar alguem que diz já não me amar

    Pretendo tb pedir a custódia partilhada das crianças, visto possuir uma outra casa junto da dela (que na realidade é dos dois), e tb próximo das escolas onde eles estudam.

    Será que alguém me pode elucidar?

    JB

  • #2
    Lamento imenso a situação...
    Custódia partilhada será sempre, mas penso que estará a referir-se a dividir o tempo que cada um terá os filhos em casa...parece possível, mas sobretudo para o pequenino não será complicado separar-se da mãe por períodos prolongados? Penso que antes de mais devem sentar-se com calma e falar sobre o que querem para os vossos filhos, recorrendo à ajuda de terceiros (psicólogo, mediador familiar) se necessário. Ambos estão em idades ainda muito frágeis...pensem neles acima de tudo!
    Quanto à pensão de alimentos, se a mãe tiver rendimentos (trabalhar) não terá que a pagar, apenas às crianças, dependendo do acordo que façam em relação à custódia.

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    • #3
      Boa noite, penso que a custódia partilhada seja o melhor e menos traumático, pois os miudos sofrem menos passando 15 dias com cada progenitor, do que vendo apenas um deles ao fim de semana.
      E ainda por cima como disse atrás, as duas casas não distam muito (3 Km) uma da outra.

      Quanto à pensao de alimentos, fico mais descansado, visto que aunica hipótese que vejo é este ser um divórcio litigioso, ie, sem acordo mutuo.


      Atentamente
      JB

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      • #4
        Olá João,

        A responsabilidade parental é sempre partilhada, como disse a Guialmi, excepto em situações limite de incapacidade de um dos progenitores, que penso não ser o vosso caso. A guarda em termos práticos é a residência das crianças, que a ser partilhada por ambos, ie, uma quinzena alternada com um dos pais também não haverá lugar a pensão de alimentos. A questão das férias terá que ser vista. E as restantes despesas (saúde, vestuário, escolas, etc) terão que ser acordadas também.
        Até te vou dar um exemplo sui generis, para veres como há amplitude de soluções: o meu marido tem uma filha, responsabilidade parental partilhada, guarda entregue à mãe e não há pensão de alimentos porque a criança não passa a maior parte do tempo com a mãe, restantes despesas (alimentação escolar, saúde, livros e material escolar, vestuário, etc) paga o meu marido.

        Nota que não é muito habitual a guarda partilhada nos moldes em que pretendes, mas cada família é única e vocês, pais, melhor que ninguém, saberão em que cenário as crianças ficarão melhor. Há que atender também à concordância do tribunal de família. E conversar com especialistas da área infantil seria importante (pediatra, psicologo infantil, terapeuta familiar...) para que se tomem decisões informadas sobre riscos e benefícios de qualquer dos cenários alternativos.

        Permite-me também que faça um outro comentário, relativamente ao vosso relacionamento. Percebi que te opões a este desfecho para o teu casamento, mas dado que a tua mulher deixou de te amar, concordas comigo se eu disser que mereces viver numa relação com alguém que te ame? Com alguém que queira ter um projecto de vida contigo?
        Ninguém deixa de amar porque quer, simplesmente, a determinada altura do "caminho" começam-se a seguir por trilhos diferentes... crescemos, evoluimos, mudamos e nem sempre em sintonia com o(a) companheiro(a). Podia-te ter acontecido a ti, por muito remota que vejas esta hipotese.
        Não faço idéia se haveria a possibilidade de re-investir na relação, ela pode achar que não agora e reconsiderar mais à frente. É um desejo que ela já arrasta há tempo?

        Um divórcio é sempre doloroso, mesmo quando é de comum acordo, e existe um risco eminente, uma volatilidade, de conflicto e comportamentos que ofendem e magoam; É que a pessoa com quem tivemos até então uma intimidade plena (física, emocional, psicológica), subitamente muda para apenas amigo, há um "andar para trás", o relacionamento fica quase estranho porque os papeis mudam, temos que nos re-encontrar nessa relação, agora sem a mesma cumplicidade e até empatia. Deixa de haver o interesse comum, agora há 2 lados com interesses não necessariamente compatíveis. Tem que haver muita cabeça fria e maturidade para que de amigos não se passe a inimigos. Ninguém ganha nada com isto, principalmente, quando há crianças.

        E acredita, que quando se diz muitas vezes, pensar principalmente nas crianças, o significado prático pode ser pacificar, relevar, aceitar perder em questões menores. O divórcio pode transformar-se num jogo de poder, quando assim é, os primeiros a sofrer são os filhos, é muito angustiante e causa de enorme sofrimento para uma criança sentir agressividade entre os pais. Por isso é que preferir o acordo e o entendimento, mesmo que se tenha que fazer concessões e aceitar alguma situação mais injusta, é na verdade um altruísmo pelos filhos e isso é muito digno. Ela vai sempre ser a mãe dos teus filhos e tu vais sempre ser o pai dos filhos dela, devem entender-se!
        Haver um pacífico e harmonioso relacionamento entre os pais para a criança é priceless. E os primeiros 7 anos de vida são tão importantes para a saúde psicológica na vida adulta.

        Boa sorte e que venhas a sentir-te menos angustiado rapidamente. (Sabes lá tu se o vosso divórcio não é a "deixa" para uma vida mais feliz)

        Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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        • #5
          Bom dia,

          Concordo com o que a Maria Verde disse. No entanto gostava apenas de fazer algumas ressalvas:

          - Vocês podem ter guarda partilhada e terem um regime de visitas que não seja nada dos tipicamente convencionados. Guarda e regime de visitas são dois conceitos diferentes;

          - O regime de visitas deve ser feito a pensar nas crianças e não nos adultos ou nos seus direitos. Sinceramente uma criança de 3 anos é demasiado pequenina para estar 15 dia slonge da sua mãe ou do seu pai (o mesmo para a de 6...). Ao estabelecer esse regime devem avaliar bem os sentimentos das crianças, ponderar o que vão sentir e, se optaram por algo que implique estar algum tempo longe do outro progenetor, fazê-lo progressivamente, para o bem de todos, mas em especial das crianças.

          - A Maria já o disse, mas quero reforçar: O que interessa é o bem estar das crianças... e isto não é uma frase feita... deve ser a vossa preocupação!

          - Relativamente a uma possivel pensão de alimentos... se, por qualquer motivo, chegarem à conclusão que é necessária, deves perceber que a pensão não é para sustentar a tua ex... é para os teus filhos! O valor deve ser calculado tendo em conta as despesas deles e dividindo por dois. Mas lembra-te a pensão não é para ela é para os teus filhos!

          Finalmente, deixa-me dizer-te que esta fase é extremamente emocional e é muito dificil tomar as decisões racionalmente. No entanto, tens que fazer esse esforço, para o bem de todos e principalmente das crianças. Todas as decisões devem ser pensadas com prespectiva de longo prazo e nas necessidades actuais e futuras das crianças.
          As mágoas, a dor, e todos os sentimentos envolvidos nesta fase tão complicada, deves tentar afastar na altura de tomar decisões. (mesmo que depois te feches num quarto a chorar horas a fio.... que tb faz muito bem).

          Divorciei-me há um ano e meio. a minha história está no tópico "chegou a minha vez". lê... ajuda ler outros testemunhos.
          Se precisares de alguma coisa estás à vontade!

          Força!


          \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

          \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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