Olá migas de novo,
Agora estamos na fase do Tribunal. Na passada quarta-feira fui informar-me no Tribunal de Família e Menores na área da minha residência e falei com o Promotor Público sobre a minha situação e a que pretendo fazer... depois de 5m de conversa o homem franzia a testa e disse-me: "... mas o seu companheiro pensa que isto é o Paquistão ou Afeganistão?! Ele não a pode tratar assim! Você não tarda tá com uma depressão! Se é que já não está! Onde é que você conheceu esta peça?! Os seus pais sabem disto que você está a passar?! Alguém sabe do que você está a passar?! Porque é que já não se foi embora á muito tempo?!" A minha resposta foi - "... por vergonha de ter falhado nesta relação que me empenhei tanto... vergonha de voltar a casa dos meus pais depois deste tempo todo com os braços e a cabeça baixa por ter falhado...". Por aconselhamento dele instrui o processo de tutela do meu filho... já tinha dito aqui na empresa que me ia embora no final de Junho, mas sendo assim, e uma vez que isto ainda vai demorar, e não posso me ausentar com o meu filho enquanto o juíz não decidir, vou continuar aqui a trabalhar, contra tudo e contra todos, sempre saio de manhã e apanho ar, e tenho o carro da empresa que me dá mais mobilidade... se fico em casa enfiada entre 4 paredes o dia todo, sem nada para fazer, sem meio de sustentabilidade, e sem carro (nem autocarros lá passa ao pé de casa - são 3km até o mais perto), aí é que dou mesmo em maluca (relembro que a empresa é dele e dum sócio).
Acabaram-se as "boas vontades", assim que ele se apercebeu que eu não ia mesmo mudar de ideias toca de falar com um advogado e meter ele também um processo em tribunal... já lhe pedi para sair, vá para outro sítio, eu preciso de espaço para descançar a cabeça quando chegar a casa depois do trabalho, e ele também... assim como ao miúdo, para não se aperceber tanto do que se está a passar... vamos ver até quando é que ele lá fica. Eu se tivesse para onde ir já tinha saído há muito... mas não tenho.
Custou-me ouvir aquilo que o Promotor Público disse, sobre ele e sobre a minha situação; habituamo-nos a uma situação que por pior que seja acabamos por "levá-la" como normal...
Por incrível que pareça, tenho tido forças para levar um dia de cada vez... vamos a uma audiência no final deste mês para ver se chegamos a acordo; senão - julgamento... só quero que isto acabe depressa.
Preferi fazer isto aqui; embora sabendo que vou ser "massacrada" pela família dele, por ele e pelos amigos dele, não quero fugir; não tenho razões para fugir, não vou... vou enfrentar isto aqui.
Bem vou trabalhar... ver se afasto isto por umas horas..
Beijos a todas, obrigado por estarem aí.
Caracol
Agora estamos na fase do Tribunal. Na passada quarta-feira fui informar-me no Tribunal de Família e Menores na área da minha residência e falei com o Promotor Público sobre a minha situação e a que pretendo fazer... depois de 5m de conversa o homem franzia a testa e disse-me: "... mas o seu companheiro pensa que isto é o Paquistão ou Afeganistão?! Ele não a pode tratar assim! Você não tarda tá com uma depressão! Se é que já não está! Onde é que você conheceu esta peça?! Os seus pais sabem disto que você está a passar?! Alguém sabe do que você está a passar?! Porque é que já não se foi embora á muito tempo?!" A minha resposta foi - "... por vergonha de ter falhado nesta relação que me empenhei tanto... vergonha de voltar a casa dos meus pais depois deste tempo todo com os braços e a cabeça baixa por ter falhado...". Por aconselhamento dele instrui o processo de tutela do meu filho... já tinha dito aqui na empresa que me ia embora no final de Junho, mas sendo assim, e uma vez que isto ainda vai demorar, e não posso me ausentar com o meu filho enquanto o juíz não decidir, vou continuar aqui a trabalhar, contra tudo e contra todos, sempre saio de manhã e apanho ar, e tenho o carro da empresa que me dá mais mobilidade... se fico em casa enfiada entre 4 paredes o dia todo, sem nada para fazer, sem meio de sustentabilidade, e sem carro (nem autocarros lá passa ao pé de casa - são 3km até o mais perto), aí é que dou mesmo em maluca (relembro que a empresa é dele e dum sócio).
Acabaram-se as "boas vontades", assim que ele se apercebeu que eu não ia mesmo mudar de ideias toca de falar com um advogado e meter ele também um processo em tribunal... já lhe pedi para sair, vá para outro sítio, eu preciso de espaço para descançar a cabeça quando chegar a casa depois do trabalho, e ele também... assim como ao miúdo, para não se aperceber tanto do que se está a passar... vamos ver até quando é que ele lá fica. Eu se tivesse para onde ir já tinha saído há muito... mas não tenho.
Custou-me ouvir aquilo que o Promotor Público disse, sobre ele e sobre a minha situação; habituamo-nos a uma situação que por pior que seja acabamos por "levá-la" como normal...
Por incrível que pareça, tenho tido forças para levar um dia de cada vez... vamos a uma audiência no final deste mês para ver se chegamos a acordo; senão - julgamento... só quero que isto acabe depressa.
Preferi fazer isto aqui; embora sabendo que vou ser "massacrada" pela família dele, por ele e pelos amigos dele, não quero fugir; não tenho razões para fugir, não vou... vou enfrentar isto aqui.
Bem vou trabalhar... ver se afasto isto por umas horas..
Beijos a todas, obrigado por estarem aí.
Caracol
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