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O que leva alguém a trair ?

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  • #31
    RE:

    QUOTE
    "Acho que a traição é uma acto egoísta, de bem estar pessoal. Pode ser um momento único, pode levar a uma nova relação, mas traz muita dôr a quem foi traida. E se num casamento deve haver paixão, também há amizade e companheirismo e uma traição significa um total desrespeito por quem nos ama, nos quer, esteve lá nos momentos bons e maus, ajustou a sua vida e maneira de ser pela relação, investiu tempo, carinho e amor em alguém.

    Quem me traiu, não o fez somente a mim, mas aos meus pais, aos meus sogros, ao resto da família que sofreram horrores com a nossa separação."




    É de facto complicado, mas até mesmo uma traição pode não implicar falta de respeito, na minha opinião, muito menos pode implicar desrespeito à família ou aos filhos. Compreendo lindamente quem tem esse ponto de vista, mas eu acho que quando se trai, está tudo bem, naquele momento não há família nem falta de respeito a ninguém. Há o "traidor" e a terceira pessoa que não tem nada a ver com o contexto familiar do "traidor".
    Eu acredito que quem trai, no momento em que o está a fazer não pode estar a lembrar-se em simultâneo da mulher ou dos filhos, senão das duas uma: ou é um(a) sacana com grandes falhas de carácter, ou então é doente (da mente) ou um pervertido sexual... E esse é precisamente o busílis do acto da traição: é que naquele cenário, naquele momento não há mais nada, não existe a memória que nos "agarra" à família, nem sequer pesa o facto de se ter um(a) companheiro(a) que está a se traído(a), senão ninguém minimamente são iria trair ninguém... Acho que é um acto muito das entranhas, muito animal e sexual que nada tem a ver com o lado moral da vida ou com os valores a preservar.
    Por isso não me atrevo a fazer juízos de valor para quem trai... É porque é um acto que envolve tanta coisa e tanta diversidade de circunstâncias e cenários, que acho injusto condenar (tal como também é obviamente e extremamente injusto para quem é traído).
    Atenção, eu falo em traição pontual como um escape, não naqueles casos de traição continuada e consciente!...
    Ainda assim, eu volto a reiterar que não quero ser traída nem me proponho a trair ninguém, mas que consigo ter abertura suficiente para perceber que não é o fim do mundo, e que acontece às melhores pessoas... (já vi tanta coisa dessa...) e que infelizmente acaba por implicar mais pessoas por arrastamento. Mas acho que é inerente ao ser humano e às relações entre as pessoas, e ainda acho que não é possível abolir a traição porque é um comportamento enraizado na sociedade desde sempre, que nem os padres muitas vezes conseguem resistir (traição a Deus, por não conseguirem controlar o desejo sexual por outras pessoas)! Daí que eu tenha falado no meu post anterior, do confrontar uma natureza animal que temos e que não é monogâmica... Somos racionais e inteligentes e por isso contornamos essa questão (e ainda bem), mas nada nos indica que não possamos cair nessa tentação por vezes, precisamente porque é de gente, é humano e sobretudo, é animal, sem detrimento do mal que implica moralmente...
    Eu acredito muito no nosso "poder animal" patra o bem e para o mal. É esse instinto que por vezes nos salva ou salva os nossos filhos, mas também é esse poder que por vezes nos faz ser traídas, por exemplo...
    É a nossa herança genética... há que viver com ela da melhor forma e ir encarando os embates que a vida nos proporciona... não vejo alternativa...
    bj

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    • #32
      RE:

      Inserido Inicialmente por pmfes
      Olá a todas,

      E se for uma vez, numa noite de copos ... e depois ele / ela conta à mulher / marido??? Acham que é o mesmo que TER uma relação extra conjugal??? Ou tb uma noite não é traição??? :? :?

      A traição tem ranking?????

      PES
      Questão delicada sem dúvida. O meu primeiro impulso é considerar traição obviamente. Mas, por outro lado, se a situação for imediatamente assumida e condenada por quem o fez, acho que não terminaria uma relação por causa disso (espero que ele não leia isto heheheheh). Não se poderia era repetir sistematicamente.
      É que o que referes numa única frase são imensas coisas. Uma coisa é beberes umas imperiais a mais e ficares um pouco louca, outra é meteres, por exemplo, coca e a tua líbido disparar enquanto a tua assertividade em relação aos valores pelos quais vives descer a pique... E aí condenar-te-ia por teres consumido drogas ou alcóol excessivamente, sabendo que isso poderia por em risco a tua fidelidade.
      Mas pegando noutro exemplo, a maioria dos meus amigos homens teve relações com outras mulheres na sua despedida de solteiro (também conheço o inverso!). Claro que as actuais mulheres pensam que eles visitaram apenas um clube de strip mas o assunto é com eles. Mas no caso das despedidas de solteiros eles já não poderam culpar o alcool pois afinal, não só foi 1 assunto planeado, como foi planeado em conjunto pelos vários amigos! Nesse caso, como não foi algo que aconteceu e que foi omitido perante a companheira considero traição apesar de estarem bebedos...

      Quanto ao ranking acho que tem muito a haver com o tipo de relação e a nossa história cultural. Cada caso seria um caso.

      Fiz-me entender ? talvez não mas o assunto também não é fácil...

      Quanto à traição li isto hoje: Homens e mulheres concordam com aquilo que consideram ser uma traição: 55,4% das mulheres portuguesas respondem que é quase tudo, até mesmo o ‘flirt’, a que se juntam 47,2% de homens que defendem a mesma coisa. in http://www.correiomanha.pt/noticia.a...Canal=10&p=200
      Rita & David


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      • #33
        RE:

        Inserido Inicialmente por Ritaxoa
        Olá de novo!

        Pegando um pouco no discurso da Alexandra, gostaria de referir que compreendo a natureza poligâmica que referes mas até esta já provou não ser eficaz em várias culturas. Podemos ser poligâmicos mas também somos territoriais, competitivos e temos ciúmes. Parece-me é que talvez o ser humano seja tendencialmente monogâmico por espaços de tempo limitados e não por uma vida inteira.

        No entanto acho que interessa olhar para a História e reparar que esta noção do "casamento" tal como o conhecemos é muito muito recente e ainda nos estamos a adaptar a ela. Em várias culturas existiam 3 relacionamentos diferentes, com pessoas diferentes:

        Amor
        Casamento (constítuição de familía)
        Sexo

        Referindo o exemplo da antiga Grécia, os cidadãos gregos casavam com mulheres a fim de assegurar a sua descendência, tinham sexo com outras pessoas (verificando-se muita homossexualidade entre os homens) e o amor era reservado para outros ainda, geralmente inalcansáveis, um pouco à semelhança do amor romântico do séc. XIX (leia-se romântico não como "corações cor de rosa" mas como associado ao Romantismo, que é tudo menos feliz quando toca ao Amor ). Noutras culturas o Amor é reservado a Deuses, noutras o sexo nada tem a haver com o Amor. Ou seja, até há pouco tempo estas 3 coisas eram perfeitamente dissociáveis.

        Nós agora estamos pela 1ª vez a tentar juntar tudo isto numa só convenção! E não me parece que seja fácil, ainda por cima quando a assumimos estável para o resto da vida. Como chegamos aqui já percebemos. A minha dúvida é como é que isto vai evoluir... duvido muito que daqui a 200 anos ainda continuemos a acreditar que um casamento seja para toda a vida. Aliás, as estatísticas de divórcio já nos provam isso mesmo. Até poderá ser mas creio que já nos habituaremos a esperar que assim não o seja, pelo menos nos 3 níveis que referi em simultâneo.

        É mesmo assim!
        Podemos ser poligamicos mas no fundo no fundo amamos e queremos aquela pessoa só para nós...mesmo quem na teoria aceita traições do parceiro (as chamadas relações abertas) sente ciúmes.

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        • #34
          RE:

          Inserido Inicialmente por pmfes
          Olá a todas,

          E se for uma vez, numa noite de copos ... e depois ele / ela conta à mulher / marido??? Acham que é o mesmo que TER uma relação extra conjugal??? Ou tb uma noite não é traição??? :? :?

          A traição tem ranking?????

          PES
          Se ele/a contar é porque sentiu remorsos, acho eu. Quando esconde é por má intenção.

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          • #35
            RE:

            concordo com a Ritaxoa, acho que colocaste a situação de uma maneira muito clara.
            Concluindo e baralhando: as relações entre as pessoas são sempre uma complicação do caraças!!!!

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            • #36
              RE:

              Sabem sempre ouvi dizer que não devemos cuspir para o ar...
              Eu amo o meu marido, já estou casada há 7 anos. O trabalho dele exige que ele esteja muito tempo ausente, ou em horários completamente diferentes dos meus. Começou em certa altura a existir uma distância que foi aumentando com as ausências e com a pouca qualidade do tempo que passávamos juntos. O cansaço dele fazia com que andasse irritado, mal-disposto e eu apenas era a mulher dele q estava sempre em casa. Não havia compreensão pelo meu cansaço, não havia interesse pelos meus dias e as alterações de visual não despertavam qualquer interesse. Apareceu alguém na minha vida que me fez balançar, abalou todas as minhas estruturas, tudo o que eu tinha como certo na minha relação....O amor eterno, a convicção de que nc o trairia...
              A minha cabeça parecia um verdadeiro furacão, como é que era possível amá-lo tanto, e ao mesmo tempo não conseguir tirar o outro homem dos meus pensamentos.
              A indiferença do meu marido era tão grande que eu resolvi uma noite ir jantar com o meu melhor amigo...e no meio das conversas inflamadas sb as namoradas dele e o meu marido, houve uma química estranha e aconteceram alguns beijos...
              Mas o pior disto tudo foi não ter ficado com peso algum na consciência...Hoje culpo-me por não sentir culpa.
              Cheguei a um ponto que rebentei e disse ao meu marido que trabalhar e ganhar dinheiro era importante, mas não era o mais importante...foi uma conversa calorosa em que o fiz entender que preciso dele na minha vida, que as saudades Às vezes matam os melhores dos sentimentos.
              Nós agora vivemos numa eterna lua-de-mel.
              Se o trairia com o outro homem, se calhar na altura tinha-o traído se tivesse essa oportunidade, e não era por não o amar, por não lhe ter respeito...mas porque a minha auto-estima estava a destruir-me, a consumir-me aos poucos...e eu não queria transformar-me num farrapo. As traições têm mil caminhos...às vezes é fácil escapar outras nem por isso.




              Vale a pena lutar....



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