RE:
QUOTE
"Acho que a traição é uma acto egoísta, de bem estar pessoal. Pode ser um momento único, pode levar a uma nova relação, mas traz muita dôr a quem foi traida. E se num casamento deve haver paixão, também há amizade e companheirismo e uma traição significa um total desrespeito por quem nos ama, nos quer, esteve lá nos momentos bons e maus, ajustou a sua vida e maneira de ser pela relação, investiu tempo, carinho e amor em alguém.
Quem me traiu, não o fez somente a mim, mas aos meus pais, aos meus sogros, ao resto da família que sofreram horrores com a nossa separação."
É de facto complicado, mas até mesmo uma traição pode não implicar falta de respeito, na minha opinião, muito menos pode implicar desrespeito à família ou aos filhos. Compreendo lindamente quem tem esse ponto de vista, mas eu acho que quando se trai, está tudo bem, naquele momento não há família nem falta de respeito a ninguém. Há o "traidor" e a terceira pessoa que não tem nada a ver com o contexto familiar do "traidor".
Eu acredito que quem trai, no momento em que o está a fazer não pode estar a lembrar-se em simultâneo da mulher ou dos filhos, senão das duas uma: ou é um(a) sacana com grandes falhas de carácter, ou então é doente (da mente) ou um pervertido sexual... E esse é precisamente o busílis do acto da traição: é que naquele cenário, naquele momento não há mais nada, não existe a memória que nos "agarra" à família, nem sequer pesa o facto de se ter um(a) companheiro(a) que está a se traído(a), senão ninguém minimamente são iria trair ninguém... Acho que é um acto muito das entranhas, muito animal e sexual que nada tem a ver com o lado moral da vida ou com os valores a preservar.
Por isso não me atrevo a fazer juízos de valor para quem trai... É porque é um acto que envolve tanta coisa e tanta diversidade de circunstâncias e cenários, que acho injusto condenar (tal como também é obviamente e extremamente injusto para quem é traído).
Atenção, eu falo em traição pontual como um escape, não naqueles casos de traição continuada e consciente!...
Ainda assim, eu volto a reiterar que não quero ser traída nem me proponho a trair ninguém, mas que consigo ter abertura suficiente para perceber que não é o fim do mundo, e que acontece às melhores pessoas... (já vi tanta coisa dessa...) e que infelizmente acaba por implicar mais pessoas por arrastamento. Mas acho que é inerente ao ser humano e às relações entre as pessoas, e ainda acho que não é possível abolir a traição porque é um comportamento enraizado na sociedade desde sempre, que nem os padres muitas vezes conseguem resistir (traição a Deus, por não conseguirem controlar o desejo sexual por outras pessoas)! Daí que eu tenha falado no meu post anterior, do confrontar uma natureza animal que temos e que não é monogâmica... Somos racionais e inteligentes e por isso contornamos essa questão (e ainda bem), mas nada nos indica que não possamos cair nessa tentação por vezes, precisamente porque é de gente, é humano e sobretudo, é animal, sem detrimento do mal que implica moralmente...
Eu acredito muito no nosso "poder animal" patra o bem e para o mal. É esse instinto que por vezes nos salva ou salva os nossos filhos, mas também é esse poder que por vezes nos faz ser traídas, por exemplo...
É a nossa herança genética... há que viver com ela da melhor forma e ir encarando os embates que a vida nos proporciona... não vejo alternativa...
bj
QUOTE
"Acho que a traição é uma acto egoísta, de bem estar pessoal. Pode ser um momento único, pode levar a uma nova relação, mas traz muita dôr a quem foi traida. E se num casamento deve haver paixão, também há amizade e companheirismo e uma traição significa um total desrespeito por quem nos ama, nos quer, esteve lá nos momentos bons e maus, ajustou a sua vida e maneira de ser pela relação, investiu tempo, carinho e amor em alguém.
Quem me traiu, não o fez somente a mim, mas aos meus pais, aos meus sogros, ao resto da família que sofreram horrores com a nossa separação."
É de facto complicado, mas até mesmo uma traição pode não implicar falta de respeito, na minha opinião, muito menos pode implicar desrespeito à família ou aos filhos. Compreendo lindamente quem tem esse ponto de vista, mas eu acho que quando se trai, está tudo bem, naquele momento não há família nem falta de respeito a ninguém. Há o "traidor" e a terceira pessoa que não tem nada a ver com o contexto familiar do "traidor".
Eu acredito que quem trai, no momento em que o está a fazer não pode estar a lembrar-se em simultâneo da mulher ou dos filhos, senão das duas uma: ou é um(a) sacana com grandes falhas de carácter, ou então é doente (da mente) ou um pervertido sexual... E esse é precisamente o busílis do acto da traição: é que naquele cenário, naquele momento não há mais nada, não existe a memória que nos "agarra" à família, nem sequer pesa o facto de se ter um(a) companheiro(a) que está a se traído(a), senão ninguém minimamente são iria trair ninguém... Acho que é um acto muito das entranhas, muito animal e sexual que nada tem a ver com o lado moral da vida ou com os valores a preservar.
Por isso não me atrevo a fazer juízos de valor para quem trai... É porque é um acto que envolve tanta coisa e tanta diversidade de circunstâncias e cenários, que acho injusto condenar (tal como também é obviamente e extremamente injusto para quem é traído).
Atenção, eu falo em traição pontual como um escape, não naqueles casos de traição continuada e consciente!...
Ainda assim, eu volto a reiterar que não quero ser traída nem me proponho a trair ninguém, mas que consigo ter abertura suficiente para perceber que não é o fim do mundo, e que acontece às melhores pessoas... (já vi tanta coisa dessa...) e que infelizmente acaba por implicar mais pessoas por arrastamento. Mas acho que é inerente ao ser humano e às relações entre as pessoas, e ainda acho que não é possível abolir a traição porque é um comportamento enraizado na sociedade desde sempre, que nem os padres muitas vezes conseguem resistir (traição a Deus, por não conseguirem controlar o desejo sexual por outras pessoas)! Daí que eu tenha falado no meu post anterior, do confrontar uma natureza animal que temos e que não é monogâmica... Somos racionais e inteligentes e por isso contornamos essa questão (e ainda bem), mas nada nos indica que não possamos cair nessa tentação por vezes, precisamente porque é de gente, é humano e sobretudo, é animal, sem detrimento do mal que implica moralmente...
Eu acredito muito no nosso "poder animal" patra o bem e para o mal. É esse instinto que por vezes nos salva ou salva os nossos filhos, mas também é esse poder que por vezes nos faz ser traídas, por exemplo...
É a nossa herança genética... há que viver com ela da melhor forma e ir encarando os embates que a vida nos proporciona... não vejo alternativa...
bj
Comentar