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Psicomotricidade para grávidas

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  • Psicomotricidade para grávidas

    Bom... em primeiro lugar peço desculpa a quem me pediu informações sobre este tema já há alguns bons meses e não obteve resposta. Não pude responder por vários motivos. Mas hoje aqui estou eu. Como não se devem recordar, eu chamo-me Sandra, tenho 19 anos e estou no 2º ano do curso de Reabilitação Psicomotora na Faculdade de Motricidade Humana. Uma das minhas áreas de eleição profissional é de facto as grávidas, mais concretamente a Psicomotricidade e as grávidas.

    Mas afinal o que é Psicomotricidade?? A Psicomotricidade pode ser definida como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas entre o psiquismo e a motricidade. Basea-se numa visão total do ser humano, e integra as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial.

    A relação da Psicomotricidade com a temática da gravidez, pode-se verificar a diversos níveis, como a relaxação, que é o mais comum. Porém existem outras áreas, que eu espero conseguir desenvolver no meu futuro profissional, que são especificamente comunicação verbal na gestação, vida emocional do feto e a participação activa do pai na gravidez.

    Assi, vou-vos deixar aqui excertos de um trabalho que realizei sobre estes temas, para que melhor possam entender.

    A comunicação verbal na gestação e a vida emocional do feto
    No meio intra-uterino, o ser humano conhece as primeiras percepções que determinarão o modo como se relacionará com o mundo exterior, ou seja, as suas vivências emocionais.
    Muito precocemente, o feto é capaz de captar a voz materna, incluindo todas as emoções que a acompanham, pois este sente as mesmas emoções que a mãe e é por elas moldado. Nesta comunicação directa e permanente entre a mãe e o bebé, espelha-se a importância do ambiente social e familiar mais próximo, tendo destaque o ai e a maneira como este se relaciona com a grávida e com o próprio bebé.

    O facto de conversar para uma barriga, pode por vezes se constrangedor, mas é uma maneira de o feto se sentir amado, desejado, compreendido e respeitado promovendo assim a saúde e o bem estar do bebé.

    É importante promover o bem estar na grávida, evitando assim bebés com pesos baixos, hiperactividade, com dificuldades na alimentação, entre outros problemas.

    Em conclusão, a história de vida do bebé inicia-se antes do nascimento uma vez que capta todos os estados emocionais da mãe. Assim os pais devem fazer tudo para que o desenvolvimento emocional do bebé se dê de uma forma mais sadia, com compreensão, sintonia e respeito, captando os desejos do bebé para satisfazê-los.

    Com a continuação desta comunicação em especial com a mãe, forma-se um vínculo entre ambos, designado por vínculo mãe-bebé. Esta ligação mais forte entre mãe e filho é gradativa ao longo do tempo e determinante para todo o desenvolvimento do novo ser.

    Paternidade - a participação activa do pai na gravidez

    A gravidez não pode ser encarada como sendo apenas um momento especial para a mulher, mas sim também para o homem. Medos, receios, sonhos, fantasias são partilhados por ambos embora de modos e intensidade diferentes.

    O vínculo paterno-filial quanto mais cedo é formado, tanto pelo contacto físico na barriga da mãe ou pela comunicação verbal, maiores benefícios emocionais terá o bebé após o nascimento , pois este necessita tanto dos cuidados maternos como paternos, principalmente se tiverem início na vida intra-uterina.

    É necessário também por parte do pai elogiar o corpo da grávida, apreciando a barriga a crescer, mostrando-se sempre disponível para com ela e participativo nas tomadas de decisões que envolvam o bebé. É necessário a futura mamã sentir-se bem com o seu corpo em constante modificação, sentindo que mesmo com a sua figura alterada pode ser ainda fonte de prazer, satisfação e desejo por parte do pai.

    Por vezes o pai poderá surgir com ciúmes e inveja devido á mãe possuir o papel principal na gravidez sentindo o bebé a crescer dentro de si. Assim, o pai poderá sentir que lhe é negado uma participação directa na díade mãe-bebé, experimentando o sentimento de exclusão da relação. Então é importante promover uma participação activa por parte do pai, incluindo-o nesta relação intima, fortalecendo o vínculo paterno-filial aumentando o seu prazer em acompanhar o desenvolvimento da gestação, percebendo também que não perderá o seu lugar na vida da mulher.

    Uma actividade que eu provavelmente proporia a um casal numa sessão:
    Objectivo: Promover a tríade mãe-bebé-pai de modo a iniciar-se uma participação e cooperação do pai durante a gravidez de uma forma activa.

    Pede-se á grávida que se sente no colchão e posteriormente que o pai se coloque também sentado mas por de trás dela.
    Ao inicio sem música e posteriormente com música, é pedido a ambos que passem com as mãos na barriga conforme aquilo que a música os faz sentir naquele momento. Assim estarão em contacto com o feto que é algo que é de ambos e que os deverá aproximar. É sugerido nesta fase que permaneçam de olhos fechados.
    No fim terão um momento de escuta, sentindo de forma mais intensa uma comunicação que é constante e importante, que é a comunicação do bebé com os pais. Posteriormente por intermédio da palavra expressando o que sentiram naquela actividade.

    Desculpem o testamento.... :s

    Beijokas para todas!
    Sandra





  • #2
    Ola Sandra

    Aloha Sandra!

    sou a Débora Marques de R.P na Universidade de Évora.

    Eu também estou muito interessada no tema de psicomotricidade na gravidez, no entanto, praticamente não disponho de informação nenhuma.

    Será que me poderias fornecer algum artigo ou livro que tenhas por favor?

    Obrigada e agradeço uma resposta breve

    Beijinhos!!

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