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Vem hoje no Diário de Notícia na capa " Crianças voltadas para trás até aos 4 anos".
"DGS aconselha os mais novos a serem transportados de costas para proteger pescoço e cabeça. Mas faltam cadeiras deste tipo e pais temem que posição seja desconfortável
As crianças devem viajar voltadas de costas até aos 3 ou 4 anos. Esta é uma das novas regras da Direcção-Geral da Saúde (DGS) para o transporte de crianças em automóveis. Uma recomendação que a Associação para Promoção da Segurança Infantil (APSI) aplaude, porque pode salvar vidas. Mas a organização alerta que há pouco modelos à venda em Portugal que permitam o transporte de costas a partir dos nove meses de idade. E que os pais não têm tarefa fácil quando se trata de comprar uma cadeirinha para o carro.
"Esta é uma medida que faz toda a diferença", diz Helena Sacadura Botte, da APSI. Porque é a "posição mais segura" devido à fragilidade do pescoço e ao peso da cabeça das crianças até aos quatro anos, explica, citando os mesmos argumentos que o documento da DGS. "As cadeirinhas voltadas para trás salvam a vida de nove em cada 10 crianças em caso de acidente. Na Suécia, onde o seu uso é generalizado, não há mortes de crianças nessa faixa etária em acidentes banais", acrescenta.
Mas em Portugal ainda são raras as crianças com mais de um ano transportadas desta forma. Segundo um estudo da APSI, menos de metade dos bebés até aos 18 meses viaja voltada para trás. E a DGS alerta que só a partir dessa idade "será admissível que a criança viaje virada para a frente", o que só deve acontecer em casos em que "seja mesmo necessário", até aos três ou quatro anos.
Para os pais o primeiro problema está no mercado: a oferta de cadeiras que permitam esta forma de transporte para bebés com mais de nove meses é reduzida. Geralmente a criança cabe na primeira cadeira - o chamado ovo - até aos 10 meses mas quando precisa de mudar para outra "dificilmente se encontra" uma que possa ser utilizada voltada para trás. E quando se encontra é "ligeiramente mais cara", reconhece Helena Sacadura Botte.
"Recebemos muitas perguntas de pais. Há duas ou três cadeiras viradas para trás no mercado. Um dos conselhos que damos é para não comprarem sem ter a certeza que é adaptável ao carro que conduzem." Mas o primeiro é para não abandonarem o ovo até ser inevitável. E para nunca o usarem voltado para a frente.
"Os pais começam a pensar em trocar de cadeira quando os pés do bebé batem nas costas do banco, mas isso não tem qualquer problema para a segurança da criança. Recomendamos que tirem os sapatos para o pequeno ter mais liberdade de movimentos, mas até aos 13 quilos e se a cabeça ainda estiver bem apoiada não é preciso mudar", diz. Depois, é procurar modelos que ofereçam mais espaço para os pés e possam ser usados virados para a frente a partir dos 3 ou 4 anos, conclui.
"Os pais tendem a fazer uma má avaliação de risco: assustam-se muito com notícias muito divulgadas, como raptos, e pensam que não acontece nada à criança quando está com eles. E no carro há um conjunto de coisas que pode correr mal."
Isso mesmo provam os números, que indicam que só no último ano morreram pelo menos 18 crianças em acidentes de transporte."
"DGS aconselha os mais novos a serem transportados de costas para proteger pescoço e cabeça. Mas faltam cadeiras deste tipo e pais temem que posição seja desconfortável
As crianças devem viajar voltadas de costas até aos 3 ou 4 anos. Esta é uma das novas regras da Direcção-Geral da Saúde (DGS) para o transporte de crianças em automóveis. Uma recomendação que a Associação para Promoção da Segurança Infantil (APSI) aplaude, porque pode salvar vidas. Mas a organização alerta que há pouco modelos à venda em Portugal que permitam o transporte de costas a partir dos nove meses de idade. E que os pais não têm tarefa fácil quando se trata de comprar uma cadeirinha para o carro.
"Esta é uma medida que faz toda a diferença", diz Helena Sacadura Botte, da APSI. Porque é a "posição mais segura" devido à fragilidade do pescoço e ao peso da cabeça das crianças até aos quatro anos, explica, citando os mesmos argumentos que o documento da DGS. "As cadeirinhas voltadas para trás salvam a vida de nove em cada 10 crianças em caso de acidente. Na Suécia, onde o seu uso é generalizado, não há mortes de crianças nessa faixa etária em acidentes banais", acrescenta.
Mas em Portugal ainda são raras as crianças com mais de um ano transportadas desta forma. Segundo um estudo da APSI, menos de metade dos bebés até aos 18 meses viaja voltada para trás. E a DGS alerta que só a partir dessa idade "será admissível que a criança viaje virada para a frente", o que só deve acontecer em casos em que "seja mesmo necessário", até aos três ou quatro anos.
Para os pais o primeiro problema está no mercado: a oferta de cadeiras que permitam esta forma de transporte para bebés com mais de nove meses é reduzida. Geralmente a criança cabe na primeira cadeira - o chamado ovo - até aos 10 meses mas quando precisa de mudar para outra "dificilmente se encontra" uma que possa ser utilizada voltada para trás. E quando se encontra é "ligeiramente mais cara", reconhece Helena Sacadura Botte.
"Recebemos muitas perguntas de pais. Há duas ou três cadeiras viradas para trás no mercado. Um dos conselhos que damos é para não comprarem sem ter a certeza que é adaptável ao carro que conduzem." Mas o primeiro é para não abandonarem o ovo até ser inevitável. E para nunca o usarem voltado para a frente.
"Os pais começam a pensar em trocar de cadeira quando os pés do bebé batem nas costas do banco, mas isso não tem qualquer problema para a segurança da criança. Recomendamos que tirem os sapatos para o pequeno ter mais liberdade de movimentos, mas até aos 13 quilos e se a cabeça ainda estiver bem apoiada não é preciso mudar", diz. Depois, é procurar modelos que ofereçam mais espaço para os pés e possam ser usados virados para a frente a partir dos 3 ou 4 anos, conclui.
"Os pais tendem a fazer uma má avaliação de risco: assustam-se muito com notícias muito divulgadas, como raptos, e pensam que não acontece nada à criança quando está com eles. E no carro há um conjunto de coisas que pode correr mal."
Isso mesmo provam os números, que indicam que só no último ano morreram pelo menos 18 crianças em acidentes de transporte."
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