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Prevenção de morte súbita

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  • Prevenção de morte súbita

    Mamãs, andei a cuscar a net e encontrei este artigo, que me pareceu interessante, sobre um assunto que nos preocupa seriamente e tem dado azo a tantas discussões:

    "A morte súbita atinge todos os anos milhares de bebés com menos de um ano de vida. Aparece, geralmente, durante o sono e provoca a maior das angústias. Por que morreu aquele bebé, aparentemente saudável? Nenhuma causa é encontrada. Mesmo depois de uma investigação profunda, de uma autópsia completa, de um exame do local da morte e da revisão da história clínica do bebé. O diagnóstico de morte súbita é a resposta possível. Nada mais.
    Sabe-se que há bebés mais vulneráveis do que outros, os ambientes de maior risco estão identificados e alguns investigadores já avançaram algumas teorias. Actualmente, pensa-se que poderá haver várias causas para a morte súbita. Ou que a explicação para o fenómeno reside numa combinação de factores que afecta os bebés com menos de um ano num estádio mais vulnerável do desenvolvimento. Mas não se sabe muito mais.
    Enquanto não surgem certezas, a prevenção é a única arma capaz de tentar evitar a morte súbita e inesperada de crianças com menos de um ano. Colocar o bebé de costas para dormir, não fumar durante a gravidez (nem depois), não aquecer demasiado o bebé, destapar-lhe a cabeça enquanto dorme e não o deixar dormir na cama de adultos com os pais são as recomendações dos especialistas para reduzir o risco.

    Dormir de barriga para cima
    Os investigadores não se cansam de repetir: a incidência da morte súbita diminui se houver uma prevenção adequada. Em todos os países onde foram modificadas algumas práticas nos cuidados das crianças, em especial no que diz respeito à posição para dormir, registou-se uma importante queda no número casos de morte súbita. Vejam-se os números. Nos EUA, em 1992, a Academia Americana de Pediatria recomenda, pela primeira vez, que todos os bebés saudáveis sejam postos a dormir de barriga para cima, e não em posição contrária. Nos seis meses seguintes à publicação desta recomendação observou-se uma diminuição de doze por cento na incidência da morte súbita do lactente.
    Em 1987, a mesma medida aconselhada pelas autoridades médicas holandesas produziu um resultado semelhante: a taxa de «mortes no berço» baixou de 1,3 casos por mil nados vivos para 0,6 casos por mil nados vivos.
    Na Nova Zelândia, os resultados são ainda mais encorajadores ¿ a incidência da morte súbita de bebés com menos de um ano diminuiu cerca de oitenta por cento, desde que a prática de pôr os bebés a dormir de barriga para cima se generalizou em meados da década de oitenta.
    Para os cientistas, esta é a prova cabal da relação entre a posição para dormir e a incidência de morte súbita. O êxito das campanhas de prevenção, que conseguiram mudar hábitos enraizados, fala por si.


    Reduzir o Risco de Síndroma de Morte Súbita do Lactente


    Deite o bebé de costas para dormir.
    O risco de SMSL aumenta se os bebés dormirem de bruços. A investigação mostra que, quando são deitados de costas, os bebés não bolçam nem aspiram mais o vómito do que se estiverem em qualquer outra posição.


    Não fume durante a gravidez. Nem depois.
    O risco de SMSL aumenta se a mãe fumou durante a gravidez e se continua a fumar após o parto. Se o pai também fuma, o risco agrava-se mais.
    Não deixe ninguém fumar no ambiente que o seu filho respira - quarto, casa, carro ou onde quer que ele permaneça.


    Destape a cabeça do bebé para dormir.
    A roupa da cama não deve cobrir a cabeça do bebé. Não use edredões nem peças de roupa que o possam cobrir (fraldas, gorros). Deite-o com os pés tocando o fundo da cama de forma a que não haja risco de escorregar para debaixo dos lençóis.


    Não coloque o bebé a dormir sua cama se fuma, está muito cansado, tomou algo que altera o sono ou ingeriu bebidas alcoólicas recentemente. Nunca adormeça no sofá com o seu bebé.


    Não aqueça demasiado o bebé.
    O risco de SMSL pode estar associado ao excessivo aquecimento. Para prevenir esta situação deve usar o bom senso e adequar a temperatura do quarto, a roupa do bebé e a roupa da cama à estação do ano e ao lugar que habita. A temperatura ideal do quarto deverá estar entre 18-21ºC. Vista-o com o mesmo tipo de roupa que está a usar de forma que o bebé se senta confortável - não quente.
    Colocando o dorso da sua mão na nuca ou na barriga do bebé poderá avaliar facilmente se ele está muito aquecido. Não se esqueça: se o bebé tem febre, precisa de menos roupa e não de ser agasalhado.


    O bebé acordado pode estar noutras posições.
    Quando está acordado, pode ser colocado de barriga para baixo para brincar. Isto fortalece os músculos do pescoço e das costas.

    Fonte: Sociedade Portuguesa de Pediatria"

    Fica aqui o link para quem quiser consultar: http://www.mae.iol.pt/artigo.php?div_id=3641&id=785629

    A minha Inês dorme sempre de barriga para cima, por indicação da maternidade e do pediatra, apesar de ser uma questão algo controversa, mas desconhecia por completo os outros factores de risco...








    Madrinhas: claudiacg, Mozart e MammydaLu

    Afilhada:

  • #2
    RE:

    o meu dorme comigo :?

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    • #3
      RE:

      Inserido Inicialmente por suecosta
      o meu dorme comigo :?
      A Inês desde que nasceu dorme na caminha dela. Dormir connosco acho que é um mau princípio... Depois deve custar habituá-los à sua camita. Na nossa cama, só quando o rei faz anos








      Madrinhas: claudiacg, Mozart e MammydaLu

      Afilhada:

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      • #4
        RE:

        Olá
        Na gravidez fiz consulta pré-natal e fui logo alertada para tudo esses factores de risco.
        A pediatra aconselhou o meu marido a adeixar de fumar e se não conseguisse para nunca fumar perto da nossa filha, para fumar fora de casa ou então na varanda. Para ele lavar as mãos após fumar porque fica com nicotina e restos de fumo nas mãos e se possivel trocar de roupa (esta é a parte mais dificil).
        Tb aconselhou q a bebé não dormisse connosco devido ao sobre-aquecimento corporal, coisa q deve só ter ocorrido umas 3 ou 4 vezes, pois ela sempre detestou dormir connosco, ficava mto irritada e berrava até mais não.
        O q para nós foi otpimo, porque desde os 3 meses e meio q dorme sozinha no seu quarto e na sua caminha de grades sem problemas.
        Em relação à posição de dormir, e pediatra sugeriu-nos outra, q ela dormisse de semi-lado, umas vezes para a direita outras para esquerda para evitar deformação da cabeça.
        A minha princesa nunca se virou de barriga para baixo ao contrário do q alguns estudos dizem, qd ela se mexia virava-se sempre de barriga para cima.

        Juntas para SEMPRE

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        • #5
          RE:

          Inserido Inicialmente por marta.rib
          Inserido Inicialmente por suecosta
          o meu dorme comigo :?
          A Inês desde que nasceu dorme na caminha dela. Dormir connosco acho que é um mau princípio... Depois deve custar habituá-los à sua camita. Na nossa cama, só quando o rei faz anos
          Concordo!!

          A minha só 2 xs dormiu na nossa cama mas de manhãzinha pq não aguentavamos mais de sono...sempre no berço , mês que vem com os 4 meses vai para o quarto dela, visto que o problema do sindroma da morte subita diminui.

          Jokas
          Let the energy flowww

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          • #6
            RE:

            Inserido Inicialmente por marta.rib
            Inserido Inicialmente por suecosta
            o meu dorme comigo :?
            A Inês desde que nasceu dorme na caminha dela. Dormir connosco acho que é um mau princípio... Depois deve custar habituá-los à sua camita. Na nossa cama, só quando o rei faz anos
            A minha dormiu comnosco uma noite logo na 2ª semana, pois engasgava-se com muco e ficava sem respirar (foi a minha pior noite de sempre), depois disso dormiu umas três noites seguidas, pois tive de lavar a alcofa e so montámos a cama de grades no fim-de-semana (e ela adaptou-se muito bem). Ao fim de semana trago-a sempre para a nossa cama de manhã, por volta das 7 (ela só mama pelas 9/10h).
            tenho dois príncipes no meu reino: a princesa Beatriz e o príncipe José Maria


            Vendas em 1ª e 2ª mão;

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            • #7
              RE:

              Nós temos o babysense e para mim foi um descanço! ( agora já ligo poucas vezes, só se estiver mais constipado )

              Comentar


              • #8
                RE:

                Obrigada por partilhares

                O meu menino agr tem a mania de dormir de barriga para baixo por mais q o deite de barriga para cima ou de lado ele volta-se..

                O meu namorido fuma eu não e é um castigo q nao fume..os pais dele fumam e é uma alegria..tenho q estra sempre a chatera-me pq entendem qd vou la a casa q fumam a janela mas o fumo vem para dentro na minha casa é no varandim ou na rua.

                O gabriel faz um part time na nossa cama se leva as noites a chorar por fim ja nao aguento e la vem para a nossa cama mas ele ocupa a cama td nos a um canto, o q realmente me preocupa é ele voltar se de barriga para baixo há mais bebés com essa tendencia?'

                beijinhos e obrigada



                <a href="http://lilypie.com/"><img src="http://lmtm.lilypie.com/DSNqp1.png" width="200" height="80" border="0" alt="Lilypie Maternity tickers" /></a>

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                • #9
                  RE:

                  então deve haver muita contradição entre dormir com os pais causar morte súbita e os beneficios do co-sleeping, que é o que eu faço!

                  Comentar


                  • #10
                    RE:

                    Olá

                    Sim, sim...dormir de barriga para cima e não se esqueçam de ir mudando a posição da cabeça para não ficarem com o craneo disforme. Caraças (desculpem) esta ainda me está atravessada na garganta:-&

                    www.avicultura.com.pt
                    http://www.facebook.com/teresamfneves

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                    • #11
                      RE:

                      Pois é, este é um assunto algo controverso, por isso pareceu-me interessante colocar aqui.

                      A sue falou do co-sleeping, que eu pessoalmente desconhecia enquanto "técnica", mas já fiz uma pesquisita e aqui vai, para ficarmos todas a saber como funciona, vantagens e riscos (in english...):

                      "The image of a baby and parent dozing off together isn't an uncommon one. But the practice of cosleeping, or sharing a bed with your infant, is controversial in the United States. Supporters of cosleeping believe that a parent's bed is just where an infant belongs. But is it safe?

                      Why Do Some People Choose to Cosleep?
                      Cosleeping supporters believe — and some studies support their beliefs — that cosleeping:

                      encourages breastfeeding by making nighttime breastfeeding more convenient
                      makes it easier for a nursing mother to get her sleep cycle in sync with her baby's
                      helps babies fall asleep more easily, especially during their first few months and when they wake up in the middle of the night
                      helps babies get more nighttime sleep (because they awaken more frequently with shorter duration of feeds, which can add up to a greater amount of sleep throughout the night)
                      helps parents who are separated from their babies during the day regain the closeness with their infant that they feel they missed
                      But do the risks of cosleeping outweigh the benefits?

                      Is Cosleeping Safe?
                      Despite the possible pros, the U.S. Consumer Product Safety Commission (CPSC) warns parents not to place their infants to sleep in adult beds, stating that the practice puts babies at risk of suffocation and strangulation. And the American Academy of Pediatrics (AAP) agrees.

                      Cosleeping is a widespread practice in many non-Western cultures. However, differences in mattresses, bedding, and other cultural practices may account for the lower risk in these countries as compared with the United States.

                      According to the CPSC, at least 515 deaths were linked to infants and toddlers under 2 years of age sleeping in adult beds from January 1990 to December 1997:

                      121 of the deaths were attributed to a parent, caregiver, or sibling rolling on top of or against a baby while sleeping
                      more than 75% of the deaths involved infants younger than 3 months old
                      Cosleeping advocates say it isn't inherently dangerous and that the CPSC went too far in recommending that parents never sleep with children under 2 years of age. According to supporters of cosleeping, parents won't roll over onto a baby because they're conscious of the baby's presence — even during sleep.

                      Those who should not cosleep with an infant, however, include:

                      other children — particularly toddlers — because they might not be aware of the baby's presence
                      parents who are under the influence of alcohol or any drug because that could diminish their awareness of the baby
                      parents who smoke because the risk of sudden infant death syndrome (SIDS) is greater
                      But can cosleeping cause SIDS? The connection between cosleeping and SIDS is unclear and research is ongoing. Some cosleeping researchers have suggested that it can reduce the risk of SIDS because cosleeping parents and babies tend to wake up more often throughout the night. However, the AAP reports that some studies suggest that, under certain conditions, cosleeping may increase the risk of SIDS, especially cosleeping environments involving mothers who smoke.

                      CPSC also reported more than 100 infant deaths between January 1999 and December 2001 attributable to hidden hazards for babies on adult beds, including:

                      suffocation when an infant gets trapped or wedged between a mattress and headboard, wall, or other object
                      suffocation resulting from a baby being face-down on a waterbed, a regular mattress, or on soft bedding such as pillows, blankets, or quilts
                      strangulation in a bed frame that allows part of an infant's body to pass through an area while trapping the baby's head
                      In addition to the potential safety risks, sharing a bed with a baby can sometimes prevent parents from getting a good night's sleep. And infants who cosleep can learn to associate sleep with being close to a parent in the parent's bed, which may become a problem at naptime or when the infant needs to go to sleep before the parent is ready.

                      Making Cosleeping as Safe as Possible
                      If you do choose to share your bed with your baby, make sure to follow these precautions:

                      Always place your baby on his or her back to sleep to reduce the risk of SIDS.


                      Always leave your child's head uncovered while sleeping.


                      Make sure your bed's headboard and footboard don't have openings or cutouts that could trap your baby's head.


                      Make sure your mattress fits snugly in the bed frame so that your baby won't become trapped in between the frame and the mattress.


                      Don't place a baby to sleep in an adult bed alone.


                      Don't use pillows, comforters, quilts, and other soft or plush items on the bed.


                      Don't drink or use medications or drugs that may keep you from waking and may cause you to roll over onto, and therefore suffocate, your baby.


                      Don't place your bed near draperies or blinds where your child could be strangled by cords.
                      Transitioning Out of the Parent's Bed
                      Most medical experts say the safest place to put an infant to sleep is in a crib that meets current standards and has no soft bedding. But if you've been cosleeping with your little one and would like to stop, talk to your doctor about making a plan for when your baby will sleep in a crib.

                      Transitioning to the crib by 6 months is usually easier — for both parents and baby — before the cosleeping habit is ingrained and other developmental issues (such as separation anxiety) come into play. Eventually, though, the cosleeping routine will likely be broken at some point, either naturally because the child wants to or by the parents' choice.

                      But there are ways that you can still keep your little one close by, just not in your bed. You could:

                      Put a bassinet, play yard, or crib next to your bed. This can help you maintain that desired closeness, which can be especially important if you're breastfeeding. The AAP says that having an infant sleep in a separate crib, bassinet, or play yard in the same room as the mother reduces the risk of SIDS.
                      Buy a device that looks like a bassinet or play yard minus one side, which attaches to your bed to allow you to be next to each other while eliminating the possibility of rolling over onto your infant.
                      Of course, where your child sleeps — whether it's in your bed or a crib — is a personal decision. As you're weighing the pros and cons, talk to your child's doctor about the risks, possible personal benefits, and your family's own sleeping arrangements.

                      Reviewed by: Mary L. Gavin, MD
                      Date reviewed: May 2008"

                      É grandito, mas vale a pena ler







                      Madrinhas: claudiacg, Mozart e MammydaLu

                      Afilhada:

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                      • #12
                        RE:

                        Olá, o meu bébé também começou agora com a mania de se virar de barriga para baixo. Na consulta do ano vou falar com a pediatra sobre isto. Não sei se o perigo de morte súbita ainda se mantém. Penso que não.

                        Bjos

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                        • #13
                          RE:

                          Um artigo em português:

                          "Polémica, muito polémica entre pediatras e psicólogos, a partilha do sono (cosleeping, na terminologia anglo-saxã) é uma prática cada vez mais comum nas famílias ocidentais. Estudos feitos nos EUA indicam que o número de adultos que dormem rotineiramente com os filhos naquele país aumentou mais do dobro entre 1993 e 2000. Em 2003, o Estudo Nacional sobre a Posição para Dormir na Infância, conduzido pelos Institutos Nacionais de Saúde, concluiu que, num período de duas semanas, 45 por cento das crianças mais pequenas passavam alguma parte da noite na cama dos pais.
                          O aumento crescente do número de adeptos do cosleeping levou mesmo a que especialistas cujo nome é sinónimo de credibilidade, como o médico Richard Ferber, guru norte-americano do sono pediátrico e outrora crítico frontal da partilha da cama entre pais e filhos, revissem as suas teorias. Em meados dos anos 80, Ferber publicou um livro, «How to solve your child's sleep problems», por muitos considerado uma bíblia, onde espelhou o pensamento dominante sobre o sono dos bebés: para que consigam ver-se como seres independentes, as crianças precisam de aprender a dormir sozinhas. Numa entrevista recente à Newsweek, por altura da reedição do livro, o médico, actual director do Centro das Perturbações Pediátricas do Sono do hospital pediátrico de Boston, afirmou que aquela é uma frase que gostaria de nunca ter escrito: «Era a ideia que dominava na altura, não era sequer a minha experiência nem a minha filosofia.» As coisas mudam e Ferber defende agora que, «desde que resulte», cada família sabe o que é melhor para si em termos de rotinas de sono. Se a escolha recair sobre o cosleeping, muito bem, senão, muito bem na mesma.

                          «As regras não servem para todos»
                          Pôr um bebé a dormir com os pais é ou não um erro do ponto de vista educacional? De todo, diz Pedro Caldeira da Silva, pedopsiquiatra do Hospital Dona Estefânia. Pode até ser a solução para alguns problemas. O médico dá o exemplo dos bebés irritáveis ou difíceis de acalmar. Dormir com os pais é, por vezes, o caminho para a tranquilidade. Esse é, aliás, um dos conselhos terapêuticos que frequentemente dá quando lhe surgem casos desses.
                          O medo de que os bebés se tornem «mimados» ou cheios de vícios por dormirem com os pais é infundado, esclarece Pedro Caldeira da Silva. «Dormir em família pode ajudar a regular o sono. Os bebés tornam-se mais calmos e os pais mais tranquilos.» Cada bebé é um bebé, diz Pedro Caldeira da Silva, e há bebés que «para se sentirem bem, precisam de dormir com os pais.» Outros não. É por isso que o médico raramente dá conselhos sobre o sono das crianças. «O que eu digo aos pais é: conheça o seu bebé.» Tal como os adultos, «as crianças têm necessidades individuais e características diferentes. Nenhuma regra serve para todas.»
                          Desaconselhar (ou aconselhar!), genericamente, o cosleeping é, por isso, simplista. «Os especialistas metem-se muito onde não são chamados, inclusive na cama dos pais. Há muitas maneiras de adormecer um bebé.»

                          Em nome de uma amamentação de sucesso
                          A médica de família Celina Pires, impulsionadora de um programa para a promoção do aleitamento materno no Centro de Saúde de Belmonte, onde trabalha, partilha da mesma ideologia: «Não dou receitas, cabe a cada família decidir como quer dormir.» Celina Pires conhece bem o fenómeno do cosleeping. A taxa de amamentação das utentes do CS Belmonte é elevada. Para facilitar o processo, muitas mulheres decidem dormir junto dos seus bebés. «É mais fácil conciliarem os despertares nocturnos», explica a médica, autora também do primeiro site português sobre amamentação (www.leitematerno.org). Com os sonhos em sintonia, mãe e bebé entendem-se quase sem dar por isso e a amamentação decorre sem que ambos estejam completamente despertos.
                          «As mães que partilham a cama com os seus bebés têm tendência para dar de mamar durante mais tempo: as crianças mamam mais frequentemente e, assim, estimulam a produção de leite das mães», explica Celina Pires.
                          Dormir em família em nome da amamentação e do repouso, portanto. «Estudos sobre o sono demonstram que as mães que partilham a cama com os seus bebés têm um sono mais longo e mais reparador», esclarece Celina Pires. Por seu lado, «os bebés que dormem com as mães têm menos episódios de apneia: devido à proximidade, é mais fácil detectar quando alguma coisa não está bem.»
                          A atitude negativa da sociedade em geral e dos profissionais em particular sobre o cosleeping não tem fundamento científico, explica Celina Pires, acrescentando: «É um desejo legítimo querer dormir com os filhos e, excluindo situações de potencial risco para a morte súbita, não há razão nenhuma para que não se possa fazê-lo.»

                          O receio da morte súbita
                          Ainda assim, autoridades científicas como a Academia Americana de Pediatria (AAP) desaconselham a partilha da cama entre pais e filhos. A posição tem mesmo endurecido ao longo dos últimos anos, sobretudo desde que, em 1999 a Comissão de Protecção dos Consumidores nos EUA emitiu um comunicado a alertar para o risco de sufocação dos bebés quando estes dormem com os pais. A Comissão justificava a medida com os resultados de estudos que haviam estabelecido um risco maior de morte súbita quando os bebés dormem com os pais na mesma cama. Celina Pires questiona esta relação: «Esse risco é importante quando alguns dos adultos que dorme com o bebé é fumador. No entanto, quando nenhum dos pais fuma e o bebé tem mais de oito semanas, o risco é insignificante.»
                          Que dizer, então, dos estudos nos quais a AAP se baseia para desaconselhar o cosleeping? «Nem todos os estudos avaliaram o consumo de álcool ou drogas por parte dos adultos, assim como não fizeram a distinção entre dormir em ambientes seguros ou inseguros, como os sofás, que já está demonstrado serem um factor de risco para a morte súbita», explica Celina Pires. Além disso, as investigações que existem «demonstram a associação entre duas variáveis [dormir com os pais e morte súbita do bebé], mas não podem definir um nexo de causalidade.»
                          Isto mesmo defende um dos investigadores norte-americanos com mais créditos na área do cosleeping, James McKenna, professor na Universidade de Notre Dame e director do Laboratório Comportamental do Sono Mãe-Bebé da mesma instituição. Dormir na cama dos pais não pode ser considerado, por si só, um risco, diz McKenna. É preciso ter em conta os contextos individuais. O investigador critica o discurso negativo instituído sobre o cosleeping: «Dormir em família pode ser uma decisão responsável, reflexo da forma como os pais querem alimentar os seus bebés e maximizar o seu bem-estar», escreveu numa revisão recente sobre o assunto. "

                          Complexo este assunto...







                          Madrinhas: claudiacg, Mozart e MammydaLu

                          Afilhada:

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                          • #14
                            RE:

                            Olá,

                            De facto é tal como uma mamã já aqui disse, é uma questão que tem levantado muita discussão. A minha filha quando nasceu esteve na neonatologia e nem imaginam o que por lá se passava. Uns médicos mandam colocar os bebés de barriga para baixo, outros de barriga para cima e outros de lado. É óbvio que todos eles explicavam muito bem a todos os pais o porquê daquelas posições e em nada tinha a ver com o sindrome da morte súbita.

                            De barriga para baixo estimula os movimentos naturais do estomago e intestinos, logo era uma posição muito boa para estimular a digestão e facilitar este processo. De barriga para cima por estimula a parte motora e de lado para mudar de posição. Quando perguntei qual a melhor posição para prevenir o SMS, os pediatras respondiam sempre que é impossível prevenir, pois isso deve-se ao facto da imaturidade do sistema nervoso central, que o bebé deixa de respirar momentaneamente (algo muito comum e perfeitamente normal nos recem nascidos)e o cérebro não tem a capacidade para alertar que está na altura de respirar novamente, logo a criança entra em apneia e por vezes quando é detectado é já tarde de mais.

                            Por exemplo, certamente já aconteceu a muitas mamãs os seus bebés estarem a dormir muito bem e de repente soltarem um grito e consequentemente o choro. Isso é a prova do que os pediatras me falaram. Ou seja o bebé deixou de respirar durante uns breves segundos e o cérebro automaticamente "enviou uma mensagem", em forma de choro, assim o bebé "despertou" e começou a respirar novamente.

                            É obvio que existem posições em que se o bebé bolsar durante o sono pode sufocar (de barriga), mas todas as mamãs estão alertadas para issso.

                            Bjocas

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                            • #15
                              RE:

                              Inserido Inicialmente por marta.rib
                              O medo de que os bebés se tornem «mimados» ou cheios de vícios por dormirem com os pais é infundado, esclarece Pedro Caldeira da Silva. «Dormir em família pode ajudar a regular o sono. Os bebés tornam-se mais calmos e os pais mais tranquilos.» Cada bebé é um bebé, diz Pedro Caldeira da Silva, e há bebés que «para se sentirem bem, precisam de dormir com os pais.» Outros não. É por isso que o médico raramente dá conselhos sobre o sono das crianças. «O que eu digo aos pais é: conheça o seu bebé.»
                              Pois... é mesmo o mais sábio dos conselhos: «conheça o seu bébé»!
                              A minha filha dormiu conosco até quase aos 2 meses de idade... toda a gente me dizia este mundo e o outro de coisas que nunca me fizeram assim tanto sentido: desde a enfermeira pediatrica que falava do risco de SMS até aos familiares e amigos que falavam de maus hábitos. A minha ideia sempre foi muito clara: primeira prioridade - regular os mecanismos de diferenciação "dia/noite"; proporcionar a nós mesmos noites tranquilas (as das 1ªs semanas foram horríveis!) porque é minha convicção que os pais precisam de descansar neste período tão complicado e exigente da vida do bébé; amamentar com conforto e facilidade num período em que ela mamava de 2 em 2 horas. Segunda prioridade - assim que ela adquiriu o hábito de dormir noites inteiras (mesmo alimentando-se nesse periodo) tranquilamente, insistir no habito de adormcer na caminha dela, o que consegui depois de muitas noites de tentativas "sem compromisso" que terminavam sempre da mesma forma: a dormir conosco. Um belo dia, ficou-se e desde aí que sempre ficou.

                              Ninguém conhece ao certo os factores que desencadeiam o SMS e se há alguns que até por outras razões são de evitar como o tabaco na presença de bébés, o dormir co os pais não me parece de todo fácil de entender... pelo contacto fisíco muito proximo que pode originar calor excessivo? Dormíamos sem roupa de cama e bem agasalhados. Pelo facto de os pais poderem sufocar a criança? Oh, meu deus, só mesmo se tomassemos comprimidos para dormir e nesse caso é obvio que seria de evitar! Uma das coisas que se sabe é que a maternidade e a paternidade alteram os estados de vigília durante o sono o que nos torna mais alerta.

                              Quanto a dormir de barriga, para cima ou para baixo, de lado ou afins... bem, os dados não são conclusivos mas há que adoptar as medidas mais consensuais (pelo sim pelo não) sabendo que não nos dão garantias de nada! O que é certo é que é um raio de uma "doença" que chega de surpresa e para a qual não há medidas de prevenção 100% eficazes... o que é assustador...





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