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Educação para Totós

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  • Educação para Totós

    Educação para Totós - Eduardo Sá


    Muitos pais enfeitiçam as crianças, tornando-as sapos, quando as transformam no seu precioso espelho mágico, ficando totós uns para os outros.
    1. Nas histórias para as crianças há, regra geral, uma princesa adormecida (de preferência formosa) e um cavaleiro apaixonado que se propõe despertá-la, com um fogoso beijo nos lábios. É verdade que poucos pais consideram que esta tendência obstinada de um transeunte, cheio de amor-próprio, para incomodar (com beijoquices) o eterno descanso da princesa seja um mau exemplo para as crianças. E é verdade, também, que se fosse um filho nosso a beijar (mesmo por distracção) um sapo com quem se tivesse cruzado, em vez de despontar – de tão fortuita fortuna - um príncipe teríamos lá em casa uma zaragata à italiana. Por outras palavras: não há quem entenda a forma imprudente como os adultos põem aos beijos as personagens das histórias para as crianças…
    Mas – pior ainda – o que me preocupa é que nessas histórias há sempre uma pessoa que dorme e outra que a desperta. E isto já é publicidade enganosa. Porque – todos sabemos – duas pessoas acordam sempre que aquilo que as liga as desperta, uma à outra, ao mesmo tempo. Aliás, eu acho que, com as crianças, se passa, sensivelmente, ao contrário do que sucede às princesas e aos sapos: elas estão despertíssimas mas, mais beijo menos beijo, há sempre alguém que não descansa enquanto não as adormece, por dentro, e as transforma em totós. (Se pensava que o lado enganador das histórias para as crianças passava pela forma como elas falam, por exemplo, de fadas – como se fosse possível encontrá-las numa qualquer repartição – ou pelo engenho com que põem uns pares de renas e o Pai Natal às voltas pelo ar, está muito enganado…).

    2. Histórias à parte, são muitas as circunstâncias em que os pais acumulam muitos créditos com os quais tornam as suas crianças um bocadinho adormecidas. Ou, se preferirem, um tudo-nada… totós. Daí que, para acabarmos, de vez, com esta tentação de transformarmos crianças despertas em totós adormecidos devemos dizer que:
    - as crianças estão autorizadas a sujar-se. As crianças que não se sujam não são uns anjos: ainda não descobriram que serão pessoas melhores sempre que forem pequenos índios com coração e com maneiras;
    - as crianças devem brincar, também, na rua. Sempre que só sentem a cidade através dos vidros do carro dos pais deixam de ser crianças: ficam macambúzias;
    - as crianças precisam de descobrir o tempo livre. Quando têm uma agenda e nunca mandam nos seus minutos – pelo menos quando brincam – não são crianças. São burocratas de mochila;
    - as crianças têm o «direito constitucional» de andarem de cabeça no ar. Sempre que alguém as quiser certinhas e crescidas ficam rezingonas. E só quando forem pais, com um sentimento que viveram adormecidos, é que irão perceber que só aprende quem põe ao leme, para sempre, a vontade de rir;
    - as crianças têm o dever de crescer com a ajuda de algumas trapalhices, porque só as crianças trapalhonas sabem que o brincar é a melhor escola de todos os imprevistos;
    - as crianças estão autorizadas a cair. Nunca caindo não aprendem a cair;
    - as crianças devem lutar, várias vezes por semana. Primeiro, com almofadas, com os irmãos. Depois, no chão da sala, com o pai. E, a seguir, com os amigos, fora de casa. Se nunca lutam podem, até, parecer exemplares. Mas não são crianças: tornam-se «xoninhas»;
    - as crianças têm o direito a não ser falsamente elogiadas. Sempre que as elogiam, como se fossem tolas, viram sapos. Podem até ser belas. Mas tornam-se adormecidas.

    3. Nas histórias para as crianças há, regra geral, uma princesa adormecida (de preferência formosa) e um cavaleiro apaixonado que se propõe despertá-la, com um fogoso beijo nos lábios. Mas, na verdade, quem estraga as histórias das princesas adormecidas não são nem os dragões nem as maçãs envenenadas. Nem o riso sarcástico das bruxas. Nem, muito menos, o lobo mau, o capitão Gancho ou a Maga Patalógica São mais os espelhos mágicos. E, pior, muitos pais enfeitiçam as crianças, tornando-as sapos, quando as transformam no seu precioso espelho mágico, ficando totós uns para os outros. E, mais beijo menos beijo, esquecem que, ao contrário das histórias, as pessoas só acordam sempre que despertam, umas para as outras, ao mesmo tempo.



    in Pais e Filhos

  • #2
    Inserido Inicialmente por EliGee Ver Mensagem
    Educação para Totós - Eduardo Sá


    Muitos pais enfeitiçam as crianças, tornando-as sapos, quando as transformam no seu precioso espelho mágico, ficando totós uns para os outros.
    1. Nas histórias para as crianças há, regra geral, uma princesa adormecida (de preferência formosa) e um cavaleiro apaixonado que se propõe despertá-la, com um fogoso beijo nos lábios. É verdade que poucos pais consideram que esta tendência obstinada de um transeunte, cheio de amor-próprio, para incomodar (com beijoquices) o eterno descanso da princesa seja um mau exemplo para as crianças. E é verdade, também, que se fosse um filho nosso a beijar (mesmo por distracção) um sapo com quem se tivesse cruzado, em vez de despontar – de tão fortuita fortuna - um príncipe teríamos lá em casa uma zaragata à italiana. Por outras palavras: não há quem entenda a forma imprudente como os adultos põem aos beijos as personagens das histórias para as crianças…
    Mas – pior ainda – o que me preocupa é que nessas histórias há sempre uma pessoa que dorme e outra que a desperta. E isto já é publicidade enganosa. Porque – todos sabemos – duas pessoas acordam sempre que aquilo que as liga as desperta, uma à outra, ao mesmo tempo. Aliás, eu acho que, com as crianças, se passa, sensivelmente, ao contrário do que sucede às princesas e aos sapos: elas estão despertíssimas mas, mais beijo menos beijo, há sempre alguém que não descansa enquanto não as adormece, por dentro, e as transforma em totós. (Se pensava que o lado enganador das histórias para as crianças passava pela forma como elas falam, por exemplo, de fadas – como se fosse possível encontrá-las numa qualquer repartição – ou pelo engenho com que põem uns pares de renas e o Pai Natal às voltas pelo ar, está muito enganado…).

    2. Histórias à parte, são muitas as circunstâncias em que os pais acumulam muitos créditos com os quais tornam as suas crianças um bocadinho adormecidas. Ou, se preferirem, um tudo-nada… totós. Daí que, para acabarmos, de vez, com esta tentação de transformarmos crianças despertas em totós adormecidos devemos dizer que:
    - as crianças estão autorizadas a sujar-se. As crianças que não se sujam não são uns anjos: ainda não descobriram que serão pessoas melhores sempre que forem pequenos índios com coração e com maneiras;
    - as crianças devem brincar, também, na rua. Sempre que só sentem a cidade através dos vidros do carro dos pais deixam de ser crianças: ficam macambúzias;
    - as crianças precisam de descobrir o tempo livre. Quando têm uma agenda e nunca mandam nos seus minutos – pelo menos quando brincam – não são crianças. São burocratas de mochila;
    - as crianças têm o «direito constitucional» de andarem de cabeça no ar. Sempre que alguém as quiser certinhas e crescidas ficam rezingonas. E só quando forem pais, com um sentimento que viveram adormecidos, é que irão perceber que só aprende quem põe ao leme, para sempre, a vontade de rir;
    - as crianças têm o dever de crescer com a ajuda de algumas trapalhices, porque só as crianças trapalhonas sabem que o brincar é a melhor escola de todos os imprevistos;
    - as crianças estão autorizadas a cair. Nunca caindo não aprendem a cair;
    - as crianças devem lutar, várias vezes por semana. Primeiro, com almofadas, com os irmãos. Depois, no chão da sala, com o pai. E, a seguir, com os amigos, fora de casa. Se nunca lutam podem, até, parecer exemplares. Mas não são crianças: tornam-se «xoninhas»;
    - as crianças têm o direito a não ser falsamente elogiadas. Sempre que as elogiam, como se fossem tolas, viram sapos. Podem até ser belas. Mas tornam-se adormecidas.

    3. Nas histórias para as crianças há, regra geral, uma princesa adormecida (de preferência formosa) e um cavaleiro apaixonado que se propõe despertá-la, com um fogoso beijo nos lábios. Mas, na verdade, quem estraga as histórias das princesas adormecidas não são nem os dragões nem as maçãs envenenadas. Nem o riso sarcástico das bruxas. Nem, muito menos, o lobo mau, o capitão Gancho ou a Maga Patalógica São mais os espelhos mágicos. E, pior, muitos pais enfeitiçam as crianças, tornando-as sapos, quando as transformam no seu precioso espelho mágico, ficando totós uns para os outros. E, mais beijo menos beijo, esquecem que, ao contrário das histórias, as pessoas só acordam sempre que despertam, umas para as outras, ao mesmo tempo.



    in Pais e Filhos
    Adorei!!!! Aliás este homem tem um dom do camandro!!!
    Veja o novo Blog de Culinária, o Manjar das Deusas

    Presidente da associação de madrinhas da PipocaeCompanhia

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    • #3
      "as crianças têm o «direito constitucional» de andarem de cabeça no ar. "

      Pois têm, se bem que tanta cabeça no ar, por vezes, exaspera

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      • #4
        Evian, sim, este homem é realmente inspirado!

        Caalex, é muito simples: é do direito das crianças andarem de cabeça no ar e direito dos pais exasperarem-se!

        Acho que isto se confunde muito: uns pais não compreendem a infância e nem a querem compreender, exigem demais, repreendem de mais, acham sempre que alguma coisa está a falhar e educam crianças ansiosas. Outros compreendem tão bem, são tão empáticos com as suas dificuldades e os disparates da idade, satisfazem tão avidamente as vontades das crianças, assumem durante toda a vida (e não apenas nos 1ºs anos de vida) manobras de distracção ao invés de uma posição de força (necessária para que a autoridade dos pais não se dilua) que criam crianças manipuladoras e egocentradas.

        Enfim... no meio está a virtude. Compreender que as crianças não são adultos em ponto pequeno é importante apenas para que as possamos aceitar e melhor gerir os eventuais conflitos. Mas isso não significa em momento algum que os pais deixem de assumir a sua posição, solicitar-lhes que correspondam, para que aos poucos tudo seja devidamente interiorizado!

        Eu bem que aceito que a minha piolha não chegue ao fim do dia com a roupa imaculada mas... não é por isso que calo a ordem expressa de segurar os talheres com modos e não se sujar por desleixe numa actividade em que isso não está implícto. (oh e nem te conto o que têm sido as refeições ultimamente lá por casa...termino sempre mais de 1h depois com a sensação que estive a domar uma jaula de leões!!! )

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        • #5
          Gostei

          Falando em histórias, ultimamente irrita-me a mania de tornar certas histórias tradicionais politicamente correctas. A minha filha não gosta de saber que o lobo mau dos 3 porquinhos fugiu ou levou um ralhete. Ou o dito cujo é severamente castigado pelas maldades que fez, ou temos sarilho.
          2 filhotes lindos

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          • #6
            Inserido Inicialmente por micaela24 Ver Mensagem
            Gostei

            Falando em histórias, ultimamente irrita-me a mania de tornar certas histórias tradicionais politicamente correctas. A minha filha não gosta de saber que o lobo mau dos 3 porquinhos fugiu ou levou um ralhete. Ou o dito cujo é severamente castigado pelas maldades que fez, ou temos sarilho.
            Tal e qual. Eu a primeira vez que li o Capuchinho Vermelho à minha filha agora já na idade de entender as coisas, hesitei na parte do comeu a avozinha e o caçador abriu-lhe a barriga e encheu-o de pedras e atirou-o ao lago, lol... Mas depois contei como lá está. Porque sei, pelas conversas que tenho com ela, que distingue muito bem o «é de fingir» e «é só das histórias/desenhos animados» das coisas a sério. Na fase do medo dos monstros no escuro, por exemplo, eu deixava-lhe sempre a luz acesa, mas repetia sempre que não há monstros nas nossas casas, os monstros é só nas histórias e nos desenhos animados, e ela tem essa noção.

            Outra coisa é com a comida. Estávamos a comer coelho, ela perguntou se era frango e eu disse que não, era coleho. Vi que ela ficou assim meio confusa porque uma pessoa conhecida tem um coelho de estimação, e expliquei-lhe que alguns animais comem animais e as pessoas também comem alguns animais, alguns coelhos são para brincar e outros para o tacho, lol. Ela própria uma vez me perguntou se aquele ovo tinha pintainho, a conversa é a mesma, uns ovos têm pintainhos, outros são para nós comermos. Nós vivemos na cidade, mas não quero que ela cresça a pensar que os frangos nascem nas prateleiras do supermercado :-D

            Elsa

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            • #7
              Eu não acho que as crianças se tornem tótós pela maioria das razões que o autor refere.
              Acho sim, a reflexão dele, muito tótó.
              Mas são opiniões...

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              • #8
                Inserido Inicialmente por ElsaTS Ver Mensagem
                Tal e qual. Eu a primeira vez que li o Capuchinho Vermelho à minha filha agora já na idade de entender as coisas, hesitei na parte do comeu a avozinha e o caçador abriu-lhe a barriga e encheu-o de pedras e atirou-o ao lago, lol... Mas depois contei como lá está. Porque sei, pelas conversas que tenho com ela, que distingue muito bem o «é de fingir» e «é só das histórias/desenhos animados» das coisas a sério. Na fase do medo dos monstros no escuro, por exemplo, eu deixava-lhe sempre a luz acesa, mas repetia sempre que não há monstros nas nossas casas, os monstros é só nas histórias e nos desenhos animados, e ela tem essa noção.

                Outra coisa é com a comida. Estávamos a comer coelho, ela perguntou se era frango e eu disse que não, era coleho. Vi que ela ficou assim meio confusa porque uma pessoa conhecida tem um coelho de estimação, e expliquei-lhe que alguns animais comem animais e as pessoas também comem alguns animais, alguns coelhos são para brincar e outros para o tacho, lol. Ela própria uma vez me perguntou se aquele ovo tinha pintainho, a conversa é a mesma, uns ovos têm pintainhos, outros são para nós comermos. Nós vivemos na cidade, mas não quero que ela cresça a pensar que os frangos nascem nas prateleiras do supermercado :-D

                Elsa
                Eu acho que se devem respeitar as idades e, sim, deixar as crianças ser crianças. A minha filha não vê o "como treinares o teu dragão" como outras crianças da mesma idade que conheço, mas ouve o capuchinho vermelho em que o caçador mata o lobo mau. De tal forma distingue as coisas que não pede a história dos porquinhos ou a do capuchinho mas sim as do lobo mau. Ela gosta de ouvir que ele levou um castigo a sério. Uma vez ainda tentei a versão soft mas ela ficou seriamente preocupada e desisti.
                Acho que as crianças ficam totós por excesso de protecção e por falta dela. Como já disseram, para tudo há um meio termo.
                2 filhotes lindos

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                • #9
                  Bem, isto não tem muito haver com o texto do autor, mas sim com histórias infantis.
                  Se há história que me irrita profundamente e faço questão de NÃO a contar à minha filha é do "Hansel e Gretel".
                  Mas que raio de história infantil conta que os filhos foram abandonados pelos pais porque eram pobres e não tinham nada para dar de comer aos filhos????
                  Acho que contar isto é mil vezes pior que contar que o lobo comeu a avó...

                  Comentar


                  • #10
                    Inserido Inicialmente por VC33 Ver Mensagem
                    Bem, isto não tem muito haver com o texto do autor, mas sim com histórias infantis.
                    Se há história que me irrita profundamente e faço questão de NÃO a contar à minha filha é do "Hansel e Gretel".
                    Mas que raio de história infantil conta que os filhos foram abandonados pelos pais porque eram pobres e não tinham nada para dar de comer aos filhos????
                    Acho que contar isto é mil vezes pior que contar que o lobo comeu a avó...
                    A que eu conheço não é assim, os putos perdem-se na floresta porque se armam em espertos. Comprei há tempos um livro do hans cristian andresen e tem lá histórias de arrepiar... Aliás, ainda ontem vi a rapariguinha dos fósforos que vem como extra no dvd da pequena sereia e chorei. Não acho de todo uma história apropriada para crianças muito pequenas.
                    2 filhotes lindos

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                    • #11
                      E já agora, também acho parvo limitar-se uma menina às eternas histórias de princesas totós que limpavam a casa sem reclamar, e que ficam sentadinhas à espera do príncipe encantado. Esta é só para provocar
                      2 filhotes lindos

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                      • #12
                        Concordo. Mas hoje em dia já há histórias adaptadas à nossa realidade como uma da Branca de Neve que me fartei de rir.
                        Só acho que os contos de fadas são isso mesmo...histórias encantadas que, apesar das dificuldades ( tipo bruxas e irmãs mázonas) têm sempre um "happy ending"

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                        • #13
                          Mas eu não gosto das versões "humorísticas" que se fazem agora, porque para perceber as piadas é preciso conhecer a versão original. Digamos que gosto mais da Ariel do que da Bela Adormecida por ser mais despachada e mexida
                          O happy ending faz parte da história, para a criançada ver que os bons ganham e os maus são castigados. AS versões da Disney é que às vezes são um bocadinho enjoativas demais. Por exemplo, tenho uns livros com a história da branca de neve e da cinderela com versões bem diferentes da versão disney. E felizmente há muitas outras histórias para contar e para ouvir, muitas delas nacionais. Temos as fábulas de La Fontaine, os contos do Teófilo Braga, as histórias da Sophia de Mello Breyner... Por exemplo, o meu marido é prof de português e há tempos contou à nossa filha de 2 anos a história da Saga, um livro que se dá no 8º ano e a pequenita adorou ouvir. Nem piscava os olhos!
                          2 filhotes lindos

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                          • #14
                            LOL

                            A mim o que me chateiam nestas histórias é a princesa (rapariga) precisar SEMPRE de salvação (de um homem) - que não pode ser um qualquer - tem de ser um princípe!

                            Estes contos de fadas dão cabo de muitas relações adultas, é o que é!


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                            • #15
                              Eu adoro ler o autor, mas fiquei estado em choque com "se não lutam, são xoninhas"?! que raio de discurso é este? eu acredito que as coisas se resolvem a conversar e é mesmo isso que tento passar à minha filha.
                              E sim, também me recuso a dizer-lhe que o lobo é mau e a ler-lhe histórias extremamente violentas. Hoje em dia já não há desculpa - há livros e histórias por toda a parte. Agora castigar alguém, abrindo-lhe a barriga e pondo-lhe pedras lá dentro??? E que as madrastas são más??? Caramba!!! Querem que os deixem ser crianças à vontade, só não entendo o que é que "atirei um pau ao gato" tem assim de tão benéfico para os nossos filhos!

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