Literatura infantil sobre o tema adopção

[guibi]

Olá... Gostaria de saber se alguém conhece livros infantis sobre o tema de crianças adoptadas...Tenho uma amiga que conseguiu finalmente adoptar uma crinça e nao sabe como abordar o tema com o seu filho. Sei que através de histórias é mais fácil...

Alguém conhece algum livro?

Obrigada

[SimplesmenteRit@]

RE:

Olá... Gostaria de saber se alguém conhece livros infantis sobre o tema de crianças adoptadas...Tenho uma amiga que conseguiu finalmente adoptar uma crinça e nao sabe como abordar o tema com o seu filho. Sei que através de histórias é mais fácil...

Alguém conhece algum livro?

Obrigada

olha pk nã conta ela a propria historia ao filhote?

tenho uma conheçida k foi assim k fez....


jokas

[Carla Mar]

RE:

olá,

o livro da Camila e seus amigos aborda o tema
CM

[Marta_1]

RE:

Olá.

Aqui ficam algumas sugestões:

- O Coelhinho Tremeliques (Gailivro)
- As Cores de Mateus (Everest Editora)
- Grávida do Coração

Marta

[mafalda noronha]

RE:

Oi Marta!
Apesar de eu ainda nem ter o processo de adopção concluido, a questão de "como vamos contar-lhe?!?!!? Com que idade???" vive já quase diariamente nas nossas cabeças...

Conheces os livros que indicaste?!
Podes +- dizer-me o assunto, ou como aborda o tema?!
Desculpa a pergunta mas, acredito que venha a ser interessante para nós e, gostava de saber um pouco mais sobre os livros pois, não terei oportunidade de ir eu a uma livraria contrar e assim, poder dar uma vista de olhos...
Como moro no brasil, vou ter que comprar pela net... ou pedir a alguém que compre e ponha no correio...

Obrigada!
Mafalda

[Marta_1]

RE:

Olá, Mafalda

O Coelhinho Tremeliques é um livro para crianças pequenas (a partir dos 3/4 anos). O Tremeliques é um coelhinho filho adoptivo de um vaca e de um cavalo (estranho, mas é assim). Os pais decidem contar-lhe que nasceu de uma coelhinha que não podia tratar dele pois já tinha muitos coelhinhos. Segue-se a recusa do Tremeliques em aceitar essa ideia e quando confrontado com a diferença física, foge a esconder-se e tentar mudar as orelhas e o rabo para ficar parecido com os pais. Depois, percebe que essas diferenças não têm importância, pois os pais que ele conhece são de facto os seus verdadeiros pais e há outras coisas que os unem - como o gosto pelas cenouras!

As Cores de Mateus é diferente, aborda a adopção mas também a diferença de cor. O Mateus é um menino "negro como a noite", que veio de uma ilha distante e a mãe é branca. Mostra como abordar a questão da diferença e da adopção com naturalidade.

Grávida do Coração não é propriamente um livro infantil; é a resposta a um conjunto de questões que uma criança adoptada pode colocar. É interessante e pode ser lido com crianças mais velhas.

Eu, confesso, não dei grande importância aos livros. Julgo que os pais sabem instintivamente quando contar e como falar da adopção ao seu filhos. Não há momentos definidos. Há quem diga que deve ser quando se entra para a escola (eu acho tarde), mas tudo dependerá da idade com que a criança é adoptada, das suas memórias e do seu desenvolvimento. O importante é abordar a questão com naturalidade e com alguma neutralidade relativamente à familia biológica. A minha filha tinha quase 2 anos quando a adoptei. Fui abordando progressivamente o assunto. Comecei por lhe dizer que ela era minha filha do coração, que não tinha nascido da minha barriga mas do meu coração (embora já li que não se deve dizer isto). Só mais tarde é que disse claramente que tinha nascido da barriga de outra senhora (não de outra mãe, mas de outra senhora), que não podia ficar com ela pois estava doente (o que é verdade) e que por isso me a tinha entregue. É importante reforçar a ideia de que agora são nossos filhos e que ficarão connosco para sempre, para evitar medos e ansiedades. Pode haver a tentação de dizer coisas negativas sobre a familia biológica - como, não gostavam de ti, tratavam-te mal - mas isso pode levar a que a criança se culpabilize, atribuindo a si própria a responsabilidade do que lhe possa ter acontecido. Mais tarde, quando tiverem idade para melhor compreenderem o seu passado, e à medida que as perguntas surgirem, poder-se-á então falar dos pormenores. Mas acho que não há receitas. A única que tenho é a de falar o mais abertamente possível, não criar tabus que as crianças pressentem e que lhe geram ansiedade. A minha filha fez agora 4 anos e há dias virou-se para uma colega minha e, vindo do nada e com a maior das naturalidade, disse: sabes, eu nasci da barriga de outra senhora e do coração da minha mãe!

Não sei se ajudei em alguma coisa.

Bjs

Marta