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parto em casa

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  • Sinceramente... qualquer parto onde a vontade da mulher, a segurança física e emocional da mãe e da criança sejam asseguradas é um parto humanizado.
    O parto humanizado não é o local, nem a forma... é todo o processo!
    O meu parto foi de cesariana. O respeito por mim, pelo meu corpo, pela minha filha foi total! Por isso foi tão humanizado quanto qualquer outro e tão maravilhoso como qualquer outro!

    O tipo e local de parto deve tb ser uma opção totalmente informada da mulher. O grande problema é quando a opção de parto domiciliar é tomada na total desinformação e mau acompanhamento e esses levam a tragédias...
    A desinformação e o mau acompanhamento é muito mais vulgar no parto domiciliar do que no parto hospitalar.

    acho sinceramente que se está a confundir "humanização do parto" com "parto domiciliar".... são conceitos distintos...


    \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

    \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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    • "(...) Quando ele fala em humanizar está se referindo a tratar com mais gentileza e "humanidade" as pacientes nos Centros Obstétricos; refere-se a uma abordagem menos agressiva e mais racional do manejo das internações. Porém eu considero humanização do nascimento algo muito mais profundo do que isso. Vai além de fazer um centro obstétrico mais arejado, enfermeiras e atendentes sorridentes ou colocar vasos de flores nos quartos.

      Humanização do Nascimento tem a ver com a posição em que a cliente/parturiente ocupa neste cenário. Neste sentido humanizar tem a ver com feminilizar. Enquanto o nascimento for manejado de forma masculina ele nunca será verdadeiramente humanizado. É inadmissível que um fenômeno tão intrinsecamente feminino seja gerenciado por pressupostos tão marcadamente masculinos! Se a paciente se mantém como objeto, como indivíduo passivo, como alguém sobre a qual recaem as forças cegas e desorganizadas da natureza, necessitando por isso um cuidado intensivo no sentido de salvá-la do seu destino cruel, então nem 1 milhão de flores, rosas, jasmins, cravos, orquídeas e nem milhares de sorrisos benevolentes tornarão este parto um parto humanizado.

      O que torna um parto humanizado, ao contrário do manejo alienante que encontramos nas nossas maternidades, é o protagonismo conquistado por esta mulher. A posição de cócoras, a presença do marido/acompanhante, a diminuição de algumas intervenções sabidamente desnecessárias, o local do nascimento, etc. não são suficientes para tornar um nascimento "feminino e humanizado". É necessário muito mais do que isso.

      Não existe humanização do nascimento com mulheres sem voz. É preciso que esta mulher, consciente da sua posição como figura central no processo, faça valer seus direitos, sua autonomia e seu valor. O que torna um obstetra (ou profissional do parto) humanista ou não, é a capacidade de estimular a participação, o envolvimento efetivo e a condução deste processo a quem de direito: a mãe. Sem estes requisitos de nada adiantam maternidades lindas, belas, arejadas, limpas, assépticas, com enfermeiras gentis e sorridentes.

      Usando como exemplo a questão prisional, uma penitenciária não se torna humana simplesmente varrendo as celas e oferecendo roupas limpas aos detentos. Nem tampouco com carcereiros gentis e sorridentes. Ela se torna humana se a lei é bem aplicada, se não ocorre injustiça na aplicação das penas, se os presos tem os seus direitos respeitados.

      Desta forma, muito mais importante que a humanização da forma, é necessário instituir a humanização dos conceitos. É fundamental construir uma visão nova, que resgate este protagonismo perdido pela tecnocracia dogmática e fechada do cientificismo religioso. Sem este delineamento do que concebemos por humanização ficaremos todos tratando por um mesmo termo conceitos completamente diversos.

      Enfim, o projeto de humanização do Parto e Nascimento inicia-se por uma definição clara do que entendemos por "humanizar", para que a partir de conceitos firmes e sólidos possamos construir um modelo mais justo e adequado para as mulheres, sua família e seus filhos."
      http://www.humpar.org/o-que-eacute-o...umanizado.html - O que é o Parto Humanizado


      Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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      • Clara... O Ric (quem escreveu esse texto) foi o nosso formador no curso de Educadora Perintal... Acho fantástica uma frase que resume quase tudo...

        "Não existe humanização do parto com mulheres sem voz"...

        Quanto ao lutar estando grávida...
        É nesta altura que despertamos para uma serie de situações que antes nos passavam um pouco ao lado...
        E se não for "agora" (GRAVIDA) que a mulher luta... luta quando? quando tiver parido sem qualquer respeito!?

        As lutas não escolhem datas nem horários... Quando é preciso luta.se... e como é preciso sempre...

        Bjs
        BABS

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        • Não concordo, nem gosto desta linha de abordagem da humanização do parto. Sempre achei que o discurso do "protagonismo" da mulher não nos levaria longe. A verdade é que no Brasil, ao fim de mais de praticamente duas décadas de humanização do parto, só em 2008 conseguiram baixar um pouco a taxa de cesariana. Deveriamos nós portugueses nos questionar porquê? e em que "falhou" o movimento do parto humanizado no Brasil...
          Seremos muito melhor compreendidas quando quisermos passar esse protagonismo para o nosso bebé. Quando as nossas motivações for o bebé, aí sim seremos garantidamente mais ouvidas e nem precisaremos de voz "grossa". Basta pensar nos prós e contras das induções, cesarianas, restrição de movimentos, etc, etc, na perspectiva do bebé. Basta colocarmo-nos e convidar os outros a se colocarem no lugar do bebé, e tudo será bem mais fácil de conseguir e compreender. O bebé tem um papel muito mais activo no parto do que aquilo que é dado a conhecer à Mulher.

          Gostaria ainda de comentar esta frase:"A desinformação e o mau acompanhamento é muito mais vulgar no parto domiciliar do que no parto hospitalar".
          Apesar de o parto em casa não estar devidamente regulamentado no nosso país, se fizessemos uma análise comparativa, iriamos concluir que tal como os estudos têm demonstrado, em Portugal, o parto em casa é melhor sucedido que o parto hospitalar. Naturalmente que a partir do momento em que há mais procura, também passa a haver mais casos de insatisfação. Mas está garantidamente longe dos números hospitalares, seja a nível de desinformação, seja de mau acompanhamento.
          Há ainda um longo caminho a fazer no parto em casa em Portugal, e neste momento ele depende acima de tudo do nível de responsabilidade e integridade dos intervenientes, mas a verdade é que estatisticamente não podemos dizer que tem piores resultados que os partos hospitalares. Longe disso.

          Assim como há um longo caminho a fazer no parto hospitalar. Somos um país que temos alguma dificuldade em aprender com os outros, gostamos de dar voltas e mais voltas a tentar descobrir a roda, quando ela está mais do que descoberta...e depois levamos anos a apanhar a corrida.

          Feliz Ano Novo! E que 2011 seja um Excelente Ano para os vossos bebés!
          Ultima edição por SandraO; 29-12-2010, 19:35.

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          • Sandra, concordo quando dizes que o interesse deve ser sempre no bebé... mas o bebé não tem voz, ou melhor... a voz dele é a nossa voz... por isso só quando as mulheres tomarem posições concretas face ao seu parto, sendo protagonistas das suas próprias decisões, é que podemos avançar...

            No meu caso concreto, tudo o que pedi/exigi/planeei, foi tendo como foco a minha filha...
            Se não levei oxitocina foi a pensar na minha filha, se não levei epidural foi a pensar nela...

            Quando falamos em protagonismo, falamos essencialmente em dar oportunidade à mulher/mãe de tomar as decisões que acha melhor para si e para o seu filho...

            Quanto à frase que comentaste... Sinceramente acho que existe mais informação em quem decide ter um parto em casa, mas que não é a "mais informação" que faz com que a pessoa decida ter em casa... O que acontece, é que quem tem esse desejo de ter em casa, acaba por pesquisar mais...
            Muitas mulheres entregam.se aos Deuses dos hospitais...
            Mas também sei de quem se tenha deixado entregar cegamente num parto em casa... e isso não é necessáriamente bom!

            Uma excelente entrada em 2011... com os 2 pés... que isto de entrar so com o direito não tem funcionado... lol

            Bjinhos
            BABS

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            • Cruzamento de dados/opiniões, experiências e de sabedoria modesta...!

              Isto é o q se pretende de cada tópico neste fórum, na minha modesta opinião, mas é pena qdo me deparo c pessoas q simplesmente querem impor os seus conhecimentos, verdadeiros ou não-não estou a colocar em causa, apenas acho q devemos aprender a escutar mais p aprendermos c isso...não vou citar nomes, pq mtas vezes tb me incluo neste aparte q acabo de escrever...
              Sou uma leiga no assunto e tenho mt q aprofundar sobre o assunto da humanização do parto, seja hospitalar ou domiciliar não importa, a escolha consciente e informada é da mulher, q tem em 1º lugar o seu bebé, pelo menos eu penso q o meu filho está sempre no topo...tendo em conta tb q nós é q optamos pelo q seja mais adequado p correr tudo bem p ambos, mas a voz é nossa q se expressa pelos 2ou mais...

              Feliz Ano 2011!
              bjokas
              Aborto Espontâneo:29 Setembro 08(6s+3d)*Aborto Espontâneo:6 Fevereiro 09(10s+5d)*Aborto Espontâneo:19 Setembro 11(4s+4d)-Até sempre Filhos, os Papás Amam-vos mto...juntinhos a Jesus, olhem pelos Papás...

              Madrilhadas e seus bebés: angelcruz e Gonçalo*sofia. e Inês*kibinha e Dinis*Sorodrigues e Martim*beluska e Martim*BlueMiri e Gabriela

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              • Sandra,
                poderias explicar o que queres dizer por "melhor sucedido" nesta tua frase?:

                "Apesar de o parto em casa não estar devidamente regulamentado no nosso país, se fizessemos uma análise comparativa, iriamos concluir que tal como os estudos têm demonstrado, em Portugal, o parto em casa é melhor sucedido que o parto hospitalar."

                Pergunto isto porque, em princípio, um parto em casa é um parto de baixo risco, enquanto que no hospital ou maternidade recebem parturientes cujo o parto se prevê de baixo risco ou alto risco. Os estudos que referes levam em conta esta condicionante? Isto é, comparou-se somente partos de baixo risco? Levou-se em conta os partos em casa em que a parturiente teve de ser transferida para o hospital?

                Outro ponto:
                concordo - falando em termos percentuais - que as mulheres que optam por um parto em casa estão melhor informadas do que as que optam por um parto no hospital. No entanto, é sabido, que o número de partos em casa comparado com o número de partos no hospital é infímo. Desta forma, poder-se-á supor que o número bruto de mulheres bem informadas que opta pelo parto no hospital é o mesmo ou até superior ao número das mulheres bem informadas que opta pelo um parto em casa.

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