RE: O meu parto...
agora sim... percebo o teu ponto de vista! e concordo a 100%!
Caalex (16-06-2010)
Tantas questões!
Para começar há 2 termos com os quais não me sinto à vontade "parto normal" (os outros são o quê? "anormais"?" e parto humanizado pois é muito associado com parto 100% fisiológico. Eu sou mais prozaica: cesariana, parto instrumentalizado, parto induzido, parto vaginal c/ ou sem epidural e por aí.
"andar novo" só tive na gravidez na I. quando a rapariga decidiu encaixar de determinada forma que me obrigou a ir à maternidade ver o q se passava.
Nunca tive dores após o parto, mesmo nos minutos imediatos. E nunca tive qualquer limitação.
Tive dores no parto a S. (e não considero sofrimento pois tem conotação negativa) e no parto da Inês praticamente não tive (se fosse o 1º parto acho que a rapariga nasceria em casa pois pensaria que o que sentia não podiam ser dores de parto).
Eu distingo dores de sofrimento. Dores é um mau estar físico, sofrimento é muito mais do que isso. Nunca fiz questão de sentir dores, se não houvesse dores, melhor ainda. Mas nunca lhes dei importância, nunca foi algo que me ocupasse a mente mesmo durante a primeira gravidez.
Há sim mulheres que consideram a dor uma parte essencial do parto e que não o concebem sem elas. Mas para elas as dores são importantes, como se fossem um ritual de passagem, mas apesar de doerem não são temidas e encaradas como sofrimento.
O que eu acho essencial num parto (seja ele vaginal ou não) é que seja um momento do bebé e da mãe, que esse momento não lhe seja roubado, que quem acompanhe o parto respeite a individualidade de cada um, que não se cause ansiedades desproprositadas, que a mulher não se sinta amedrontada como se estivesse em terreno hóstil, que não separe a mãe do bebé por motivos fúteis.
Penso que se estas "prerrogativas" estivem presentes, esteremos perante um parto/nascimento que é uma experiência enriquecedora, gratificante e que será um óptimo ponto de partida para a mãe se sentir mais confiante para fazer face aos desafios da sua nova condição.
(Para te situar MB: eu sempre considerei o parto como um processo natural. Eu estava grávida, não estava doente, porque motivo então me viria num parto em que era tratada como se se tratasse duma doença? E acho que tem muito a ver com a minha experiencia anterior de cirúrgias, anestesias, hospitais e tal (e por norma reajo mal a analgésicos)l. Ou seja, eu queria que o tratamento que recebesse nos meus partos fosse o mais distante possível da realidade que eu já conhecia, desde que houvesse condições para tal, ou seja vivê-lo como uma experiência normalíssima e ao mesmo tempo transcendental)
MBprincesa (16-06-2010)Caalex:
percebo o teu ponto de vista relativamente ao parto humanizado.... mas, parto normal sem dor é possível (seja ela antes, durante ou depois)?
Todos os casos que conheço tiveram a sua quota parte de sofrimento (perfeitamente suportável, é certo!). Mesmo quem não sofreu no parto diz-me sempre que nos dias seguintes "teve um andar novo"...
Eu sou sincera... não sei se por ter tido uma óptima experiência com a minha cesariana (nem pontos exteriores levei e a costura desapareceu... nota-se maisas marcasdo pneu...) mas se fosse ter um filho agora acho que me medrontava toda e pedia novamente cesariana...
se calhar só tenho que vivênciar outra coisa para perceber melhor...
percebo o teu ponto de vista relativamente ao parto humanizado.... mas, parto normal sem dor é possível (seja ela antes, durante ou depois)?
Todos os casos que conheço tiveram a sua quota parte de sofrimento (perfeitamente suportável, é certo!). Mesmo quem não sofreu no parto diz-me sempre que nos dias seguintes "teve um andar novo"...
Eu sou sincera... não sei se por ter tido uma óptima experiência com a minha cesariana (nem pontos exteriores levei e a costura desapareceu... nota-se maisas marcasdo pneu...) mas se fosse ter um filho agora acho que me medrontava toda e pedia novamente cesariana...
se calhar só tenho que vivênciar outra coisa para perceber melhor...
Para começar há 2 termos com os quais não me sinto à vontade "parto normal" (os outros são o quê? "anormais"?" e parto humanizado pois é muito associado com parto 100% fisiológico. Eu sou mais prozaica: cesariana, parto instrumentalizado, parto induzido, parto vaginal c/ ou sem epidural e por aí.
"andar novo" só tive na gravidez na I. quando a rapariga decidiu encaixar de determinada forma que me obrigou a ir à maternidade ver o q se passava.
Nunca tive dores após o parto, mesmo nos minutos imediatos. E nunca tive qualquer limitação.
Tive dores no parto a S. (e não considero sofrimento pois tem conotação negativa) e no parto da Inês praticamente não tive (se fosse o 1º parto acho que a rapariga nasceria em casa pois pensaria que o que sentia não podiam ser dores de parto).
Eu distingo dores de sofrimento. Dores é um mau estar físico, sofrimento é muito mais do que isso. Nunca fiz questão de sentir dores, se não houvesse dores, melhor ainda. Mas nunca lhes dei importância, nunca foi algo que me ocupasse a mente mesmo durante a primeira gravidez.
Há sim mulheres que consideram a dor uma parte essencial do parto e que não o concebem sem elas. Mas para elas as dores são importantes, como se fossem um ritual de passagem, mas apesar de doerem não são temidas e encaradas como sofrimento.
O que eu acho essencial num parto (seja ele vaginal ou não) é que seja um momento do bebé e da mãe, que esse momento não lhe seja roubado, que quem acompanhe o parto respeite a individualidade de cada um, que não se cause ansiedades desproprositadas, que a mulher não se sinta amedrontada como se estivesse em terreno hóstil, que não separe a mãe do bebé por motivos fúteis.
Penso que se estas "prerrogativas" estivem presentes, esteremos perante um parto/nascimento que é uma experiência enriquecedora, gratificante e que será um óptimo ponto de partida para a mãe se sentir mais confiante para fazer face aos desafios da sua nova condição.
(Para te situar MB: eu sempre considerei o parto como um processo natural. Eu estava grávida, não estava doente, porque motivo então me viria num parto em que era tratada como se se tratasse duma doença? E acho que tem muito a ver com a minha experiencia anterior de cirúrgias, anestesias, hospitais e tal (e por norma reajo mal a analgésicos)l. Ou seja, eu queria que o tratamento que recebesse nos meus partos fosse o mais distante possível da realidade que eu já conhecia, desde que houvesse condições para tal, ou seja vivê-lo como uma experiência normalíssima e ao mesmo tempo transcendental)
agora sim... percebo o teu ponto de vista! e concordo a 100%!
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