Bem, contando um pouco da minha história, a minha mãe (quer dizer, ambos os meus pais, mas já que falamos de mães...) sempre foi uma péssima mãe... Estragou a minha infância e principalmente a minha adolescência, por me ter feito crescer num ambiente de violência (principalmente psicológica), gostava de fazer queixinhas ao meu pai para ele me bater (embora nunca fosse daquelas tareias feias, era uma grande violência psicológica) e ela ficava a ver e nunca me defendia. A par disto tudo, fez-me crescer a acreditar que tudo o que eu fazia estava errado, que eu era uma adolescente má e egoísta, apenas tinha de viver para satisfazer as vontades da Sra., tais como arrumar a casa, mostrar aos outros que era feliz (sim, a minha mãe vive de aparências), lamber-lhe as botas... e o que eu queria ou sentia não era importante.
Nas minhas crises de "amor" (naquelas alturas em que achamos que o mundo vai acabar por um rapaz não gostar de nós), dizia-me que eu só me fazia de vítima, que era uma egoísta, e que ela é que era uma desgraçada lá em casa! Só tenho pena de, nessa altura ser tão carente e viver realmente com medo de que se chateassem comigo (tratavam-me como um estorvo) porque acreditava mesmo que nada do que eu fazia estava bem feito. Chegou a dizer-me que nunca ia ser nem metade daquilo que era a minha irmã (??????).
Os grandes marcos felizes da minha vida são o início do meu namoro com o meu marido (há quase 7 anos) e quando comprámos casa (há mais de dois anos), porque me libertei e saí debaixo da influência dela.
Ela gosta muito do meu marido, trata-o como mais que um filho e eu não me importo, só tenho pena que o meu marido não entenda a 100% o quanto a minha mãe destruíu a minha infância, suposta fase de inocência e ache que ela era assim por ser fruto daquilo que ela tenha passado também na sua infância.
Acredito que este meu testamento vá chocar as foristas mais sensíveis, mas tenho uma aversão terrível à minha mãe. Tenho não me lembrar deste passado que quero a todo o custo esquecer, mas às vezes desabafar ajuda e para mim tem sido terapia
Não sinto aquele amor pela minha mãe, não consigo abraçá-la pois sinto repulsa e nojo e só a beijo como forma de cumprimento, com o mesmo sentimento que sinto por um conhecido a quem digo "Olá, tudo bem?" Detesto que ela toque na minha barriga, porque é como se sentisse que a aura dela fosse má, e é deveras desconfortável sentir a mão dela sobre este ser frágil que amo quero a todo o custo proteger (estou de 24 semanas). Detesto ouvir a voz dela, olhar para a cara dela, e perceber que, ao fim de quase 25 anos de convivência com ela, continua uma pessoa que vive de aparências, sempre a viver em função do que pensam os outros, não conseguindo assim ser feliz nem permitir que alguém seja feliz ao seu lado - Nada mudou...
Já por diversas vezes lhe falei de tudo o que tenho entalado e ela (coitadinha) vai fazer queixinhas a dizer que eu a fiz chorar lágrimas de sangue, e que ninguém gosta mais de mim do que ela (tadinha!!) Ela já tem um neto (filhote da minha mana, com 6 aninhos) e faz-lhe as vontadinhas todas, muitas vezes contrariando as indicações dadas pela minha irmã, bem mais paciente e tolerante do que eu. Não suporta que lhe batam (a minha mana e o meu cunhado é raríssimo bater no piolho, só mesmo em casos extremos, pois ele é muito bem comportado, mas faz parte... e é uma palmadita no rabo, nunca na cara ou na cabeça, como ela gostava de fazer), diz que fica para morrer quando ralham com o menino e que sabe que errou muito (eu estou sempre a dizer-he: "se não gostas de ver ralhar com o menino, porque me bateram tanto??)... Põe-se a chorar para eu me calar e ter pena dela... Que ser despresível...
Hoje em dia, está sempre a queixar-se que ninguém lhe liga, ninguém lhe telefona, nem eu nem a minha irmã, mas ela sabe bem porque... Tem sempre a necessidade de se justificar e dizer "Eu sei que errei muito" mas já vem tarde, pois a má índole dela continua lá...
É raro ela vir a minha casa (2 ou 3 vezes por mês). Está sempre com lamúrias, nunca consegue ver o lado brilhante da vida, sempre a fazer o choradinho, a dizer que não chateia ninguém, mas que toda a gente a chateia a ela (o paleio da vítimização)... Vive agarrada ao passado, a quem lhe fez mal e deixa-me deprimida a mim ter de estar com ela e conviver com ela.
É autenticamente, para mim, pior que uma sogra daquelas pérolas que já aqui li... porque pelo menos com a minha sogra (de quem aliás, gosto muito) não partilho o sangue nem a infância nem a história...
Caras amigas virtuais, se chegaram até aqui obrigada por me permitirem partilhar a minha história convosco e assim me libertar um pouco mais deste peso nos meus ombros. Sei que este tópico está carregado de sentimentos tristes e ruins mas, se alguém sentir o mesmo, partilhe também, pois às vezes sinto-me um bicho raro... Chego a sentir inveja das foristas que tratam a mãe por "mamã" e dizem que a adoram...
O que vale é que consegui ver o erro que foi a minha vida até aos meus 19 anos e permitir-me ser muito feliz hoje, apesar desta nuvem negra!
Ser feliz e fazer a minha família feliz - marido e filho que em breve chegará - são as minhas prioridades máximas!
Muitos beijinhos, desejos de coisas boas para todas!
Nas minhas crises de "amor" (naquelas alturas em que achamos que o mundo vai acabar por um rapaz não gostar de nós), dizia-me que eu só me fazia de vítima, que era uma egoísta, e que ela é que era uma desgraçada lá em casa! Só tenho pena de, nessa altura ser tão carente e viver realmente com medo de que se chateassem comigo (tratavam-me como um estorvo) porque acreditava mesmo que nada do que eu fazia estava bem feito. Chegou a dizer-me que nunca ia ser nem metade daquilo que era a minha irmã (??????).
Os grandes marcos felizes da minha vida são o início do meu namoro com o meu marido (há quase 7 anos) e quando comprámos casa (há mais de dois anos), porque me libertei e saí debaixo da influência dela.
Ela gosta muito do meu marido, trata-o como mais que um filho e eu não me importo, só tenho pena que o meu marido não entenda a 100% o quanto a minha mãe destruíu a minha infância, suposta fase de inocência e ache que ela era assim por ser fruto daquilo que ela tenha passado também na sua infância.
Acredito que este meu testamento vá chocar as foristas mais sensíveis, mas tenho uma aversão terrível à minha mãe. Tenho não me lembrar deste passado que quero a todo o custo esquecer, mas às vezes desabafar ajuda e para mim tem sido terapia
Não sinto aquele amor pela minha mãe, não consigo abraçá-la pois sinto repulsa e nojo e só a beijo como forma de cumprimento, com o mesmo sentimento que sinto por um conhecido a quem digo "Olá, tudo bem?" Detesto que ela toque na minha barriga, porque é como se sentisse que a aura dela fosse má, e é deveras desconfortável sentir a mão dela sobre este ser frágil que amo quero a todo o custo proteger (estou de 24 semanas). Detesto ouvir a voz dela, olhar para a cara dela, e perceber que, ao fim de quase 25 anos de convivência com ela, continua uma pessoa que vive de aparências, sempre a viver em função do que pensam os outros, não conseguindo assim ser feliz nem permitir que alguém seja feliz ao seu lado - Nada mudou...
Já por diversas vezes lhe falei de tudo o que tenho entalado e ela (coitadinha) vai fazer queixinhas a dizer que eu a fiz chorar lágrimas de sangue, e que ninguém gosta mais de mim do que ela (tadinha!!) Ela já tem um neto (filhote da minha mana, com 6 aninhos) e faz-lhe as vontadinhas todas, muitas vezes contrariando as indicações dadas pela minha irmã, bem mais paciente e tolerante do que eu. Não suporta que lhe batam (a minha mana e o meu cunhado é raríssimo bater no piolho, só mesmo em casos extremos, pois ele é muito bem comportado, mas faz parte... e é uma palmadita no rabo, nunca na cara ou na cabeça, como ela gostava de fazer), diz que fica para morrer quando ralham com o menino e que sabe que errou muito (eu estou sempre a dizer-he: "se não gostas de ver ralhar com o menino, porque me bateram tanto??)... Põe-se a chorar para eu me calar e ter pena dela... Que ser despresível...
Hoje em dia, está sempre a queixar-se que ninguém lhe liga, ninguém lhe telefona, nem eu nem a minha irmã, mas ela sabe bem porque... Tem sempre a necessidade de se justificar e dizer "Eu sei que errei muito" mas já vem tarde, pois a má índole dela continua lá...
É raro ela vir a minha casa (2 ou 3 vezes por mês). Está sempre com lamúrias, nunca consegue ver o lado brilhante da vida, sempre a fazer o choradinho, a dizer que não chateia ninguém, mas que toda a gente a chateia a ela (o paleio da vítimização)... Vive agarrada ao passado, a quem lhe fez mal e deixa-me deprimida a mim ter de estar com ela e conviver com ela.
É autenticamente, para mim, pior que uma sogra daquelas pérolas que já aqui li... porque pelo menos com a minha sogra (de quem aliás, gosto muito) não partilho o sangue nem a infância nem a história...
Caras amigas virtuais, se chegaram até aqui obrigada por me permitirem partilhar a minha história convosco e assim me libertar um pouco mais deste peso nos meus ombros. Sei que este tópico está carregado de sentimentos tristes e ruins mas, se alguém sentir o mesmo, partilhe também, pois às vezes sinto-me um bicho raro... Chego a sentir inveja das foristas que tratam a mãe por "mamã" e dizem que a adoram...
O que vale é que consegui ver o erro que foi a minha vida até aos meus 19 anos e permitir-me ser muito feliz hoje, apesar desta nuvem negra!
Ser feliz e fazer a minha família feliz - marido e filho que em breve chegará - são as minhas prioridades máximas!
Muitos beijinhos, desejos de coisas boas para todas!
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