Pois é, a minha vida deu uma grande reviravolta a partir do momento em que disse "Estou grávida".
Sou prof e desde 2005 que trabalhava num colégio semi-privado, a contratos a termo. No entanto, no ano lectivo que findou, o de 2006/2007, ninguém me apresentou contrato para assinar. Há já alguns tempos que ouvia as minhas colegas dizerem que, quando pensaram engravidar e, assim que soubeream, se foi positivo, informaram logo a direcção pedagógica. Eu fiz o mesmo: no dia a seguir a ter feito o teste e antes da confirmação laboratorial informei a direcção que pensava estar grávida. A parte masculina deu-me os parabéns mas a directora foi extremamente desagradável, o que me desapontou imenso, pois gostava mesmo dela e da apreaciação ao meu trabalho. Saiu-se com este brinde, em voz fria: "Não sei por que está assim! Estar grávida é o estado natural da mulher." Quando anunciei que ia tentar não faltar para ir às consultas mas se faltasse que deixaria tudo tão bem preparado que até a sra das limpezas daria a aula, disse-me, quase a ralhar: "Não pense que vai faltar, Mara. As outras prof que estiveram grávidas marcaram sempre consultas em pós-laboral.". Fiquei atónita. Disse-lhe que iria ser seguida pelo SNS e não pelo privado e que estaria sujeita aos horários que me marcassem mas que tentaria, então, não faltar às aulas.
A partir desse momento, passei de bestial a besta. Nunca mais tive um minuto de sossego. Além das bocas, do género, "este ano é uma chatice, não podemos contar com a Mara" ou "A Mara não conta", o trabalho a fazer parecia ter quadriplicado e estava a chegar cada vez mais tarde a casa. Entrava às 9h mas nunca tinha hora certa para sair. Além disso, havia toda uma série de festejos (o dia dos namorados, a chandeleur, o dia do pai, etc.), ou no final do dia ou durante os intervalos ou... aos sábados.
Aguentei tudo o máximo que pude e tentei andar o mais calma possível. No entanto, todos os dias chegava a casa com dores no baixo-ventre e umas moinhas horríveis. A minha cabeça parecia explodir. Fui às urgências e, além de ter ficado a saber que estava grávida de gémeos (que poderiam ter sido trigémeos porque uma bolsa acabou por desaparecer) , fui posta a paracetamol intravenoso durante horas. Não fui trabalhar no dia seguinte, dei a novidade e recebo como resposta de uma colega " Mas afinal estás grávida de quanto tempo?" e eu respondi "10 semanas" e ela sai-se com este mimo "Tanta publicidade à volta disso só com esse tempo?" Fiquei de todas as cores, rosnei-lhe algo e mandei-a à mãe. Estava farta, farta, farta daquele antro de cinismo e de hipocrisia, desde a directora aos colegas.
Março chega, estou a trabalhar desde Setembro de 2006 e nada de contratos... No IDICT disseram-me que já estava efectiva e para me recusara a assinar fosse o que fosse, nesta altura. Aconselharam-me a apresentar queixa do colégio. Eu, com pena de todos os trabalhadores, não o fiz (estúpida que fui!) . O meu marido que já tinha entendido essa trafulhice com os contratos avisou-me logo para não assinar. O colégio tem a política parve de fazer lock out, ou seja, ao fim de três anos a contratos a termo que rescindem mas ficam com o mesmo prof, mandam-no ou embora ou para outro colégio da rede (este é em Coimbra mas podem mandar um prof para Lisboa) e ao fim de um ano ou 3, dependendo da necessidade, voltam a aceitar esse prof e volta o círculo vicioso. Eu não estava para me sujeitar a isso grávida ou perder a licença por causa de uma ilegalidade.
A 13 de Março fico de baixa médica por gravidez de alto risco e a directora passou-se. Já nadava comigo atravessada porque denuncieu uma prof que deu as soluções do meu teste para os alunos da sua direcção de turma tirarem boas notas, ela pediu-me para abafar o caso e ralhou-me forte e feio quando lhe disse que tinha falado com a minha coordenadora da disciplina. Estava tão cansada... A partir do momento em que fiquei em casa, ninguém parou de falar em mim a comentar que eu estava muito bem de cara para estar com uma gravidez de risco (como se a gravidez fosse na cara... dassse) . Confesso que foi o melhor que fiz, ficar de baixa às 16 semanas porque pude descansar. Já nadava com contracções e com uma ansiedade anormal.
Passa-se Março, Abril e só me falaram do contrato, por telefone, nesse fim de mês. Disseram que o dariam ao meu marido quando ele lá fosse levar as baixas. Passou-se Maio, Junho, Julho e nada. Em Agosto, teoricamente, eu iria para a rua se não estivesse efectiva. Entertanto, recebo telefonemas da administrativa da secretaria a dizer-me que ainda bem que estava tudo bem comigo (estava eu internada pela segunda vez) e que a direcção perguntava por mim muitasvezes. A directora chegou a duzer-me que eu deveria estar horrível com uma barriga tão grande e estriada. Fiquei para orrer: só fiquei com três estrias pequeninas do lado esquerdo, na anca; a barriga continua intocável. O tempo passava, eu estava cada vez mais farta daquele ninho de cobras, a gravidez estava a ser muito dofícil, tinha-me mudado para casa da minha mãe em Junho por ter sio posta a repouso absoluto depois de uma ameça de parto pré-termo às 26 semanas. Ninguém me telefonou a perguntar com o estava ou se precisava de algo, apesar de o colégio ter recebido a prova de internamento.
No dia em que nascem as minhas filhas, a 27 de Julho, recebo uma carta normal com o contrato não assinado e datado de Setembro de 2006, com a rescisão. Como o meu marido já sabia o que fazer, tratou de responder por escrito que, visto estar efectiva por falta de contrato, não iria assinar aquele. No dia 7 de Agosto, aniversário de casamento pela igreja, recebo um telefonema da directora a mandar vir comigo: que era uma afronta, que fui uma desilusão, que me deram as melhores turmas e a direcção de turma da melhor turma so colégio onde estão filhos dos prof, que eu nunca ficaria sem emprego, blá blá blá. Começou a subir o tom de voz, levou-me às lágrimas e, como estava ainda nos meus pais, eles começaram a passar-se e a querer agir para me defender. Combinei ir falar com ela quando fosse à maternidade mostrar a sutura da cesariana.
No dia 16 de Agosto, apresentei-me na direcção e o marido foi comigo. Voltei a explicar porque não tinha assinado o contrato. Fui tão insultada, tão enxovalhada, tão ofendida, tão tudo. O meu leite secou no dia seguinte por causa dos nervos. Chporei tanto, tanto que o meu canal lacrimal inchou e deixou de verter lágrimas. Depois de com falsas promessas de me arranjar um novo contrato para o ano seguinte se eu assinasse o do ano anterior, passou para os insultos e as ameaças. Disse que se voltasse o ambiente estaria pesado, que me iriam fazer a vida negra e não iriam perdoara nenhum erro. Chamou-me oportunista, vigarista, traidora e outros mimos, inclui o meu marido nesses insultos e terminou com "Nunca diga às suas filhas o que fez pois você será a vergonha delas" Ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos quando me lembro desta maldita frase. O meu marido passou-se mas engoliu em seco. Só estávamos os três naquela sala por isso nunca houve testemunhas desta conversa. Quando saímos, coemçou aos gritos atrás de nós a dizer que eu sabia como eles funcionavam, que só davam contratos em Março (190 dias depois) e que eu era demasiado ambiciosa para querer ficar logo efectiva ao fim de 2 anos.
Fomos ao IDICT que me aconselhou a procurar um advogado.
Em Setembro, no dia 3, recebo uma carta de meia-dúzia de frases a dizer que estou despedida por extinção do posto de trabalho e que tenho uma compensação a levantar na secretaria. Fiz contas e o dinheiro não bate certo. Fui de novo aoa IDICT que me aconselhou um advogado e fazer denúncia à CITE.
Assim fiz. Comecei logo a tratar do processo nessa altura: não foi pedido parecer à CITE, não foi paresentado nada nem no sindicato nem na Segurança Social nem na Inspecção de Trabalho. A advogada aconselhou-me a não fazer nada porque a carta deles estava ilícita e ilegal bem como o despedimento que promoviam.
No dia 19 recebo uma nova carta, já mais pomposa e com os artigos todos do código de trabalho a reforçar o despedimento mas não me davam nem o prazo de reclamação nem os 60 dias de pré-aviso.
No dia 19 de Novembro sou de novo despedida! Passam-se!!!
Através da análise de vários documentos, fiquei a saber que: roubavam-me no ordendao (declararam à SS um valor que nunca recebi. Estou a recebar mais de subsídio de desemprego do que alguma vez recebi de salário) , os recibos de vecimento não eram carimbados nem assinados e tinha de ser eu a pedi-los, não pagaram as férias e roubaram-me no subsídio e dias de férias e de Natal, tive que ser eu a pedir o certificado de trabalho e o documento para entregar na SS, a CITE continuou sem receber nada. Escrevemos (eu e a advogada) cartas a denunciar a situação dirigidas à CITE e à Inspecção de Trabalho. O colégio foi visitado por uma inspectora mas, já deviam estar à espera e deram a volta à situação: a fulana que está no meu lugar passou a efectiva de categoria superior por ter estado "emprestada" a outro colégio e o fulano que também está a substituir-me e deveria estar a contrato, está a recibos verdes, só da área de português apesar de também dar inglês (eu sou de francês e inglês) . Misturam tudo para jsutificarem o meu depedimento mas esqueceram-se que me despediram no dia 3 e só informaram o IGT no dia 21 e fizeram de conta que se esqueceram da primeira carta que enviaram.
Ninguém soube do que aconteceu e toda a gente, incluindo alunos, continuam à espera que eu regresse... Mas eu não vou voltar. Vou pô-los em tribunal e quero que paguem pelo que me fizeram. Não é o dinheiro da indemnização que me move; é o desejo de os castigar. Insulat-me e despedem-me no dia em que nasceram as minhas filhas! Em plena licença!
Esta 4ª feira vamos para a audiência preliminar para negociar um acordo. Não vai haver acordo. Como oportunista e vigarista e vergonha das minhas filhas que sou ou pagam o que a minha advogada estipulou ou vamos para julgamento, com direito a comunicação social e tudo. Não é pelo dinheiro porque o tribunal até pode decidir não me dar nada mas a directora será julgada pelo que fez, será tratada por Ré e aquele estabelecimento de ensino será castigado pelas ilegalidades que faz. Já não é a primeira vez que põem a pata na poça por causa de contratos mas é a primeira que maltratam grávida e puérperas. Lixaram-se. Deram com alguém com mau feitio.
Desculpem o desabafo mas há meses que andava com isto entalado. Foi uma desilução muito grande e não tinham nada que invocar as minhas filhas para a m***a que fazem.
Sou prof e desde 2005 que trabalhava num colégio semi-privado, a contratos a termo. No entanto, no ano lectivo que findou, o de 2006/2007, ninguém me apresentou contrato para assinar. Há já alguns tempos que ouvia as minhas colegas dizerem que, quando pensaram engravidar e, assim que soubeream, se foi positivo, informaram logo a direcção pedagógica. Eu fiz o mesmo: no dia a seguir a ter feito o teste e antes da confirmação laboratorial informei a direcção que pensava estar grávida. A parte masculina deu-me os parabéns mas a directora foi extremamente desagradável, o que me desapontou imenso, pois gostava mesmo dela e da apreaciação ao meu trabalho. Saiu-se com este brinde, em voz fria: "Não sei por que está assim! Estar grávida é o estado natural da mulher." Quando anunciei que ia tentar não faltar para ir às consultas mas se faltasse que deixaria tudo tão bem preparado que até a sra das limpezas daria a aula, disse-me, quase a ralhar: "Não pense que vai faltar, Mara. As outras prof que estiveram grávidas marcaram sempre consultas em pós-laboral.". Fiquei atónita. Disse-lhe que iria ser seguida pelo SNS e não pelo privado e que estaria sujeita aos horários que me marcassem mas que tentaria, então, não faltar às aulas.
A partir desse momento, passei de bestial a besta. Nunca mais tive um minuto de sossego. Além das bocas, do género, "este ano é uma chatice, não podemos contar com a Mara" ou "A Mara não conta", o trabalho a fazer parecia ter quadriplicado e estava a chegar cada vez mais tarde a casa. Entrava às 9h mas nunca tinha hora certa para sair. Além disso, havia toda uma série de festejos (o dia dos namorados, a chandeleur, o dia do pai, etc.), ou no final do dia ou durante os intervalos ou... aos sábados.
Aguentei tudo o máximo que pude e tentei andar o mais calma possível. No entanto, todos os dias chegava a casa com dores no baixo-ventre e umas moinhas horríveis. A minha cabeça parecia explodir. Fui às urgências e, além de ter ficado a saber que estava grávida de gémeos (que poderiam ter sido trigémeos porque uma bolsa acabou por desaparecer) , fui posta a paracetamol intravenoso durante horas. Não fui trabalhar no dia seguinte, dei a novidade e recebo como resposta de uma colega " Mas afinal estás grávida de quanto tempo?" e eu respondi "10 semanas" e ela sai-se com este mimo "Tanta publicidade à volta disso só com esse tempo?" Fiquei de todas as cores, rosnei-lhe algo e mandei-a à mãe. Estava farta, farta, farta daquele antro de cinismo e de hipocrisia, desde a directora aos colegas.
Março chega, estou a trabalhar desde Setembro de 2006 e nada de contratos... No IDICT disseram-me que já estava efectiva e para me recusara a assinar fosse o que fosse, nesta altura. Aconselharam-me a apresentar queixa do colégio. Eu, com pena de todos os trabalhadores, não o fiz (estúpida que fui!) . O meu marido que já tinha entendido essa trafulhice com os contratos avisou-me logo para não assinar. O colégio tem a política parve de fazer lock out, ou seja, ao fim de três anos a contratos a termo que rescindem mas ficam com o mesmo prof, mandam-no ou embora ou para outro colégio da rede (este é em Coimbra mas podem mandar um prof para Lisboa) e ao fim de um ano ou 3, dependendo da necessidade, voltam a aceitar esse prof e volta o círculo vicioso. Eu não estava para me sujeitar a isso grávida ou perder a licença por causa de uma ilegalidade.
A 13 de Março fico de baixa médica por gravidez de alto risco e a directora passou-se. Já nadava comigo atravessada porque denuncieu uma prof que deu as soluções do meu teste para os alunos da sua direcção de turma tirarem boas notas, ela pediu-me para abafar o caso e ralhou-me forte e feio quando lhe disse que tinha falado com a minha coordenadora da disciplina. Estava tão cansada... A partir do momento em que fiquei em casa, ninguém parou de falar em mim a comentar que eu estava muito bem de cara para estar com uma gravidez de risco (como se a gravidez fosse na cara... dassse) . Confesso que foi o melhor que fiz, ficar de baixa às 16 semanas porque pude descansar. Já nadava com contracções e com uma ansiedade anormal.
Passa-se Março, Abril e só me falaram do contrato, por telefone, nesse fim de mês. Disseram que o dariam ao meu marido quando ele lá fosse levar as baixas. Passou-se Maio, Junho, Julho e nada. Em Agosto, teoricamente, eu iria para a rua se não estivesse efectiva. Entertanto, recebo telefonemas da administrativa da secretaria a dizer-me que ainda bem que estava tudo bem comigo (estava eu internada pela segunda vez) e que a direcção perguntava por mim muitasvezes. A directora chegou a duzer-me que eu deveria estar horrível com uma barriga tão grande e estriada. Fiquei para orrer: só fiquei com três estrias pequeninas do lado esquerdo, na anca; a barriga continua intocável. O tempo passava, eu estava cada vez mais farta daquele ninho de cobras, a gravidez estava a ser muito dofícil, tinha-me mudado para casa da minha mãe em Junho por ter sio posta a repouso absoluto depois de uma ameça de parto pré-termo às 26 semanas. Ninguém me telefonou a perguntar com o estava ou se precisava de algo, apesar de o colégio ter recebido a prova de internamento.
No dia em que nascem as minhas filhas, a 27 de Julho, recebo uma carta normal com o contrato não assinado e datado de Setembro de 2006, com a rescisão. Como o meu marido já sabia o que fazer, tratou de responder por escrito que, visto estar efectiva por falta de contrato, não iria assinar aquele. No dia 7 de Agosto, aniversário de casamento pela igreja, recebo um telefonema da directora a mandar vir comigo: que era uma afronta, que fui uma desilusão, que me deram as melhores turmas e a direcção de turma da melhor turma so colégio onde estão filhos dos prof, que eu nunca ficaria sem emprego, blá blá blá. Começou a subir o tom de voz, levou-me às lágrimas e, como estava ainda nos meus pais, eles começaram a passar-se e a querer agir para me defender. Combinei ir falar com ela quando fosse à maternidade mostrar a sutura da cesariana.
No dia 16 de Agosto, apresentei-me na direcção e o marido foi comigo. Voltei a explicar porque não tinha assinado o contrato. Fui tão insultada, tão enxovalhada, tão ofendida, tão tudo. O meu leite secou no dia seguinte por causa dos nervos. Chporei tanto, tanto que o meu canal lacrimal inchou e deixou de verter lágrimas. Depois de com falsas promessas de me arranjar um novo contrato para o ano seguinte se eu assinasse o do ano anterior, passou para os insultos e as ameaças. Disse que se voltasse o ambiente estaria pesado, que me iriam fazer a vida negra e não iriam perdoara nenhum erro. Chamou-me oportunista, vigarista, traidora e outros mimos, inclui o meu marido nesses insultos e terminou com "Nunca diga às suas filhas o que fez pois você será a vergonha delas" Ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos quando me lembro desta maldita frase. O meu marido passou-se mas engoliu em seco. Só estávamos os três naquela sala por isso nunca houve testemunhas desta conversa. Quando saímos, coemçou aos gritos atrás de nós a dizer que eu sabia como eles funcionavam, que só davam contratos em Março (190 dias depois) e que eu era demasiado ambiciosa para querer ficar logo efectiva ao fim de 2 anos.
Fomos ao IDICT que me aconselhou a procurar um advogado.
Em Setembro, no dia 3, recebo uma carta de meia-dúzia de frases a dizer que estou despedida por extinção do posto de trabalho e que tenho uma compensação a levantar na secretaria. Fiz contas e o dinheiro não bate certo. Fui de novo aoa IDICT que me aconselhou um advogado e fazer denúncia à CITE.
Assim fiz. Comecei logo a tratar do processo nessa altura: não foi pedido parecer à CITE, não foi paresentado nada nem no sindicato nem na Segurança Social nem na Inspecção de Trabalho. A advogada aconselhou-me a não fazer nada porque a carta deles estava ilícita e ilegal bem como o despedimento que promoviam.
No dia 19 recebo uma nova carta, já mais pomposa e com os artigos todos do código de trabalho a reforçar o despedimento mas não me davam nem o prazo de reclamação nem os 60 dias de pré-aviso.
No dia 19 de Novembro sou de novo despedida! Passam-se!!!
Através da análise de vários documentos, fiquei a saber que: roubavam-me no ordendao (declararam à SS um valor que nunca recebi. Estou a recebar mais de subsídio de desemprego do que alguma vez recebi de salário) , os recibos de vecimento não eram carimbados nem assinados e tinha de ser eu a pedi-los, não pagaram as férias e roubaram-me no subsídio e dias de férias e de Natal, tive que ser eu a pedir o certificado de trabalho e o documento para entregar na SS, a CITE continuou sem receber nada. Escrevemos (eu e a advogada) cartas a denunciar a situação dirigidas à CITE e à Inspecção de Trabalho. O colégio foi visitado por uma inspectora mas, já deviam estar à espera e deram a volta à situação: a fulana que está no meu lugar passou a efectiva de categoria superior por ter estado "emprestada" a outro colégio e o fulano que também está a substituir-me e deveria estar a contrato, está a recibos verdes, só da área de português apesar de também dar inglês (eu sou de francês e inglês) . Misturam tudo para jsutificarem o meu depedimento mas esqueceram-se que me despediram no dia 3 e só informaram o IGT no dia 21 e fizeram de conta que se esqueceram da primeira carta que enviaram.
Ninguém soube do que aconteceu e toda a gente, incluindo alunos, continuam à espera que eu regresse... Mas eu não vou voltar. Vou pô-los em tribunal e quero que paguem pelo que me fizeram. Não é o dinheiro da indemnização que me move; é o desejo de os castigar. Insulat-me e despedem-me no dia em que nasceram as minhas filhas! Em plena licença!
Esta 4ª feira vamos para a audiência preliminar para negociar um acordo. Não vai haver acordo. Como oportunista e vigarista e vergonha das minhas filhas que sou ou pagam o que a minha advogada estipulou ou vamos para julgamento, com direito a comunicação social e tudo. Não é pelo dinheiro porque o tribunal até pode decidir não me dar nada mas a directora será julgada pelo que fez, será tratada por Ré e aquele estabelecimento de ensino será castigado pelas ilegalidades que faz. Já não é a primeira vez que põem a pata na poça por causa de contratos mas é a primeira que maltratam grávida e puérperas. Lixaram-se. Deram com alguém com mau feitio.
Desculpem o desabafo mas há meses que andava com isto entalado. Foi uma desilução muito grande e não tinham nada que invocar as minhas filhas para a m***a que fazem.
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