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As prioridades num divórcio

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  • As prioridades num divórcio

    Quem já passou por um divórcio e não concorde comigo, pode contestar...
    A prioridade num divórcio deve ser sempre proteger os filhos.
    Não é dizer mal da madrasta/padrasto, ano após ano, sem nunca a ter conhecido e sem ter razões objectivas para tal. Não é denegrir o pai/mãe das crianças quando este/a faz o que pode para manter uma boa relação com os filhos, mesmo que cometa erros, como qualquer pai ou mãe. Não é usar questões económicas para fazer sentir aos filhos que eventuais privações são culpa do pai/mãe (quando as obrigações são cumpridas). Não é culpar o ex-conjuge de tudo o que corre mal na educação dos filhos e atribuir-se a si tudo o que corre bem. Não é mentir por vingança. Não é privar os filhos de ver os pais debaixo do mesmo tecto ou à volta da mesma mesa em acontecimentos que sejam importantes. Não é atacar um filho porque defende o pai/mãe das críticas que estão a ser feitas.
    Quando se vê o marido/mulher partir, dói. Muitíssimo, até, nem ponho isso em causa. Mas quando, muitos anos depois, se descobrem algumas das coisas que foram ditas e feitas e que foram silenciadas pelos próprios filhos, também dói. Terrivelmente. Dói o silêncio, dói a injustiça, dói por dentro e nem sequer se pode gritar ao mundo que não foi assim, que se tentou fazer o melhor que se podia e se sabia, mesmo que fosse pouco, mesmo que, hoje, se soubesse ter feito melhor.
    Este é um desabafo de coração partido. Porque desejo para os filhos do meu marido o que desejo para os meus próprios filhos. E esse grito, mesmo que caía no deserto dos dias, fica aqui registado.
    Ultima edição por Pureza; 03-05-2011, 16:19. Razão: erro numa palavra

  • #2
    Inserido Inicialmente por Pureza Ver Mensagem
    Quem já passou por um divórcio e não concorde comigo, pode contestar...
    A prioridade num divórcio deve ser sempre proteger os filhos. Absolutamente correcto!
    Não é dizer mal da madrasta/padrasto, ano após ano, sem nunca a ter conhecido e sem ter razões objectivas para tal. Não é denegrir o pai/mãe das crianças quando este/a faz o que pode para manter uma boa relação com os filhos, mesmo que cometa erros, como qualquer pai ou mãe. Não é usar questões económicas para fazer sentir aos filhos que eventuais privações são culpa do pai/mãe (quando as obrigações são cumpridas). Não é culpar o ex-conjuge de tudo o que corre mal na educação dos filhos e atribuir-se a si tudo o que corre bem. Não é mentir por vingança. Não é privar os filhos de ver os pais debaixo do mesmo texto ou à volta da mesma mesa em acontecimentos que sejam importantes. Não é atacar um filho porque defende o pai/mãe das críticas que estão a ser feitas. qualquer uma destas atitudes é despresível e de um egoismo atroz... provoca um sofrimento a nós e aos filhos perfeitamente evitável
    Quando se vê o marido/mulher partir, dói. Muitíssimo, até, nem ponho isso em causa. Mas quando, muitos anos depois, se descobrem algumas das coisas que foram ditas e feitas e que foram silenciadas pelos próprios filhos, também dói. Terrivelmente. Dói o silêncio, dói a injustiça, dói por dentro e nem sequer se pode gritar ao mundo que não foi assim, que se tentou fazer o melhor que se podia e se sabia, mesmo que fosse pouco, mesmo que, hoje, se soubesse ter feito melhor.
    Este é um desabafo de coração partido. Porque desejo para os filhos do meu marido o que desejo para os meus próprios filhos. E esse grito, mesmo que caía no deserto dos dias, fica aqui registado.
    Respondi em cima.
    vejo que és "madrasta" (destesto este termo... para mim é amiga).
    Gosto da forma como pensas... os dois lados têm que pensar assim... afinal, no que toca à criança, não estão em lados opostos mas sim lado-a-lado.


    \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

    \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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    • #3
      Há muito tempo que não leio, nesta secção, algo tão acertado e lúcido como o que escreveste. Parabéns!
      Há por aí tantos tópicos em que se fala mal do "outro", como se de um monstro se tratasse, mas esquece-se que, do outro lado, também há, certamente, muitas razões válidas para se agir como se age. E todos opinam como se, tendo apenas acesso a um dos lados da questão, pudessem opinar e "atirar pedras" ao "monstro".

      Bem-hajas!
      Um dia também hei-de chegar ao meu jardim... por enquanto, vou apanhando as pedras, uma a uma..

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      • #4
        bolas, até me arrepiei. ás vezes imagino, se me divorciar, como será eles terem uma madrasta mas sinceramente nunca me coloquei a mim na posição de madrasta. mas sim, sempre as crianças em 1º lugar, sendo filhos ou não. parabéns pela lucidez.

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        • #5
          Inserido Inicialmente por paula&marta&di Ver Mensagem
          bolas, até me arrepiei. ás vezes imagino, se me divorciar, como será eles terem uma madrasta mas sinceramente nunca me coloquei a mim na posição de madrasta. mas sim, sempre as crianças em 1º lugar, sendo filhos ou não. parabéns pela lucidez.
          também nunca me tinha imaginado nessa situação..e sabes o que descobri? Está tudo relacionado com a tua atitude desde o incio do processo. (pelo menos na grande maioria dos casos).

          Actualmente a minha filhota tem uma madrasta que gosta muito dela, que trata bem dela, e que ela gosta. Claro que ela não é perfeita... é uma pessoa que gosta de crianças mas sempre optou por não ter filhos porque tinha outras prioridades e por isso há coisas que às vezes falha, mas eu sei que ela faz o seu melhor e que chega perfeitamente

          Eu tb já fui madrasta... não é nada fácil. O amor é que resolve tudo...


          \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

          \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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          • #6
            dou-te os parabens tb. não só por seres capaz de reconhecer as qualidades da madrasta da tua princesa (que é algo raro, nem que se invente algo), como por teressido boa madrasta. só posso imaginar, não deve ser nada facil mesmo.

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            • #7
              A posição de madrasta (raios... detesto este nome... ) é muito ingrata e difícil. É preciso uma dose grande de amor, calma e compreensão.
              Como diz uma amiga minha, com alguma piada, não é fácil levar com os óvulos da ex lá em casa .
              O importante é todos percebermos que não somos lados opostos. somos uma equipa que deve "trabalhar" em conjunto para o bem das crianças.
              No seu coração há amor para todos... para a mãe, para o pai, para a madrasta, para o padrasto, para irmãos "emprestados" e para todos os que vierem
              Eu acho que a minha filha não perdeu afectos com o divórcio dos pais. Desde que a namorada do Pai goste dela, a trate bem e seja colaborante ela só ganha... é mais um afecto na vida dela e eu fico muito contente por isso!
              Não percebo aquelas mães que têm ciumes... eu nunca senti... a minha filhota sabe bem quem é quem na sua vida!


              \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

              \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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              • #8
                Ai MB...ja te disse isto uma vez mas volto a repetir: Quando for grande quero ser como tu!!!
                Que lucidez! Fantastico!!! Realmente so com muito amor as coisas sao possiveis!
                Veja o novo Blog de Culinária, o Manjar das Deusas

                Presidente da associação de madrinhas da PipocaeCompanhia

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                • #9
                  Parabéns MB, adoro essa tua forma de pensar!
                  Tenho uma situação em casa, que passo a contar:
                  O meu marido é filho de pais divorciados desde os 5 anos de idade. Sempre morou com o pai e com a "madastra",
                  a relação nunca foi excelente, mas muito cordial. Eu desde que entrei na vida dele sempre incentivei para o bom ambiente, embora saiba perfeitam/ que mãe é mãe.
                  Hoje, posso dizer que vou a casa do meu sogro e as minhas filhas são mimadas e acarinhadas tanto pelo meu sogro como pela I. e eu só tenho agradecer isso, porque quem faz bem aos nossos filhos faz-nos bem a nós.
                  No entanto as minhas filhas tratam a Sr. pelo nome próprio porque elas sabem perfeitamente quem são os avós.
                  E ensino-as para que elas saibam que a I. é a esposa do avô e é amiga.
                  bjos

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                  • #10
                    Anibla, concordo contigo

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                    • #11
                      Inserido Inicialmente por Marytwins Ver Mensagem
                      Parabéns MB, adoro essa tua forma de pensar!
                      Tenho uma situação em casa, que passo a contar:
                      O meu marido é filho de pais divorciados desde os 5 anos de idade. Sempre morou com o pai e com a "madastra",
                      a relação nunca foi excelente, mas muito cordial. Eu desde que entrei na vida dele sempre incentivei para o bom ambiente, embora saiba perfeitam/ que mãe é mãe.
                      Hoje, posso dizer que vou a casa do meu sogro e as minhas filhas são mimadas e acarinhadas tanto pelo meu sogro como pela I. e eu só tenho agradecer isso, porque quem faz bem aos nossos filhos faz-nos bem a nós.
                      No entanto as minhas filhas tratam a Sr. pelo nome próprio porque elas sabem perfeitamente quem são os avós.
                      E ensino-as para que elas saibam que a I. é a esposa do avô e é amiga.
                      bjos
                      é a frase chave
                      eu sou sincera... nem conheço a namorada do pai.. mas pelo que a MB diz e pelo que vejo, sinto que está tudo bem

                      em tempos tive uma situação que foi muito complicada de gerir emocionalmente: Foi com a minha sogra (infelizmente não há ex sogras....). O Meu ex não falava com os pais e quando a MB nasceu eu obriguei-o a ligar aos pais para dizer que eram avós. Foi um grande sapo que engoli mas não me arrependo... fiz pela minha filha. ela tem direito a ter o amor dos avós. Ela gosta deles e isso é óptimo (apesar de eu os detestar....) porque o amor dos avós é insubstituível! O que eles me fizeram a mim e ao pai não tem que ter reflexos nela e não podemos ser egoístas e reflectir nas crianças o nosso "fardo".


                      \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

                      \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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                      • #12
                        Inserido Inicialmente por evian Ver Mensagem
                        Ai MB...ja te disse isto uma vez mas volto a repetir: Quando for grande quero ser como tu!!!
                        Que lucidez! Fantastico!!! Realmente so com muito amor as coisas sao possiveis!
                        Não é lucidez... é tudo pelo amor da minha vida!

                        Beijos grandes!


                        \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

                        \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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                        • #13
                          Concordo inteiramente. Sou mãe divorciada e madrasta, e sinto isso.
                          Se há uma regra em todas as separações e casamentos com filhos é que para as coisas correrem bem têm de todas as partes contribuir para isso, para correr mal, basta uma.



                          Inserido Inicialmente por Pureza Ver Mensagem
                          Quem já passou por um divórcio e não concorde comigo, pode contestar...
                          A prioridade num divórcio deve ser sempre proteger os filhos.
                          Não é dizer mal da madrasta/padrasto, ano após ano, sem nunca a ter conhecido e sem ter razões objectivas para tal. Não é denegrir o pai/mãe das crianças quando este/a faz o que pode para manter uma boa relação com os filhos, mesmo que cometa erros, como qualquer pai ou mãe. Não é usar questões económicas para fazer sentir aos filhos que eventuais privações são culpa do pai/mãe (quando as obrigações são cumpridas). Não é culpar o ex-conjuge de tudo o que corre mal na educação dos filhos e atribuir-se a si tudo o que corre bem. Não é mentir por vingança. Não é privar os filhos de ver os pais debaixo do mesmo tecto ou à volta da mesma mesa em acontecimentos que sejam importantes. Não é atacar um filho porque defende o pai/mãe das críticas que estão a ser feitas.
                          Quando se vê o marido/mulher partir, dói. Muitíssimo, até, nem ponho isso em causa. Mas quando, muitos anos depois, se descobrem algumas das coisas que foram ditas e feitas e que foram silenciadas pelos próprios filhos, também dói. Terrivelmente. Dói o silêncio, dói a injustiça, dói por dentro e nem sequer se pode gritar ao mundo que não foi assim, que se tentou fazer o melhor que se podia e se sabia, mesmo que fosse pouco, mesmo que, hoje, se soubesse ter feito melhor.
                          Este é um desabafo de coração partido. Porque desejo para os filhos do meu marido o que desejo para os meus próprios filhos. E esse grito, mesmo que caía no deserto dos dias, fica aqui registado.




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