Olá a tod@s!
Isto se calhar vais ser mais um desabafo do que propriamente um pedido de ajuda, até porque sei que ninguém poderá solucionar esta situação por mim...
Tenho um bebé de 6 meses e trabalho a tempo inteiro. Como trabalho por conta própria, optei por não colocar já o meu filho num infantário. Ele fica comigo todo o dia, apesar do "malabarismo" que tem sido cuidar dele e cumprir com as minhas obrigações profissionais: horários, prazos, horas extras e hiper-mega-extras. Foi uma opção que fiz e sei que, por isso, não me posso queixar.
Quando o meu filho nasceu, estive dois meses sem trabalhar. Tudo era novidade e tive algumas dificuldades, nomeadamente com a amamentação, mas, com o tempo e a juda da minha mãe e do meu marido, o tempo foi passando e o D. está a crescer todos os dias ao meu ladinho..
Considero-me (e sei que as pessoas à minha volta tb pensam assim..) uma pessoa muito independente e "com personalidade" :P Talvez por isso nunca me tenha imaginado nesta situação com a qual já não sei lidar...
Desde que o meu filho nasceu, a minha sogra transformou-se...! Passou de uma pessoa que, de tão discreta, até fazia impressão, para uma pessoa que se intromete em tudo e não tem o mínimo respeito por mim, pelo meu marido e pelo meu filho!
Quando o D. nasceu, muitos dos meus "problemas" surgiram pelo facto de, todas as noites, os meus sogros virem a minha casa visitar o neto. Nada demais, não fosse o facto de isso acontecer TODAS as noites, chegando eles a seguir ao jantar e indo embora sempre depois da meia-noite. Não dramatizei porque achei normal o entusiasmo deles com o neto - o primeiro - apesar de me sentir mal com a situação... Se eu me levantava para ir dar de mamar no quarto, a minha sogre vinha atras. Sentava-se onde eu estivesse e "colava-se" a mim... Mas a dois palmos do meu peito!! Não tive coragem de dizer nada até ao dia em que a minha mãe me chamou a atenção: de cada vez que eu ia amamentar, ficava nervosa, estava sempre preocupada em "tapar-me" e comecei a ter receio que o bebé não mamasse bem.. ou não mamasse o suficiente... a paranoia começou a ser tal, que fazia de conta que ia dormir para poder ir em sossego para o quarto dar de mamar. Sei que devia ter imposto o meu limite nessa altura - é o meu, sei que para algumas pessoas pode parecer exagero, mas eu não em sentia bem.. - mas não o fiz.
Actualmente, os meus sogros visitam-nos sempre à noite: aparecem depois de jantar e vão embora por volta da meia noite. Não vêm todos os dias, mas quase. Eu levanto-me todos os dias às 6 e meia da manhã para preparar "o dia" - o meu e do meu filho: os nossos almoços, os biberões dele, sopinha, frutinha, fraldas, muda... Dou-lhe o banho, visto-o e vou trabalhar antes do meu marido se levantar, sequer (os nossos horarios sao bastante diferentes). Quando chego a casa são 19h ou mais tarde.. faço o jantar a correr e faço o que posso pela casa. Foi exactamente isto que tentei explicar à minha sogra quando ela começou a impôr-se: queria que fossemos jantar a casa deles quando eles mandavam, que ao domingo passassemos la o dia, etc.. Eu não tenho empregada, não sou doméstica e não faço milagres! Mas quando lhe tentei explicar isto, sem acusações, sem stress, ela disse que sim senhora, que percebia mt bem, mas parece que só piorei as coisas.
Agora passa a vida a fazer comentários do género "ele se calhar no meu colo chora, quase não me vê...", quando continuam a vir cá a casa quase todos os dias. Claro que, às 10 da noite já o D. está a dormir e eles quase não o vêem... Ao fim-de-semana, quando podiam perfeitamente passar cá a tarde, por exemplo (e não é por falta de eu os convidar!) e aproveitar para brincar com ele, não vêem... porque vão para a praia ou vão passear.. à semana, estão cá batidinhos. Os meus pais trabalham e muitas vezes deixam de fazer coisas para aproveitar o tempo com o neto. Eu nunca me passou pela cabeça que eles não tivessem o mesmo direito de estar com ele... mas será que tem de ser só quando eles querem?
O problema é que nãos ei como abordar a situação.. o meu marido nem quer falar do assunto porque fica doente com as coisas que a mãe faz. Só diz "é a minha mãe... não posso fazer nada" e eu não me consigo pôr na pele dele, porque não sei o que é não ter à vontade com a propria mae. E por isso nãos ei como o ajudar.
Tentei falar uma vez com ela e piorei tudo... ela começou a ser mais agressiva, inclusivamente parece que faz de proposito para o D. chorar com ela... se eu digo que ele se assusta com um boneco qualquer, ela so para se testar quando ele chora mesmo! E parece que esta sempre a criticar tudo: "ai ele já come ameixas... pois, não sei.. no meu tempo não era assim.. mas se dás é porque sabes que não faz mal, não é? se n soubesses não davas... claro que as ameixas dão dor de barriga.. mas tu é que sabes.." Eu já não respondo a nada, mas agora ela arranjou uma nova forma de ataque, horrivel... sinto-me humilhada e apetece-me estrangulá-la tipo homer simpson, mas sei que não posso dizer nada, porque so vai piorar a situação. Nós vamos comprar uma casa nova, maior. Temos sido extremamente cautelosos com o dinheiro e temos eveitado todos os gastos supérfulos. Quando começamos a morar juntos, o meu marido tinha acabado de abrir uma empresa. Ñão tinha dinheiro nenhum. Foi com as minhas poupanças que montamos tudo e com a ajuda dos meus pais. Os pais dele, que não têm mais filhos e vivem muito bem, nunca nos perguntaram se precisavamos de nada... Eu, na altura, não liguei a isso porque até me sentia melhor por não precisar deles. Mas a verdade é que nunca nos ajudaram em nada. O meu marido estava habituado a uma vida, com eles, que não podiamos manter so os dois. Agora com o D. somos ainda mais cuidadosos. Os pais dele, volta e meia, decidem comprar coisas caras tipo um parque, uma caminha de viagem ou uma cadeira de comer... que nós já temos! E depois, quando desembrulham tudo à nossa frente e, inevitavelmente, tenho de dizer "obrigada, mas nós já temos a cadeira...", ela diz "não faz mal, era mesmo para ficar cá em casa, para quando ele vier cá!". Foi a 3ª vez que me fez isto e não volta a fazer, porque eu nunca mais digo nada. Ele há-de desembrulhar e eu vou sorrir, agredecer e trazer para casa. É preciso ser muito má! Quem me dera a mim poder comprar tudo e mais alguma coisa para o meu filho! Não me queixo porque nunca passamos dificuldades nenhumas, mas graças ao controlo que temos. Compramos o essencial e pouco mais. Mas se em vez de comprar OUTRA cama ou OUTRO parque ela comprasse uma coisa que ele realmente pudesse usufruir....
Não sei mais o que faça nem o que pense... Ponho-me do outro lado e penso o que será o aldo dela. Mas não percebo. E depois penso.. e se os meus pais fossem assim? E percebo que o meu marido tb n saiba o que fazer. Mas eu já não suporto isto. O D. vai começar a crescer e a perceber as coisas... e eu não quero que ele perceba quando a minha sogra fizer esses comentários... Os meus avós foram das pessoas mais importantes da minha vida e o que me doi mais é que, se assim continuar, estou a imaginar daqui a uns anos os meus sogros a querer "comprar" o D. com prendas para nos fazer sentir mal em vez de se preocuparem em ser avós a sério!
Alguém já passou por isto? O que é que é melhor? Ignorar e esperar que melhore ou tomar uma posição, mesmo que possa ser mal interpretada?
Já não sei mesmo para onde me virar... Desculpem o testamento, mas quando começo a falar disto, todos os pormenores se avivam e ainda me parece mais ridicula a situação...
Isto se calhar vais ser mais um desabafo do que propriamente um pedido de ajuda, até porque sei que ninguém poderá solucionar esta situação por mim...
Tenho um bebé de 6 meses e trabalho a tempo inteiro. Como trabalho por conta própria, optei por não colocar já o meu filho num infantário. Ele fica comigo todo o dia, apesar do "malabarismo" que tem sido cuidar dele e cumprir com as minhas obrigações profissionais: horários, prazos, horas extras e hiper-mega-extras. Foi uma opção que fiz e sei que, por isso, não me posso queixar.
Quando o meu filho nasceu, estive dois meses sem trabalhar. Tudo era novidade e tive algumas dificuldades, nomeadamente com a amamentação, mas, com o tempo e a juda da minha mãe e do meu marido, o tempo foi passando e o D. está a crescer todos os dias ao meu ladinho..
Considero-me (e sei que as pessoas à minha volta tb pensam assim..) uma pessoa muito independente e "com personalidade" :P Talvez por isso nunca me tenha imaginado nesta situação com a qual já não sei lidar...
Desde que o meu filho nasceu, a minha sogra transformou-se...! Passou de uma pessoa que, de tão discreta, até fazia impressão, para uma pessoa que se intromete em tudo e não tem o mínimo respeito por mim, pelo meu marido e pelo meu filho!
Quando o D. nasceu, muitos dos meus "problemas" surgiram pelo facto de, todas as noites, os meus sogros virem a minha casa visitar o neto. Nada demais, não fosse o facto de isso acontecer TODAS as noites, chegando eles a seguir ao jantar e indo embora sempre depois da meia-noite. Não dramatizei porque achei normal o entusiasmo deles com o neto - o primeiro - apesar de me sentir mal com a situação... Se eu me levantava para ir dar de mamar no quarto, a minha sogre vinha atras. Sentava-se onde eu estivesse e "colava-se" a mim... Mas a dois palmos do meu peito!! Não tive coragem de dizer nada até ao dia em que a minha mãe me chamou a atenção: de cada vez que eu ia amamentar, ficava nervosa, estava sempre preocupada em "tapar-me" e comecei a ter receio que o bebé não mamasse bem.. ou não mamasse o suficiente... a paranoia começou a ser tal, que fazia de conta que ia dormir para poder ir em sossego para o quarto dar de mamar. Sei que devia ter imposto o meu limite nessa altura - é o meu, sei que para algumas pessoas pode parecer exagero, mas eu não em sentia bem.. - mas não o fiz.
Actualmente, os meus sogros visitam-nos sempre à noite: aparecem depois de jantar e vão embora por volta da meia noite. Não vêm todos os dias, mas quase. Eu levanto-me todos os dias às 6 e meia da manhã para preparar "o dia" - o meu e do meu filho: os nossos almoços, os biberões dele, sopinha, frutinha, fraldas, muda... Dou-lhe o banho, visto-o e vou trabalhar antes do meu marido se levantar, sequer (os nossos horarios sao bastante diferentes). Quando chego a casa são 19h ou mais tarde.. faço o jantar a correr e faço o que posso pela casa. Foi exactamente isto que tentei explicar à minha sogra quando ela começou a impôr-se: queria que fossemos jantar a casa deles quando eles mandavam, que ao domingo passassemos la o dia, etc.. Eu não tenho empregada, não sou doméstica e não faço milagres! Mas quando lhe tentei explicar isto, sem acusações, sem stress, ela disse que sim senhora, que percebia mt bem, mas parece que só piorei as coisas.
Agora passa a vida a fazer comentários do género "ele se calhar no meu colo chora, quase não me vê...", quando continuam a vir cá a casa quase todos os dias. Claro que, às 10 da noite já o D. está a dormir e eles quase não o vêem... Ao fim-de-semana, quando podiam perfeitamente passar cá a tarde, por exemplo (e não é por falta de eu os convidar!) e aproveitar para brincar com ele, não vêem... porque vão para a praia ou vão passear.. à semana, estão cá batidinhos. Os meus pais trabalham e muitas vezes deixam de fazer coisas para aproveitar o tempo com o neto. Eu nunca me passou pela cabeça que eles não tivessem o mesmo direito de estar com ele... mas será que tem de ser só quando eles querem?
O problema é que nãos ei como abordar a situação.. o meu marido nem quer falar do assunto porque fica doente com as coisas que a mãe faz. Só diz "é a minha mãe... não posso fazer nada" e eu não me consigo pôr na pele dele, porque não sei o que é não ter à vontade com a propria mae. E por isso nãos ei como o ajudar.
Tentei falar uma vez com ela e piorei tudo... ela começou a ser mais agressiva, inclusivamente parece que faz de proposito para o D. chorar com ela... se eu digo que ele se assusta com um boneco qualquer, ela so para se testar quando ele chora mesmo! E parece que esta sempre a criticar tudo: "ai ele já come ameixas... pois, não sei.. no meu tempo não era assim.. mas se dás é porque sabes que não faz mal, não é? se n soubesses não davas... claro que as ameixas dão dor de barriga.. mas tu é que sabes.." Eu já não respondo a nada, mas agora ela arranjou uma nova forma de ataque, horrivel... sinto-me humilhada e apetece-me estrangulá-la tipo homer simpson, mas sei que não posso dizer nada, porque so vai piorar a situação. Nós vamos comprar uma casa nova, maior. Temos sido extremamente cautelosos com o dinheiro e temos eveitado todos os gastos supérfulos. Quando começamos a morar juntos, o meu marido tinha acabado de abrir uma empresa. Ñão tinha dinheiro nenhum. Foi com as minhas poupanças que montamos tudo e com a ajuda dos meus pais. Os pais dele, que não têm mais filhos e vivem muito bem, nunca nos perguntaram se precisavamos de nada... Eu, na altura, não liguei a isso porque até me sentia melhor por não precisar deles. Mas a verdade é que nunca nos ajudaram em nada. O meu marido estava habituado a uma vida, com eles, que não podiamos manter so os dois. Agora com o D. somos ainda mais cuidadosos. Os pais dele, volta e meia, decidem comprar coisas caras tipo um parque, uma caminha de viagem ou uma cadeira de comer... que nós já temos! E depois, quando desembrulham tudo à nossa frente e, inevitavelmente, tenho de dizer "obrigada, mas nós já temos a cadeira...", ela diz "não faz mal, era mesmo para ficar cá em casa, para quando ele vier cá!". Foi a 3ª vez que me fez isto e não volta a fazer, porque eu nunca mais digo nada. Ele há-de desembrulhar e eu vou sorrir, agredecer e trazer para casa. É preciso ser muito má! Quem me dera a mim poder comprar tudo e mais alguma coisa para o meu filho! Não me queixo porque nunca passamos dificuldades nenhumas, mas graças ao controlo que temos. Compramos o essencial e pouco mais. Mas se em vez de comprar OUTRA cama ou OUTRO parque ela comprasse uma coisa que ele realmente pudesse usufruir....
Não sei mais o que faça nem o que pense... Ponho-me do outro lado e penso o que será o aldo dela. Mas não percebo. E depois penso.. e se os meus pais fossem assim? E percebo que o meu marido tb n saiba o que fazer. Mas eu já não suporto isto. O D. vai começar a crescer e a perceber as coisas... e eu não quero que ele perceba quando a minha sogra fizer esses comentários... Os meus avós foram das pessoas mais importantes da minha vida e o que me doi mais é que, se assim continuar, estou a imaginar daqui a uns anos os meus sogros a querer "comprar" o D. com prendas para nos fazer sentir mal em vez de se preocuparem em ser avós a sério!
Alguém já passou por isto? O que é que é melhor? Ignorar e esperar que melhore ou tomar uma posição, mesmo que possa ser mal interpretada?
Já não sei mesmo para onde me virar... Desculpem o testamento, mas quando começo a falar disto, todos os pormenores se avivam e ainda me parece mais ridicula a situação...
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